sábado, 1 de agosto de 2015

Protocolo de Paris será maior acordo climático do mundo com 190 signatários

Meio Ambiente

O Protocolo de Paris vai substituir o Protocolo de Kyoto, que entrou em vigor em fevereiro de 2005. Mas ao contrário do acordo anterior, que tinha metas específicas para um grupo de menos de 40 países desenvolvidos, o Protocolo de Paris será um acordo global que envolverá mais de 190 países que fazem parte da Convenção do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU).

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
foto - ilustração
Há pouco mais de 100 dias para o início da 21ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP21), que ocorrerá entre 30 de novembro e 11 de dezembro próximo, em Paris, na França, a perspectiva é de assinatura do maior acordo climático do mundo. O Protocolo de Paris vai substituir o Protocolo de Kyoto, que entrou em vigor em fevereiro de 2005. Mas ao contrário do acordo anterior, que tinha metas específicas para um grupo de menos de 40 países desenvolvidos, o Protocolo de Paris será um acordo global que envolverá mais de 190 países que fazem parte da Convenção do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU).
Para o coordenador do Observatório do Clima, rede de organizações não governamentais (ONGs) e movimentos sociais que atuam na agenda climática brasileira, André Ferretti, a realidade do mundo mudou bastante de lá para cá. “Muitos países que naquela época tinham um papel bem menor nas emissões globais assumiram posições de mais emissões – como a China – e a economia dos países emergentes evoluiu na economia global em relação ao que ocorria nos anos de 1990. Isso por si só já exige novas formas de tratar da questão”, disse.
O novo acordo será uma espécie de guia de desenvolvimento para o futuro. Ferretti explicou que, por mais que se trate o protocolo como uma discussão ambiental, ele é, na verdade, uma discussão de desenvolvimento, já que vai estabelecer parâmetros para os países signatários seguirem durante as próximas décadas, “até a metade do século, pelo menos”. O intuito é estabilizar as emissões de gases de efeito estufa (GEE), “para que, ao final do século, não ultrapasse aquecimento superior a 2 graus Celsius (°C) em relação ao que havia no período pré-industrial”.
O coordenador do Observatório do Clima disse que a temperatura da Terra já subiu cerca de 0,8% desde a revolução industrial até hoje. “Estamos falando de um máximo de 1,2 graus. Acima disso, as consequências poderiam ser desastrosas para a humanidade”. Cientistas alertam que nem a espécie humana, nem muitas espécies de animais e plantas passaram por uma temperatura média tão alta. “Então, os riscos são muito maiores”.
Por essa razão, Ferretti afirmou que os países precisam entrar em um acordo. Eles devem apontar medidas domésticas que pretendem colocar em prática para um horizonte de curto prazo, entre 2025 e 2030 e, depois, para um horizonte mais longo, até 2050. A ONU estabeleceu o prazo até 1º de outubro para que os países apresentem suas propostas de redução das emissões de GEE, que constituem a principal causa do aquecimento global. Poucos países encaminharam suas propostas até agora, entre eles estão Noruega, Gabão, Suíça, México e Estados Unidos.
O Brasil, segundo Ferretti, está atrasado no envio de suas metas porque, embora o prazo final seja o início de outubro, havia uma solicitação formal do secretariado da Convenção do Clima para que as propostas fossem enviadas até o final de março, para facilitar a evolução das negociações, uma vez que as propostas terão de ser traduzidas para as seis línguas oficiais da ONU (inglês, francês, espanhol, árabe, chinês e russo). Além disso, o esforço de cada país pode ser apresentado em bases distintas umas das outras e ele terá de ser colocado em uma mesma base, para ver o que a população global pretende fazer. “Se o Brasil e outros países deixarem para outubro, corre-se o risco de se chegar no dia 30 de novembro com esses números [de emissões] ainda não muito claros”.
Na avaliação do Observatório do Clima, o Brasil – que esteve sempre na liderança nas negociações internacionais de clima, desde a assinatura da Convenção do Clima, em 1992, no Rio de Janeiro, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio 92) – “nos últimos anos se acomodou”. O governo brasileiro conseguiu reduzir o desmatamento na Amazônia, principal fonte de emissões no país, após 2004, mas a partir daí “ficou em uma situação muito confortável”. Ferretti lembrou, porém, que o Brasil continua emitindo gases de efeito estufa por desmatamento na Amazônia, no Cerrado, na Caatinga e em outros biomas.
A última estimativa feita pela Rede Observatório do Clima, com base em dados de 2013, mostra que a mudança de uso da terra equivale a 34,6% das emissões brasileiras; energia, 30,2%; agropecuária, 26,6%; indústria, 5,5%; e resíduos, 3,1%. “A gente vê que agropecuária, energia e mudança de uso da terra, juntas, representam mais de 90% das emissões. Infelizmente, o Brasil, nessa última década, aumentou suas emissões em todos os setores avaliados. Só conseguiu reduzir na mudança do uso da terra. E mesmo aí, nós aumentamos um pouco, de novo, nos dois últimos anos”, alertou.
Para o ambientalista, o Brasil está na contramão dos investimentos em fontes limpas de energia. Enquanto países como China e Coreia estão investindo muito em fontes renováveis, como solar e eólica (dos ventos), o Brasil, de acordo com o Plano de Expansão Decenal de Energia 2014/2023, prevê investir em torno de 71% dos investimentos projetados de R$ 1,263 trilhão em combustíveis fósseis e apenas 9,2% em fontes renováveis.
Todas essas questões serão debatidas no 8º Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação (Cbuc), que ocorrerá no período de 21 a 25 de setembro próximo, em Curitiba (PR). Está programado um simpósio com participação de especialistas internacionais, para discutir o tema da adaptação às mudanças climáticas, de forma a reduzir os impactos delas para a sociedade em geral.
Fonte - Agência Brasil  01/08/2015

Início da produção em Iracema Norte no pré-sal

Pré-Sal

A área de Iracema Norte está localizada no campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos, na costa do Rio de Janeiro.A plataforma Cidade de Itaguaí é um FPSO, unidade que produz, armazena e transfere petróleo ancorado em profundidade de 2.220 metros, a cerca de 240 km da costa.

Fatos e Dados

Entrou em operação nesta sexta-feira (31/07) a plataforma Cidade de Itaguaí, dando início à produção do projeto Iracema Norte. A área de Iracema Norte está localizada no campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos, na costa do Rio de Janeiro.
A plataforma Cidade de Itaguaí é um FPSO, unidade que produz, armazena e transfere petróleo ancorado em profundidade de 2.220 metros, a cerca de 240 km da costa. A plataforma tem capacidade para processar, diariamente, até 150 mil barris de petróleo e 8 milhões de m3 de gás, além de armazenar 1,6 milhão de barris de petróleo.
O poço 7-LL-36A-RJS, primeiro interligado à plataforma, tem potencial de produção de 32 mil barris de petróleo por dia. O petróleo produzido na área de Iracema Norte é de elevada qualidade e de média densidade (30º API) e será escoado por navios aliviadores. O FPSO Cidade de Itaguaí será conectado a oito poços produtores e nove injetores. A previsão é que o pico de produção, de 150 mil barris de petróleo por dia, seja atingido no início de 2017.
A construção e integração de módulos da plataforma, no Brasil, envolveram estaleiros no Rio de Janeiro (Itaguaí e Angra dos Reis) e em São Paulo (São Sebastião). A área de Iracema Norte está localizada na concessão BM-S-11, que operamos (65%) em parceria com a BG E&P Brasil Ltda (25%) e Petrogal Brasil S.A. (10%).

Características técnicas
Capacidade de produção de petróleo: 150 mil barris por dia
Capacidade de tratamento de gás natural: 8 milhões de m3 por dia
Capacidade de armazenamento: 1,6 milhão de barris de petróleo
Alojamento: 150 pessoas
Profundidade de água de operação: 2.220 metro
Fonte - Fatos e Dados  31/07/2015

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Edital do VLT de Salvador será lançado nos próximos dias

Transportes sobre trilhos

O presidente da Companhia de Transportes da Bahia (CTB), Eduardo Copello também participou do encontro, acompanhado de equipe técnica da Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Sedur) e da CTB. O encontro permitiu ao empresariado tirar dúvidas sobre o projeto.

Sedur
foto -  Daniele Rodrigues/Ascom Sedur
O edital de licitação para a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos, que vai ligar o Subúrbio Ferroviário de Salvador ao bairro do Comércio, vai ser publicado ainda no mês de agosto e beneficiará mais de 1,5 milhão de pessoas. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (31) pelo secretário da Casa Civil, Bruno Dauster, em evento para apresentação de detalhes do projeto de construção do equipamento a representantes das empresas, realizado no Hotel São Salvador.
O presidente da Companhia de Transportes da Bahia (CTB), Eduardo Copello também participou do encontro, acompanhado de equipe técnica da Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Sedur) e da CTB. O encontro permitiu ao empresariado tirar dúvidas sobre o projeto.
O VLT, que vai substituir o atual Trem do Subúrbio, terá 18,5 quilômetros de extensão e 21 estações. A licitação prevê intervenções em duas fases. A primeira, entre o Comércio e Plataforma, tem 9,4 km; e a segunda, entre Plataforma e São Luiz, com 9 km. Um investimento orçado em R$1,1 bilhão.

foto - Daniele Rodrigues/Ascom Sedur
Bruno Dauster destacou que o VLT faz parte de um conjunto de intervenções que o governo estadual vem realizando pela melhoria da mobilidade urbana de Salvador. “Estamos investindo pesado na construção de transportes públicos de massa sobre trilhos, como o Metrô e o VLT, que se conectam em alguns pontos. A ideia é prever, ainda, a integração tarifária com metrô e ônibus. Nosso compromisso é dar aos soteropolitanos a mobilidade urbana que merecem, com celeridade, conforto e segurança. Futuramente, vamos expandir o projeto e implantar o VLT metropolitano, integrado a cidades do entorno, como Simões Filho e Candeias”.

Mudanças
As atuais estações serão demolidas para dar lugar a novas estruturas mais simples, modernas e dentro das normas internacionais de acessibilidade. “Esse VLT vai trazer uma grande melhoria na estrutura de transporte do Subúrbio, Cidade Baixa e região do Comércio. Será um sistema que dará conforto e segurança, além de reduzir o tempo de viagem dos usuários”, destacou Eduardo Copello.
Fonte - Sedur Ba.  31/07/2015

Cidades baianas serão beneficiadas com novas rádios comunitárias

Comunicação

A ação faz parte do novo Plano Nacional de Outorgas (PNO), que prevê também novas TVs educativas em cinco localidades na Bahia, e rádios FM, que no estado devem chegar a 18 cidades. O plano terá grande abrangência no estado, deixando a Bahia entre os entes federados com mais ofertas.A partir de agora, as entidades interessadas devem acompanhar a publicação de editais para participar da concorrência. 

Secom
foto - ilustração
O processo para a implantação de novas rádios comunitárias está aberto e, segundo o Ministério das Comunicações, deve contemplar 73 cidades baianas, como Salvador, Teixeira de Freitas, Feira de Santana e Juazeiro. Este número integra uma lista de 699 municípios que serão beneficiados em todo o País, como anunciado no portal do ministério.
A ação faz parte do novo Plano Nacional de Outorgas (PNO), que prevê também novas TVs educativas em cinco localidades na Bahia, e rádios FM, que no estado devem chegar a 18 cidades. O plano terá grande abrangência no estado, deixando a Bahia entre os entes federados com mais ofertas.
A partir de agora, as entidades interessadas devem acompanhar a publicação de editais para participar da concorrência. O passo a passo exigido está mais simples, o que garantirá um ritmo mais rápido, conforme o ministério. Para as rádios comunitárias, a documentação, que antes continha mais de 30 documentos, passou a ter sete. A mesma quantidade é solicitada agora para as educativas.

Democratização
O diretor de acompanhamento e avaliação da Secretaria de Comunicação Eletrônica do ministério, Adolpho Loyola, comemora o novo plano. “É a democratização dos meios de comunicação. Estamos simplificando alguns procedimentos, o que aumenta a participação das entidades e torna o consentimento da outorga mais célere”.
Já o representante do Governo da Bahia em Brasília, Jonas Paulo, acompanha o processo com entusiasmo. “As entidades precisam agora acompanhar as concorrências. O Estado tem buscado ampliar as ações na área de Comunicação. As rádios e TVs com fins educativos contribuem para a transformação que o governador Rui Costa quer fazer na educação baiana”.
Ele esteve no Ministério das Comunicações nesta semana e adiantou que a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado (Secti), o Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (Irdeb), a Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufob) e a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) estão articulando parcerias para reforçar a comunicação no estado. Outro destaque citado pelo representante do governo estadual em Brasília, nesse sentido, é a implantação de fibra ótica, levando banda larga para locais que ainda não têm acesso.
Fonte - Secom Ba.  31/07/2015

Trafegar em via exclusiva para ônibus passa a ser infração gravíssima

Transito

O condutor que for pego dirigindo nos corredores exclusivos de ônibus, pode ter o veículo apreendido, além de perder sete pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e pagar multa de R$ 191,54. A Lei 13.154/15 altera o Código Brasileiro de Trânsito nesse e em outros pontos

Portal do Trânsito
Mariana Czerwonka
foto - Cesar Brustolin/SMCS[/caption]
A presidente Dilma Roussef sancionou alterações no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que a partir de hoje passa a considerar infração gravíssima transitar em faixas e vias exclusivas para circulação de veículos do transporte público coletivo de passageiros.
O condutor que for pego dirigindo nos corredores exclusivos de ônibus, pode ter o veículo apreendido, além de perder sete pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e pagar multa de R$ 191,54.
Antes da mudança, trafegar na faixa exclusiva à direita era considerado infração leve (3 pontos) e nos corredores à esquerda da via, grave (5 pontos). Em nenhum dos casos estava prevista a apreensão do veículo.
Outra mudança nas infrações de trânsito e que altera o comportamento de taxistas, motoristas de vans e ônibus é que agora passa a ser considerada uma irregularidade dirigir o veículo realizando a cobrança de tarifa com o veículo em movimento. A infração será considerada média, com multa de R$ 85,13 e acréscimo de quatro pontos na CNH.

Curso preventivo de Reciclagem
Uma novidade trazida pela Lei é que agora os motoristas habilitados nas categorias C, D ou E, que incluem caminhoneiros e condutores de ônibus ou vans, serão obrigados a fazer um "curso preventivo de reciclagem", quando somarem 14 pontos no período de um ano. Após o curso, os pontos serão zerados e o profissional poderá ser chamado novamente para a "reciclagem" apenas depois de 1 ano.

Mais alterações
A Lei 13.154 também tira dos municípios a competência de registrar e licenciar os ciclomotores facilitando a regularização destes veículos pelo Estado, que passará a registrá-los, licenciá-los e cobrar habilitação dos condutores desse tipo de veículo. Além disso, mantém o registro dos veículos destinados a agricultura, mas desobriga o emplacamento e licenciamento dos tratores.
Fonte - Portal do Transito  31/07/2015

Vice-Prefeito de Caxias se reúne com diretoria do Consórcio VLT do Rio de Janeiro

Transportes sobre trilhos

O Vice-Prefeito de Caxias, pediu ainda que o consórcio VLT do Rio de Janeiro avalie a possibilidade de investir no projeto da Serra Gaúcha. "Investimentos dessa magnitude somente vão ter viabilidade através de parceria Público/Privado. 

Prefeitura de Caxias
foto - ilustração
O Vice-Prefeito Antônio Feldmann foi recebido na tarde desta terça-feira (28.07) pela diretoria da VLT Concessionária Carioca S/A, no Rio de Janeiro.
O diretor-presidente, Carlos Baldi, e diretor de Operações e Manutenção, Augusto Schein, apresentaram o projeto do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) que está sendo desenvolvido na cidade do Rio de Janeiro. São 28 km de extensão e a previsão de operação é para o primeiro semestre de 2016. As obras tem financiamento do BNDES e recursos próprios das empresas que formam o consórcio.
Feldmann entregou aos diretores o material referente ao Trem Regional da Serra Gaúcha, que também consiste num VLT, numa extensão de 62 km, integrando as cidades de Caxias do Sul, Farroupilha, Garibaldi, Carlos Barbosa e Bento Gonçalves. Explicou ainda a situação atual do projeto, que aguarda definição por parte do governo Federal.
O Vice-Prefeito pediu ainda que o consórcio VLT do Rio de Janeiro avalie a possibilidade de investir no projeto da Serra Gaúcha. "Investimentos dessa magnitude somente vão ter viabilidade através de parceria Público/Privado. Mas também precisamos de um sinal positivo e demonstração de interesse político por parte do governo federal ", avaliou Feldmann.
O diretor-presidente do VLT do Rio de Janeiro prometeu analisar o projeto da Serra Gaúcha. "Até poderá vir a se estabelecer um investimento do Consórcio em projeto desse tipo", disse Baldi.
Nesta quarta-feira (28.07), Feldmann participa de reunião no BNDES e, na quinta-feira (29), será recebido na Fundação Nacional do Livro Infantil do Rio de Janeiro.
Fonte - Revista Ferroviária  31/07/2015

Usuários do Mais Médicos dão nota nove ao programa, aponta pesquisa

Saúde

Os dados apontam que 84% não tiveram dificuldades de entendimento e que apenas 2% sentiram muita dificuldade.Para Helcimara Telles, coordenadora da pesquisa, o que faz com que o programa seja bem avaliado é o atendimento médico.

Aline Leal* 
Repórter da Agência Brasil
Médicos cubanos desembarcam no aeroporto de Brasília
em outubro de 2013 - Arquivo/Agência Brasil
Pesquisa mostra que usuários do Mais Médicos dão nota nove, em uma escala de zero a 10, como nota média para o programa.O levantamento, feito pelo Grupo de Opinião Pública da Universidade Federal de Minas Gerais, mostra que 54% dos usuários entrevistados dão nota 10 ao programa, criado em 2013 para levar médicos a regiões carentes.
Encomendado pelo Ministério da Saúde, o estudo aponta que, diferentemente do que os que são contra o programa pensavam, a maioria dos pacientes atendidos pelos médicos estrangeiros não sentiu dificuldades na comunicação. Os dados apontam que 84% não tiveram dificuldades de entendimento e que apenas 2% sentiram muita dificuldade.
Para Helcimara Telles, coordenadora da pesquisa, o que faz com que o programa seja bem avaliado é o atendimento médico. ”Mesmo que a infraestrutura da Unidade Básica de Saúde não seja muito boa, mesmo que faltem coisas, quando o atendimento médico é bom isso repercute bem na avaliação do programa”, defende a pesquisadora. Para a coordenadora, essa satisfação pode estar ligada à experiência dos médicos, já que 63% dos profissionais têm mais de dez anos de experiência, a maioria na atenção básica.
O perfil do usuário mostra que a maioria (80%) dos pacientes são mulheres, com filhos, renda de até dois salários mínimos e que 40% recebem bolsa família. “Isso mostra que o programa está atendendo o público alvo”, explica Helcimara.
Como desafios principais apontados pelos usuários, o levantamento destaca as dificuldades no acesso aos medicamentos, na marcação de consultas e na demora para receber o atendimento. Além disso, os pacientes também reclamam que não conseguem ser atendidos pelo mesmo profissional, o que dificulta o acompanhamento do histórico de saúde.
Comparando com o período anterior à chegada dos médicos do programa, 84% acham que o atendimento melhorou muito, 83% apontam melhora na duração da consulta e 81% acreditam que o profissional conhece mais os problemas de saúde do que os médicos anteriores.
Os resultados da pesquisa foram apresentados durante o 11º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, em Goiânia. As entrevistas foram feitas em Unidades Básicas de Saúde de 700 municípios de todas as regiões do país entre 17 de novembro e 23 de dezembro de 2014. A margem de erro é 1%.
Para a doutora em saúde pública e professora do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Lígia Bahia, o programa cumpriu um papel importante no atendimento em áreas carentes. “Ele não muda a estrutura do sistema público de saúde, mas ele foi capaz de levar assistência a uma parcela da população que não tinha”.
Ela destaca que os médicos cubanos são muito experientes e bons e que isso pode ter levado à avaliação tão positiva dos pacientes. No entanto, Lígia contesta o modelo de dar uma nota ao programa. “Uma nota resumo não é um método adequado para uma pesquisa de satisfação do usuário. Para mim, uma nota nove não quer dizer nem que o sistema é excelente e nem que não funciona.”, defende,
*A repórter viajou a convite da Associação Brasileira de Saúde Coletiva – Abrasco
Fonte - Agência Brasil  31/07/2015

Embraport movimenta 3.400 TEU em operações ferroviárias

Infraestrutura

O terminal tem a expectativa de transportar 200 mil TEU por ano pelas linhas férreas. Esses produtos poderão ter origem ou destino em cidades do interior de São Paulo ou ainda em outros três estados: Rio de Janeiro, Mato Grosso e Minas Gerais. Para isso, foram investidos R$ 40 milhões na infraestrutura ferroviária da instalação.

A Tribuna - RF
foto - A Tribuna
Em quatro meses de operações ferroviárias, a Embraport, instalação privada que fica na Margem Esquerda (Área Continental) do Porto de Santos atingiu a marca de 3.400 TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) movimentados pelos trilhos. Neste período, foram atendidos aproximadamente 50 trens com uma média de tempo de operação de duas horas.
O terminal tem a expectativa de transportar 200 mil TEU por ano pelas linhas férreas. Esses produtos poderão ter origem ou destino em cidades do interior de São Paulo ou ainda em outros três estados: Rio de Janeiro, Mato Grosso e Minas Gerais. Para isso, foram investidos R$ 40 milhões na infraestrutura ferroviária da instalação.
O balanço da companhia mostra que empresa fechou o mês de junho com 1.800 TEU movimentados, o que totaliza seis trens e cerca de 180 contêineres semanais entre cargas de importação e exportação.
Em março, primeiro mês do novo modal de transporte, a movimentação foi de 42 TEU, saltando para 516 TEU, em abril, e 1.072 TEU, em maio. Com os movimentos consolidados no mês passado, a empresa verificou um aumento de 67% no volume de cargas transportadas pelos trilhos no terminal.
Esse panorama representa em torno de 4% das cargas movimentadas em todo o terminal no último mês. “A nossa meta é atingir 7% de volume até o final deste ano”, afirmou o presidente da Embraport, Ernst Schulze, ao destacar a eficiência do serviço.
Fonte - Revista Ferroviária  31/07/2015

Travessia Salvador-Mar Grande faz parada de quase 3h

Transportes Marítimos

O serviço foi interrompido devido a maré baixa,o que impede a atracação das lanchas na ponte do terminal de embarque hidroviário de Vera Cruz na Ilha de Itaparica.

A Tarde
Da Redação
Erik Salles - Ag. A TARDE
A Travessia Salvador-Mar Grande fez uma parada de quase 3h, na manhã desta sexta-feira, 31 por conta da maré baixa que impede a atracação das embarcações no Terminal Hidroviário de Vera Cruz. A travessia fica interrompida das 8h10 às 11h.
De acordo com a Associação dos Transportadores Marítimos da Bahia (Astramab), quando o serviço for retomado, oito embarcações farão o trajeto com saídas de 30 em 30 minutos ou a cada 15 minutos, a depender da demanda. O último horário do dia saindo de Mar Grande será às 18h30 e de Salvador, às 20h.
Já a linha marítima Salvador-Morro de São Paulo opera em restrições. Os próximos horários com saídas de Salvador são: 9h, 10h30, 13h e 14h30. E com partidas de Morro de São Paulo às 9h, 11h30, 12h30 e 15h.
As escunas do "Passeio às Ilhas" vão partir do terminal por volta das 9h. O passeio inclui paradas na Ilha dos Frades e em Itaparica, com retorno às 17h30.
Fonte - A Tarde  31/07/2015

A Škoda apresenta o segundo VLT para o mercado chiinês

Transportes sobre trilhos

O VLT é equipado com baterias de bordo que permitam o funcionamento sem catenária, tornando-se o segundo desse tipo a ser desenvolvido pela Škoda.

Railway Gazette
Railway Gazette
A Škoda  apresentou um VLT para ao mercado chinês na feira UrTran 2015 em Pequim.O VLT com 100% de piso baixo e cinco seções,foi montado na fábrica da CSR, em Pequim.
O veículo é equipado com baterias de bordo que permitam o funcionamento sem catenária, tornando-se o segundo desse tipo a ser desenvolvido pela Škoda.
No ano passado, a cidade turca de Konya encomendou 12 bondes da Škoda Transporte capazes de funcionar sem catenária.
Em 2014 CSR Qingdao Sifang apresentou um protótipo 15T ForCity de bonde fabricado sob licença da Škoda Transporte. Com base no modelo Škoda 14T, este também é projetado para o mercado chinês.
Fonte - Railway Gazette  30/07/2015

Tradução e adaptação de texto - Pregopontocom

Original Texthttp://www.railwaygazette.com/news/news/asia/single-view/view/skoda-unveils-its-second-tram-for-the-chinese-market.html

O futuro que não saiu do papel na mobilidade do Grande Recife

Mobilidade

Da ilusão da implantação do monotrilho ou do Veículo Leve sob Trilho (VLT) à realidade do BRT (Transporte Rápido por Ônibus) ainda incompleto vimos a cidade do futuro em forma de maquetes e acordamos com a realidade das obras inacabadas na segunda metade da década de 2010.

Por Tânia Passos 
Do Blog Mobilidade Urbana
Cidade da Copa só ficou na maquete crédito -Arena/reprodução
Nem tudo o que é desenhado vira obra. Na última década, o recifense esperou e acreditou em uma nova cidade, de mais espaços de convivência e melhores condições de deslocamentos. O anúncio da capital pernambucana como subsede da Copa encheu de expectativas de novas possibilidades em infraestrutura, principalmente na área de mobilidade.
Da ilusão da implantação do monotrilho ou do Veículo Leve sob Trilho (VLT) à realidade do BRT (Transporte Rápido por Ônibus) ainda incompleto vimos a cidade do futuro em forma de maquetes e acordamos com a realidade das obras inacabadas na segunda metade da década de 2010.

crédito - Secretaria das Cidades/Divulgação
Projeto dos viadutos na Agamenon foi abortado pelo estado por pressão dos moradores 

Também sonhamos com uma nova cidade, a da Copa, idealizada nas imediações da Arena Pernambuco para estimular o desenvolvimento na Zona Oeste, mas isso só ficou na maquete. “A gente esperava que essa região seria mais valorizada com a Arena, mas as pessoas assistem aos jogos e vão embora”, relatou o mecânico Gustavo Xavier, 43, na sua oficina às margens da BR-408.

crédito - Secretaria das Cidades/reprodução
Requalificação da PE-15 não saiu do papel e não tem previsão de sair. 

Não foi a primeira vez que a Zona Oeste do Recife ficou no “quase”. No fim da década de 1970, com a construção do Terminal Integrado de Passageiros (TIP), a expectativa era estimular o desenvolvimento local com a implantação de um Centro Administrativo do estado, o projeto desenhado por Oscar Niemeyer no governo de Marco Maciel não saiu do papel. “A proposta era descentralizar e estimular o desenvolvimento, mas depois Marco Maciel foi para o Senado, vice-presidência e o projeto não foi adiante. O cenário seria outro, sem dúvida”, afirmou o arquiteto e urbanista José Luiz da Mota Menezes.

crédito - Secretaria das Cidades/Reprodução
Previsto para ser entregue em 2014, projeto de navegabilidade tem nova previsão em 2017 

Com a Cidade da Copa todos os olhares voltaram-se novamente para a Zona Oeste e até um condomínio de luxo se instalou nas imediações. A Cidade da Copa havia sido projetada para ser a primeira Smart City da América Latina a 19 quilômetros do Centro do Recife. A proposta era implantar um modelo de mobilidade urbana com incentivo ao transporte público e criação de faixa exclusiva para ciclistas e pedestres no entorno da Arena. Além de moradias, também prometia faculdades, bancos e hospital. Mas hoje é um grande espaço de nada no entorno da Arena.
O governo do estado acabou concentrando os esforços para viabilizar a construção da Arena e dos corredores de transporte de BRT. A Arena ficou pronta depois de consumir R$ 743 milhões na parceria público-privada. Já os corredores de BRT ainda estão com as obras inacabadas, um ano após a realização do mundial. E deixando de fora pontos previstos no projeto original como a pavimentação nova ao longo dos corredores, faixas segregadas, expansão dos terminais antigos e requalificação da PE-15.
Segundo a Secretaria das Cidades o corredor Norte/Sul será entregue até o fim do ano. O Leste/Oeste está parado e depende de nova licitação. Já a requalificação da PE-15 depende de captação de recursos.
Para o urbanista Geraldo Marinho, as obras incompletas ou modificadas provocam frustração e perda na qualidade dos espaços. “É um desastre, uma vez que o produto esperado não se concretiza e causa frustração e descrédito do poder público”, apontou.Uma Agamenon a ser reinventada

foto - Ricardo Fernandes DP/D.A.Press
Avenida Agamenon Magalhães, perimetral do Recife, travada.

Dos espaços idealizados em maquetes, a Avenida Agamenon Magalhães é um dos que mais receberam projetos que não saíram do papel nesta última década. Em 2009, o urbanista Jaime Lerner trouxe para a cidade um desenho futurista de uma Agamenon com um elevado sobre o canal em toda sua trajetória com um espaço segregado para o transporte público.
O projeto, contratado pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Urbana-PE), tinha como propósito a implantação do corredor Norte/Sul nos moldes do BRT. Pelo projeto de Lerner, as estações ficariam sobre o canal e sob o elevado e o ônibus não teria nenhum contato com o tráfego misto.
Dois anos depois, o governo do estado apresentou um outro projeto para o corredor Norte/Sul no trecho da Avenida Agamenon Magalhães. O elevado de Jaime Lerner ao longo do canal ficaria de fora e, no lugar dele, quatro viadutos cortando os principais cruzamentos da perimetral.
A proposta do governo era garantir velocidade para o transporte público com uma faixa exclusiva para o BRT ao lado do canal e não mais em cima. Os viadutos acabaram provocando uma forte reação da sociedade e o estado recuou e não levou o projeto adiante.
Para o corredor Norte/Sul foi desenhado um terceiro projeto. Os viadutos saíram, mas a faixa exclusiva ao lado do canal e as estações sobre o canal foram mantidas. O projeto passou a ser chamado de ramal da Agamenon. Ou seja, o corredor Norte/Sul passa pela Avenida Cruz Cabugá, que está em obras, e outro ramal passará pela Agamenon. O projeto era para ficar pronto até a Copa, ainda não saiu do papel. E não há previsão de quando o ramal será construído ou se a Agamenon receberá um quarto projeto ainda nesta década.
Segundo o secretário adjunto da Secretaria das Cidades, Gustavo Gurgel há pendências com o consórcio responsável pela obra, orçada em R$ 96 milhões. “Estão sendo revistas questões contratuais com consórcio Heleno Fonseca/Consben referente a remanescentes do início da obra e adequação ao modelo determinado pelo Tribunal de Contas da União. A empresa alega que a adequação determinada pelo TCU é anterior à assinatura do projeto”, revelou Gurgel. A Secretaria das Cidades decidiu não dar prazo de início das obras na Agamenon. “Não temos como precisar, pois se não houver acordo com a empresa teremos que refazer a licitação”.
Fonte - Diário de Pernambuco  30/07/2015

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Transpetro coloca em operação o primeiro navio gaseiro do Promef

Transporte Marítimo

A entrega do gaseiro representa um momento importante para a indústria naval fluminense: é o primeiro gaseiro do Sistema Petrobras construído no Brasil e também o primeiro construído no estado do Rio de Janeiro.Atualmente, no estaleiro Vard Promar, há cinco embarcações do Promef em construção, das quais três se encontram no estágio de acabamentos.

Fatos e Dados

O navio Oscar Niemeyer foi entregue à Transpetro nesta quinta-feira (30/07), após cerimônia no Estaleiro Vard Promar, em Niterói, no Rio de Janeiro. Esta é a 11ª embarcação do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) a entrar em operação, sendo a primeira da série de gaseiros. A viagem inaugural do navio será para Barra do Riacho (ES), onde fará sua primeira operação de carregamento.
A entrega do gaseiro representa um momento importante para a indústria naval fluminense: é o primeiro gaseiro do Sistema Petrobras construído no Brasil e também o primeiro construído no estado do Rio de Janeiro.
Atualmente, no estaleiro Vard Promar, há cinco embarcações do Promef em construção, das quais três se encontram no estágio de acabamentos. Os gaseiros são destinados ao transporte de gás liquefeito de petróleo.
Além do Oscar Niemeyer, os outros navios do Promef que já estão operando são: os suezmax André Rebouças, Henrique Dias, Dragão do Mar, Zumbi dos Palmares e João Cândido; o panamax Anita Garibaldi e os navios de produtos José Alencar, Rômulo Almeida, Sérgio Buarque de Holanda e Celso Furtado.

Oscar Niemeyer
Oscar Niemeyer é considerado uma das figuras-chave no desenvolvimento da arquitetura moderna. Visionário e nacionalista, acreditou em projetos que mudaram a cara de cidades e até mesmo do Brasil, como a construção de Brasília, na virada da década de 50 para a de 60. Identificada pelas curvas que a caracterizam e pelas formas abstratas, a sua arquitetura está presente em diversos países.

Ficha técnica do navio Oscar Niemeyer:
Tipo: Gaseiro
Capacidade de transporte: 7 mil metros cúbicos
Comprimento total: 117,63 metros
Largura: 19,20 metros
Altura: 34,0 metros
Calado: 5,80 metros
Pontal (distância entre o fundo e o convés): 8,60 metros
Velocidade: 15,0 nós
Autonomia: 11.000 mil milhas náuticas
Número de tanques: 2 (dois)
Fonte - Fatos e Dados  30/07/2015

Encerradas audiências públicas para projeto da nova ferrovia Rio/Vitória

Ferrovias

Em todos os encontros, que aconteceram em Campos, Brasília, Rio de Janeiro e Vitória, foram apresentados em detalhes o projeto de engenharia de implantação da nova ferrovia, incluindo traçado detalhado, infraestrutura da obra, potencial logístico, integração com a malha ferroviária nacional e com os portos do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, e o potencial de geração de negócios.

Jornal Ururau - RF
foto - montagem ilustração
Foi encerrada nesta terça-feira (28/07), em Brasília, a última etapa de audiências públicas da nova ferrovia Rio-Vitória (EF-118). Com potencial de carga de 100 milhões de toneladas por ano, a EF-118 interligará a Região Metropolitana do Rio com Vila Velha, em Vitória. Em Campos, no dia 17 deste mês, uma audiência foi realizada para apresentar as modificações no projeto que serão feitas no trecho entre Campos e o Açu, em São João da Barra.
Em todos os encontros, que aconteceram em Campos, Brasília, Rio de Janeiro e Vitória, foram apresentados em detalhes o projeto de engenharia de implantação da nova ferrovia, incluindo traçado detalhado, infraestrutura da obra, potencial logístico, integração com a malha ferroviária nacional e com os portos do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, e o potencial de geração de negócios.
Agora, todas as sugestões recebidas durante os encontros serão encaminhadas para discussões técnicas e, caso seja necessário, ajustes no planejamento da nova ferrovia serão implantados. A próxima fase é encaminhar o projeto da EF-118 para apreciação do Tribunal de Contas da União (TCU) e, posteriormente, colocar em licitação pública pelo Governo Federal para concessão por meio de Parceria Público Privada (PPP).
Com orçamento de R$ 7,6 bilhões, a EF-118 terá 577,8 km de extensão, sendo 169,2 Km no Espírito Santo e 404,6 Km no Rio de Janeiro, e interligará os complexos portuários dos dois estados. O projeto prevê a implantação de seis túneis, 171 viadutos rodoviários, 130 pontes ferroviárias, 117 passagens inferiores e 60 passagens de pedestres.
Com potencial de carga de 100 milhões de toneladas por ano, a EF-118 interligará a Região Metropolitana do Rio com Vila Velha, Vitória. A ferrovia se articulará com a futura EF-354 (Estrada de Ferro Transcontinental - ligação ao Peru), a partir de Campos, atravessando as regiões minerais e agrícolas de Minas Gerais e do Centro Oeste brasileiro, e possibilitando a conexão com os mercados europeu e asiático. Além disso, a nova ferrovia estará interligada com a rede da concessionária MRS, que liga o Rio de Janeiro a São Paulo e Minas Gerais. E, no Espírito Santo, com a estrada de ferro Vitória-Minas.
A EF-118 atenderá a demanda da rede portuária dos dois estados, incluindo os portos de Sepetiba, Itaguaí, Macaé, Barra do Furado e Açu, no Rio de Janeiro, e os portos Central, Ubu, Tubarão e Vitória, no Espírito Santo e posicionará o Rio de Janeiro como a plataforma logística de classe mundial. A província portuária do Rio de Janeiro e do Espírito Santo será a maior do país, estando ancorada pelos superportos do Açu, do Rio de Janeiro e Central, no Espírito Santo. Esses são dois portos de grande capacidade, calado profundo acima de 20 metros, capazes de receber navios graneleiros de última geração. Essa nova infraestrutura logística, que integra portos e ferrovias de grande capacidade, possibilitará a atração para o Rio de Janeiro de novos empreendimentos industriais e logísticos, fazendo do estado uma grande plataforma de entrada e saída de produtos de todo o Brasil, com geração de emprego e renda de forma sustentável e por longo prazo.
A nova ferrovia Rio-Vitória faz parte do Programa de Infraestrutura e Logística (PIL), lançado pela presidente Dilma Rousseff no mês passado, que prevê a concessão, por parte da União, de ferrovias, rodovias, portos e aeroportos em todo o país
Fonte - Revista Ferroviária  30/07/2015

Após 3 trimestres com prejuízo, Vale lucra R$ 5,1 bi e supera expectativas

Economia

Em dólares,o lucro líquido foi de US$ 1,675 bilhão no último trimestre,superando a estimativa média do mercado,que era de US$ 408 milhões,segundo pesquisa da agência de notícias Reuters.Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (30).

UOL
foto - ilustração
A mineradora Vale (VALE3, VALE5) registrou lucro líquido de R$ 5,144 bilhões no segundo trimestre de 2015, após três trimestres seguidos de prejuízo.
No segundo trimestre do ano passado, a mineradora tinha registrado lucro de R$ 3,187 bilhões. No primeiro trimestre, o prejuízo foi de R$ 9,5 bilhões.
Em dólares, o lucro líquido foi de US$ 1,675 bilhão no último trimestre, superando a estimativa média do mercado, que era de US$ 408 milhões, segundo pesquisa da agência de notícias Reuters.
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (30).

Produção bate recorde
A produção de minério de ferro da Vale atingiu 85,3 milhões de toneladas, a melhor performance da companhia para um segundo trimestre.
O faturamento bruto da companhia chegou a R$ 21,808 bilhões no período.
O Ebitda ajustado, importante indicador da geração de caixa, somou R$ 6,817 bilhões no segundo trimestre, contra R$ 9,136 bilhões no mesmo período de 2014.
Fonte - ABIFER  30/07/2015

Prefeitura discute revitalização do Jaraguá com CBTU e Transnordestina

Transportes sobre trilhos

“Reunimos todos os entes envolvidos para discutir as melhorias na região. Pedimos à Transnordestina, que administra a linha Centro/Jaraguá, para autorizar o uso do trecho pela CBTU, pois isso melhoraria a mobilidade urbana na cidade. 

Tribuna Hoje - RF
foto - ilustração/Secom Maceió
Maceió - O prefeito Rui Palmeira e o secretário municipal de Planejamento, Manoel Messias, reuniram-se, nesta terça-feira (28), com representantes da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e da Transnordestina Logística S/A. Em pauta, a revitalização urbanística do Jaraguá e o reforço na mobilidade urbana da cidade. Inicialmente, foi feita visita técnica ao local onde funcionava a estação ferroviária do Jaraguá e na sequência, foi feita uma reunião para discutir os aspectos e atribuições da parceria.
“Reunimos todos os entes envolvidos para discutir as melhorias na região. Pedimos à Transnordestina, que administra a linha Centro/Jaraguá, para autorizar o uso do trecho pela CBTU, pois isso melhoraria a mobilidade urbana na cidade. Outro ponto trata do chamado pátio de manobra. O local pertence à CBTU e queremos que seja passado para o Município, que o transformará numa área cultural e de lazer, mudando o cenário que encontramos hoje, com lixo acumulado e ocupações irregulares”, disse Rui Palmeira.
De acordo com o superintendente da CBTU, Marcelo Aguiar, o objetivo é ofertar transporte de qualidade à população. “Ao revitalizarmos uma área tão importante da cidade, movimentada e com muitos pontos turísticos, estenderemos nossos serviços, beneficiando os usuários do transporte público”, destacou.
Para o secretário de Planejamento, Manoel Messias, o projeto é de devolução para a cidade de uma área que será de uso comum. “Lá, serão desenvolvidas atividades do turismo, culturais e de lazer. Sem dúvida, o Jaraguá será valorizado, tornando-se uma área de interesse, com atrativos. Levando o VLT, ainda contribuiremos para melhorar a mobilidade na cidade”, afirmou.
O assunto vem sendo tratado desde 2013 e envolve órgãos como a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Urbanização (Seminfra) e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan).
Fonte - Revista Ferroviária  30/07/2015

quarta-feira, 29 de julho de 2015

MetrôRio começa a operar primeiro trem revitalizado nesta quinta-feira

Transportes sobre trilhos

A concessionária promete retirar do sistema, gradativamente, as composições mais antigas da frota para o processo de recauchutagem na oficina, com o objetivo de melhorar a performance dos trens e aumentar o conforto dos passageiros. Com a aquisição dos novos trens, a MetrôRio passará a ter 64 composições – um aumento de mais de 100% na frota em seis anos.

Da Agência Brasil
Foto - ilustração/rj.gov
A partir de amanhã (30), os passageiros do metrô do Rio de Janeiro poderão viajar no primeiro dos 30 trens a serem revitalizados pela concessionária MetrôRio, a pedido da Secretaria de Estado de Transportes. O primeiro foi entregue nesta quarta-feira (29) e a previsão é de que todos os trens estejam em operação até o início do segundo semestre de 2016.
A concessionária promete retirar do sistema, gradativamente, as composições mais antigas da frota para o processo de recauchutagem na oficina, com o objetivo de melhorar a performance dos trens e aumentar o conforto dos passageiros. Com a aquisição dos novos trens, a MetrôRio passará a ter 64 composições – um aumento de mais de 100% na frota em seis anos.
De acordo com a Secretaria de Transportes, antes dos trens serem colocados em circulação, as composições passam por um ciclo da manutenção que dura cerca de 30 dias. Durante o processo de revitalização são revistos sistemas elétrico, de portas e propulsão, além de manutenções preventivas e corretivas. O ar-condicionado recebe atenção especial, com modificação de componentes e troca de condensadores. Além disso, as composições são desoxidadas e passam por um processo de pintura. Os bancos terão tons azul e prata, assim como o modelo dos trens novos.
O secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osório, disse que o processo de revitalização dos trens – com mais de 30 anos de uso – tem o objetivo de dar mais conforto ao usuário, além de conferir uma aparência mais confortável e moderna às composições. “O estado pretende, ao longo dos próximos quatro anos, montar um programa de substituição da frota mais antiga. Os trens antigos ganham nova cara e o serviço ganha mais qualidade. Com isso, a gente atende melhor o nosso passageiro”, destacou ele.
Além dos 30 trens antigos, o sistema metroviário do Rio conta com 19 trens chineses, adquiridos em 2009, que operam na Linha 2, e 15 composições foram compradas para circular na Linha 4 (Barra da Tijuca-Ipanema), que estará pronta em junho do ano que vem. Do total de novos trens, 12 já estão no Rio. Os demais desembarcarão na cidade até o fim deste ano.
Fonte - Agência  Brasil  29/07/2015

Estudos técnicos da ferrovia Rio-Vitória são discutidos na ANTT

Ferrovias

Esta ferrovia, considerada estratégica para a economia do país, tem como objetivo principal proporcionar acesso direto ao Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), ao Complexo Industrial do Porto do Açu (RJ) e ao Complexo Logístico do Porto Central (ES) por meio de uma infraestrutura moderna a partir da malha de bitola larga dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, concedida à MRS Logística, e da Ferrovia Vitória-Minas.

ANTT
foto - ilustração
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) realizou, na tarde desta terça-feira (28/07), em Brasília (DF), a última sessão presencial da Audiência Pública nº 005/2015, que tem por objetivo tornar público e colher contribuições para o aprimoramento dos estudos técnicos da ferrovia que ligará os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Esse projeto faz parte da segunda etapa do Programa de Investimentos em Logística (PIL) do governo federal.
Esta ferrovia, considerada estratégica para a economia do país, tem como objetivo principal proporcionar acesso direto ao Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), ao Complexo Industrial do Porto do Açu (RJ) e ao Complexo Logístico do Porto Central (ES) por meio de uma infraestrutura moderna a partir da malha de bitola larga dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, concedida à MRS Logística, e da Ferrovia Vitória-Minas. A via terá cerca de 580 quilômetros e custo estimado de R$ 7,8 bilhões.
Os estudos tiveram como premissa a redução dos riscos de engenharia, o menor tempo de construção e a minimização dos custos de desapropriação e dos impactos socioambientais. Dessa forma, o traçado desviou-se das principais áreas urbanas, como Rio Bonito, Macaé e Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, e Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo. Foram contornadas também as reservas biológicas de Poços das Antas e União. Para não impactar as comunidades lindeiras, estão previstas passagens inferiores e viadutos.
Nas reuniões presenciais da audiência, realizadas nas cidades de Vitória (ES), Rio de Janeiro (RJ), Campos dos Goytacazes (RJ) e Brasília (DF), houve a participação total de 834 pessoas, que apresentaram 53 manifestações orais e 24 por escrito. Os eventos contaram com a presença do ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues; dos governadores dos estados do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, e do Espirito Santo, Paulo Hartung; além de secretários de estado, prefeitos, senadores e deputados.
Audiência Pública – Ainda é possível enviar contribuições até as 18h do dia 31/7/ 2015, por meio de formulário eletrônico disponível no site PIL Ferrovias; por e-mail para ap005_2015@antt.gov.br; ou por via postal para o endereço do edifício-sede da ANTT: Superintendência de Infraestrutura e Serviços de Transporte Ferroviário de Cargas (Sufer) - SCES Trecho 3, Polo 8, Lote 10, Projeto Orla, Bloco A - 1° andar, Brasília-DF.
Próximos passos - As sugestões e contribuições estão sendo analisadas pela ANTT e serão consolidadas em relatório a ser publicado no site PIL Ferrovias. Paralelamente, está sendo desenvolvido o modelo econômico-financeiro para exploração da ferrovia.
Fonte - ABIFER   29/07/3015

Brasil consegue redução da taxa de juros e compra 36 caças da Suécia

Defesa/Aérea

A taxa ficou em 2,19%, percentual que, segundo o ministro da Defesa, Jaques Wagner, foi bom para ambos os países. Em entrevista concedida durante viagem à cidade de Ladário, em Mato Grosso do Sul, o ministro usou como argumento do pedido brasileiro a queda da taxa de juros na Europa

Paulo Victor Chagas
Repórter da Agência Brasil
foto - ilustração
Brasil e Suécia vão finalizar nos próximos dias o contrato para a compra de 36 aviões de caça Gripen NG, da empresa sueca Saab. O fechamento do acordo foi anunciado hoje (29), após três dias de negociações, durante as quais o governo brasileiro insistiu na redução da taxa de juros do contrato.
A taxa ficou em 2,19%, percentual que, segundo o ministro da Defesa, Jaques Wagner, foi bom para ambos os países. Em entrevista concedida durante viagem à cidade de Ladário, em Mato Grosso do Sul, o ministro usou como argumento do pedido brasileiro a queda da taxa de juros na Europa: “O governo não poderia assinar em 2015 um contrato com a taxa de 2014”, disse Jaques Wagner, referindo-se à queda das taxas de juros na Europa.
De acordo com o ministro, em um prazo de 10 a 12 dias, o contrato será confirmado e cerca de 200 brasileiros irão à Suécia para treinamento, já que o projeto envolve a transferência de tecnologia para indústrias do Brasil.
Segundo o Ministério da Defesa, com o fim das negociações, o contrato seguirá os trâmites legais para aprovação final no Senado Federal. O primeiro avião deve ser entregue pela Saab em 2019 e o último em 2024.
O governo brasileiro optou pela compra de 36 caças suecos Saab Gripen NG no final de 2013.
Fonte - Agência Brasil  29/07/2015

Bahia vai investir R$ 800 milhões em aeroportos nos próximos 5 anos

Infraestrutura

Estado vai investir R$ 800 milhões em aeroportos no próximos 5 anos.Os principais desafios estão em priorizar algumas regiões do estado que seriam interessantes do ponto de vista das operações.Os recursos são oriundos dos governos estadual e federal.

Por Yuri Abreu - TB
foto - ilustração
Com um investimento de mais de R$ 800 milhões nos próximos cinco anos para os 20 maiores aeroportos do estado – excetuando Salvador e Ilhéus – e que serve de incentivo a aviação regional, a Secretaria Estadual de Infraestrutura do Estado da Bahia (Seinfra) apresentou o Plano Aeroviário (PAEBahia), que vai direcionar os investimentos no setor até o ano de 2033 e mostrar quais as necessidades, projeção de demandas, equipamentos necessários e classificação de cada um deles. Os recursos são oriundos dos governos estadual e federal.
No encontro, foram discutidos os avanços e a regulamentação da aviação civil na Bahia, além de terem sido apresentadas as conclusões e atualizações dos estudos realizados ano passado, assim como as ações e melhorias previstas para os aeroportos regionais, englobando assuntos ambientais e os ligados a infraestrutura e desenvolvimento do setor. Dos 82 aeroportos administrados pela Secretaria, sete recebem voos comerciais atualmente.
“Existem algumas fórmulas que temos que seguir para determinar se uma cidade pode ou não receber vôos na Bahia, como a demanda de passageiros por dia, por exemplo. Nós já temos alguns municípios que receberão ampliação na sua estrutura como nos terminais de Guanambi e Feira de Santana, que também tem um estudo prevendo uma nova pista para receber aeronaves maiores. Nós consideramos a cidade um grande terminal de cargas. Em Barreiras será construído um novo terminal de passageiros”, disse o secretário da pasta, Marcus Cavalcanti.
Cavalcanti ainda informou que os aeroportos de Barreiras, Lençóis, Teixeira de Freitas Comandatuba devem ser concedidos à iniciativa privada. Ele destacou também que os incentivos a aviação regional tem feito com que empresas aéreas, como a Azul, tenham recolhido ICMS na casa dos 7%, quando o normal seria de 17%. “Além dela, estamos também discussão com as grandes companhias aéreas em função dos destinos turísticos que nós temos, além de Ilhéus e Porto Seguro, onde já acontecem operações”, salientou.

VIABILIDADE
Um dos autores do estudo que resultou no Plano Aeroviário, o professor e especialista em Aeroportos e Transporte Aéreo da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), Jorge Leal, destacou a grande quantidade de terminais que a Bahia possui e que atendem significativamente a todo o estado. “Nós mostramos que o percentual de aeroportos públicos com relação a área é proporcionalmente maior a que tem no resto do país. No entanto, devido a esse número, temos que priorizar alguns para que nós possamos atender as necessidades econômicas”, comentou.
Segundo ele, a principal dificuldade do estudo girou em torno da conscientização dos municípios no sentido de proteger seus aeroportos. “O que eu vi, nas nossas viagens pelo estado, é que a pista do aeroporto está lá e, logo em seguida, começam a aparecer construções em volta, comprometendo a segurança e, posteriormente, o fechamento do local”, disse Leal. A expectativa para o professor, após esse processo de modernização, é que os aeroportos sejam viáveis e passem a ter vôos regulares.
De acordo com o administrador do aeroporto de Feira de Santana, Valmir Andrade, ele espera que com o início dos investimentos, melhorias já possam acontecer. “Temos um terminal acanhado, com tecnologia, mas que atende a demanda”, contou. Ele também disse que já foram investidos, até então, cerca de R$ 25 milhões no equipamento – entre estado e concessionária. “Mais melhorias estão sendo feitas e temos um estudo de demanda que informa que a cidade comportaria mais vôos. No entanto, isso ficaria a cargo da companhia aérea definir”, acrescentou. Atualmente, a cidade tem o vôo diário para o aeroporto de Confins, em Minas Gerais.
Atualmente operando em 10 cidades da Bahia, a empresa Azul pretende ampliar a sua área de atuação no estado. “Temos uma programação em colocar mais um voo aqui, não decidimos onde, mas muito provavelmente será já este ano e na região de Guanambi. Estamos em negociações com o governo por mais um ajuste no ICMS, e acredito que ainda este ano, iniciemos a operação por lá”, relatou o diretor de relações institucionais da empresa, Ronaldo Veras.
De acordo com Veras, os principais desafios estão em priorizar algumas regiões do estado que seriam interessantes do ponto de vista das operações. “Estamos observado cidades como Jequié e Vitória da Conquista, onde pleiteamos operação com o jato. Tem também a parte do ICMS, já que 44% do custo do vôo está relacionado ao combustível e a questão do mercado de cargas que também nos interessa”, finalizou.
Fonte - Tribuna da Bahia  29/07/2015

Ônibus com motor dianteiro podem ser banidos do sistema de transporte coletivo de Pernambuco

Ônibus

Ônibus com motor dianteiro podem ser proibidos de operar no sistema de transporte coletivo de Pernambuco.Projeto na Assembleia Legislativa começa a tramitar segunda-feira (03), no retorno dos deputados do recesso parlamentar de julho

Ayrton Maciel
Jornal do Commercio
foto - ilustração
Os ônibus que operam no sistema de transporte coletivo de passageiros de Pernambuco podem ser proibidos de circular com o motor localizado na parte dianteira dos veículos. Projeto de lei que começa a tramitar segunda-feira (03/08), no retorno da Assembleia Legislativa, proíbe os ônibus com motor dianteiro operarem para fins de transporte coletivo em todo o Estado.
O projeto determina que o sistema de transporte coletivo que opera com ônibus não permitirá que as concessionárias façam novas aquisições de veículos com motor dianteiro para suas frotas. A proposta, do deputado Rodrigo Novaes (PSD), estabelece, ainda, que as empresas deverão substituir, gradativamente, os veículos com motor dianteiro existentes no sistema por ônibus com motor traseiro ou central.
Na argumentação, Novaes explica que recente pesquisa realizada pelo Ministério Público do Distrito Federal constatou que 45% dos cerca 15 mil motoristas e cobradores do transporte público da capital federal apresentavam perda auditiva. O motivo é "o alto barulho do motor que fica na frente", ao lado do motorista, "da grande maioria dos ônibus que transitam pelas cidades brasileiras".
Fonte - Jornal do Commercio  29/07/2015

Há 80 anos, chegada do trem mudava a história de Londrina

Transportes sobre trilhos

Há 80 anos, o povo se alvoroçava na primeira estação ferroviária para receber a primeira viagem oficial de trem a Londrina, em 1935, com partida de Jataizinho e duração de quase quatro horas. A estação estava instalada em um local que pouca gente imaginaria hoje, ante a falta de sinais ou marcos.

Jornal de Londrina - RF
foto - ilustração/londrinahistórica
Quando o relógio da Estação Ferroviária marcou 15h em 28 de julho de 1935 e o apito de trem invadiu os ouvidos dos não mais que 600 habitantes do povoado de Londrina, um dos eventos históricos locais mais importantes aconteceu: a chegada da locomotiva Baldwin. Com caldeiras à vapor e maquinaria construídas em Nova Iorque, o trem que utilizava uma das mais importantes tecnologias de propulsão para motores marcou, de forma determinante, o norte do Paraná e todas as cidades ao longo da linha férrea.
Há 80 anos, o povo se alvoroçava na primeira estação ferroviária para receber a primeira viagem oficial de trem a Londrina, em 1935, com partida de Jataizinho e duração de quase quatro horas. A estação estava instalada em um local que pouca gente imaginaria hoje, ante a falta de sinais ou marcos. A casa de madeira do feito histórico ficava no que é atualmente o piso inferior do Terminal Urbano de Londrina, no centro.
Com o desenvolvimento meteórico dos negócios de terras após a ferrovia, uma segunda estação ferroviária foi construída em 1951 para se tornar sede do sistema ferroviário regional. Durou até 1982, quando os trilhos que “dividiam Londrina” foram, em definitivo, retirados e a segunda estação virou a sede do Museu Histórico Padre Carlos Weiss.
Antes da via férrea chegar a Londrina, quem quisesse comprar terras ou trabalhar por aqui deveria vir de trem até Jataizinho, do outro lado do Rio Tibagi, e arriscar-se em uma travessia em balsas e barcos para, depois, continuar a viagem no lombo de animais, até o povoado.
Naquela época, os apitos do trem, a 20 quilômetros por hora, anunciavam a chegada da comitiva em meio aos fogos de artifício e aplausos dos moradores.
No trem de passageiros estava a comitiva com representantes dos governos de Londrina, do Paraná e dos ingleses da Companhia de Terras Norte do Paraná – proprietária da ferrovia e dos trens.
Mister Thomas, terceiro prefeito de Londrina e diretor da Companhia, seria um dos orgulhosos a desembarcar naquele dia.
Tudo registrado em filme: Hikoma Udihara, vendedor de terras da companhia e primeiro cineasta de Londrina, fez das imagens da locomotiva avançando em meio aos cafezais material de divulgação para os novos compradores que chegariam aos milhares.
“O trem já existia em Jataizinho desde 1932 e atravessar o Tibagi era sempre uma tragédia, um risco”, conta Ninger Ovídio Marena, 68, pesquisador da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e um dos responsáveis pelo Museu de Geologia da instituição.
Com o trem, vieram as linhas de telégrafo, de energia, mercadorias, mais conforto. E gente. Muita gente. “A linha férrea é um divisor de águas da história regional. A partir daí, as cidades começaram a surgir e as populações duplicaram, triplicaram aqui no Norte do Paraná”, conta. “Em 1935, automóveis eram artigo de luxo, gasolina era importada, estradas inexistiam e o trem, simplesmente, representava tudo”.
Devido à importância da data e do feito, o pesquisador, até hoje, não compreende como no andar debaixo do Terminal não há um painel gigante com fotos e imagens da época, marcando o lugar: “As pessoas têm o direito de saber que ali é um lugar muito simbólico para Londrina, um marco histórico da nossa região”, atesta.

Baldwin era ônibus espacial da época
foto - ilustração/Ag.UEL
Aficionado em ferrovias e miniaturas de trens, o arquiteto Christian Steagall-Condé fez parte, inicialmente, da equipe de restauro da locomotiva Baldwin que hoje está no Museu Histórico Padre Carlos Weiss. A locomotiva nunca circulou aqui na região: veio de Jundiaí, interior de São Paulo, onde ficava exposta em um parque público. “Tem a mesma configuração da que foi usada na primeira viagem para Londrina. Na época, significava o máximo da inteligência e da tecnologia mecânica mundial. Era algo tão avançado que usava a mesma tecnologia do Titanic (caldeiras à vapor) e significava o equivalente às viagens do ônibus espacial”, compara. Da locomotiva no pátio do museu, no entanto, o arquiteto esperava mais. Tanto que discordou da escolha do restauro e deixou o projeto antes do fim:
“Fui contra uma recomposição apenas estética. O desejo era ver a locomotiva funcionando nos trilhos para demonstrações e, como não, até pequenas viagens. Não apenas para tirar fotos”, argumenta. Para ele, a locomotiva Baldwin “é dotada de alma” e mereceria mais do que tornar-se um objeto histórico-cenográfico. “Vê-la em movimento seria o resgate completo da memória para as próximas gerações”, opina. “Quem não gostaria de uma viagem no tempo e em movimento?”

“É gente que merece lugar na história”
O avô do pesquisador Ninger Ovídio Marena, o sertanista Ovídio Vicente Rodrigues, era derrubador de mato, entendedor de línguas indígenas e, entre muitos trabalhadores que desapareceram na história, fez a vida a erguer trilhos pelo norte do Paraná. Ao findar a construção do trecho da ferrovia entre Londrina e Apucarana, contaminou-se de malária e faleceu, aos 49 anos. “As ferrovias vieram pelas mãos de muita gente humilde, trabalhadores braçais, ferroviários”, conta o neto dele. “É gente que merece lugar na memória”, diz. Regina Alegro, diretora do Museu Histórico Padre Carlos Weiss, afirma que a história ferroviária de Londrina e região está fotografada, catalogada e disponível para consulta por interessados.
O museu tem dezenas de peças, mobiliários, uniformes de funcionários e objetos da época. “O trem é a tradução do avanço de Londrina e da modernidade que chegava ao norte do Paraná”, diz a diretora. “Era a possibilidade de chegar na região sem ser obrigado a atolar no barro e sem necessidade de enfrentar a floresta”, explica.
Fonte - Revista Ferroviária   29/07/2015

terça-feira, 28 de julho de 2015

Novo trem de passageiros da Vale começa a operar no segundo semestre

Transportes sobre trilhos

Alinha de trens de passageiros da Vale que circula na EFC ligando o Estado do Pará ao Maranhão contará com a operação dos novos trens a partir do segundo semestre desse ano.A Vale investiu US$ 55,6 milhões na frota da EFC

Diário do Pará
créditos - Reprodução
Um novo trem de passageiros começará a circular ainda neste segundo semestre na Estrada de Ferro Carajás (EFC). Quem embarcar em algum dos 15 pontos ao longo da malha atendidos pelo serviço terá a oportunidade de conhecer todas as novidades e funcionalidades dos novos carros. A renovação do transporte de passageiros, que interliga os Estados do Maranhão e Pará, é um marco para a Vale pois este ano a empresa celebra 30 anos de operações da EFC.
Única empresa do país a oferecer o transporte ferroviário de passageiros em longa distância, a Vale investiu US$ 55,6 milhões na frota da EFC. Foram adquiridos 39 carros, dos quais 6 são executivos, 21 econômicos e 12 de serviços que incluem lanchonete, restaurante, especial para cadeirantes, bagageiro e gerador. Cada carro executivo da EFC tem capacidade para transportar 60 passageiros. Já nos econômicos haverá 79 lugares. Além disso, toda a composição conta com detector de fumaça, aumentando a segurança dos usuários.
Os carros da classe executiva contam com sistema de som e iluminação individualizados para dar maior conforto e comodidade aos viajantes. As novidades contemplam também os dois carros-restaurante que possuem, cada um, 72 lugares.
Fonte - Mobilize  28/07/2015

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Bondes de Santa Teresa voltam a funcionar após quatro anos

Transportes sobre trilhos

Após quatro anos, bondes de Santa Teresa voltam a funcionar.Na pré-operação, bondes circularão de segunda a sábado e não vão cobrar passagem.Os bondes vão circular de segunda a sábado, das 11 às 16h, com intervalos de 20 minutos.

Da Agência Brasil
Tânia Rêgo/Agência Brasil
Depois de quatro anos parados, os bondes de Santa Teresa, tradicional bairro na zona central do Rio de Janeiro e cartão-postal da cidade, voltaram a funcionar hoje (27). Enquanto o restante das obras não é concluído, a pré-operação do sistema com passageiros será feita inicialmente entre os Largos da Carioca e do Curvelo, trecho com cerca de 1,7 quilômetro.
Segundo o secretário de Estado de Transportes, Carlos Roberto Osório, as obras só deverão ser concluídas no primeiro semestre de 2017, com a inauguração da última estação, no Silvestre.
No período de pré-operação, o sistema não funcionará nos horários de pico. Os bondes vão circular de segunda a sábado, das 11 às 16h, com intervalos de 20 minutos. Nesta fase, não haverá cobrança de passagem. O embarque e o desembarque estão sendo feitos somente nos pontos de parada e a lotação de cada bonde está limitada a 32 passageiros. No total, 12 agentes da secretaria estarão nas estações dos largos da Carioca e do Curvelo para orientar os usuários do sistema.
Osório disse que a maior vantagem do novo sistema é a segurança. “O novo bonde tem dois objetivos: manter características do original, que é a ‘cara’ de Santa Teresa e agregar tecnologia, principalmente nos quesitos de segurança.”
Segundo o secretário, os bondes têm agora quatro sistemas de freio: o quarto é magnético, de emergência, e será acionado em último caso. Além disso, durante a viagem, não será mais permitido viajar em pé, nem nos estribos – no modelo do novo bonde, os estribos são retráteis e acionáveis no momento de parada dos pontos.

Tarifas
De acordo com Osório, as tarifas só serão cobradas após a inauguração da próxima estação, no Largo dos Guimarães, centro comercial de Santa Teresa, prevista para outubro, após a conclusão das obras e de testes. O secretário garantiu que o valor da passagem será inferior ao do ônibus municipal, que hoje é R$ 3,40. “As tarifas ainda estão sendo estudadas e vão ser discutidas com os moradores de Santa Teresa."
Segundo Osório, estuda-se com a prefeitura a integração dos bondes ao bilhete único municipal e intermunicipal (sistema no qual os passageiros podem pegar dois coletivos, no período entre duas horas e meia e três horas, e pagar o valor único de R$ 3,40 e R$ 5,90, respectivamente.
Em seu último dia de férias no Rio, a paulista Laura Paganini, publicitária de 27 anos, disse que ficou feliz por ter tido a experiência de andar no bonde antes de retornar a sua cidade. “Gostei muito do passeio, o bonde passou segurança e, além disso o bairro é muito bonito, com uma vista incrível. Valeu a pena.”
Moradora de Santa Teresa, a fotógrafa e designer Isabel Mattos Ferreira lamenta que o bonde ainda não tenha chegado à área onde vive, mas considera a reinauguração do sistema um ganho para o bairro. “Vim para ver o bonde e testar. Foi uma viagem muito tranquila. Estou esperando as outras estações abrirem não só para servir de transporte a nós, moradores, mas trazer esse charme dos bondinhos de volta para Santa Teresa.”
A previsão inicial era que o novo bonde ficasse pronto até a Copa do Mundo do ano passado, mas problemas com a execução das obras provocaram diversos atrasos. Parte da obra, inclusive, precisou ser refeita no trecho Carioca-Curvelo, devido a um erro na instalação do rejunte dos trilhos, o que impedia o acionamento do freio dos bondes. Devido às falhas operacionais na execução dos trabalhos, a empresa concessionária responsável pelas obras, Elmo Azvi, recebeu este ano duas multas que, somadas, chegam a R$ 1,35 milhão.
Além dos atrasos e das falhas, outro imprevisto enfrentado durante a execução das obras é o custo, que hoje está em R$ 87,1 milhões, quase 50% mais alto que o valor apresentado inicialmente, de R$ 58,6 milhões. Até o momento, o governo do estado pagou R$ 43,5 milhões, que correspondem à metade do atual orçamento.
Fonte - Agência Brasil  27/07/2015