sábado, 30 de dezembro de 2017

Empresas pedem garantias para colocar ônibus nas ruas do Rio de Janeiro

Transportes  🚌

A paralisação, em protesto pelo atraso no pagamento de salários, 13º e outros encargos trabalhistas, foi anunciada pelo sindicato da categoria, o Sintraturb, mas após um pedido do Rio Ônibus contra a greve dos empregados das empresas de ônibus, o desembargador Evandro Pereira Valadão Lopes concedeu a liminar proibindo a manifestação.

Cristina Indio do Brasil
Repórter da Agência Brasil

foto - ilustração/arquivo
O Rio Ônibus (sindicato das empresas de ônibus da cidade do Rio de Janeiro) acionou o Comando-Geral da Polícia Militar e a Secretaria Municipal de Transportes para garantir a segurança na saída dos ônibus das garagens das empresas e o cumprimento da decisão, de sexta-feira (29), do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, que proibiu, liminarmente, qualquer paralisação de rodoviários do município do Rio de Janeiro de domingo (31) até as 10h da segunda-feira (1).
De acordo com o sindicato, ao contrário de outros modais, os ônibus têm capacidade de transportar todo o público dos eventos da cidade neste fim de ano, sem limite de passageiros, e uma eventual greve “geraria uma sobrecarga na operação de outros meios de transporte”.
A paralisação, em protesto pelo atraso no pagamento de salários, 13º e outros encargos trabalhistas, foi anunciada pelo sindicato da categoria, o Sintraturb, mas após um pedido do Rio Ônibus contra a greve dos empregados das empresas de ônibus, o desembargador Evandro Pereira Valadão Lopes concedeu a liminar proibindo a manifestação. Em novembro, outra paralisação da categoria foi declarada ilegal pela Justiça, que também acatou pedido do Rio Ônibus.
Na decisão, o desembargador considerou a greve “totalmente abusiva, porque não esgotou a via negocial”. Para o caso de descumprimento, determinou multa diária de R$ 100 mil para o Sintraturb. Além disso, poderão ser aplicadas multas individuais de R$ 10 mil ao presidente e diretores e de R$ 1 mil para demais funcionários do sindicato da categoria.
Segundo o Rio Ônibus, “a crise do setor foi agravada, ao longo de 2017, pelo congelamento da tarifa pela Prefeitura em janeiro, e pelas duas reduções no valor da passagem, determinadas pela Justiça.
Fonte - Agência Brasil  30/12/2017

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Passagem de ônibus de Salvador será reajustada para R$ 3,70

Transporte 🚌 🚇

As tarifas do transporte público de Salvador deverá ser reajustada para R$ 3,70, a partir do dia 2 de janeiro. 

Com informações do Metro 1
foto - ilustração/arquivo
A tarifa dos ônibus municipais, metropolitanos e do metrô de Salvador será reajustada para R$ 3,70, a partir do dia 2 de janeiro. A informação ainda não foi confirmada, mas deverá ser anunciada pelo prefeito ainda hoje (29).
Segundo a Casa Civil, o alinhamento no valor do preço dos modais foi definido por contrato e será automaticamente adotado pela CCR Metrô Bahia, empresa que administra o sistema metroviário.
Os reajustes anuais são calculados com base nos custos com manutenção dos veículos, preço do óleo diesel e variação da inflação anual, calculada pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor (IPCA).
Fonte - Tribuna da Bahia  29/12/2017

Rui Costa anuncia liberação de empréstimo de R$ 600 milhões do Banco do Brasil para Bahia

Política  👀

Nos últimos meses, travei uma verdadeira batalha para garantir recursos destinados a obras importantes em todo estado. Não baixamos a cabeça diante do boicote e da perseguição aos baianos”, afirmou Rui nas redes sociais. 

Da Redação
foto - ilustração/arquivo
O governador Rui Costa anunciou, na noite desta quinta-feira (28), a vitória da Bahia na liberação do empréstimo de R$ 600 milhões junto ao Banco do Brasil. "A Bahia venceu. Nos últimos meses, travei uma verdadeira batalha para garantir recursos destinados a obras importantes em todo estado. Não baixamos a cabeça diante do boicote e da perseguição aos baianos”, afirmou Rui nas redes sociais.
O contrato entre o Estado e o Banco do Brasil foi assinado no dia 18 de agosto. Mas, mesmo cumpridas todas as etapas do processo, a instituição se recusava a liberar o financiamento. No último dia 18, a Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) julgou procedente o recurso do Agravo de Instrumento impetrado pela Procuradoria Geral do Estado (PGE) e determinou que o banco liberasse o valor.
Os recursos serão destinados às áreas de infraestrutura rodoviária, hídrica e urbana, além de mobilidade e educação. “Parabéns ao Poder Judiciário. Continuaremos confiantes na Justiça e firmes na luta pelos interesses da Bahia e dos baianos!", acrescentou Rui
Com informações da Secom BA  28/12/2017

Transporte público por ônibus, trens e metrô em SP tem reajuste de 5,26%

Transportes  🚌 🚇

A nova tarifa de R$ 4 passa a valer para o metrô, os trens da CPTM e os ônibus municipais (SPTrans).As demais tarifas são: integração ônibus + trens (Metrô/CPTM), que aumentou de R$ 6,8 para R$ 6,96 (aumento de 2,35%); bilhete diário comum (24 horas), de R$ 15 para R$ 15,3 (+2%); bilhete diário integrado (24 horas), de R$ 20 para R$ 20,5 (+2,5%); bilhete mensal comum: de R$ 190 para R$ 194,3 (+2,26%); e bilhete mensal integrado, de R$ 300 para R$ 307 (+2,33%).

Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
foto - ilustração/arquivo
O governo do estado e a prefeitura de São Paulo anunciaram hoje (28) que a tarifa básica do transporte público coletivo por ônibus, trens e metrô terá aumento de 5,26% a partir de 7 de janeiro: passará dos atuais R$ 3,8 para R$ 4.
De acordo com a nota conjunta emitida pela prefeitura e o governo do estado, a elevação em 5,26% na tarifa básica está abaixo da inflação acumulada desde o último reajuste, em janeiro de 2016, e é necessária para “adequar a receita ao custo dos sistemas”.
Conforme a explicação, nos últimos dois anos, o índice inflacionário com base no IPC-Fipe alcançou 8,36%. Caso fosse aplicada toda a inflação do período, o transporte passaria a custar R$ 4,12 aos usuários”, diz o texto.
A nova tarifa de R$ 4 passa a valer para o metrô, os trens da CPTM e os ônibus municipais (SPTrans).
As demais tarifas são: integração ônibus + trens (Metrô/CPTM), que aumentou de R$ 6,8 para R$ 6,96 (aumento de 2,35%); bilhete diário comum (24 horas), de R$ 15 para R$ 15,3 (+2%); bilhete diário integrado (24 horas), de R$ 20 para R$ 20,5 (+2,5%); bilhete mensal comum: de R$ 190 para R$ 194,3 (+2,26%); e bilhete mensal integrado, de R$ 300 para R$ 307 (+2,33%).

Acima da inflação
Em abril de 2017, apesar de a tarifa básica do transporte não ter sido elevada (permaneceu em R$ 3,8), os demais preços de passagem já haviam sofrido aumentos expressivos: a integração subiu de R$ 5,92 para R$ 6,8 (elevação de 14,8%); o bilhete diário comum (24 horas) aumentou de R$ 10 para R$ 15 (+50%); o bilhete diário integrado (24 horas) foi elevado de R$ 16 para R$ 20 (+33%); o bilhete mensal comum subiu de R$ 140 para R$ 190 (+35,7%); e o bilhete mensal integrado aumentou de R$ 230 para R$ 300 (+30,4%).

Protesto
O Movimento Passe Livre (MPL) criticou a elevação do preço da passagem e informou, por meio de suas redes sociais, que voltará a promover, em janeiro, protestos contra o aumento da tarifa. A primeira manifestação está marcada para o dia 11, em frente ao Theatro Municipal.
“Enquanto o governador e o prefeito se importam somente com o lucro dos seus amigos empresários, a cada vez que a tarifa sobe, aumenta o número de pessoas excluídas do transporte coletivo”, destacou o movimento, por meio de nota.
Fonte - Agência Brasil  28/12/2017

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Novo aeroporto de Vitória da Conquista(BA) já está homologado

Infraestrutura  ✈

O equipamento, que está na etapa de construção do Terminal de Passageiros, tem previsão de inauguração em julho de 2018. Estão sendo investidos nessa fase R$ 45 milhões.

Da Redação
Divulgação/Seonfra
O novo aeroporto de Vitória da Conquista já possui autorização de funcionamento. A homologação foi solicitada pela Secretaria de Infraestrutura da Bahia (Seinfra) e concedida pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) neste mês de dezembro. O equipamento, que está na etapa de construção do Terminal de Passageiros, tem previsão de inauguração em julho de 2018. Estão sendo investidos nessa fase R$ 45 milhões.
Em homenagem ao famoso cineasta conquistense, o novo aeroporto da cidade será nomeado de Glauber Rocha. O decreto que confirma o nome do equipamento foi publicado no Diário Oficial da última sexta-feira (22). "Quando estiver em pleno funcionamento o Aeroporto Glauber Rocha vai absorver a demanda atual, de 250 mil passageiros por ano, e a previsão é de que até 2020 a movimentação seja ampliada para 500 mil passageiros/ano", afirma o secretário de Infraestrutura, Marcus Cavalcanti.
Com informações da Seinfra  28/12/2017

Smart Cities: conheça as cidades inteligentes do futuro

Sustentabilidade  👪

Um conceito amplamente debatido no meio acadêmico nos idos dos anos 90 ganhou força e protagonismo no campo prático. Estamos falando das Smart Cities, ou cidades inteligentes, na tradução literal. Segundo o PHD em urbanismo norte-americano, Boyd Cohen, as cidades inteligentes são aquelas que conseguem se desenvolver economicamente, ao mesmo tempo que ampliam a qualidade de vida de seus habitantes, ao gerar crescimento aliado à eficiência e à sustentabilidade.

Edésio Elias Lopes* - Portogente

artigo escrito por Edésio Elias Lopes, doutor em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) na área de Infraestrutura Viária e coordenador do MBA de Infraestrutura de Transporte e rodovias do IPOG
Um conceito amplamente debatido no meio acadêmico nos idos dos anos 90 ganhou força e protagonismo no campo prático. Estamos falando das Smart Cities, ou cidades inteligentes, na tradução literal. Segundo o PHD em urbanismo norte-americano, Boyd Cohen, as cidades inteligentes são aquelas que conseguem se desenvolver economicamente, ao mesmo tempo que ampliam a qualidade de vida de seus habitantes, ao gerar crescimento aliado à eficiência e à sustentabilidade.
A materialização de um conceito acadêmico foi propiciada devido à crescente evolução tecnológica das últimas décadas, acompanhada do crescimento exponencial das cidades. Se voltarmos no tempo, há 200 anosapenas Londres, Tóquio e Pequim ostentavam mais de um milhão de habitantes. Hoje, já passam de 400 as metrópoles espalhadas ao redor do mundo com mais de um milhão de habitantes, exigindo dos espaços urbanos mobilidade, uso dos recursos naturais e tecnológicos para se desenvolverem. Mais da metade da população mundial já vive nos centros urbanos, e estimativas da ONU vislumbram que até 2030 esse percentual atinja os 70%.
Com isso, passou a ser exigido ainda mais do planejamento das cidades, fazendo uso da tecnologia a favor da infraestrutura urbana e mecanismos voltados ao desenvolvimento de políticas públicas como organização do sistema de trânsito, iluminação pública, acesso à saúde e participação popular nas decisões tomadas que envolvem interesses coletivos.

Como se constitui Smart Cities?
No ano de 2007, a União Europeia lançou um programa de incentivo contemplado 70 cidades de médio porte, pré-selecionadas, para investirem em inovações em seu planejamento urbano. Uma forma de estimular a adequação de cidades milenares às exigências da sociedade moderna, e do bom convívio entre os cidadãos.
No entanto, dois países foram mais longe no quesito inovação urbana e resolveram construir do zero cidades inteligentes, transformando-as em verdadeiros laboratórios de inovação, sustentabilidade e planejamento urbano. São elas: Songdo, na Coreia do Sul; e Masdar, em Dubai (Emirados Árabes Unidos)

Uma ilha pós-moderna

No caso do case sul coreano, ele é fruto de investimentos da incorporadora Norte-americana Gale International, que direcionou US$ 35 bilhões para edificar a cidade do zero, em uma ilha de seis quilômetros quadrados. A expectativa é de que até 2020 a cidade conte com 250 mil moradores.
Toda planejada para ser um exemplo de inteligência urbanística, Songdo tem construções que privilegiam a luz natural, redes de eletricidade eficientes, conectadas a rede de geração fotovoltaica, inclusive com o uso de vidros que captam os raios de sol para convertê–los em energia. A meta é que em todo o seu funcionamento sejam emitidos três vezes menos gases de efeito estufa.
Para facilitar a mobilidade urbana, os carros têm etiquetas de radiofrequência para monitoramento do tráfego e placas instaladas sob o asfalto para controlar os veículos. A cidade é toda conectada via internet 4G e as casas são equipadas com interfones dotados com monitor de plasma, que permitem contato imediato com comércios, serviços e escolas, sem sair de casa.

Um oásis sustentável e tecnológico em meio ao deserto
Em pleno deserto do Emirados Árabes Unidos, o arquiteto e urbanista britânico Norman Foster se dedica à edificação da cidade de Masdar, iniciada em 2006, com o propósito de ser uma cidade sustentável e totalmente planejada dentro dos conceitos da mobilidade urbana e tecnologia. Com investimento inicial de US$1,4 bilhão, a cidade pretende acomodar 40 mil pessoas até 2025, prazo estabelecido para sua finalização.
O projeto pode ser considerado um verdadeiro experimento social contemporâneo. Em sua concepção só foram aceitos carros elétricos, sendo que alguns se movimentam de forma autônoma, sem motorista. As ruas foram resfriadas por gigantescas torres eólicas, e há um sistema de monitoramento de gasto de energia em cada casa, onde é acionada a polícia verde quando um morador gasta muito tempo no chuveiro, ou deixa uma luz acessa sem necessidade.
A principal fonte de energia utilizada é a fotovoltaica, gerada por meio de painéis solares estrategicamente instalados. Sua complementação vem do uso do gás natural, que permite o isolamento térmico de alguns edifícios da cidade. Também está em desenvolvimento uma usina de dessalinização da água.
Privilegiada pelo corredor de vento, a cidade ganhou um elemento tecnológico que contribuiu até para o seu visual moderno, uma torre eólica de 45 metros que informa em tempo real a quantidade de energia consumida na cidade. Essa torre, é claro, também é responsável por gerar eletricidade por meio da ação dos fortes ventos característicos da região.

O que podemos aprender com esses projetos inovadores?
Pensar as cidades de forma mais sustentável;
Optar pelo uso de tecnologias limpas e fontes renováveis de energia;
Adotarmos um estilo de vida focado no consumo consciente.
*Edésio Elias Lopes, doutor em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) na área de Infraestrutura Viária e coordenador do MBA de Infraestrutura de Transporte e rodovias do IPOG
Fonte - Portogente  27/12/2017

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Trecho da Av Raul Barbosa em Fortaleza(CE) será interditado para içamento de vigas de viaduto do VLT Parangaba-Mucuripe nesta quarta-feira (27)

Transportes sobre trilhos  🚄

A operação faz parte das obras de implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), Ramal Parangaba-Mucuripe.A intervenção na Av. Raul Barbosa faz parte do terceiro trecho do empreendimento, entre a Estação Borges de Melo e a Estação Iate, no bairro Mucuripe.

Da Redação
foto - ilustração/arquivo
O trecho da Av Raul Barbosa, nas proximidades da Via Expressa, será interditado das 21 horas de quarta-feira (27) até às 05 horas de quinta-feira (28). O bloqueio será apenas no sentido sertão-praia e é necessário para que seja concluído o içamento das vigas que darão sustentação aos dois viadutos ferroviários que passam sobre a via. A operação faz parte das obras de implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), Ramal Parangaba-Mucuripe.
Para orientar os motoristas, agentes da AMC darão apoio no local. O trânsito nesse trecho será alterado da seguinte forma: quem segue no sentido sertão-praia (Sul-Norte), pela Av. Raul Barbosa, entra à direita na alça de acesso a Via Expressa, acessa à direita a rua Plínio Câmara, depois à direita a rua Dr. Edmilson Barros de Oliveira, segue à direita na rua Santa Teresinha, à esquerda na Av. Pontes Vieira, retornando à Av. Des. Moreira.

Avanço das obras
As obras do VLT Parangaba-Mucuripe estão divididas em três trechos. A intervenção na Av. Raul Barbosa faz parte do terceiro trecho do empreendimento, entre a Estação Borges de Melo e a Estação Iate, no bairro Mucuripe. Os trabalhos nessa extensão foram retomados depois de nova licitação, realizada no último mês de agosto. A estimativa é concluir o trecho 3 até o final de 2018.
O trecho 1, que corresponde a construção da passagem inferior da Av Borges de Melo, deve ficar pronto até fevereiro de 2018. Por enquanto, a obra está com 87,29% de execução. Neste momento, os trabalhos no trecho estão concentrados na montagem de tirantes, escavações e concretagem das lajes de piso, por onde passarão os veículos.
O trecho 2, que liga as estações Parangaba e Borges de Melo, foi concluído e já está em Operação Assistida, com o transporte de passageiros de forma gratuita, inclusive com VLT rodando em duas vias. O VLT circula das 6 às 12 horas, de segunda a sexta, e transporta, em média, 600 pessoas por dia.
Com informações da Seinfra CE  27/12/2017

Rumo ao ensino excludente

Educação/Ensino  📖

Alguns professores de Universidades Públicas no interior do Estado de São Paulo sugeriram que as melhores escolas públicas fossem premiadas pelo desempenho e que os melhores alunos nas “piores escolas” fossem premiados com a transferência para as “escolas públicas de sucesso”.A despeito das boas intenções vinculadas naquelas propostas, ambas despontavam com considerável déficit ético, à medida que indiretamente propunham “salvar os bons” dos prejuízos que a escola pública poderia causar “às suas carreiras”, como se dizia.

Gilberto Alvarez* - Portogente
foto - ilustração
Na década de 1990, duas manifestações a respeito da educação pública no Estado de São Paulo chamaram atenção porque indicavam a mesma estratégia para resolver problemas crônicos no ensino médio das escolas mantidas pelo Estado.
Alguns professores de Universidades Públicas no interior do Estado de São Paulo sugeriram que as melhores escolas públicas fossem premiadas pelo desempenho e que os melhores alunos nas “piores escolas” fossem premiados com a transferência para as “escolas públicas de sucesso”.
Também no interior do Estado de São Paulo, mas no âmbito das escolas privadas, foi apresentada a proposta de premiar bons alunos das escolas públicas com bolsas nas escolas particulares.
A despeito das boas intenções vinculadas naquelas propostas, ambas despontavam com considerável déficit ético, à medida que indiretamente propunham “salvar os bons” dos prejuízos que a escola pública poderia causar “às suas carreiras”, como se dizia.
Alguns educadores abriram-se ao debate com os proponentes e explicaram que, na realidade, a suposta premiação de escolas públicas já existia, pois os números de então revelavam que algumas tinham excelente desempenho e estavam, ao mesmo tempo, usufruindo ótimas instalações, com corpo docente completo e estável, em local de fácil e amplo acesso e nas imediações de equipamentos culturais que permitiam atividades pedagógicas complementares de grande impacto na aprendizagem.
Aquelas consideradas “piores” coincidentemente estavam em locais desprovidos de estrutura urbana básica, com corpo docente incompleto e em permanente rotatividade e com índices sociais que demandavam outras medidas de recomposição do mínimo bem estar social.
A própria estrutura do governo do Estado de São Paulo indicava uma lógica que, ao termo, representava uma política que se traduzia no “melhor aos melhores” e, consequentemente, no “pior aos piores”.
Representava enorme esforço reagir àquela lógica explicando o óbvio. Ou seja, que as escolas que tinham alunos com bom desempenho não eram bem estruturadas porque os alunos correspondiam, mas sim que os alunos podiam corresponder porque usufruíam boas condições.
Eram esforços argumentativos quase vãos, pois nunca se perde o esforço de debater, mas predominava um entendimento de que as boas escolas eram boas porque eram preservadas, simplesmente isso. E que as escolas com baixo desempenho tinham dificuldades porque simplesmente não eram preservadas.
Naturalizava-se a distância social implicada nos resultados das avaliações com propostas que buscavam “separar os bons dentre os que prejudicam”. Era, no fundo, uma retórica de fundo moral que cada vez mais cumpria o papel de desqualificar a educação pública, porque pública, porque gratuita.
Alguns anos depois, ganhou notoriedade a obra do professor de Harvard Fernand Reimers, que fez impressionante levantamento sobre políticas educacionais na América de fala espanhola.
Produziu uma obra de referência, mas explicou as intenções políticas de seu estudo de fôlego com um exemplo.
Mostrou ilustrações de pobres descalços em lixões da Cidade do México e indicou que lutava para que todos tivessem educação e, assim, chegássemos a um mundo sem pobres descalços porque todos teriam recebido educação adequada.
Frase de efeito, suficiente para colher aplausos, mas com um problema de fundo.
Aquelas pessoas não eram pobres descalços porque não tinham ido à escola. Elas não tinham ido à escola porque eram pobres descalços.
Analisar desempenho somente com base em resultados de avaliações é um caminho seguro para a mistificação de alguns em detrimento dos que “não conseguem”. É caminho também para receitas simples, mas que distorcem a realidade.
A mídia registra que atualmente 30% das escolas públicas do Estado de São Paulo estão abaixo da média do ENEM.
São muitos os fatores que devem ser levados em consideração para entender essa questão, cujo resultado em termos gerais coloca o Estado mais rico do país atrás de outros cinco que, com menos recursos, têm resultados mais expressivos.
O Estado de São Paulo continua tendo escolas muito bem estruturadas que respondem com números altamente positivos aos processos de avaliação em larga escala e exames da envergadura do ENEM.
Mas se mantém e com tendência a crescer o número de escolas que padecem os efeitos de políticas educacionais que consideram que os déficits de infraestrutura e de estabilidade docente são “apenas” questões de gestão, de gerenciamento.
Não é casual que estejamos vivendo mais uma vez um momento de forte aposta nas mudanças curriculares, com expectativa, inclusive, que a capital de São Paulo venha a divulgar nos próximos dias “sua” base curricular.
É que há 20 anos estão sendo concatenadas ações para que os processos de ensino público possam ser feitos “a despeito do professor”.
Este, considerado uma “peça de baixa eficiência” é pensado como receptor de estratégias didáticas, aplicáveis com materiais feitos à sua revelia, para que os planos de ensino sejam realizados independentemente de suas (im)possibilidades.
Não é casual que autoridades educacionais das esferas municipal, estadual e federal se manifestem com palavras muito parecidas, exaltando o “bom professor” que fará os materiais renderem o máximo.
São políticas que promovem tal esvaziamento da docência que não cessam de expor suas táticas como modelos de “cura” da educação pública.
Se é assim, é compreensível que elogiem o “bom professor” com sendo aquele que “não atrapalha” o bom material.
Os números da educação pública do Estado de São Paulo devem ser analisados levando em consideração essa complexidade de fatores.
Porém, no contexto em que estamos, não surpreenderá a volta de propostas de premiação para as escolas com bom desempenho no Enem, bem como a proposta de utilização dos números desse exame para “salvar alguns” a despeito de suas escolas.
Como caminhamos aceleradamente para trás, o que tinha forte déficit ético na década de 1990 combinará com o cenário de degenerescência que estamos vivendo neste momento.
*Gilberto Alvarez, diretor do Cursinho da Poli e presidente da Fundação PoliSaber
Fonte - Portogente  27/12/2017

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

SineBahia coloca 6.073 trabalhadores no mercado de trabalho em novembro

Emprego  👷

O resultado é 123,37% maior do que o registrado pelo serviço no mesmo período do ano anterior e o melhor desempenho entre os meses de novembro desde 2014.O bom desempenho do SineBahia é um indicativo do crescimento da economia e geração de emprego na Bahia, fruto de investimentos em obras estruturantes como o metrô, as construções de rodovias, policlínicas, principalmente no interior do estado

Da Redação
Ascom/SETRE
O SineBahia encerrou o mês de novembro com 6.073 trabalhadores colocados no mercado formal. O resultado é 123,37% maior do que o registrado pelo serviço no mesmo período do ano anterior e o melhor desempenho entre os meses de novembro desde 2014. O interior foi responsável por 67% dos colocados, com destaque para os municípios de Juazeiro (570 contratados), Teixeira de Freitas (412), Jequié (334) e Itabuna (253). Salvador e Região Metropolitana respondem pelos 37% restantes.
"O bom desempenho do SineBahia é um indicativo do crescimento da economia e geração de emprego na Bahia, fruto de investimentos em obras estruturantes como o metrô, as construções de rodovias, policlínicas, principalmente no interior do estado, e hospitais, e da política de atração de investimentos para o nosso estado”, destaca a secretária do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Olívia Santana.
Com informações da Secom BA 26/12/2017

CBTU Recife lança Campanha Metrô Sem Lixo

Transportes sobre trilhos  🚇

Composta por diversas ações, a iniciativa tem por objetivo conscientizar os usuários para sanar o problema do lixo jogado nas estações e via. Oficinas de reciclagem, lixeiras coloridas para coleta seletiva, atividades de conscientização ambiental e máquinas inovadoras que recolhem garrafas pets e latas de alumínio e retribuem quem depositou com dinheiro, fazem parte da campanha. A Estação Recife foi escolhida como piloto da iniciativa, que deverá ser ampliada para todo o sistema.

CBTU
divulgação/CBTU
Nesta quarta, 20, na Estação Recife, teve início a campanha “Metrô Sem Lixo”. Composta por diversas ações, a iniciativa tem por objetivo conscientizar os usuários para sanar o problema do lixo jogado nas estações e via. Oficinas de reciclagem, lixeiras coloridas para coleta seletiva, atividades de conscientização ambiental e máquinas inovadoras que recolhem garrafas pets e latas de alumínio e retribuem quem depositou com dinheiro, fazem parte da campanha. A Estação Recife foi escolhida como piloto da iniciativa, que deverá ser ampliada para todo o sistema.
“Essa é uma ação que foi feita de forma multidisciplinar, envolvendo várias áreas da Companhia. O objetivo é termos uma ação permanente, que contará com a colaboração do usuário para resolver esse problema”, afirma o Superintendente da CBTU Recife, Leonardo Villar. “Nós planejamos muito as ações, para que não sejam ações pontuais, mas sim ações duradouras, que pudessem, principalmente, tirar esse lixo da via. Os resíduos incomodam visualmente, trazem animais pra via, prejudicam o funcionamento do sistema. Essa ação é pensada não só ambientalmente, o ganho ambiental é muito importante, mas o ganho social e para a imagem do Metrô são muito visíveis e fortes”, comenta Juliano Montaño, engenheiro ambiental da CBTU.
Na estação, foram instaladas duas máquinas de reciclagem que dão dinheiro a usuário como recompensa – duas na Estação Recife e duas em Joana Bezerra. Chamada “Recicletool”, a tecnologia, desenvolvida pelos pernambucanos Thiago Dantas e Severino Barros, é de fácil utilização. As latas de alumínio e garrafas pets valem 5 e 2 centavos cada uma respectivamente. Ao completar o valor de sete reais, o usuário pode pedir para que o dinheiro seja transferido para uma conta corrente. Além disso, os passageiros irão se deparar com 15 trios de coletores coloridos, feitos de tonéis de óleo utilizados nas oficinas, para que possa ser feita a coleta seletiva. Os resíduos coletados serão destinados a reciclagem.
De forma lúdica, a chamada “Ecoblitz” interagiu com os passageiros dando prêmios aos que responderam corretamente perguntas sobre reciclagem. A equipe da Ecoblitz foi formada por voluntários estudantes de gestão ambiental do IFPE e pelo empregado da CBTU, Clênio Tomás de Aquino. “Nós estamos fazendo essa atividade para que o usuário tenha consciência de onde ele deve destinar o lixo. A palavra do momento é sustentabilidade. O crescimento e o desenvolvimento ninguém segura mais, mas é importante que ocorram de forma sustentável”, explica Clênio. Os usuários puderam, também, participar de oficina de reciclagem ministrada pela artista Ziza Pantoja.
Fonte - CBTU  26/12/2017

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

PIS/Pasep: sacando os últimos direitos que nos restam

Ponto de Vista  🔍

O PIS/Pasep, um fundo também criado para proteger o trabalhador e financiar o desenvolvimento econômico do país, acaba por ser deturpado e utilizado, enquanto direito que é do trabalhador, para saldar uma conta que também não é sua: promover alguma melhora pífia e rápida na atividade econômica, antes do fechamento do ano e da divulgação dos resultados do presente e odiado governo.

Gabriel Quatrochi*
Portogente 22/12/2017

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A população muito tem se perguntado sobre o saque das cotas do PIS/Pasep. Na mídia pouco tem sido esclarecido, e vende-se o que é um direito como se fosse um presente de fim de ano. De modo bastante simples, vamos tentar clarear um pouco essa situação.
O Programa de Integração Social (PIS) e o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) são fundos de formação do patrimônio do trabalhador, criados no início da década de 1970. Estão inseridos num importante contexto histórico no qual, de 1930 à Constituição de 1988, a inspiração são os modelos europeus de Estado de Bem-estar Social, e promovem, no Brasil, a regulação das relações sociais e econômicas através de um Estado fortemente atuante, pela via das políticas sociais. É desse longo período que resultam direitos conquistados pela trabalhadora e trabalhador brasileiros, como a CLT, o FGTS e o próprio PIS/Pasep.
Até 1988, cada trabalhador tinha como se fosse uma “conta” do PIS (funcionários do setor privado) e do Pasep (setor público) em seu nome, uma espécie de “poupança compulsória” que era sacada todos os anos, dentro de determinadas regras.
Com a criação do Orçamento de Seguridade Social, para financiar o modelo tripartite proposto pela Constituição, os dois fundos são, então, unificados da forma como o conhecemos hoje, e essas contas individuais deixam de vigorar porque os fundos são alocados, a partir daí, para o FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador, com um objetivo maior: financiar o seguro-desemprego e o abono salarial aos trabalhadores de baixa renda, além de permanecer como fundo para os programas de desenvolvimento econômico do BNDES. Desde então, 40% dos recursos do PIS/Pasep continuam destinados ao BNDES e 60% passam a ser alocados para o seguro-desemprego e o abono salarial.
Fica claro: o que o atual governo está fazendo, então, é, simplesmente, instituindo uma medida provisória que faz apenas a organização do calendário e das regras para acesso ao que já é de direito dos trabalhadores que possuíam essas contas individuais em seus nomes até 1988 e que, por desconhecimento ou por ainda não terem se aposentado, não o haviam sacado.
Uma recente auditoria da Controladoria Geral da União revelou que cerca de 15 milhões de brasileiros desconheciam o dinheiro e o direito ao saque. A população se questiona e a mídia especula sobre quais seriam os impactos do saque das cotas do PIS/Pasep sobre o nível de consumo.
Deve-se levar em conta, primeiro, que as quantias de saque não são altas – a média de valores gira em torno de R$ 1.200, sendo a grande maioria, na verdade, abaixo dessa média, com saldo de R$ 750. Segundo, há uma conjuntura mais geral em que o nível de inadimplência das famílias ainda é alto.
Exemplo disso são as intensas campanhas de renegociação de dívidas dos bancos que, por um lado, encurralam o consumidor e, por outro, pisam bruscamente no freio do crédito – ainda que, pasmem, os maiores “problemas” dos grandes bancos no país pareçam ser a confortável folga de capital que têm operado.
Então, trazendo esse contexto para a perspectiva de consumo, tem-se um cenário em que os baixos valores de saque são constrangidos por uma grande parcela dos beneficiários que se encontra “no vermelho”. Não se podem esperar efeitos relevantes no consumo sustentado e de longo prazo, simplesmente porque o saque do PIS/Pasep não entra para o cálculo de componente fixo da renda do trabalhador. Fomento do nível de emprego de qualidade, carteira assinada, política de valorização da renda do trabalho são alguns exemplos de medidas capazes de sustentar o consumo em médio/longo prazo e que não se encontram na agenda do atual governo.
Mais importante que essas questões, e é o que se quer salientar ao trabalhador e trabalhadora que nos lê, está no caráter profundamente contraditório dessas medidas, assim como o foi com o saque do FGTS. Para o FGTS, um fundo criado para proteger o trabalhador, lhe fornecer uma poupança quando se aposentar, ou contribuir na conquista de sua casa própria, acaba sendo distorcido e liberado para que o trabalhador pague uma conta que não é sua: o desemprego e a crise econômica.
Enquanto sacamos os saldos das nossas contas inativas, assistimos à retração do crédito imobiliário pela Caixa, crédito este financiado, justamente, com os recursos do FGTS. Definitivamente, a isso não se pode dar o nome de política econômica.
Da mesma maneira, o PIS/Pasep, um fundo também criado para proteger o trabalhador e financiar o desenvolvimento econômico do país, acaba por ser deturpado e utilizado, enquanto direito que é do trabalhador, para saldar uma conta que também não é sua: promover alguma melhora pífia e rápida na atividade econômica, antes do fechamento do ano e da divulgação dos resultados do presente e odiado governo.
Devemos ter em conta que a manutenção de fundos como o FGTS e o PIS/Pasep são altamente cíclicos porque dependem da dinâmica econômica e, sobretudo, do nível de emprego formal, de onde vêm as contribuições. Por isso, muito mais importante que acompanhar o nível de consumo com a liberação dos saques, é acompanhar o nível de formalidade e de renda no mercado de trabalho, sobretudo depois da reforma trabalhista, quando os autônomos, intermitentes, parciais e demais formas de contratação precárias regulamentadas diminuem os recolhimentos do FGTS e do PIS/Pasep – seja pela não obrigatoriedade em alguns casos, ou pela redução das jornadas e rendas, em outros.
São formas de contratação que dizimam, por completo, as possibilidades de efetividade das políticas sociais, tão importantes e que foram conquistadas pela sociedade e por todos nós, trabalhadores, ao longo da nossa história.
*Gabriel Quatrochi é economista e mestrando do Instituto de Economia da Unicamp
Fonte - Portogente  25/12/2017

domingo, 24 de dezembro de 2017

Justiça suspende edital do BRT de Salvador

Transportes/BRT  🚌

A empreiteira Queiroz Galvão alegou que, a comissão restringiu a abertura de propostas de preços às que foram classificadas com base apenas na análise de um item específico das propostas técnicas.A decisão liminar foi proferida pelo juiz plantonista João Batista Alcântara Filho

Tribuna da Bahia 20/12/2017
foto - ilustração/arquivo
A empreiteira Queiroz Galvão obteve na Justiça uma liminar que suspendeu todos os atos ligados ao edital referente à construção do Bus Rapid Transit (BRT) em Salvador. Segundo alegou a empresa, a comissão restringiu a abertura de propostas de preços às que foram classificadas com base apenas na análise de um item específico das propostas técnicas.
Para a companhia, o ato representou "perigo de dano", principalmente considerando "a proximidade do recesso forense com o tempo de tramitação de recurso dentro do sistema de distribuição".
O prefeito ACM Neto comentou a suspensão da licitação e destacou que o processo judicial não possuía mais objeto por ter sido protocolado tardiamente."A judicialização do BRT foi tardia. O processo licitatório já foi concluído e a nossa perspectiva é que as obras físicas comecem no final de fevereiro ou início de março. O processo judicial perdeu o objeto", declarou o gestor, durante almoço nesta quarta-feira (20) para apresentar o balanço do ano à imprensa. As informações são do Metro 1.
Fonte  - Tribuna da Bahia  24/12/2017

VEJA TAMBÉM - BRT de Salvador, "um telhado sem casa"