sábado, 26 de outubro de 2013

Movimento em prol do retorno do trem de passageiros inicia em Iaçu, na Bahia, e se fortalece em Minas Gerais

Ferrovias

Iaçu Noticias

O trem que circulou entre Monte Azul e Montes Claros recebeu o nome de TREM BAIANO porque essa composição chegava cheia de baianos a M.Claros. Esses passageiros advindos da Bahia chegavam a Monte Azul após percorrerem seu Estado em outro trem que saia de Iaçu BA e percorria trilhos até Monte Azul MG. Segundo Blog (NOS TRILHOS) A cidade mineira, por esse motivo, tinha a peculiaridade de ter duas estações ferroviárias, uma ao lado da outra. A estação da Leste recebia os baianos, que embarcavam rumo sul na estação da Rede. Acontece que esse trem era operado pela Viação Férrea Leste Brasileiro(VFFB) até 1975 e depois pela Rede Ferroviária Federal AS (RFFSA), foi desativado em 17 de março de 1989.
Deixaram de serem atendidos pelo trem a população dos municípios de Marcionílio Souza, Iramaia, Barra da Estiva, Contendas do Sincorá, Tanhaçu, Brumado, Malhada de Pedras, Rio do Antônio, Caculé, Licínio de Almeida e Urandi no Estado da Bahia e as cidades mineiras de Espinosa e Monte Azul.
No roldão dos movimentos de revitalização ferroviária plena, com ênfase nos trens de passageiros, que se iniciou em Juiz de Fora MG a dezesseis anos com a ONG Amigos do Trem, um movimento pela volta do trem de passageiros Iaçu/Monte Azul está tomando corpo no extremo Norte do percurso. O movimento se desenvolve em Iaçu e região pelas mãos de Martinho Almeida Teixeira e Ronaldo Ramos. Esse Movimento que recebeu apoio inicialmente do Projeto VerdeTrem de Salvador, tem agora o respaldo da Ong Movimento Nacional Amigos do Trem, de Juiz de Fora MG e do Movimento Sócio Turístico Cultural Amigos do Trem Baiano, com sede em Montes Claros MG. Ambas entidades tem o titulo de OSCIP, do Ministério da Justiça, e trabalham para a plena revitalização ferroviária.
Contatos com o Movimento:
E-mail: martinhoiacu@yahoo.com.br
Msn: mov.emproldotremdepassageiros@hotmail.com
Telefone: (75) 3325 2431/Rádio Rio Paraguaçu fm - falar com Ronaldo Ramos, segunda a sexta-feira das 12:00 às 15:00).
Cel. (75) 8184 0293 - Falar com Martinho A. Teixeira.
Fonte - CFVV Sul de Minas  26/10/2013

SPTrans muda 46 linhas de ônibus na zona leste de São Paulo neste sábado

Transportes Público

Prefeitura encerrou contrato com viação devido a falhas na prestação de serviços na região de Itaquera
Ônibus de 46 linhas da zona leste da capital passam por mudanças a partir deste sábado (26) informou a São Paulo Transportes (SPTrans), na última quinta-feira (24).


Por iG São Paulo 
PETER LEONE/FUTURA PRESS
Ônibus da viação Itaquera-Brasil
As mudanças ocorrem após a prefeitura encerrar o contrato com a viação Itaquera-Brasil devido a falhas na prestação de serviço na região de Itaquera, na zona leste da cidade.
Segundo SPTrans, os passageiros estão sendo informados sobre as mudanças em cartazes colocados dentro dos coletivos e em panfletos que estão sendo distribuídos nos terminais e pontos de ônibus.

Veja quais linhas mudam:
2191-10 SHOP. C.L.ARICANDUVA - TERM. PQ. D.PEDRO II
407A-10 SHOP. C.L.ARICANDUVA - METRO BELEM
4210-10 TERM CID TIRADENTES - TERM PQ D PEDRO II
5144-10 TERM. SAPOPEMBA/TEOTÔNIO VILELA - TERMINAL PRINC. ISABEL
2296-10 JD. MARILIA - TERM. PQ. D.PEDRO II
4312-10 JD MARÍLIA - TERM PQ D PEDRO II
4001-10 ITAQUERA - TERM VILA CARRÃO
2290-10 TERM. SÃO MATEUS - TERM. PQ. D. PEDRO II
3032-10 TERM. VILA CARRÃO CIRCULAR
3056-10 JD. DA CONQUISTA - TERM. SAO MATEUS
4012-10 JD DA CONQUISTA - TERMINAL SAO MATEUS
3059-10 VILA YOLANDA - TERM. SÃO MATEUS
4017-10 VILA YOLANDA - METALÚRGICOS
4018-10 METALÚRGICOS - TERM SÃO MATEUS
407X-10 METALÚRGICOS - CPTM GUAIANAZES
3065-10 CID. TIRADENTES - TERM. SAO MATEUS
4018-10 METALÚRGICOS - TERM SÃO MATEUS
3066-10 TERM. CID.TIRADENTES - VILA YOLANDA
4017-10 VILA YOLANDA - METALÚRGICOS
309N-10 JD. IV CENTENÁRIO - TERM. PQ. D. PEDRO II
4315-10 TERM VILA CARRÃO - TERM PQ D PEDRO II
407W-10 JD. IV CENTENÁRIO - METRÔ CARRÃO
309T-10 CIDADE TIRADENTES - TERM. PQ. D. PEDRO II
4210-10 TERM CID TIRADENTES - TERM PQ D PEDRO II
407X-10 METALÚRGICOS - CPTM GUAIANAZES
309T-22 TERM. CID. TIRADENTES - TERM. PQ. D. PEDRO II
4210-10 TERM CID TIRADENTES - TERM PQ D PEDRO II
309T-23 JD. IGUATEMI - TERM. PQ. D. PEDRO II
4210-10 TERM CID TIRADENTES - TERM PQ D PEDRO II
3129-10 CJ. MANOEL DA NOBREGA - TERM. PQ.D. PEDRO II
3721-10 SHOP.C.L. ARICANDUVA - METRO ARTUR ALVIM
4314-10 INÁCIO MONTEIRO - TERM PQ D PEDRO II
312N-10 TERM. CID. TIRADENTES - SÃO MIGUEL PAULISTA
407X-10 METALÚRGICOS - CPTM GUAIANAZES
263C-10 JD. HELENA - COHAB II
3222-10 JD. MARILIA - TERM. PQ. D.PEDRO II
4312-10 JD MARÍLIA - TERM PQ D PEDRO II
4314-10 INÁCIO MONTEIRO - TERM PQ D PEDRO II
3354-10 JD. COLONIAL - TERM. PQ. D.PEDRO II
4315-10 TERM VILA CARRÃO - TERM PQ D PEDRO II
4311-10 TERM SÃO MATEUS - TERM PQ D PEDRO II
342M-10 TERM. SÃO MATEUS - TERM. PENHA
3773-10 RES. SANTA BARBARA - METRO CARRAO
3390-10 TERM. SÃO MATEUS - TERM. PQ. D.PEDRO II

Transferida para área 05 (Sudeste) sem alteração
3391-10 TERM. SÃO MATEUS - TERM. PQ. D.PEDRO II
3391-31 TERM. SÃO MATEUS - TERM. PQ. D.PEDRO II
3391-32 TERM. SÃO MATEUS - CAMBUCI


Transferidas para a área 05 (Sudeste) e unificadas com a linha 5109-51, passando a operar como 5110-10 TERM. SÃO MATEUS - TERM. MERCADO
3406-10 COHAB JUSCELINO - TERM. PQ. D.PEDRO II
4315-10 TERM VILA CARRÃO - TERM PQ D PEDRO II
342N-10 COHAB PRES. JUSCELINO KUBITSCHECK - A. E. CARVALHO
4002-10 GUAIANAZES - TERM VILA CARRÃO
4007-10 COHAB JUSCELINO - TERM VILA CARRÃO
3407-10 INÁCIO MONTEIRO - TERM. PQ. D.PEDRO II
4314-10 INÁCIO MONTEIRO - TERM PQ D PEDRO II
407X-10 METALÚRGICOS - CPTM GUAIANAZES
3409-10 INÁCIO MONTEIRO - METRÔ PATRIARCA
407C-10 INÁCIO MONTEIRO - METRO PATRIARCA
3539-10 CIDADE TIRADENTES - TERM. PQ.D. PEDRO II
4310-10 ESTAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA ITAQUERA - TERM PQ D PEDRO II
4017-10 VILA YOLANDA - METALÚRGICOS
407U-10 TERM CID TIRADENTES - METRO ITAQUERA
3539-21 TERM. CID.TIRADENTES - TERM. PQ. D.PEDRO II
4310-10 ESTAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA ITAQUERA - TERM PQ D PEDRO II
407U-10 TERM CID TIRADENTES - METRO ITAQUERA
3701-10 JD. DA CONQUISTA - METRÔ BELÉM
407F-10 TERM SÃO MATEUS - METRO BELÉM
4012-10 JD DA CONQUISTA - TERMINAL SAO MATEUS
3703-10 JD. NOVA VITORIA - METRO CARRAO
407G-10 JD. NOVA VITORIA - METRO CARRAO
4012-10 JD DA CONQUISTA - TERMINAL SAO MATEUS
407K-10 TERM SÃO MATEUS - METRO CARRÃO
3720-10 CIDADE TIRADENTES - METRÔ TATUAPÉ
4004-10 TERM CID TIRADENTES - BARRO BRANCO (VIA TEXTEIS)
4005-10 TERM CID TIRADENTES - BARRO BRANCO (VIA SARA KUBITSCHECK)
4313-10 TERM CID TIRADENTES - TERM PQ D PEDRO II
4014-10 JD VILA CARRÃO - TERM VILA CARRÃO
3720-31 CIDADE TIRADENTES - METRÔ TATUAPÉ
4004-10 TERM CID TIRADENTES - BARRO BRANCO (VIA TEXTEIS)
4005-10 TERM CID TIRADENTES - BARRO BRANCO (VIA SARA KUBITSCHECK)
4313-10 TERM CID TIRADENTES - TERM PQ D PEDRO II
372R-10 PQ. SÃO RAFAEL - METRÔ BELÉM
4015-10 TERM SAO MATEUS - JD RODOLFO PIRANI (VIA ADELIA CHOHFI)
4016-10 TERM SAO MATEUS - JD RODOLFO PIRANI (VIA SAPOPEMBA)
3141-10 TERM. SAO MATEUS - TERM. PQ. D.PEDRO II
374T-10 CIDADE TIRADENTES - METRÔ VERGUEIRO
4018-10 METALÚRGICOS - TERM SÃO MATEUS
519M-10 SÃO MATEUS - MUSEU DO IPIRANG
3750-10 CONJ. JOSE BONIFACIO - METRO B
4007-10 COHAB JUSCELINO - TERM VILA CARRÃO
407R-10 TERM VILA CARRÃO - METRÔ BELÉM
3760-10 JARDIM CIBELE - METRÔ TATUAPÉ
4008-10 JD CIBELE - TERM VILA CARRÃO
4315-10 TERM VILA CARRÃO - TERM PQ D PEDRO II
3760-42 JD. N. SRA. DO CARMO - METRÔ TATUAPÉ
4010-10 JD NSA SRA DO CARMO - TERM VILA CARRÃO
407J-10 JD. SOARES - METRO TATUAPE
3764-10 JD. VILA CARRÃO - METRÔ TATUAPÉ
4014-10 JD VILA CARRÃO - TERM VILA CARRÃO
4315-10 TERM VILA CARRÃO - TERM PQ D PEDRO II
2290-10 TERM. SÃO MATEUS - TERM. PQ. D. PEDRO II
3764-21 SANTA BARBARA - METRÔ TATUAPÉ
4014-10 JD VILA CARRÃO - TERM VILA CARRÃO
4315-10 TERM VILA CARRÃO - TERM PQ D PEDRO II
2290-10 TERM. SÃO MATEUS - TERM. PQ. D. PEDRO II
3765-10 JD. SANTO ANDRE - METRO CARRAO
4013-10 JD SANTO ANDRÉ - TERM SÃO MATEUS
407K-10 TERM SÃO MATEUS - METRO CARRÃO
3775-10 JD. RODOLFO PIRANI - METRÔ CARRÃO
4015-10 TERM SAO MATEUS - JD RODOLFO PIRANI (VIA ADELIA CHOHFI)
4016-10 TERM SAO MATEUS - JD RODOLFO PIRANI (VIA SAPOPEMBA)
407K-10 TERM SÃO MATEUS - METRO CARRÃO
3775-51 JD. RODOLFO PIRANI - METRÔ CARRÃO
4015-10 TERM SAO MATEUS - JD RODOLFO PIRANI (VIA ADELIA CHOHFI)
4016-10 TERM SAO MATEUS - JD RODOLFO PIRANI (VIA SAPOPEMBA)
407K-10 TERM SÃO MATEUS - METRO CARRÃO
3781-10 CIDADE TIRADENTES - METRÔ PENHA
407N-10 TERM CID TIRADENTES - METRÔ PENHA
4004-10 TERM CID TIRADENTES - BARRO BRANCO (VIA TEXTEIS)
4005-10 TERM CID TIRADENTES - BARRO BRANCO (VIA SARA KUBITSCHECK)
3790-10 BARRO BRANCO - METRO GUILHERM/ESPER
407L-10 BARRO BRANCO - METRO GUILHERMINA/ESPERANÇA
4034-10 EST. JOSÉ BONIFÁCIO - METRÔ CARRÃO
4312-10 JD MARÍLIA - TERM PQ D PEDRO II
4024-10 COHAB FAZENDA DO CARMO - E T ITAQUERA
403A-10 EST. JOSÉ BONIFÁCIO - TERM. PENHA
4120-10 BARRO BRANCO II - TERM. PQ. D.PEDRO II
4313-10 TERM CID TIRADENTES - TERM PQ D PEDRO II
4004-10 TERM CID TIRADENTES - BARRO BRANCO (VIA TEXTEIS)
4005-10 TERM CID TIRADENTES - BARRO BRANCO (VIA SARA KUBITSCHECK)
4339-10 CIDADE TIRADENTES - TERM. PQ.D.PEDRO II
407P-10 TERM CID TIRADENTES - METRO TATUAPÉ
4017-10 VILA YOLANDA - METALÚRGICOS
4339-51 CIDADE TIRADENTES - TERM. CIDADE TIRADENTES
4004-10 TERM CID TIRADENTES - BARRO BRANCO (VIA TEXTEIS)
4005-10 TERM CID TIRADENTES - BARRO BRANCO (VIA SARA KUBITSCHECK)
574T-10 TERM. SAPOPEMBA/TEOTONIO VILELA - METRO CARRAO
507T-10 TERM. SAPOPEMBA - METRÔ CARRÃO
3306-10 ITAQUERA - PQ D PEDRO II
4001-10 ITAQUERA - TERM VILA CARRÃO
4315-10 TERM VILA CARRÃO - TERM PQ D PEDRO II
312T-10 GUAIANAZES - LARGO DA CONCORDIA
4002-10 GUAIANAZES - TERM VILA CARRÃO
2290-10 TERM. SÃO MATEUS - TERM. PQ. D. PEDRO II
Fonte  - Ultimo Segundo 26/10/2013

Tubulação rompe e 8 mil litros de óleo vazam na Bahia Marina

Meio Ambiente


Divulgação
Óleo vazou na bacia de atracação da Bahia Marina

Da Redação
A Tarde
Cerca de oito mil litros de óleo vazou na bacia de atracação da Bahia Marina. O problema é consequência do rompimento de uma tubulação do posto de combustível do local. De acordo com a Bahia Marina, o vazamento foi identificado na última quinta, 24, e já foi controlado.
A Bahia Marina informou, por meio de nota, que acionou o Plano de Emergência Individual (PEI) ao detectar o problema e contratou a empresa Hidroclean para realizar ações de combate à emergência e fazer o biomonitoramento ambiental para avaliar eventuais impactos para a vida marinha.
Segundo a empresa, o óleo que vazou é diesel marítimo, portanto tem um maior grau de volatilidade e é foto-oxidável, o que faz evaporar e degradar com os raios solares. De acordo com os técnicos, o vazamento não deve provocar "consequência significativa para o meio ambiente".
Fonte - A Tarde  26/10/2013

Mais 2.167 profissionais estrangeiros do Mais Médicos começam a chegar aos estados

Saúde

Da Agência Brasil
foto - ilustração
Brasília – Mais 2.167 profissionais estrangeiros do Programa Mais Médicos chegam às capitais do país neste fim de semana. Eles integram a segunda etapa do programa e vão começar a trabalhar a partir do dia 4 de novembro, em 783 municípios, segundo o Ministério da Saúde. No grupo, estão 2 mil cubanos, que vieram por meio da parceria do governo brasileiro com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).
De acordo com a pasta, os profissionais passaram por três semanas de avaliação em universidade federais em Brasília, Fortaleza, Belo Horizonte e Vitória. Antes de se deslocarem para as cidades onde irão trabalhar, os médicos estrangeiros vão estudar, por uma semana, os problemas de saúde mais comuns em cada região.
O Nordeste é a região que receberá o maior número de profissionais, 928. Em seguida, vêm o Sudeste (517), o Norte (358), o Sul (244) e o Centro-Oeste (120).
Com os novos médicos, a cobertura do programa passará de 5 milhões para 13 milhões de brasileiros, conforme o ministério. Os profissionais do programa recebem bolsa de R$ 10 mil por mês e ajuda de custo, pagos pelo Ministério da Saúde. Os municípios são responsáveis por garantir alimentação e moradia.
Fonte - Agência Brasil  26/10/2013

Dilma anuncia R$ 5,4 bilhões em investimentos para mobilidade urbana em São Paulo

Mobilidade

foto - ilustração
A presidenta Dilma Rousseff anunciou, nesta sexta-feira (25), em São Paulo, um pacote de R$ 5,4 bilhões em investimentos para a expansão da Linha 2 do metrô (Vila Prudente -Vila Formosa), expansão da Linha 9 do trem urbano para a Zona Sul e a implantação de trem urbano Linha Zona Leste-Aeroporto de Guarulhos, além da modernização de 19 estações do trem metropolitano.
“Investir em metrô é absolutamente essencial, no mínimo, por dois motivos. Primeiro, porque garante um transporte sem interrupção do trânsito, com capacidade de escoamento diferenciada, rápida, eficiente e segura. Segundo, porque o metrô é o grande eixo de integração de modais em qualquer sistema de transporte do mundo, principalmente em áreas conurbadas, ou metropolitas adensadas, como é a de São Paulo”, explica Dilma.
Antes, no Twitter, a presidenta também lembrou que o governo federal está colocando R$ 21 bilhões de investimento em mobilidade urbana em São Paulo, que viabilizam um investimento total de R$ 33 bilhões. O financiamento tem prazo de 30 anos, com cinco anos de carência e juros subsidiados.
Fonte  - Blog do Planalto 25/10/2013


Especialista russa fala dos projetos de desenvolvimento da capital russa

Internacional

foto - ilustração
Entrevista: Olga Papadina, diretora-geral do Fórum Urbano de Moscou


A delegação do Fórum Urbano de Moscou está de passagem pelo Brasil acompanhando a conferência Urban Age, realizada no Rio de Janeiro entre os dias 23 e 25 de outubro. A equipe russa pretende estabelecer uma cooperação com o Brasil na troca de experiências sobre o desenvolvimento de periferias em grandes cidades, tema central do Fórum Urbano de Moscou deste ano, que será realizado entre os dias 5 e 7 de dezembro.
Em entrevista exclusiva ao repórter Serguey Monin da Rádio Voz da Rússia e ao site Diário da Rússia, a Diretora-Geral do Fórum Urbano de Moscou, Olga Papadina, falou sobre seus principais projetos, os recentes avanços urbanísticos de Moscou e o tipo de cooperação que estabelecerá com outras grandes cidades do mundo.

Voz da Rússia – O que é o Fórum Urbano de Moscou? Qual é a importância de um evento como esse?
Olga Papadina – O Fórum Urbano de Moscou é uma conferência internacional dedicada a temas relacionados com a construção da cidade, arquitetura, política social e econômica das cidades e todas as disciplinas que giram em torno da questão do urbanismo. O Fórum pretende determinar o lugar de Moscou na agenda urbanística global. Nós vamos receber uma grande quantidade de delegados internacionais com autoridades de grandes metrópoles, e o Prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, discutirá as problemáticas apontadas pelo comitê e pelo conselho de especialistas, sendo que neste ano os prefeitos das grandes metrópoles abordarão as possibilidades, os problemas e os caminhos para o desenvolvimento das periferias das cidades.

VR – Qual é o principal objetivo desta visita ao Rio de Janeiro?
OP – Nos dias 24 e 25 de outubro, será realizada no Rio de Janeiro a conferência Urban Age, que é um projeto ligado à London School of Economics. É um grande projeto dedicado ao urbanismo, reunindo uma grande quantidade de especialistas internacionais. Portanto, nós viemos participar das discussões propostas pela agenda da Urban Age e convidá-los para o nosso Fórum.

VR – Qual é o grau de cooperação que vocês pretendem alcançar entre o Brasil e a Rússia, ou mais especificamente, entre o Fórum Urbano de Moscou e o Urban Age, realizado no Rio de Janeiro?
OP – Rio de Janeiro e São Paulo são metrópoles globais, cidades que crescem muito rápido, e que se encontram em um situação similar a de Moscou, no que diz respeito ao número de problemas e o tipo de problemas que enfrentamos. Por isso, é claro que é muito interessante para nós que os nossos prefeitos e autoridades das nossas cidades se encontrem, conversem, discutam os problemas em comum e busquem caminhos de resolução em conjunto. Portanto, o Fórum Urbano de Moscou como a conferência Urban Age são plataformas para debates. É compreensível que devemos buscar solucionar os problemas em conjuntos, compartilhar experiências.

VR – Antes de continuar falando sobre o sua visita ao Rio de Janeiro, gostaria de saber quais são os atores que vão participar do Fórum Urbano de Moscou e qual é a programação do evento?
OP – O tema geral do Fórum é a questão do desenvolvimento das periferias. O 1° dia do evento, 5 de dezembro, contará com a participação de muitas delegações internacionais. Além da delegação brasileira, esperamos a delegação de Londres, Pequim, Barcelona, Mumbai, Jacarta, Istambul, entre outros. Primeiramente, estas delegações acompanharão a apresentação das pesquisas que nós iniciamos este ano, que tratam do desenvolvimento das periferias em todas as direções possíveis, como no campo sociológico, econômico, cultural etc. Assim, os delegados voltarão aos resultados das pesquisas, discutirão os interessantes exemplos de desenvolvimento das periferias em suas cidades. Além disso, nós temos muitas sessões sobre problemáticas mais específicas ligadas às questões das periferias, tratando de temas como moradia, construção, planejamento estratégico, questões ligadas à integração de diferentes camadas sociais, preservação de legados históricos, desenvolvimento de museus em periferias. São os temas que nós pretendemos discutir no primeiro Dia Global do Fórum Urbano de Moscou.

VR – Do que se trata este projeto paralelo ao fórum chamado “O Que Quer Moscou?”?
OP – “O Que Quer Moscou?” é um projeto de crowdsourcing (modelo de produção de conhecimentos coletivos e voluntários) que, através de um site, recolheu ideias dos moradores de Moscou sobre o que eles querem para a sua cidade. Assim, todos os moscovitas puderam expressar suas ideias para o projeto da cidade, respondendo às perguntas sobre o que poderia influenciar e transformar para melhor a vida na cidade. Foi uma oportunidades para que a população pudesse se expressar fortemente sobre o que os moradores da cidade gostariam que acontecesse de transformador em Moscou. No final das contas, foram escolhidas, aproximadamente, duas mil ideias abrangendo esferas muito diferentes. Em seguida, essas ideias foram passadas para arquitetos e designers, que podem visualizar estas ideias do ponto de vista profissional. Agora estamos no estágio em que os profissionais estão passando estas ideias para o papel. Assim, já no âmbito do Fórum de Moscou, será organizada uma exposição das melhores ideias deste projeto, que serão apresentadas aos delegados participantes do Fórum. Lembrando que estes delegados são os administradores da cidade que cuidam do desenvolvimento de Moscou e que podem implementar estas ideias, empresários que podem investir em algumas ideias, enfim, são profissionais e especialistas que podem apoiar estes projetos, acrescentar seu ponto de vista e viabilizar a sua realização.

VR – Nos últimos tempos, fala-se muito sobre as transformações que a cidade de Moscou tem sofrido nas áreas de urbanismo e transportes, por exemplo. Como você avalia estas mudanças? No âmbito do projeto “O Que Quer Moscou?”, quais são as principais ideias que os moscovitas apresentaram para novas transformações na cidade?
OP – Sem dúvida nos últimos tempos o governo de Moscou realizou uma grande quantidade de projetos no sistema de transportes. Surgiram os estacionamentos pagos, apareceram ciclistas nas ruas de Moscou, o que antes se via muito raramente. Foram criadas muitas estações de metrô novas. É claro que todos estes projetos melhoram a vida da cidade, deixando-a mais interessante e confortável. Muitas ideias que recebemos do site do projeto “O Que Quer Moscou?” estão relacionadas justamente com o sistema de transportes. Primeiramente, as pessoas se interessam muito pelo desenvolvimento da prática do ciclismo como meio de transporte. Portanto, com certeza os meios de transporte alternativos vão aparecer cada vez mais em Moscou. E no Rio, as pessoas usam bicicletas como meio de transporte?

VR – Sim, inclusive nos encontramos em uma situação parecida, pois recentemente surgiram no Rio de Janeiro as estações BikeRio, que permitem que as pessoas aluguem as bicicletas em determinados pontos da cidade e as utilizem durante o dia como forma de transporte ou passeio. No Rio de Janeiro, o projeto recebe o incentivo da iniciativa privada. Em Moscou é a mesma coisa?
OP – Exatamente, o mesmo tipo de projeto apareceu na capital russa recentemente e quem o organiza é o Banco Moscou. As pessoas podem pegar a bicicleta em um determinado ponto e entregá-la em outro lugar. Por enquanto, as estações de bicicleta se restringem ao centro da cidade. É um projeto de grande escala que começou este ano.

VR – Nós temos problemas semelhantes, pois aqui o projeto BikeRio não está concentrado no Centro da cidade, mas na Zona Sul, onde ficam os bairros da classe média e alta da cidade. Segundo algumas críticas ao projeto, a distribuição de estações de bicicletas reflete a desigualdade social que existe na cidade. Como as autoridades de Moscou lidam com estes dilemas?
OP – Eu talvez não usaria a palavra desigualdade. Moscou e Rio de Janeiro são cidades enormes, e os bairros se desenvolvem de forma diferente. Se voltarmos ao tema do Fórum, sobre o desenvolvimento da periferia, nós não escolhemos este tema à toa, pois em Moscou existe uma concentração muito grande no centro da cidade, que ocupa somente 7% do território de Moscou. No bairro central da capital russa, estão localizados os centros financeiros, turísticos, educacionais, comerciais. E não existem pontos de expansão destes centros para a periferia. Portanto, eu não falaria em algum tipo de desigualdade entre os bairros, mas que o Centro de Moscou atualmente é predominante, e o fato de que 90% das pessoas moram na periferia e trabalham, estudam e se divertem no centro faz com que este deslocamento gere enormes problemas no tráfego, problemas ecológicos etc. É claro que se falarmos sobre o fato de que nem todos os bairros se desenvolvem igualmente e que todas as metrópoles têm problemas de integração social. Nós vamos discutir estas questões durante o Fórum.

VR – O que é este projeto chamado “Arqueologia da Periferia”? A questão da periferia das grandes cidades será o tema central do Fórum Urbanístico de Moscou?
OP – Sim, todo o fórum será em torno da periferia. “Arqueologia da Periferia” é o nome da pesquisa comparativa internacional que nós iniciamos este ano. A pesquisa é dedicada ao desenvolvimento de bairros periféricos de grandes cidades do mundo. Nossos especialistas fizeram um painel avaliando esta questão em dez cidades do mundo. Infelizmente, o Rio de Janeiro não está incluído no painel, mas São Paulo está. A pesquisa é construída em cinco blocos, e cada bloco é constituída por sua equipe específica de especialistas, composta por profissionais de Moscou e profissionais estrangeiros. Portanto, avalia-se separadamente a economia nas periferias, a administração, arquitetura, cultura e sociologia. Os resultados da pesquisa serão apresentados a todos os prefeitos em um relatório durante o Dia Global do Fórum Urbanístico de Moscou. Em seguida, em sessões separadas que acontecerão durante o fórum, as delegações discutirão os resultados de relatórios por blocos específicos de temas. O importante é que o governo de Moscou quer determinar recomendações práticas a partir dos resultados da pesquisa, comparando as experiências de grandes metrópoles, e verificar como acontece o desenvolvimento da periferia em Moscou e em outras grandes cidades do mundo.
Fonte - Diário da Russia  25/10/2013

Lucro líquido da Petrobras cresce 29% de janeiro a setembro

Economia


A Petrobras divulgou os resultados financeiros referentes ao terceiro trimestre do ano. O lucro líquido, de janeiro a setembro, foi 29% maior do que o alcançado no mesmo período de 2012, ficando em R$ 17,289 bilhões. A estatal justificou o avanço “em função do maior resultado operacional e do menor impacto cambial no resultado financeiro”

Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – A Petrobras divulgou hoje (25), por meio de nota, os resultados financeiros referentes ao terceiro trimestre do ano. O lucro líquido, de janeiro a setembro, foi 29% maior do que o alcançado no mesmo período de 2012, ficando em R$ 17,289 bilhões. A petroleira justificou o avanço “em função do maior resultado operacional e do menor impacto cambial no resultado financeiro”.
Na nota, a estatal informou que houve aumento de 3% no resultado operacional, como reflexo dos ganhos com a venda de ativos e “as menores baixas de poços secos e sub comerciais que compensaram as perdas com a defasagem de preços”.
O lucro líquido no terceiro trimestre, de R$ 3,4 bilhões, foi 45% inferior em relação ao segundo trimestre deste ano, “refletindo o menor lucro operacional, parcialmente compensado pelo melhor resultado financeiro. O resultado operacional foi 51% menor, impactado pelo aumento das importações de derivados e pela maior defasagem no preço dos derivados, decorrente da depreciação cambial aliado ao aumento do preço internacional do petróleo”.
De acordo com a estatal, a produção de petróleo e gás natural totalizou 2,542 milhões de barris de óleo equivalente por dia, na média dos nove meses, 2% inferior ao mesmo período de 2012, “em consequência do declínio natural dos campos, da maior concentração de paradas programadas em 2013 e da venda de ativos no exterior”.
A produção de derivados totalizou 2,131 milhões de barris/dia na média dos nove meses, 7% superior ao mesmo período de 2012, com recorde mensal de processamento em julho e recorde na produção de diesel e gasolina em agosto”.
O detalhamento dos resultados da estatal será feito pelos diretores Almir Barbassa (Financeiro e de Relações com Investidores), José Alcides Santoro (Gás e Energia), José Carlos Cosenza (Abastecimento) e José Miranda Formigli (Exploração e Produção), na próxima segunda-feira (28), a partir das 10h, para investidores e analistas. Após haverá coletiva de imprensa, às 12h, na sede da companhia, no centro do Rio.
Fonte - Agência Brasil  25/10/2013

CBTU-Belo Horizonte debate participação do Metrô na Copa 2014

Mobilidade

CBTU - Belo Horizonte
foto - ilustração
A participação da CBTU-Belo Horizonte no contexto da mobilidade urbana da Copa de 2014 foi tema da reunião entre o superintendente Jorge Vieira, o secretário municipal extraordinário da Copa em Belo Horizonte, Camillo Fraga Reis, o presidente da BHTrans, Ramon Victor César, o gerente de operações do metrô, Adão Guimarães e o gerente de marketing da secretaria da Copa, João Gomide.
Qualquer que seja o destino, o torcedor contará com a rapidez do metrô que terá pelo menos quatro estações diretamente ligadas ao circuito Copa 2014, entre as quais, as estações: Central, Gameleira, Santa Efigênia e Minas Shopping.
Segundo o Secretário Camillo Fraga o metrô será fundamental durante os seis jogos da competição programados para a capital, entre os dias 12 junho e 13 de julho de 2014. “O transporte sobre trilhos é um sistema estrutural na matriz da mobilidade urbana durante a Copa, por isso a urgência em desenvolvermos ações conjuntas para todo o período da competição”, justifica.
Para o superintendente, Jorge Vieira, a aproximação entre os órgãos vai orientar a preparação de cenários mais adaptados às demandas do Mundial de 2014. “As novas propostas formatadas para a Copa dão ao metrô lugar de destaque no deslocamento de pessoas e essa integração com os demais órgãos será indispensável para atender adequadamente aos mais de 15 mil turistas que são esperados para o evento na capital mineira.”
Copa de recordes - Durante a Copa das Confederações, realizada em junho de 2013, o metrô de Belo Horizonte registrou pelo menos quatro recordes de passageiros e a elevação do número de usuários teve um crescimento médio de 10 mil passageiros por dia útil.
O gerente de Operações da CBTU, Adão Guimarães, estima que em 2014 a demanda de usuários ultrapasse os 10% registrados durante a Copa das Confederações.
Fonte - ABIFER  25/10/2013

Monumento anterior aos Vikings é descoberto em obra de trem na Suécia‏

Internacional


UOL
Vista aérea da região do velho Upsal, na Suécia, mostra buracos e restos de pilares que foram encontrados durante uma obra de trem - a maior das fileiras chega a um quilômetro de extensão. De acordo com o Conselho Nacional Sueco do Patrimônio, trata-se de um monumento da Idade do Ferro, anterior à era dos Vikings, que marcava o acesso ao histórico centro comercial e religioso do país.
Arqueólogos suecos anunciaram nesta sexta-feira (18) a descoberta do maior monumento da Idade do Ferro do país, na região do Velho Upsal, anterior à era viking.
Os pesquisadores se preparavam para escavar o solo para a construção de uma nova linha de trem, 70 km ao Norte de Estocolmo, quando se depararam com duas fileiras de pilares de madeira.
Lena Borenius-Joerpeland, arqueóloga do Conselho Nacional Sueco do Patrimônio, indicou que o monumento, perto de uma necrópole da Idade do Ferro escandinava, parece remontar ao século 5.
A maior das duas fileiras tem um quilômetro de extensão e conta com 144 pilares. A outra tem a metade disso. "Os pilares eram altos, talvez medindo entre oito e dez metros", explicou Lena.
"Eram vistos a uma grande distância e, provavelmente, marcavam o acesso ao Velho Upsal", prosseguiu. "Poderia se tratar de uma demarcação territorial ou religiosa", acrescentou.
Hoje só se encontram conservados alguns restos de pilares, e os buracos nos quais eles estavam colocados. Na Idade do Ferro na Escandinávia, o Velho Upsal era um importante centro de comércio, religião, artesanato e administração judicial.
Os arqueólogos encontraram também ossos de cavalos, vacas e porcos nos buracos dos pilares: provas, segundo eles, de que ali eram sacrificados animais.
No entanto, quem ergueu o monumento e com que propósito permanece um mistério. "Poderia ser um marco territorial ou uma demarcação religiosa", disse.
Fonte - CFVV Sul de Minas  25/102013

AS LIÇÕES DE LIBRA

Política

Mauro Santayana - JB

A mobilização de várias organizações, e a greve dos petroleiros, com a apresentação de dezenas de ações na justiça, não conseguiu impedir que o Leilão de Libra fosse realizado, com a vitória de duas estatais chinesas, duas multinacionais européias, e participação, em 40%, da Petrobras.
Obviamente, do ponto de vista do interesse nacional, o ideal seria que o negócio tivesse ficado totalmente com a Petrobras, ou melhor, com outra empresa, 100% estatal e brasileira (a PPSA não tem estrutura de produção própria) que fosse encarregada de operar exclusivamente essas reservas.
Não podemos esquecer que a Petrobras – por obra e arte sabe-se muito bem de quem - não é mais uma empresa totalmente nacional. Os manifestantes que enfrentaram a polícia, nas ruas do Rio de Janeiro, ontem, estavam – infelizmente - e muitos nem sabem disso, defendendo não a Petrobras do “petróleo é nosso”, mas uma empresa que pertence, em mais de 40%, a capitais privados nacionais e estrangeiros, que irão lucrar, e muito, com o petróleo de Libra nos próximos anos.
De qualquer forma, a lei de partilha, da forma como foi aprovada, praticamente impedia que a Petrobras ficasse com 100% do negócio. Além disso, institucionalmente, a empresa tem sido sistematicamente sabotada, nos últimos anos, pelo lobby internacional do petróleo. E cometeram-se, no Brasil, diversos equívocos que a enfraqueceram empresarialmente, o mais grave deles, o incentivo dado à venda de automóveis, sem que se tivesse assegurado, primeiro, fontes alternativas – e, sobretudo nacionais – de combustível.
A questão geopolítica é, também, bastante delicada. O Brasil lançou-se, com determinação e talento, à pesquisa de petróleo na zona de projeção de nosso território no Atlântico Sul, antes de estar militarmente preparado para defendê-la.
O embate entre certos segmentos da reserva das Forças Armadas - principalmente aqueles que fazem lobby ou estão ligados a empresas de países ocidentais – e militares nacionalistas que propugnam que se busque tecnologia onde ela esteja disponível, como os BRICS, tem atrasado o efetivo rearme do país, que, embora necessário, deve ser conduzido com cautela, para não provocar nem atrair demasiadamente a atenção de nossos adversários.
O mundo está mudando, e o Brasil com ele. Seria ideal se pudéssemos simplesmente virar as costas para os países ocidentais - que sempre exploraram nossas riquezas e tudo fizeram para tolher nosso desenvolvimento - e nos integrarmos, de uma vez por todas, ao projeto BRICS, e a países como a China e a Índia, que estarão entre os maiores mercados do mundo nas próximas décadas.
Esse movimento de aproximação com os maiores países emergentes – lógico e inevitável, do ponto de vista histórico – terá que ser feito, no entanto, de forma paulatina e ponderada. Parte da sociedade ainda acredita – por ingenuidade, interesse próprio ou falta de brio, mesmo – que para sermos prósperos e felizes basta integrarmo-nos e sujeitarmo-nos plenamente à Europa e aos Estados Unidos. E que temos que abandonar toda veleidade de assumir um papel de importância no contexto geopolítico global, mesmo sendo a sexta maior economia e o quinto maior país do mundo em território e população.
É essa contradição e esse embate, que vivemos hoje, em vários aspectos da vida nacional, incluindo a defesa e a exploração de petróleo. É preciso explorar o petróleo do pré-sal e nos armar, para, se preciso for, defendê-lo. Mas, nos dois casos, não podemos esperar para fazê-lo nas condições ideais.
O resultado do Leilão de Libra reflete, estrategicamente, essa contradição geopolítica. Mesmo que esse quadro não tenha sido ponderado para efeito da negociação, ele sugere que se buscou uma solução feita, na medida, para agradar a gregos e troianos. Sem deixar de mandar um recado aos norte-americanos.
Independente da questão de capital e de tecnologia – a da Petrobras é superior à dos outros participantes do consórcio – poderíamos dizer que:
a) Os chineses entraram porque, como membros do BRICS, e parceiros antigos em outros projetos estratégicos, como o CBERS, não poderiam ficar de fora.
b)Os franceses foram contemplados porque são também parceiros estratégicos, no caso, na área bélica, por meio do PROSUB, na construção de nossos submarinos convencionais e atômico.
c) Os anglo-holandeses da Shell – mais os ingleses que os holandeses – entraram não só para reforçar a postura de que o Brasil não estava fechando as portas ao “ocidente”, mas também para tapar a boca de quem, no país e no exterior, dizia que o leilão estaria fadado ao fracasso devido à ausência de capital privado.
O lobby internacional do petróleo, no entanto, não descansa. Antes e depois do resultado do leilão, já podia ser lido em dezenas de jornais, do Brasil e do exterior, que o modelo de partilha, do jeito que está, é insustentável e terá que ser mudado.
Apesar da declaração do Ministro de Minas e Energia de que o governo não pretende alterar nada – e da defesa dos resultados do leilão feita pela Presidente da República na televisão – já se fala na pele do urso e as favas se dão por contadas.
Os argumentos são de que não houve concorrência – interessante, será que o “mercado” pretendia que o governo ficasse com mais petróleo do que ficou? – que a Petrobras não tem escala para assumir os poços que serão licitados no futuro – uma “consultoria” estrangeira disse que a Petrobras já está com “as mãos cheias” com Libra, e as exigências de conteúdo local.
Isso tudo quer dizer o seguinte: a guerra pelo petróleo brasileiro não acaba com o leilão de Libra. Ela está apenas começando, e vai ficar cada vez pior. Já que não podemos ter o ideal, fiquemos com o possível. Os desafios para a Petrobras, daqui pra frente, serão tremendos, tanto do ponto de vista institucional, quanto do operacional, na formação e contratação de mão de obra, no gerenciamento de projetos, no endividamento, no conteúdo nacional.
É hora de cerrar fileiras em torno daquela que é – com todos os seus problemas - a nossa maior empresa de petróleo.
A sorte está lançada. A partir de agora, os adversários do Brasil, e da Petrobras, vão fazer de tudo para que ela se dê mal no pré-sal.
Fonte -  Mauro Santayana  25/10/2013

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Metrô com passagem a R$ 0,10 - CALMA..... isso só na Coreia do Norte

Metrô

Terra
foto - ilustração
Criadas entre 1969 e 1972, as duas linhas de metrô que servem 17 estações em Pyongyang carregam, diariamente, 500 mil norte-coreanos - um quarto da população da cidade. No terceiro dia de viagem, fomos ver como funciona o metrô mais profundo do mundo.
A 100 metros do solo, o ar é úmido e ocre - tanto pela profundidade quanto pelo número de pessoas que enchem os carros. Mr. Kim, nosso guia local, me diz que, em dias de feriado nacional, o número de passageiros chega a 6 milhões.
Para turistas como o nosso grupo, apenas duas estações estão abertas à visitação. Entramos em Konguk e descemos em Yonggwang - duas belíssimas estações decoradas aos moldes do metrô de Moscou. Do topo da entrada até o subsolo, encontramos norte-coreanos surpreendentemente sorridentes. Uma mãe diz ao seu bebê para nos abanar e dizer "hello". Todos abanam uns aos outros - norte-coreanos e o nosso grupo de turistas. "É sempre assim, e todas as estações são igualmente decoradas", conta Mr. Kim.
Em Yonggwang temos a oportunidade de ver as pessoas indo e vindo de seus trabalhos. São 10h e as ruas estão cheias. Com um salário mínimo de cerca de US$ 50 (pouco mais de R$ 100), o transporte público é quase a única opção de transporte (além das bicicletas, que enchem o país) devido ao seu baixo custo - uma viagem de ônibus ou metrô custa US$ 0,05 (R$ 0,10), enquanto o quilômetro da corrida de um táxi pesa dez vezes mais no bolso dos moradores da capital.
À tarde é hora de voltar ao nosso meio de transporte oficial. O ônibus corre sobre uma estrada esburacada e, três horas depois, chegamos a Kaesong. É lá que ainda se mantém aberta para visitação a casa dos pais e avós de Kim Il-sun. Foi lá também que o "Grande Líder" nasceu e foi de lá que ele saiu, aos 13 anos, com a ideia fixa "de libertar o país da ocupação japonesa", diz a guia local.
Kim Il-sun não retornou à sua terra natal até que a sua promessa estivesse cumprida. E é por isso que o local mantém uma "aura de santidade". As guias pedem que ninguém pise na grama, não fale alto e muito menos saia correndo pelo gigantesco parque que circunda a antiga morada da família.
Nosso pequeno trio de turistas fica para trás, esperando a guia a apresentar todos os aposentos em inglês. Depois, temos de correr para alcançar o grande grupo, entrar novamente no ônibus e encarar, pela mesma rua esburacada, as três horas de estrada que nos separam do huo guo - um tipo de fondue bem comum em ambas as Coreias e também na China.
O restaurante, como todos os outros a que fomos levados, fica no meio do nada. Nosso ônibus entra em uma pequena viela dentro de um condomínio e, depois de muita manobra para dobrar no final da rua, estamos no meio de um terreno em construção - somente o nosso restaurante está finalizado.
À porta do prédio, uma senhora vende espetinhos de carneiro e maçãs e peras. Seria a primeira e a última vez que eu veria frutas na Coreia do Norte. A agricultura local não dá conta nem mesmo da plantação de arroz - o mais básico dos alimentos na Ásia. Em abril deste ano, depois de a China cortar o auxílio a Kim Jong-un, Pyongyang solicitou doações da Mongólia.
Mr. Kim diz que está cansado da viagem e não nos leva para um outro passeio noturno. Voltamos ao hotel e ficamos jogando pôquer e tomando cerveja norte-coreana.
Fonte - Revista Ferroviária  25/10/2013

Sistema que reduz espera no Metrô SP só funciona aos domingos

Metrô

Ultimo Segundo
foto - ilustração
Anunciado pelo governo do Estado como uma das principais soluções para acabar com a superlotação no Metrô de São Paulo, um equipamento comprado em 2008 por R$ 750 milhões só funciona aos domingos e apenas na Linha 2-Verde.
De acordo com a Alstom - empresa que vendeu o sistema -, o Controle de Trens Baseado em Comunicação (CBTC na sigla em inglês) permitirá reduzir de 200 metros para 70 metros a distância entre as composições, diminuindo em 20% o tempo de espera para o usuário. Com o sistema, até oito novos trens poderão ser colocados em circulação, diminuindo a superlotação.
Segundo o projeto original, o CBTC deveria estar completamente instalado na Linha 2 em dezembro de 2009 e, em 2011, também nas linhas 1-Azul e 3-Vermelha. Sem cumprir o cronograma, o Metrô voltou a prometer a instalação do equipamento para janeiro deste ano. O sistema, no entanto, só chegou à Linha 2 em outubro, depois de um ano em testes.
Questionada pela reportagem, a assessoria do Metrô confirmou que não há previsão para que o serviço passe a funcionar durante a semana, embora os testes aos domingos já ocorram há dois meses. Sem cravar uma data, a empresa planeja estender o serviço para os sábados a partir de novembro.
Segundo Paulo Pasin, presidente da Federação Nacional dos Metroviários e funcionário do Centro de Controle do Metrô paulista, somente no Metrô de São Paulo o CBTC foi comprado para ser instalado em composições que já funcionam. “É o único caso no mundo em que se troca o sistema em linhas que já estão em exploração, por isso a demora.” Pasin afirma que o software já está em sua "11ª versão”. “A cada erro, é preciso corrigir tudo.”

Superlotação
A superlotação chegou à Linha-Verde em 2011, quando atingiu o índice internacional de seis pessoas por metro quadrado no horário de pico, das 6h às 9h e das 17h às 19h. Na Linha-Vermelha, a mais congestionada, esse índice é de dez pessoas por metro quadrado.
“Os trens chegam a ser mais rápidos que o Metrô", afirma o publicitário Felipe Paludetti (25), que utiliza um trem da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) antes de embarcar na Linha 2 do Metrô em direção à Vila Madalena, onde trabalha. Na última quarta-feira (16), ele ficou na estação Tamanduateí por 40 minutos. "Como os trens chegam mais rápido que o Metrô da Linha 2, a CPTM vai depositando usuários na estação, deixando ela lotada."
Fonte - Revista Ferroviária 25/10/2013

Mudança em traçado do VLT de Santos já era prevista

VLT

Ultimo Segundo
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Nesta quinta-feira (24/10), foi realizada uma reunião entre o prefeito Paulo Alexandre Barbosa, um grupo de vereadores, o engenheiro da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) e gestor da obra, Carlos Romão Martins, e o presidente da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), Antônio Carlos Silva Gonçalves, e outros técnicos.
O assunto foi a obra do VLT da Baixada Santista, que prevê toda a remodelação da Avenida Francisco Glicério. As calçadas passarão dos atuais 3,37 metros para 3,50 m, a ciclovia de 2 m para 2,50 m e a pista de veículos de 7 m para 9 m, além da redução do estágio semafórico (aumento do tempo verde e a redução do vermelho e amarelo).
O VLT não será em linha férrea. O prefeito Paulo Alexandre explicou que o traçado já estava previsto no EIA-RIMA (Estudo e Relatório de Impacto Ambiental) do empreendimento, em 2008, e mostrou os resultados de estudos que apontam os prejuízos ao trânsito com a passagem pela antiga linha férrea.
O relatório de 2008 mostrava que, caso o VLT seguisse na mesma área da linha férrea, os veículos que trafegam no sentido praia-Centro pelas avenidas Bernardino de Campos (canal 2), Ana Costa e Washington Luís (canal 3) não poderiam fazer a conversão na Francisco Glicério durante as passagens das composições. E os veículos que trafegam pela Francisco Glicério em direção ao canal 1 também não conseguiriam fazer a conversão para estas vias (Ana Costa e canais 2 e 3) em direção à região central, com prejuízos aos tráfego na avenida e aumento do tempo de viagem das pessoas no trânsito.
Fonte - Revista Ferroviária 25/10/2013

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Economistas que privatizaram Vale deveriam se envergonhar de criticar Libra

Política

Jornal do Brasil
O Campo de Libra foi vendido por R$ 15 bilhões e demandará um investimento inicial de R$ 770 milhões por ano apenas para dar início à montagem de sua estrutura para exploração de petróleo no pré-sal. Esses investimentos durarão alguns anos até que a extração esteja a todo o vapor.
Este pesado investimento inicial se multiplicará no Brasil, resultando em criação de empregos e literalmente injetando combustível no desenvolvimento industrial, naval e de infraestrutura.


Quando a Vale do Rio Doce foi privatizada, em 1997, era uma empresa saudável, que não precisava de investimento e gerava lucro. Na ocasião, ela custou cerca de R$ 3,3 bilhões, o que equivaleria hoje a R$ 12,2 bilhões. Quem a adquiriu obteve retornos magníficos, com o valor do minério saltando de US$ 15 para US$ 120 a tonelada. Seu valor de mercado atualmente é de R$ 183 bilhões.Leilão do Campo de Libra é concretizado. Injeção de R$ 15 bilhões

Contudo, a Vale privatizada não seguiu os mesmos trilhos da projeção de seus números, pelo menos no que diz respeito à geração de empregos. Não foram poucas as demissões - 1.300 em 2008 -, que levaram inclusive o então presidente Lula a reagir energicamente.
Os homens da época deveriam se envergonhar de, hoje, falar em privatização quando se referem ao leilão de Libra. O país deveria cobrar o fim da vida pública desses homens pelas depredações que fizeram no patrimônio nacional.
Citamos a Vale porque não queremos fazer aproximações com a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), vendida em 1993 a R$ 1,2 bilhão, valor que hoje equivale a aproximadamente R$ 5 bilhões, e cujo atual valor de mercado é de R$ 17 bilhões.
Ou mesmo com a Light, vendida em 1996 por cerca de R$ 2,2 bilhões, que corrigidos dariam R$ 4 bilhões, e cujo valor de mercado atual é de R$ 8.8 bilhões. Hoje, os dividendos dos lucros distribuídos aos acionistas somados ao atual valor de mercado da empresa ultrapassam estes R$ 8,8 bilhões. Vale lembrar também que, recentemente, uma participação pequena da empresa foi negociada a R$ 2 bilhões.
Ou ainda da Telebrás, privatizada em 1998, quando foi vendida por cerca de R$ 22 bilhões, valor que hoje equivale a R$ 76 bilhões. Somente a Telefônica, que integrava o grupo da Telebrás, vale hoje no mercado R$ 54 bilhões.
Lamentavelmente, as últimas manifestações públicas do FMI - a quem o Brasil já foi devedor e hoje é credor, graças a empréstimos feitos no governo Lula - nos permite imaginar que há um início de tentativa de forçar agências de risco a preparar, por razões políticas, um rebaixamento da nota do Brasil.
Fonte - Jornal do Brasil 24/10/2013

Decreto estabelece normas para política de livre acesso nas ferrovias a serem concedidas

Transporte Sobre Trilhos

Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
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Brasília – O governo publicou hoje (24), no Diário Oficial da União, decreto que institui a política de livre acesso ao subsistema ferroviário federal. O objetivo é desenvolver o setor ferroviário e promover a competição entre os operadores.
O decreto oficializa as mudanças que já tinham sido anunciadas para as próximas concessões de ferrovias no país, no âmbito do Programa de Investimentos em Logística. Haverá uma separação entre as outorgas para a exploração da infraestrutura ferroviária e para a prestação de serviços de transporte ferroviários.
Segundo o decreto, os usuários e operadores ferroviários terão garantia de acesso a toda malha integrante do subsistema ferroviário federal, com remuneração dos custos fixos e variáveis da concessão para exploração da infraestrutura. A Valec, estatal do setor ferroviário, será responsável por gerenciar a capacidade de transporte do sistema, inclusive mediante comercialização da capacidade operacional de ferrovias.
Para assegurar a implantação da política de livre acesso ao subsistema ferroviário federal, a modicidade tarifária e a ampla e livre oferta da capacidade de transporte a todos os interessados, a Valec vai adquirir o direito de uso da capacidade de transporte das ferrovias que vierem a ser concedidas e vender capacidade para os usuários que quiserem transportar carga própria a operadores ferroviários independentes e a concessionários de transporte ferroviário que podem adquirir parte da capacidade das ferrovias. A venda da capacidade deverá ser precedida de oferta pública, com critérios objetivos e isonômicos.
Fonte  Agência Brasil  24/10/2013

Ipea: mais da metade dos domicílios do país têm ao menos um veículo

Cidades

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A proporção, relativa a 2012, representa aumento de 9 pontos percentuais na comparação com 2008, quando 45% dos lares tinham um veículo particular. A tendência, segundo comunicado do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, é que o número aumente nos próximos anos. O cenário indica maiores desafios para gestores dos sistemas de mobilidade

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Mais da metade dos domicílios brasileiros (54%) contam com pelo menos um automóvel ou uma motocicleta para o deslocamento dos seus moradores. Essa proporção, relativa a 2012, representa um aumento de 9 pontos percentuais na comparação com 2008, quando 45% dos lares tinham um veículo particular. A tendência, segundo comunicado divulgado hoje (24) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), é que o número aumente ainda mais nos próximos anos.
O cenário, segundo o Ipea, aponta, de um lado, para o maior acesso da população, inclusive os segmentos de menor renda, aos automóveis. De outro, indica intensificação dos desafios para os gestores dos sistemas de mobilidade, uma vez que a maior taxa de motorização dos brasileiros contribui para elevação no número de acidentes, de congestionamentos e dos índices de poluição.
Problemas relativos à mobilidade urbana, especialmente em regiões metropolitanas, foram apontados como estopim das mobilizações que levaram às ruas, em diversas cidades do país, milhares de brasileiros, em junho.

De acordo com o documento, o fato de grande parte da população ainda não ter a propriedade de veículos pode contribuir para uma piora ainda mais intensa nesse quadro nos grandes centros urbanos, sobretudo nas regiões com menor percentual de motorização (Norte e Nordeste).
"Cada vez mais, os domicílios de baixa renda terão acesso ao veículo privado, já que metade deles ainda não tem automóvel ou motocicleta, e as políticas de incentivo à sua compra são muito fortes", diz o texto. "Resta ao poder público estabelecer políticas para mitigar as externalidades geradas pelo aumento do transporte individual, já que as tendências apresentadas corroboram a tese de piora das condições de trânsito nas cidades brasileiras", acrescentam os técnicos do Ipea, no comunicado.
Considerando a posse de veículos privados por estado, o levantamento revela que os maiores índices são verificados em Santa Catarina (onde 75% dos domicílios têm carro ou moto), no Paraná (68%) e no Distrito Federal (64%). Por outro lado, Alagoas (32%) tem o menor índice de motorização por domicílio.
O levantamento também traz dados sobre o tempo de deslocamento entre casa e trabalho. Dois terços (66%) da população gastam até 30 minutos diariamente nesse trajeto, "mas há uma clara tendência de piora, em função do crescente aumento da taxa de motorização da população conjugado com a falta de investimentos públicos nos sistemas de transporte público ao longo das últimas décadas". Ainda segundo o documento, 10% gastam mais de uma hora nesse deslocamento.
O estudo do Ipea mostra ainda que as políticas de auxílio ao transporte, como o vale-transporte, atingem pouco as classes sociais mais baixas. Aproximadamente 40% dos trabalhadores brasileiros recebem esse tipo de auxílio, mas os menores percentuais de cobertura estão nas famílias com renda per capita inferior a meio salário mínimo. Segundo o estudo, apenas 11% das famílias nessa condição recebem auxílio-transporte, enquanto entre as famílias com renda superior a cinco salários mínimos o percentual é 36%.
De acordo com o comunicado, esse cenário "levanta questões sobre a eficácia desse tipo de medida, especificamente para os trabalhadores informais e os desempregados".
Fonte  - Agência Brasil  24/10/2013

TAV chinês tem duas vezes mais passageiros que avião

Trem de Alta Velocidade (TAV)

The New York Times
foto - ilustração
Quatro anos atrás, quando foi inaugurada, a estação do serviço de trens de alta velocidade em Changsha costumava ficar quase deserta.
Mas isso é passado. Hoje, quase todos os trens lotam, ainda que partam para cidades de todo o país em intervalos de poucos minutos. Longas filas serpenteiam diante dos guichês de compra de passagens e um ambicioso programa de construção deve em breve quase duplicar o tamanho dessa estação de 16 plataformas.
Apenas cinco anos depois da inauguração do sistema chinês de trens de alta velocidade, ele está transportando duas vezes mais passageiros por mês que as companhias de aviação do país.
Com o tráfego crescendo em 28% ao ano já há alguns anos, a rede ferroviária de alta velocidade da China no começo do ano que vem transportará mais passageiros ao mês do que os 54 milhões transportados pelas companhias de aviação norte-americanas em voos domésticos.
Li Xiaohung, operária em uma fábrica de sapatos, percorre a rota de 690 quilômetros entre Guangzhou, onde vive, e Changsha, onde visita a filha, uma vez por mês. Li costumava ver a filha apenas uma vez por ano, porque a viagem durava um dia inteiro. Agora, faz o percurso em duas horas e 19 minutos.
O sistema de trens de alta velocidade chinês se tornou uma história de sucesso inesperada. Especialistas em transportes e economistas o mencionam como um dos motivos para o crescimento continuado da China quando outras economias em desenvolvimento estão rateando. Mas isso não deixou de ter seus custos: alto endividamento, muita gente desapropriada e um acidente fatal.
O julgamento de dois antigos funcionários de primeiro escalão do Ministério das Ferrovias, acusados de corrupção, algumas semanas atrás, revelou aspectos desfavoráveis das concorrências que decidiram sobre a concessão das linhas ferroviárias.
Mais Produtivos
As linhas ferroviárias de alta velocidade sem dúvida transformaram o país, muitas vezes de modo inesperado.
Um estudo do Banco Mundial mostrou que as cidades conectadas às ferrovias de alta velocidade (mais de cem já são) tendem a apresentar maior crescimento na produtividade de trabalhadores.
O avanço da produtividade ocorre quando empresas se veem a poucas horas de viagem de dezenas de milhões de potenciais consumidores, funcionários e rivais.
"O que vemos é uma mudança na maneira pela qual as companhias fazem negócios", diz Gerald Ollivier, especialista do Banco Mundial.
Fonte  - Revista Ferroviária  24/10/2013

Trem pendular de passageiros em média velocidade (classe 250 km/h)

Transportes sobre trilhos

A ideia de um trem que inclinava (pendular) tornou-se popular nas décadas de 1960 e 70, quando vários operadores ferroviários, impressionados pelos trens de alta velocidade introduzidos em França (TGV) e Japão (Shinkansen), quiseram ter uma velocidade similar sem ter de construir uma linha paralela dedicada (como estes países estavam a fazer, e o Brasil está por fazer).

Por Leoni
foto ilustração - wikipédia
Pendolino (do italiano, diminutivo de pendolo, que significa pêndulo) é a marca de uma série de trens de alta velocidade com tecnologia pendular, desenvolvidos e fabricados pela Fiat Ferroviária (hoje Alstom). São utilizados na Eslovênia, Finlândia, Itália, Portugal, República Checa, Reino Unido e Suíça, ou Acela, seu concorrente americano.
A ideia de um trem que inclinava (pendular) tornou-se popular nas décadas de 1960 e 70, quando vários operadores ferroviários, impressionados pelos trens de alta velocidade introduzidos em França (TGV) e Japão (Shinkansen), quiseram ter uma velocidade similar sem ter de construir uma linha paralela dedicada (como estes países estavam a fazer, e o Brasil está por fazer). Trem pendular é um trem com um mecanismo de suspenção reclinável que permite que ele atinja velocidades avançadas em trilhos de linhas férreas tradicionais. Esse mecanismo, chamado sistema pendular, consiste em eixos com capacidade de se inclinar até 8 graus em relação aos trilhos, permitindo que as curvas possam ser feitas em velocidades de até 230 km/h, sem risco de acidente ou desconforto para os passageiros.
Na Itália foram estudadas várias possibilidades para as linhas em exploração (incluindo um modelo com carros fixos e bancos pendulares). Vários protótipos foram construídos e testados e em 1975 um protótipo do Pendolino, o ETR 401, que foi posto em serviço, construído pela Fiat e usado pela Rede Ferroviária Italiana. Em 1987 começou a ser usada uma nova frota de Pendolinos, os ETR 450, que incorporavam algumas tecnologias do infortunado projeto britânico APT. Em 1993 a nova geração, o ETR 460, entrou em serviço.
Fonte básica; Wikipédia com adaptações.

A grande vantagem da Tecnologia Pendular para trens de passageiros é justamente pelo fato de circular bem em vias sinuosas e curvas fechadas, comum em países europeus, americanos e principalmente brasileiros, sem muitas retificações e com baixo investimento.
Eis aí uma ótima opção para os planejados pelo governo federal para os 21 trens de passageiros regionais, para uso da malha ferroviária brasileira, mediante aproveitamento e remodelação das linhas existentes, sem a necessidade de grandes intervenções.
Os trens pendulares Acela americano (Amtrak) e Superpendolino europeu são tracionados por energia elétrica, inclusive os na versão flex, 3 kVcc / 25 kVca embora existam versões eletricidade-Diesel (ICE-TD), que poderão ser utilizados em cidades onde não possuem alimentação elétrica.
A escolha deste modelo está sendo sugerida por consultorias, como a “Halcrow” no volume 4 parte 2 anexo B Comparação de material rodante, que estudam a implantação dos trens regionais, com futura utilização como TAV quando as suas linhas exclusivas estiverem prontas a partir de 2020, podem ser fabricados com dois pavimentos, e o truque na bitola de 1,6 m que é o mais adequado para as nossas condições, e com freios regenerativos, isto é, geram energia elétrica na frenagem, e são da categoria de velocidade de até 250 km/h.
Pois bem. Não é empregado no Brasil porque a indústria ferroviária transnacional, e aqui instalada, não os fabrica, embora a Bombardier, CAF e a Alstom os fabriquem no exterior.
As montadoras multinacionais, inclusive a Embraer tem condições de fabricá-los no Brasil.
Conclusão: construímos ferrovias para que se adequem aos trens aqui fabricados, e não ao contrário. Isso explica, também, a falta de padrão e uniformidade entre trens e plataformas na CPTM-SP e Supervia-RJ entre outras.
As indústrias não fabricam o que necessitamos. Nós, é que nos ajustamos a elas.
“As verdadeiras convicções não se mostram, provam-se” Lamartine
Postado por Leoni em 24/10/2014

Serra, Alckmin e os "amigos da Alstom"

Política

Por Altamiro Borges
foto - ilustração
O Estadão desta quinta-feira (24) publica uma bomba que justificaria a convocação imediata de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o escândalo de propinoduto tucano. Segundo o jornal, que nunca escondeu seu apoio aos candidatos do PSDB, e-mail do ex-presidente da Alstom no Brasil confirma as suspeitas sobre a existência de um poderoso esquema de corrupção envolvendo a multinacional francesa e os governos tucanos de São Paulo. Reproduzo alguns trechos da matéria:
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Alstom recomenda uso de lobistas e fala em 'amigos políticos' no governo tucano

Fausto Macedo e Ricardo Chapola
Novos documentos enviados pela Procuradoria da Suíça ao Brasil há 20 dias reforçam, segundo investigadores do caso Alstom, suspeitas de corrupção e pagamento de propina em contratos da multinacional francesa no setor de transportes públicos em São Paulo. Em e-mail de 18 de novembro de 2004, o então presidente da Alstom no Brasil, engenheiro José Luiz Alquéres, "recomenda enfaticamente" a diretores da empresa que utilizem os serviços do consultor Arthur Gomes Teixeira, apontado pelo Ministério Público como lobista e pagador de propinas a servidores de estatais do setor metroferroviário do governo paulista, entre 1998 e 2003.
Alquéres, que não está mais no comando da Alstom, destaca o "bom relacionamento" com governantes paulistas. Teixeira, segundo as investigações em curso, era o elo da multinacional com estatais do setor de transporte público de massa. "Temos um longo histórico de cooperação com as autoridades do Estado de São Paulo, onde fica localizada nossa planta", escreveu. "O novo prefeito recém-eleito participa das negociações que vão nos permitir a reabertura da Mafersa como Alstom Lapa. O atual governador também participa".
Na época, José Serra acabara de vencer o pleito municipal e o Palácio dos Bandeirantes estava sob gestão de Geraldo Alckmin, ambos do PSDB. A unidade Alstom Lapa claudicava, em 2004. Com uma carteira minguada de contratos públicos e reduzidos investimentos, aquele setor da empresa, na zona oeste da capital, esteve na iminência de cerrar as portas.
Ao pedir empenho a seus comandados, Alquéres assinala a importância de conquistar novos contratos com o Metrô e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Cita vagamente quatro empreendimentos das estatais. "Tais projetos representam um total de cerca de 250 milhões de euros", observa. "Nesse período de mudanças sofremos duas grandes derrotas em leilões públicos, coisa que não ocorria há anos. Mas ainda podemos ter sucesso nos 4 projetos que o Estado de São Paulo vai negociar ou leiloar nas próximas semanas".
O então presidente da Alstom cita os "amigos políticos do governo" e diz confiar na recuperação da empresa. "O processo está avançando, começo a receber mensagens de parceiros em potencial, e, principalmente, dos amigos políticos do governo que apoiei pessoalmente. A Alstom deve estar presente, como no passado".
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O e-mail do engenheiro, endereçado aos diretores de quatro áreas, com cópia para os mandatários mundiais da Alstom, na França, foi captado pela Procuradoria da Suíça em meio à investigação de polícia criminal que cita João Roberto Zaniboni - ex-diretor de operações e manutenção da CPTM entre 1998 e 2003 - como recebedor de propinas do esquema Alstom.
Há 20 dias chegaram ao Brasil cópias de documentos bancários que mostram depósitos de US$ 836 mil na conta Milmar, alojada no Credit Suisse de Zurique, de titularidade de Zaniboni. Os extratos revelam que Teixeira transferiu US$ 103,5 mil, em maio de 2000, para Zaniboni, por meio da offshore Gantown Consulting. Em dezembro daquele ano, um sócio de Teixeira enviou mais US$ 113,3 mil para o ex-diretor da CPTM. O Ministério Público suíço diz que é dinheiro de propina.
A Procuradoria da Suíça mandou para o Ministério Público cópia do e-mail de Alquéres, que governou a Alstom/Brasil entre os anos de 2000 e 2006. O dossiê faz referência a outra mensagem do engenheiro, que teria sido enviada três dias depois da primeira, para Philippe Mellier, presidente mundial do setor de transporte da Alstom. A Procuradoria assinalou: "E-mail Alquéres para Mellier de 18 de novembro de 2004, com possíveis indícios de atos de corrupção no contexto de projetos de transporte no Brasil".
No e-mail, Alquéres cita que cinco dirigentes, "pessoas chave bem conhecidas", haviam deixado o setor de transportes da Alstom. E fala das relações com o poder. "Três das cinco pessoas que foram dispensadas recentemente, como Carlos Alberto (diretor-geral) e Reynaldo Goulart (Desenvolvimento de Negócios) ou transferidas como Reynaldo Benitez (diretor financeiro) desenvolveram fortes e robustos relacionamentos pessoais com membros da CPTM e do Metrô-SP." Sugere aos pares que busquem os serviços de Teixeira e da empresa dele, a Procint, "que demonstra grande competência em condições 'favoráveis ou desfavoráveis'".
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A reportagem do Estadão deixa nus dois dos principais líderes do PSDB. José Serra, que ainda está na briga para desalojar Aécio Neves e ser o candidato da legenda a sucessão presidencial de 2014, já garantiu várias vezes que nunca teve ligação com os chefões das multinacionais do transporte. Já o governador Geraldo Alckmin tentou se apresentar como vítima de cartéis, jurou inocência e total desconhecimento dos contratos e até montou uma comissão de fachada para apurar o escândalo.
Agora, ambos são apresentados como "amigos da Alstom". Segundo o ex-presidente da multinacional no Brasil, "o novo prefeito recém-eleito participa das negociações que vão nos permitir a reabertura da Mafersa como Alstom Lapa. O atual governador também participa". Apesar das inúmeras provas que pipocam todos os dias, a Assembleia Legislativa de São Paulo se recusa a instalar a CPI para apurar o caso. A maioria tucana sabota todas as iniciativas neste sentido. Com as novas denúncias e, principalmente, com a urgente pressão das ruas será inevitável a convocação da CPI.
Fonte - Blog do Miro 24/10/2013

Primeiro trem do VLT sai de Santos rumo a Cuiabá na semana que vem

VLT

Cenário MT
foto - cenário mt
A primeira composição do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) que rodará em Cuiabá e Várzea Grande a partir de 2014 já está no Porto de Santos (SP) e deve partir rumo a Cuiabá na próxima semana com carretas especiais. A previsão é do secretário Extraordinário da Copa (Secopa), Maurício Guimarães que nesta quarta-feira (16) acompanhou a chegada do primeiro lote de trilhos que serão instalados no Centro de Manutenção e na via permanente.
A estimativa do secretário da Secopa é de que a primeira composição, com sete carros chegue ao pátio do Centro de Manutenção (CM), em Várzea Grande no início do mês de novembro. Até lá, os trilhos já deverão estar instalados no local, para que possam acomodar os trens do VLT. O Governo do Estado encomendou 40 composições para servir duas linhas tronco – Aeroporto-CPA e Coxipó-Centro.
A chegada do primeiro lote de trilhos significou mais um avanço no processo de implantação do VLT em Cuiabá e Várzea Grande. De acordo com a Secopa, ao todo, serão 10 quilômetros de trilhos vignole, totalizando 592 toneladas de material. A primeira carreta com os trilhos vignole chegou na quarta-feira (16), dentro do cronograma previsto pelo Consórcio VLT, cuja carga está sendo armazenada em Várzea Grande.
O outro tipo de trilho, o grooved, será instalado ao longo da via permanente do VLT, num trajeto de aproximadamente 22 km, o que corresponde a aproximadamente 90 km de trilhos (ida e volta). Esse material foi fabricado na Polônia e a previsão é que eles cheguem a Cuiabá em novembro.
O consórcio informou ainda que outras nove carretas chegarão nos próximos dias. Os trilhos foram fabricados na Espanha e serão estocados no pátio do Centro de Manutenção. Boa parte servirá para a área de estacionamento dos trens, de manobras e de manutenções do VLT. Lá mesmo serão realizados os primeiros testes com os veículos que chegam a partir de novembro.
O desembarque dos trilhos na quarta-feira foi um marco para a implantação do novo modal do transporte. Com a chegada dos trilhos vignole, os trabalhos para implantação na via começam imediatamente. A princípio, cerca de 30 colaboradores trabalham no envelopamento dos trilhos, usando o Q-track, material que chegou à cidade em agosto.
O consórcio responsável pela instalação do VLT na capital informou que a preparação dos trilhos será executada de acordo com o cronograma de produção elaborado pelo Consórcio VLT, a partir da chegada de todo o material. Neste início, os trilhos serão instalados na área que compreende o pátio de estacionamento dos trens, o que equivale a cerca de 60% dos 10 km.
De acordo com a Secopa, as obras do Centro de Manutenção prosseguem em ritmo acelerado. Já foi realizado o trabalho de terraplenagem da área do CM e Centro de Controle e Operações (CCO). No fim de agosto começaram as atividades de fundação da edificação da estrutura do CM e CCO, com a execução de estacas.
A equipe de engenharia de produção já vem trabalhando na preparação das bases para o assentamento dos trilhos e colocação de dutos para instalação do sistema elétrico e de telecomunicações. Depois disso pronto, o próximo passo é a instalação dos trilhos.
Paralelamente, seguem à pleno vapor as obras de viadutos e escavações da via permanente em quase 20 frentes de trabalho em Cuiabá e Várzea Grande. A prioridade do consórcio é concluir a linha Aeroporto-CPA antes da Copa do Mundo. O governador Silval Barbosa admitiu pela primeira vez esta semana, que “é possível que o VLT não fique pronto totalmente para a Copa do Mundo, mas, pelo menos a linha ligando o aeroporto ao CPA será entregue até março de 2014”.
Fonte - Revista Ferroviária  23/10/2013

Transporte urbano por trens ganha força

Transportes Sobre Trilhos

Jornal do Commercio
foto ilustração
Enquanto caminham a passos lentos os projetos de transporte de cargas, o uso de trens para transporte de pessoas em grandes cidades começa a se acelerar. Rio de Janeiro, São Paulo,Brasília, Salvador, Belo Horizonte e Fortaleza,entre várias capitais, comandam a retomada das obras de expansão de seus sistemas metroviários,enquanto novas regiões,como Porto Alegre, passarão a dispor do modal.
Outros modelos de transpor semelhantes, como trens urbanos,leves e monotrilhos, também se multiplicam.A Companhia Paulista de Tens Urbanos (CPTM) toca dois grandes projetos,a extensão da mais 4,5 quilômetros na Linha 9 (Esmeralda),e a construção da Linha 13 (Jade),que servirá de acesso ao Aeroporto Internacional de Guarulhos,o mais movimentado do País.
Enquanto isso,a SuperVia,no Rio de Janeiro, investe na modernização completa de seus trens,com a aquisição de 60 novas composições vindas da China,que começarão a entrar em operação em abril.
Cidades do interior do país começam a desenvolver o modal.Sobral,no Ceará,Macaé e Nova Friburgo,no Rio de Janeiro,e Arapiraca, em Alagoas,têm projetos de construção de Veículos Leves sobre Trilhos,mesmo modal que chegará a regiões como a Zona Portuária carioca,o centro de Manaus,e o aeroporto de Brasília.
"Nós colocamos na pauta a mobilidade urbana e demos prioridade ao metrô.É impossível não construirmos metrô",afirmou a presidente Dilma Rousseff ao lançar as obras do metrô de Porto Alegre,no início do mês.
No Brasil,contudo,os projetos ainda estão restritos ao trânsito em grandes conglomerados urbanos.Atualmente,apenas uma Ferrovia interestadual transporta passageiros diariamente, a Vitória aMinas,que liga Belo Horizonte à região metropolitana da capital capixaba. Na ESTRADA DE FERRO CARAJÁS,conecta São Luís,no Maranhão,a Carajás,no Pará,em dias alternados.Ambas as linhas são administradas pela Vale desde meados dos anos 1990,quando os trechos foram privatizados.
Ainda que lentamente,outros projetos semelhantes começam a tomar forma.Os governos de Goiás e do Distrito Federal,além da Superintendência para o Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) lutam para tirar do papel um antigo projeto para a região, um trem ligando Goiânia a Brasília, uma das regiões de maior crescimento econômico do país.Em maio a Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) assinou o contrato para a elaboração do Estudo de Viabilidade Técnica,Econômica e Ambiental para a obra.
Fonte - ABIFER 23/10/2013

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Movimento Passe Livre faz manifestação em São Paulo por melhoria no transporte

Brasil

Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
foto - ilustração
São Paulo – O Movimento Passe Livre (MPL) faz uma manifestação na zona sul da capital paulista por melhorias no transporte público. Os manifestantes saíram em passeata pela Avenida Belmira Marin, nas proximidades do Terminal Grajaú de ônibus, e seguem pela Avenida Senador Teotônio Vilela.
De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), às 20h15, os ativistas ocupavam duas das cinco faixas da avenida. O movimento pede a criação de linhas circulares de ônibus entre os bairros 24 horas por dia, a volta das linhas diretas dos bairros para o centro da cidade, e a construção imediata das estações de trem nos terminais Varginha e Parelheiros, também na zona sul.
De acordo com a Polícia Militar, não houve registro de violência ou confronto. Uma pequena confusão ocorreu porque alguns perueiros tentaram impedir que os manifestantes fechassem todas as faixas da avenida. Uma catraca foi queimada pelos manifestantes, mas a situação se normalizou em seguida.
A manifestação faz parte da Semana de Luta Pelo Transporte Público, promovida pelo MPL. Amanhã (24), está previsto mais um novo ato no Campo Limpo, também na zona sul. Na sexta-feira (25), o protesto deverá ocorrer na Avenida Paulista.
Fonte - Agencia Brasil  23/10/2013

Rússia retira acusação de pirataria contra ativistas do Greenpeace

Internacional


A Justiça russa amenizou as acusações aos ativistas do Greenpeace detidos no Ártico quando faziam um protesto. Entre os 30 ativistas está a brasileira Ana Paula Maciel. As acusações de pirataria foram substituídas pelas de vandalismo

Da Agência Brasil
Com informações da Télam, da Itar-tass e da Lusa

Brasília - A Justiça russa amenizou as acusações aos ativistas do Greenpeace detidos no Ártico, quando faziam um protesto em barco de bandeira holandesa, em águas internacionais. Entre os 30 ativistas detidos na Rússia está a brasileira Ana Paula Maciel, 31 anos. As acusações de pirataria foram substituídas pelas de vandalismo.
A informação foi divulgada pela agência de notícias estatal russa Itar-Tass. Segundo a agência, as perspectivas não são favoráveis à libertação dos ativistas. Pouco antes, a Rússia rejeitou o recurso de arbitragem apresentado pela Holanda ao Tribunal Internacional dos Direitos do Mar para libertar os ativistas. “A Rússia comunicou à Holanda e ao Tribunal Internacional do Direito do Mar que não aceita a arbitragem no caso do barco Artic Sunrise”, informou o Ministério dos Assuntos Exteriores russo, em comunicado.
No dia 18 de setembro, 28 ativistas da Greenpeace, um operador de câmera e um fotógrafo foram detidos pela guarda costeira russa, que abordou o barco da organização. Pouco antes, dois ativistas subiram em uma plataforma petrolífera do consórcio russo Gazprom, com o objetivo de denunciar os danos ao Ártico, resultantes da extração de petróleo.
Os detidos estão em prisão preventiva até, pelo menos, 24 de novembro. A pena para a nova acusação é de até sete anos de reclusão. Com a acusação anterior, eles podiam ficar presos por até 15 anos. Até agora, todos os recursos para aguardar o julgamento em liberdade impetrados pelos ativistas foram recusados.
Fonte - Agência Brasil  23/10/2013

Petrobras pode pagar Campo de Libra sem reajustar combustível

Economia


A presidenta da estatal, Graça Foster, disse que a Petrobras tem dinheiro em caixa para pagar os R$ 6 bi à União sem depender de reajuste no preço dos combustíveis nem de ajuda do Tesouro Nacional. A quantia corresponde à parte da empresa no bônus de assinatura do leilão do Campo de Libra

Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A Petrobras tem dinheiro em caixa para pagar os R$ 6 bilhões à União sem depender de reajuste no preço dos combustíveis nem de ajuda do Tesouro Nacional, disse hoje (23) a presidenta da estatal, Graça Foster. A quantia corresponde à parte da empresa nos R$ 15 bilhões do bônus de assinatura do leilão do Campo de Libra, cujo leilão ocorreu segunda-feira (21).
Graça Foster deu as declarações após reunião do Conselho de Administração da Petrobras, que é presidido pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Segundo ela, o encontro teve como objetivo discutir apenas o modelo de investimento para a extração do petróleo na camada pré-sal. “O reajuste dos combustíveis não foi tratado na reunião. Nem existe data para mudança de preços [da gasolina e do diesel nas refinarias]”, assegurou a executiva.
“O único assunto foi discutido foi Libra. Tratamos sobre as curvas de investimento. Temos alguns planos de desenvolvimento. Temos uma série de atividades que queremos antecipar para produzir o mais rápido possível no menor espaço de tempo, ao menor custo”, declarou Graça Foster. “Ainda terei de conversar muitas horas com o ministro [Guido Mantega] sobre Libra.”
Dizendo não poder antecipar números da Petrobras, que divulgará o resultado do terceiro trimestre na sexta-feira (25), Graça Foster limitou-se a dizer que a estatal tem dinheiro suficiente para assumir os compromissos com o leilão de Libra. “O caixa da Petrobras está muito bem e vai chegar ao final do ano conforme o planejado. Temos como pagar os R$ 6 bilhões. Só que não posso falar do resultado do trimestre hoje”, destacou.
foto - ilustração
De acordo com Graça Foster, a Petrobras começará a produzir mais petróleo no quarto trimestre, com o fim da manutenção programada de plataformas. Segundo ela, isso ajudará a reforçar o caixa da estatal antes do fim do ano. “Quem produz mais petróleo, produz mais geração operacional e precisa buscar menos recursos no mercado”, justificou.
Graça Foster negou a necessidade de que o Tesouro Nacional precise injetar recursos na Petrobras. “[A empresa] não precisa hoje de um aporte do Tesouro”, ressaltou. Ela disse ainda que não existe previsão de reajuste no preço dos combustíveis. “Não tem data para aumento dos combustíveis”, reiterou.
Em relação aos planos da estatal para os próximos anos, a presidenta da Petrobras também não forneceu detalhes, mas disse que a extração de petróleo da camada pré-sal na área de Libra não exigirá investimentos consideráveis nos primeiros anos de operação. “Não posso falar sobre o ano que vem porque o plano de investimentos não foi lançado ainda. Só posso dizer que, nos primeiros dois, três anos, os investimentos de Libra não serão expressivos”, declarou.