sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Metrô de Salvador aumenta o numero de trens e de viagens na operação

Transportes sobre trilhos   🚇

Nos horários de pico da manhã (das 6h29 às 8h38) e da tarde (das 16h45 às 19h20), na Linha 1 passará um trem a cada 2 minutos e 41 segundos; na Linha 2, a cada 3 minutos e 10 segundos. Nos horários entre picos, o intervalo será de 5 minutos e 20 segundos na Linha 1, e de 6 minutos na Linha 2.

Da Redação
foto - ilustração/arquivo
A partir desta sexta-feira (7), a CCR Metrô Bahia vai acrescentar mais dois trens na operação do Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas para aumentar o conforto durante as viagens, passando a operar com 34 trens e ofertar 110 novas viagens, disponibilizando mais de 100 mil novos lugares por dia útil. A iniciativa vai aumentar o número de viagens e reduzir os intervalos entre os trens. Viabilizada pelo Governo do Estado, a implantação do sistema metroviário baiano é uma das mais importantes intervenções de mobilidades em andamento no país.
Nos horários de pico da manhã (das 6h29 às 8h38) e da tarde (das 16h45 às 19h20), na Linha 1 passará um trem a cada 2 minutos e 41 segundos; na Linha 2, a cada 3 minutos e 10 segundos. Nos horários entre picos, o intervalo será de 5 minutos e 20 segundos na Linha 1, e de 6 minutos na Linha 2.
Além disso, para facilitar as compras de fim de ano, a concessionária também vai reduzir os intervalos entre trens das 8h às 18h nos sábados e domingos que antecedem ao Natal - dias 15, 16, 22 e 23, aumentando a oferta de lugares. A estratégia foi pensada levando-se em consideração o aumento na demanda de clientes no período que antecede as festas.
Com informações da Secom BA

Entrega noturna para o comercio gera empregos e humaniza a cidade

Transportes de carga  🚚

As mudanças permitem o aumento da frequência de abastecimento das lojas, para reduzir os estoques na ponta, o que implica o uso de veículos menores", comenta Aurélien. O crescimento da quantidade de motoristas autônomos, com caminhões menores, solicitados via aplicativos como Uber, Loggi ou Shippify; e o início do chamado "click & collect", com separação do pedido do cliente na loja além do uso de sistemas alternativos e sustentáveis (bicicleta ou, entrega a pé) são também importantes vantagens

Portogente
foto - ilustração/Web
A entrega urbana noturna de mercadorias em São Paulo aprovada pela Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes medida é vista com otimismo pelo especialista francês Aurélien Jacomy, diretor da consultoria em supply chain Diagma Brasil. O executivo observou a implementação exitosa na capital francesa anos atrás.
"As mudanças permitem o aumento da frequência de abastecimento das lojas, para reduzir os estoques na ponta, o que implica o uso de veículos menores", comenta Aurélien. O crescimento da quantidade de motoristas autônomos, com caminhões menores, solicitados via aplicativos como Uber, Loggi ou Shippify; e o início do chamado "click &collect", com separação do pedido do cliente na loja além do uso de sistemas alternativos e sustentáveis (bicicleta ou, entrega a pé) são também importantes vantagens
Outros impactos visíveis no varejo, serão a profissionalização do abastecimento das gôndolas nas lojas, para deixar o ponto de venda limpo e abastecido desde a abertura; o aumento da área dedicada aos pedestres, o que impulsiona o comércio (como demonstra o piloto na rua dos Pinheiros). "Mesmo que essa medida reduza a possibilidade de estacionamento dos caminhões, vale a pena estimular o crescimento de uma frota de entrega sustentável, movida à eletricidade ou híbrida", acrescenta Aurélien.
"O projeto-piloto da iniciativa provou ser a entrega noturna uma solução interessante, tanto para as empresas, que conseguiram otimizar o uso da sua frota de caminhões, quanto para a sociedade, com uma melhor utilização da malha rodoviária e a redução do trânsito de veículos de carga", avalia Aurélien.
Para o consultor, apesar de receber críticas, o projeto, em conjunto com as restrições de trânsito para caminhões nos centros urbanos, acelera uma transformação e uma melhoria do abastecimento do varejo urbano.
Como especialista em Supply Chain, o francês Aurélien afirma que o desenvolvimento desses novos métodos de entrega em loja. "Na França a prática já é comum e traz bons resultados. A implementação da entrega urbana noturna proporciona benefícios às pessoas, com melhor experiência para o consumidor e melhor mobilidade como cidadão. Existe um impacto social positivo", finaliza o consultor.
Fonte - Portogente  07/12/2018

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Trilhos do metrô de Fortaleza são realinhados e passageiros contam com maior conforto e segurança

Transportes sobre trilhos  🚇

O serviço realizado na Linha Sul do Metrô de Fortaleza,se torna necessário, por conta do fluxo intenso de trens no dia-a-dia, que leva a um desgaste natural da via. Para realizar os trabalhos, é utilizada uma máquina Plasser, comumente presente nas instalações e manutenções de vias férreas.Todo esse trabalho é realizado aos domingos, feriados e madrugadas, de forma a não interferir no fluxo regular de atendimento aos passageiros.

Da Redação
foto - ilustração/arquivo
A Cia Cearense de Transportes Metropolitanos realiza serviço de realinhamento geral dos trilhos da Linha Sul do Metrô de Fortaleza. O procedimento, que está próximo de sua conclusão e é feito por equipamentos de alta tecnologia, garante os padrões originais do projeto, ao longo dos 24,1 km de percurso. Essas intervenções proporcionam maior estabilidade para o tráfego de trens sobre os trilhos, aumentando a segurança operacional e o conforto dos passageiros.
O serviço se torna necessário, por conta do fluxo intenso de trens no dia-a-dia, que leva a um desgaste natural da via. Para realizar os trabalhos, é utilizada uma máquina Plasser, comumente presente nas instalações e manutenções de vias férreas. A máquina Plasser atua em três fatores: no nivelamento da altura dos trilhos, para que não haja desconformidade; na adequação em caso de pequenas variações na distância entre os dois trilhos da via (bitola), e na distribuição da brita que sustenta o peso dos trilhos e dos trens.
Todo esse trabalho é realizado aos domingos, feriados e madrugadas, de forma a não interferir no fluxo regular de atendimento aos passageiros. O realinhamento, como já dito, garante o restabelecimento preciso das especificações originais da Linha Sul, fato que é confirmado através de estudos topográficos incluídos no serviço. Mais de 70% da Linha Sul já receberam a manutenção pela máquina Plasser, e o serviço tem previsão de término na primeira quinzena de dezembro. Em seguida, a Linha Oeste e o VLT de Sobral devem passar pelo mesmo realinhamento.
Com informações da Metrofor-CE  06/12/2018

O perigo que ronda as ferrovias

Transportes sobre trilhos  🚄

Toda nação com economia forte possui um projeto estruturado de ferrovias, exceto o Brasil. Nosso descaso com o transporte ferroviário é histórico. Se a situação já é lastimável, o cenário pode ficar ainda mais sombrio nos próximos 40 anos, caso as autoridades cedam a pressões dos atuais concessionários de ferrovias no País e renovem antecipadamente os contratos que estão em vigor e só seriam expirados na próxima década.

*José Manoel Ferreira Gonçalves - Portogente
foto - ilustração/arquivo
O transporte ferroviário no Brasil tem padecido de um abandono crônico por parte das autoridades. A precariedade de nossas ferrovias só é lembrada em momentos críticos, como a greve dos caminhoneiros que recentemente paralisou o País.
Nessas ocasiões, lamentamos o fato de não darmos a devida atenção ao modal sobre trilhos, que, em uma nação continental como a nossa, poderia ter papel muito mais preponderante na movimentação de grandes cargas e passageiros, com segurança e menor custo energético. A greve dos caminhoneiros demonstrou o quanto é danosa ao País a nossa dependência do transporte rodoviário.
Toda nação com economia forte possui um projeto estruturado de ferrovias, exceto o Brasil. Nosso descaso com o transporte ferroviário é histórico. Se a situação já é lastimável, o cenário pode ficar ainda mais sombrio nos próximos 40 anos, caso as autoridades cedam a pressões dos atuais concessionários de ferrovias no País e renovem antecipadamente os contratos que estão em vigor e só seriam expirados na próxima década.
Dados do próprio Governo Federal apontam que as ferrovias brasileiras transportam apenas 15% das cargas em termos de tonelagem por quilômetro útil. No mercado urbano de passageiros, a participação modal ferroviária é ainda muito mais escassa. O Brasil possui 30 mil quilômetros de trilhos, mas a maior parte está desativada devido ao descaso e ao desgaste temporal. Os poucos trechos operantes recebem composições que funcionam à velocidade média de inacreditáveis 15 km/h. Mesmo considerando a malha inteira, ainda assim seria equivalente à mesma malha ferroviária do Japão (um país do tamanho do Estado de São Paulo), ou 14 vezes menor do que a malha dos Estados Unidos e quatro vezes menor que a da Rússia.
Há atualmente no País 8.534km de ferrovias abandonadas, 51.530km de ferrovias planejadas e apenas pouco mais de 10.000km de ferrovias ativas – ou precariamente ativadas. Mesmo com esses números nada favoráveis, o lobby em favor da renovação de uma estrutura totalmente inadequada para as ferrovias é grande em Brasília. O que se deseja perpetuar é um sistema em que a malha ferroviária permaneça praticamente a serviço de nove empresas, sem integração com outros operadores, sem competitividade, muito menos abrir a possibilidade de termos um maior volume de passageiros a serem transportados. Não há garantia de interoperabilidade entre concessões, ou seja, não se permitirá, com esse modelo, a livre circulação de todos os trens em toda a malha ferroviária.
Caso essa proposta prevaleça, o Brasil não terá a chance de desenvolver um projeto nacional de ferrovias. Um novo marco regulatório para a concessão de ferrovias, feito a partir de análises e avaliações aprofundadas – e com contribuições de toda a sociedade –, deveria ser o pontapé inicial desse projeto. A renovação antecipada atende apenas a interesses isolados, sem qualquer compromisso com os direitos dos usuários de ferrovias, sem metas e indicadores de desempenho operacional.
Felizmente há casos de pareceres contrários à renovação das ferrovias, como o emitido pelo Ministério da Fazenda em análise da concessão de Carajás, cujos parâmetros favoreceriam apenas a operadora privada em detrimento dos interesses da União. Órgãos importantes como o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério Público também têm se manifestado em oposição à impetuosidade dos atuais concessionários em lograrem a renovação dos contratos, sem os devidos estudos.
Este é o momento de estabelecer contratos de concessão que efetivem a ferrovia como meio de transporte. Entre outros aspectos, os valores da outorga estão visivelmente subavaliados e necessitam de melhor avaliação. O modelo atual, concentrado em três grandes grupos empresariais, não vai possibilitar a existência de uma malha ferroviária que atenda às necessidades do País. Se não houver mudanças, estaremos condenados a passar os próximos 40 anos com ferrovias do século passado.
*José Manoel Ferreira Gonçalves é presidente da Frente Nacional pela Volta das Ferrovias (FerroFrente)
Fonte - Portogente  06/12/2018

Relatório traz panorama das violações de direitos humanos no Brasil

Direitos Humanos  👐

“O relatório é um subsídio para quem quer entender o que está acontecendo no Brasil na área de direitos humanos e que quer resistir, que quer continuar buscando um país mais justo”, disse a jornalista Daniela Stefano, que integra a Rede Social de Justiça e Direitos Humanos. A edição analisa como está a aplicação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que completa 70 anos em 2018, e da Constituição Federal, no marco dos seus 30 anos.

Camila Boehm
Repórter da Agência Brasil

foto - ilustração/arquivo
O 19º Relatório Direitos Humanos no Brasil foi lançado hoje (5) em São Paulo. O documento, organizado pela Rede Social de Justiça e Direitos Humanos, apresenta um panorama das violações ocorridas em 2018 e traz dados e análises sobre diferentes áreas de atuação relacionadas aos direitos humanos. O relatório traz artigos que analisam questões como terra, trabalho, justiça, povos indígenas, quilombolas, populações encarceradas e LGBTI, entre outros.
“O relatório é um subsídio para quem quer entender o que está acontecendo no Brasil na área de direitos humanos e que quer resistir, que quer continuar buscando um país mais justo”, disse a jornalista Daniela Stefano, que integra a Rede Social de Justiça e Direitos Humanos. A edição analisa como está a aplicação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que completa 70 anos em 2018, e da Constituição Federal, no marco dos seus 30 anos.

Cerrado nordestino
Daniela é autora do artigo que está no relatório sobre especulação de terras no cerrado nordestino, em que denuncia impactos econômicos, sociais e ambientais do agronegócio na região, em especial no Piauí. “As plantações se soja geralmente ficam nas partes altas e as comunidades ficam nas partes baixas. Todo o veneno da parte alta, acaba escorrendo e indo para a terra das comunidades tradicionais. Essa é uma maneira de afetar [os moradores dessa região conhecida como Matopiba]”, disse.
Outro problema local é a grilagem de terras devolutas, que resulta em violência contra as comunidades de camponeses e pequenos produtores. Segundo Stefano, há um trabalho com as comunidades, o Ministério Público e os governos locais para que aquelas pessoas tenham o direito à posse da terra, o que traria mais segurança para sua permanência.
“Eles vivem na terra há séculos e eles nunca tiveram um papel para estar na terra, então uma das maneiras é garantir isso. A lei no Piauí, que é onde a gente mais trabalha, a lei de regularização fundiária foi modificada há um tempo de maneira a tornar muito mais fácil a regularização das terras pelos grandes e com poucas oportunidades para os pequenos regularizarem a terra. O que as próprias comunidades estão fazendo é identificar as possibilidades de mudarem essa lei”, disse Daniela.

Homenageados
Durante o lançamento do relatório foram homenageados a vereadora Marielle Franco, assassinada em março deste ano, e o padre padre José Amaro Lopes de Souza. “No Brasil, direitos humanos é [um assunto] secundário, visto o que fizeram com a minha filha. O lançamento de um livro desse tem uma importância fundamental para que outras pessoas tenham conhecimento e continuem nessa luta, nessa busca por direitos humanos”, disse o pai de Marielle, Antônio da Silva Neto, que recebeu a homenagem.
Silva Neto disse que, apesar da tragédia que acometeu sua família, é um alento saber que muitas pessoas estão dando continuidade à luta de sua filha. “Marielle virou ícone no Brasil e no exterior. Que outras pessoas surjam com essa vontade de lutar pelos direitos humanos, pelas minorias, pelas periferias, que é pelo que Marielle lutou e foi assassinada”.
Padre José Amaro Lopes de Souza defende os direitos dos povos da floresta e pequenas comunidades em Anapu, no estado do Pará, e trabalhou ao lado da irmã Dorothy Stang por 15 anos, até ela ser assassinada em 2005. Ele ficou preso de março a junho deste ano, após ter sido acusado de diversos crimes.
“Tentaram me matar várias vezes e essa última jogaram pesado, me mataram moralmente”, disse sobre sua prisão. “Eu não sei até quando [vamos continuar lutando], mas a gente não vai parar. Se for para calar como calaram a Dorothy e Marielle e tantos outros, eu consagrei a minha vida não para morrer desse jeito, mas em nome da luta estamos firmes e fortes. E desistir jamais.”
Fonte - Agência Brasil  06/12/2018

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Sistema Ferry-Boat oferece novas vagas extras para o serviço Hora Marcada no período de festas de fim de ano

Travessia marítima  🚢

Mais 400 vagas extras para o serviço de "hora marcada" do sistema Ferry-Boat, Salvador/Itaparica, estão sendo disponibilizadas, alem das 250 já ofertadas na semana passada para o período de festas de fim de ano.

Da Redação
foto - ilustração/arquivo
Para o viajantes que utilizam os serviços na travessia marítima do sistema Ferry-Boat entre Salvador e a ilha de Itaparica que optarem pelo serviço Hora Marcada durante os festejos de fim de ano, a ITS,operadora do sistema, disponibilizou mais 400 vagas extras para os dois terminais, São Joaquim e Bom Despacho. Somado ao volume que já tinha sido ofertado na semana passada, o total é de 650.
As novas vagas estão distribuídas nas datas 27/12 (4h) e 28/12 (1h, 2h e 3h), sentido Salvador/Ilha de Itaparica. Para o trajeto inverso, a oferta extra é para 02/01/2019 (1h, 2h, 3h e 4h). A compra da passagem deste serviço é feita exclusivamente pela internet, através do site -internacionaltravessias-. A ITS irá divulgar a operação especial de funcionamento para o período de festas de fim de ano mais próximo das datas festivas.
Mais informações através do SAC pelo Tel 0800 028 2723, disponível de segunda a sexta das 7h às 19h, e aos sábados, das 7h às 13h.
Pregopontocom  0512/2018

Extrema pobreza aumenta e chega a 15,2 milhões de pessoas em 2017

Direitos Humanos  👐

Os dados fazem parte da Síntese dos Indicadores Sociais 2018, divulgada hoje (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que entende o estudo como “um conjunto de informações sobre a realidade social do país”. O trabalho elaborado por pesquisadores da instituição tem como principal fonte de dados para a construção dos indicadores a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) de 2012 a 2017.

Cristina Indio do Brasil
Repórter da Agência Brasil

foto - ilustração/arquivo
O número de pessoas na faixa de extrema pobreza no Brasil aumentou de 6,6% da população em 2016 para 7,4% em 2017, ao passar de 13,5 milhões para 15,2 milhões. De acordo com definição do Banco Mundial, são pessoas com renda inferior a US$ 1,90 por dia ou R$ 140 por mês. Segundo o IBGE, o crescimento do percentual nessa faixa subiu em todo o país, com exceção da Região Norte onde ficou estável.
Os dados fazem parte da Síntese dos Indicadores Sociais 2018, divulgada hoje (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que entende o estudo como “um conjunto de informações sobre a realidade social do país”. O trabalho elaborado por pesquisadores da instituição tem como principal fonte de dados para a construção dos indicadores a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) de 2012 a 2017.
O estudo mostra ainda que também aumentou a proporção de pessoas abaixo da linha de rendimentos. Em 2017, era de 26,5%, enquanto no ano anterior ficou em 25,7%. Os percentuais significam a variação de 52,8 milhões de pessoas para 54,8 milhões. De acordo com definição do Banco Mundial, são pessoas com rendimento até US$ 5,5 por dia ou R$ 406 por mês. A maior parte dessas pessoas, mais de 25 milhões, estava na Região Nordeste.
Houve elevação ainda na proporção de crianças e adolescentes (de 0 a 14 anos) que viviam com rendimentos até US$ 5,5 por dia. Saiu de 42,9% para 43,4%, no período.

Condições de vida
A pesquisa identificou que em 2017 cerca de 27 milhões de pessoas, ou seja, 13% da população, viviam em domicílios com ao menos uma das quatro inadequações analisadas: características físicas, condição de ocupação, acesso a serviços e presença de bens no domicílio. A inadequação domiciliar foi a que atingiu o maior número de pessoas: 12,2 milhões, ou 5,9% da população do país. Isso significa adensamento excessivo, quando há residência com mais de três moradores por dormitório.
No Amapá o nível atingiu 18,5%, enquanto em Santa Catarina ficou em 1,6%. No mesmo ano, 10% da população do país viviam em domicílios sem coleta direta ou indireta de lixo e 15,1% moravam em residências sem abastecimento de água por rede geral. O Maranhão foi o estado que registrou a maior falta de coleta de lixo: 32,7% da população não tinha acesso ao serviço.
Ainda na ausência de melhores condições, o estado do Acre é o que registrou maior percentual (18,3%) de pessoas residentes em domicílios sem banheiro de uso exclusivo. Já o Piauí, tinha a maior proporção da população sem acesso a esgotamento sanitário por rede coletora ou pluvial (91,7%).
Esses resultados mostram uma diferença grande para o estado de São Paulo, onde houve a maior cobertura para cada um dos serviços. A proporção da população sem coleta de lixo ficou em 1,2%, sem acesso a abastecimento de água por rede alcançou 3,6% e sem esgotamento sanitário por rede foi 7,0%.
Fonte - Agência Brasil  05/12/2018

Os insensatos preços dos combustíveis

Ponto de Vista 

A paridade internacional ou a prática de preços superiores àqueles, abre caminho para os importadores de derivados, com perdas de mercado pela PETROBRÁS. Deslocados seus produtos, pelas importações, a PETROBRÁS se vê obrigada a reduzir a carga das refinarias, mantendo-as ociosas. O petróleo cru, não refinado, é exportado, sem agregar valor.A atual política de preços, inaugurada por PEDRO PARENTE, tem continuidade com IVAN MONTEIRO e o novo governo parece favorável à sua permanência.

Ricardo Maranhão* - Portogente
foto - ilustração/arquivo
O alinhamento dos preços dos derivados de petróleo com os internacionais é incompatível com a realidade econômica e social do Brasil.
A renda per capita, o IDH, o salário mínimo, a distribuição de renda no Brasil apresentam valores muito desfavoráveis quando comparados com o exterior.
A atual política de preços, inaugurada por PEDRO PARENTE, tem continuidade com IVAN MONTEIRO e o novo governo parece favorável à sua permanência.
A internalização dos preços internacionais depende, fundamentalmente, da cotação do óleo/ derivados no exterior e da taxa de câmbio.
O mercado internacional é IMPERFEITO, CARTELIZADO. A produção dos países da OPEP, somada à russa, representa cerca de 40% da oferta mundial. Este grupo atua, articulado, restringindo a produção e a oferta, para elevar os preços. Os consumidores brasileiros não têm qualquer ingerência nestas decisões.
O mesmo ocorre com a taxa de câmbio, que oscila muito em mercado especulativo, com conseqüências sobre os consumidores brasileiros.
Além das incertezas provocadas pelo mercado oligopolizado, os preços também dependem de fatores geopolíticos e de fenômenos climáticos. Tsunamis, tufões, furacões, terremotos, por exemplo, na região do Golfo do México, podem causar interrupções na produção de plataformas offshore e de refinarias. Fortes geadas, nevascas, elevam a demanda para aquecimento, fazendo subir os preços.
Tensões políticas com a Coréia do Norte, embargos à produção iraniana, (o Irã é o terceiro exportador da OPEP), dificuldades da economia venezuelana (PDVSA) também elevam preços.
Sobre nada do que foi dito os consumidores brasileiros têm controle. Não obstante são impactados negativamente pela majoração dos preços.
Esta política anula vantagens comparativas da PETROBRÁS, prejudicando a economia brasileira, que perde competitividade, e, também, aos consumidores que pagam preços mais elevados. Ela desconsidera o fato de a PETROBRÁS ser grande produtora de petróleo (mais de 2,00 milhões de barris/dia) sendo a quase totalidade desta produção feita com custos em moeda nacional. Isto dá à PETROBRAS condições de proteger os consumidores brasileiros, mantendo-os a salvo das incertezas externas.
A paridade internacional ou a prática de preços superiores àqueles, abre caminho para os importadores de derivados, com perdas de mercado pela PETROBRÁS. Deslocados seus produtos, pelas importações, a PETROBRÁS se vê obrigada a reduzir a carga das refinarias, mantendo-as ociosas. O petróleo cru, não refinado, é exportado, sem agregar valor.
Em 2018 as importações de derivados, especialmente diesel e gasolina, superaram US$ 10,00 bilhões, com impacto negativo sobre o balanço de pagamentos.
Aspecto especialmente cruel desta política ocorre no consumo do gás de cozinha, produto de amplo consumo nas populações de baixa renda. Estes brasileiros vêm sendo obrigados a substituir o GLP, por formas rudimentares de energia, como lenha, carvão vegetal, etanol. Isto prejudica o meio ambiente e tem provocado muitos acidentes domésticos, como queimaduras.
Esta política de preços elevados, reajustados com freqüência absurda, mais de 100 vezes em um ano, combinada com fatores adversos, como roubos de carga, péssimo estado das rodovias, pedágios elevados desencadeou a greve dos caminhoneiros. Greve que paralisou o país. Paralisação justa, com amplo apoio popular, mas que causou prejuízos de bilhões de reais à economia nacional.
As autoridades, buscando manter esta política, resolveram subsidiar o diesel, também abrindo mão de tributos, justamente em conjuntura de grave crise fiscal.
Todos estes desacertos têm o objetivo de viabilizar a abusrda venda de refinarias da PETROBRÁS, já amortizadas, quando o mais conveniente para o país é, sem dúvidas, a construção de novas plantas. O Brasil é importador de derivados. Nosso mercado é o 6º maior do mundo, com consumo per capita moderado que tende a crescer muito, tão logo o desenvolvimento seja retomado. A construção de novas unidades por empresas, públicas ou privadas brasileiras ou estrangeiras, não encontra obstáculos legais, uma vez que o monopólio do refino foi extinto, pela Lei 9478/97, portanto, há mais de 20 anos.
*Ricardo Maranhão, ex-deputado federal, diretor da Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet) e Conselheiro do Clube de Engenharia
Fonte - Portogente  05/12/2018

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Madrid proíbe a circulação de veículos poluidores no centro da cidade

Mobilidade/Sustentabilidade  🚲 👪 

A medida tomada pela Câmara Municipal da cidade,resultou numa redução significativa no transito em toda a área no centro de Madrid, num percentual entre 10% e 40%, diminuindo o acesso diário a 58.678 carros.Apenas os veículos de moradores na área do centro de Madrid e com mobilidade reduzida poderão circular dentro da zona de restrição.

Da Redação
foto-ilustração/Web
A cidade de Madri proibiu a circulação de veículos poluidores no centro da cidade.A medida faz parte do Plano de Qualidade do Ar e Mudança Climática,que tem como objetivo reduzir a poluição, o barulho e democratizar a divisão do espaço público na cidade.
A medida tomada pela Câmara Municipal da cidade,resultou numa redução significativa no transito em toda a área no centro de Madrid, em um percentual entre 10% e 40% diminuindo o acesso diário a 58.678 carros.
A restrição a circulação de veículos no centro da cidade também contribuiu para diminuir o tempo de viagem e o aumento da velocidade das linhas da EMT (Empresa municipal de Transportes) que dão acesso ao local,com um aumento significativo na regularidade do serviço.
A fase de informação foi iniciada em 30/11/2018,a fiscalização será feita por um sistema de controle automático a partir do inicio de 2019,e terá um período de dois meses para a adaptação ao sistema apenas com notificações sem a cobrança de multas.

Circulação de veículos autorizados
Apenas os veículos de moradores na área do centro de Madrid e com mobilidade reduzida poderão circular dentro da zona de restrição. Também existem exceções para convidados dos moradores, entrega de mercadorias, empresas de serviços,policiamento,serviços de emergência e escolas,visando garantir os direitos da livre circulação das pessoas que vivem,trabalham e visitam o local.Também estão liberados os veículos considerados "limpos",bicicletas, triciclos e motocicletas e ciclomotores com selos ECO ou ZERO.
Pregopontocom  04/12/2018

Trem Talent 3 da Bombardier movido a bateria ganha prêmio na Alemanha

Transportes sobre trilhos  🚅

O protótipo do trem é equipado com quatro baterias de íons de lítio de carregamento, batizadas de Bombardier Mitrac, que fornecem à composição autonomia para percorrer rotas de até 40 km em ferrovias não eletrificadas, segundo a Bombardier. RF - Em 2019, a Deutsche Bahn iniciará testes com o modelo Talent 3 para transporte de passageiros na região de Alb-Lake Constance, no sudoeste da Alemanha

Revista Ferroviária
foto - ilustração
O trem movido a bateria da Bombardier, modelo Talent 3, recebeu o prêmio “Berlim Brandenburg Innovation Award”, no último dia 30 de novembro. O protótipo deste modelo foi lançado em setembro deste ano, na fábrica da Bombardier em Hennigsdorf, Alemanha. Em 2019, a Deutsche Bahn iniciará testes com o protótipo para o transporte de passageiros na região de Alb-Lake Constance, no sudoeste da Alemanha.
"Nosso objetivo era desenvolver um trem silencioso e ecológico para os passageiros, além de oferecer aos operadores de todo o mundo a melhor alternativa para os trens a diesel de alta emissão nos aspectos de custo e segurança”, afirmou o presidente da área de Produtos e Engenharia da Bombardier Transportation, Pierre-Yves Cohen.
O protótipo do trem é equipado com quatro baterias de íons de lítio de carregamento, batizadas de Bombardier Mitrac, que fornecem à composição autonomia para percorrer rotas de até 40 km em ferrovias não eletrificadas, segundo a Bombardier. Quando operam em linhas com catenárias, as baterias são carregadas durante a condução, com a ajuda da energia gerada durante a frenagem e da rede aérea.
O desenvolvimento do trem operado por bateria foi subsidiado pelo governo federal alemão no âmbito de um programa de inovação para eletromobilidade. O Ministério Federal dos Transportes e Infraestrutura Digital da Alemanha (BMVI) contribuiu com 4 milhões de euros para a iniciativa. Os parceiros do projeto incluem a subsidiária DB Regionalverkehr Alb-Bodensee (transporte regional para a região do Lago de Constança), Nahverkehrsgesellschaft Baden-Württemberg (Companhia de Transportes Regionais de Baden-Wuerttemberg), a Nationale Organisation Wasserstoff- und Brennstoffzellentechnologie (Organização Nacional de Hidrogénio e Fuel Cell Technology) e a Universidade Técnica de Berlim.
A Bombardier destinará o prêmio em dinheiro de 10 mil euros para promover ações de responsabilidade social. Uma parte será usada para organizar um evento de hackaton com jovens e estudantes sobre o tópico "Trem do Futuro", em cooperação com a Universidade Técnica de Berlim. A outra parte será doada para o Children's Hospice Sonnenhof, também na capital alemã.

Esforço
A Alemanha vem se esforçando para reduzir as emissões de CO2 no âmbito do transporte ferroviário. Em setembro deste ano, começaram a circular as primeiras composições movidas a células de hidrogênio fabricadas pela Alstom – modelo Coradia iLint – na região da Baixa Saxônia. Dois trens farão um trajeto de 100 km entre as cidades de Cuxhaven, Bremerhaven e Buxtehude, no norte do país. A Alstom tem planos de entregar outros 14 trens deste modelo até 2021 à operadora ferroviária local LNVG.
Os trens de hidrogênio são equipados com células de combustível que produzem eletricidade por meio de uma combinação de hidrogênio e oxigênio, um processo que tem como únicas emissões vapor e água.
Fonte - Revista Ferroviária  04/12/2018

Lewandowski quer cumprimento de autorização para Lula dar entrevistas

Política  👀 

O ministro encaminhou ao presidente do STF, ministro Dias Toffoli, duas petições para que o Supremo abra caminho para a realização de entrevistas. Lewandowski quer que seja cumprida a liminar (decisão provisória) concedida por ele em 28 de setembro autorizando Lula a conceder entrevistas à jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, e ao jornalista Florestan Fernandes.

Felipe Pontes
Repórter da Agência Brasil

foto - ilustração/arquivo
Em despacho de ontem (3), o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), quer liberar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a conceder entrevistas a veículos de comunicação. Na decisão, afirmou que a proibição para Lula dar entrevistas não tem mais validade, e por isso o político estaria livre para falar com jornalistas.
O ministro encaminhou ao presidente do STF, ministro Dias Toffoli, duas petições para que o Supremo abra caminho para a realização de entrevistas.
Lewandowski quer que seja cumprida a liminar (decisão provisória) concedida por ele em 28 de setembro autorizando Lula a conceder entrevistas à jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, e ao jornalista Florestan Fernandes. Na ocasião, a Procuradoria-Geral da República (PGR) divulgou nota afirmando que não recorreria da decisão, em respeito à liberdade de imprensa.
No entanto, o ministro Luiz Fux acolheu um pedido do Partido Novo e suspendeu a liminar do colega, alegando que, ao falar com a imprensa, o ex-presidente poderia confundir o eleitor e causar “desinformação” às vésperas do primeiro turno das eleições.
Numa disputa de liminares, Lewandowski, em seguida, proferiu nova decisão, reafirmando a autorização para que Lula falasse com jornalistas. Toffoli, porém, interveio, e fez prevalecer o entendimento de Fux até que o caso fosse apreciado em plenário, o que nunca ocorreu.
Na decisão de ontem (3), Lewandowski diz que a argumentação que impedia a entrevista “foi esvaziada” após a realização da eleição para presidente. “Portanto, não há mais o suposto risco de interferência no pleito, pelo que cumpre restaurar, sem mais delongas, a ordem constitucional e o regime democrático que prestigia a liberdade de expressão e de imprensa”, afirmou.
O ministro quer que Toffoli considere prejudicada a decisão que impedia a entrevista de Lula, passando a valer assim a liminar que autoriza o acesso de jornalistas ao ex-presidente.
Desde 7 de abril, Lula cumpre, na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, pena de 12 anos e um mês de prisão, imposta pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá (SP).
Fonte - Agência Brasil 04/12/2018

Algumas vantagens do meio ferroviário em comparação com outros meios de transporte

Transportes sobre trilhos  🚄 🚇

O presente artigo é um extrato do documento de Benchmark Técnico “Por que o desenvolvimento de projetos de transporte de passageiros sobre trilhos é a melhor opção para a sustentabilidade das grandes cidades latino-americanas”, publicado em 2017 pela Associação Latino-Americana de Metrôs e Subterrâneos (ALAMYS) e entregue aos membros operadores dessa instituição.

Por Roland Zamora - Abifer
foto - ilustração/arquivo
Introdução - Durante os últimos tempos têm sido construídos quilômetros de trens urbanos (VLT, metrôs e trens metropolitanos) em diferentes cidades do mundo. Não obstante, sua conveniência econômica foi questionada diante de outras tecnologias mais baratas baseadas em ônibus como, por exemplo, o BRT.
Na literatura científica, é possível encontrar evidência a favor da implementação de serviços de trens urbanos, na qual principalmente se argumenta que são capazes de atrair significativamente mais passageiros do que um serviço baseado em ônibus, inclusive se ambos oferecerem níveis similares de serviço (tempo de viagem, tarifa, frequência e número de transferências), principalmente por causa dos atributos menos tangíveis como confiabilidade, conforto, segurança e outros.
Também se acredita que a construção de trens urbanos ajuda a revalorizar e a revitalizar as cidades, com impactos sobre o sistema das atividades e do transporte, conseguindo, inclusive, aumentar os preços das residências próximas das estações, até o ponto de que em algumas cidades foi possível capitalizar essa revalorização, o que permitiu financiar a infraestrutura de novos projetos.

Preferência dos passageiros pelos trens urbanos
Em Ben-Akiva e Morikawa (2002) se enumera uma série de fatores considerados pelos usuários, mas que, geralmente, são desconsiderados nos modelos devido à dificuldade para quantificá-los. Entre esses fatores, mencionam-se:

1. Confiabilidade: os trens urbanos em geral são mais confiáveis, devido à pouca ou nula interferência com outros modos.
2. Informação aos usuários: os trens urbanos tendem a ter determinadas vantagens no momento de oferecer informação aos usuários com respeito a horários, localização das estações, serviços nos destinos, entre outros.
3. Conforto: inclui disponibilidade de assentos, qualidade da viagem, qualidade da espera, ventilação no veículo, entre outros. Em geral, nos trens a viagem é mais tranquila e as condições de espera nas estações são melhores.
4. Segurança diante dos acidentes: em geral, os trens urbanos, por possuírem um sistema de controle centralizado e serem guiados mecanicamente oferecem uma vantagem em termos de percepção do usuário em comparação aos sistemas baseados em ônibus.
5. Segurança diante de crimes: embora os ônibus possam apresentar uma vantagem neste âmbito devido ao fato de haver um condutor a bordo, os trens urbanos são vistos como mais seguros, pois, em geral, transportam mais gente e na maioria das cidades possuem pessoal de segurança especializado e dispõem de um circuito fechado de segurança.
6. Disponibilidade: este ponto é discutível, embora os sistemas de ônibus ofereçam em geral um número maior de paradas, os sistemas de trens urbanos dispõem de uma frequência por estarem concentrados nos corredores.

Esses autores, usando dados dos passageiros da cidade de Washington, concluem que o modo metrô é o preferido sobre os modais ônibus local, ônibus expresso e o trem metropolitano (nessa ordem), o que explica que o serviço de metrô atrai significativamente mais usuários do que um serviço de ônibus com tempo de viagens e custos similares.
No estudo desenvolvido por Scherer and Dziekan (por 2012), busca-se explicar esse fator, usando como fonte de informação para a análise das pesquisas as respostas dos usuários do transporte público (trem, VLT, ônibus e ônibus regional) na Alemanha e na Suíça.

No caso da pesquisa feita na Alemanha, a maioria dos atributos para a eleição do trem foi:
• Atributos emocionais (38%);
• Espaço para fazer as atividades (12%);
• Argumentos contra os ônibus (7%);
• Atributos da viagem (5%).

Com base nos dados da pesquisa aplicada na Suíça, os principais atributos que justificam a eleição do trem foram:
• confiabilidade (29%);
• aspectos ambientais (17%);
• disponibilidade de espaço e assentos no veículo (15%);
• conforto da viagem (12%).

Baseados no primeiro atributo declarado pelos entrevistados de ambos os países, os autores desenvolveram um esquema (compreendido como uma organização de conjunto de atributos que permitem formar uma imagem de um produto ou serviço) para cada modo de transporte (Figura B). Esse conceito de “esquema” é usado em psicologia cognitiva e viria a ser uma abreviação e economia de recursos cognitivos (Eysenck e Keane, 2000).
Considerando os resultados alcançados, obteve-se uma tendência influenciada por atributos emocionais e aspectos sociais como sentimentos positivos e hábitos. Nas áreas congestionadas com altas demandas de viagens, as principais considerações por parte dos passageiros têm relação com a confiabilidade (trens) e com o espaço nos veículos (ônibus). Este último é interessante, já que muitos dos usuários dos ônibus têm a expectativa que mais usuários do transporte público usam o VLT, o que implicitamente se reflete na consideração do fator trem em sua decisão.
Embora os atributos emocionais tenham um peso importante na explanação psicológica do fator trem, um outro atributo destacado pelos usuários é a possibilidade de realizar atividades no veículo.

Revalorização dos terrenos (impacto no sistema de atividades)
Existe evidência de que os sistemas de transporte baseados em trens podem ter impactos redistributivos e influenciam onde e o modo como crescem algumas zonas da cidade (Cervero and Seskin, 1995; Handy, 2005; Huang, 1996; Vesalli, 1996). Em Higgins et al (2014), concluiu-se que o metrô ou os sistemas similares são um elemento importante para dar forma a um crescimento e revitalização das cidades. Além do mais, identificam seis fatores ou condições que ajudam e potencializam o impacto que pode ter a construção de uma linha do metrô na mudança no uso do solo e no desenvolvimento urbano:

1. Deve aumentar a acessibilidade e criar vantagens locais de localização, principalmente nas cidades orientadas para o uso do automóvel.
2. Idealmente deve existir um crescimento econômico, populacional e de emprego com o objetivo de favorecer uma demanda adequada de viagens.
3. A infraestrutura fornecida deve ser de boa qualidade, amigável com o ambiente e oferecer condições físicas favoráveis.
4. É necessário conseguir as condições sociais em torno das estações e as linhas devem ser positivas (menos pobreza e crimes, melhores escolas etc.).
5. Deve existir disponibilidade de solo para o desenvolvimento urbano.
6. É importante desenvolver um planejamento e políticas governamentais complementares como, por exemplo, investimentos em zonas de estacionamento, restrição ao uso de automóvel, políticas de densificação etc.

Com respeito à relação entre os projetos de metrô e o aumento no valor das propriedades, a maioria dos estudos emprega modelos de preços hedônicos, obtendo resultados diversos, ainda que a maioria evidencie um aumento do preço das moradias em torno das estações de metrô. Baseado na evidência dos Estados Unidos, o aumento da mais valia das moradias varia entre 0%-45% (Landis et al, 1995; Debrezion et al, 2007; Hess and Almeida, 2007). Em Cervero (2004), mostra-se que o aumento de uma propriedade próxima de uma estação de metrô (a 400-800m) é de 6,4% em Filadélfia, 6,7% em Boston, 10,6% em Portland, 17% em San Diego, 20% em Chicago, 24% em Dallas e 45% em Santa Clara.
Na mesma linha, um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Toronto em 2000 evidência que a proximidade a uma estação de metrô em Toronto gera aproximadamente US$ 4.000 em valor adicional para uma propriedade residencial com um valor de US$ 225.000.
Com base nos estudos anteriores, o impacto significativo no valor das propriedades que têm a infraestrutura do transporte público sugere que essa infraestrutura deveria ser considerada pelos planejadores urbanos e políticos como uma ferramenta para guiar o desenvolvimento e a revalorização de diversas zonas da cidade. Uma capitalização efetiva desse impacto implica a possibilidade de criar outras estratégias financeiras interessantes, como a desenvolvida exitosamente em Hong Kong chamada “Rail + Property” (R+P), que permitiu, inclusive, financiar projetos de infraestrutura de metrô.
*Roland Zamora é Secretario General de ALAMYS.
Artigo publicado no livro “Mobilidade Urbana sobre Trilhos na Ótica dos Grandes Formadores de Opinião”, planejado e publicado pela ANPTrilhos – Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos.
Fonte - Abifer 03/12/2018

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Sistema Ferry-Boat,Salvador/Itaparica, terá operação normal neste feriado

Travessia Marítima  🚢

As viagens serão realizadas nos horários normais,com partidas de hora em hora.Em caso de um aumento expressivo na demanda de pedestres e veículos, viagens extras poderão ocorrer durante a operação.

Da Redação
foto - ilustração/arquivo
Durante o feriado municipal, 8 de dezembro, Dia de Nossa Senhora da Conceição, o Sistema Ferry-Boat estará operando com seis embarcações (Pinheiro, Ivete Sangalo, Dorival Caymmi, Zumbi dos Palmares, Rio Paraguaçu e Maria Bethânia), na travessia marítima entre Salvador e a Ilha de Itaparica. As viagens serão realizadas nos horários normais,com partidas de hora em hora.Em caso de um aumento expressivo na demanda de pedestres e veículos, viagens extras poderão ocorrer durante a operação.Em função disso o número de ferries  na travessia pode variar.
O Sistema Ferry-Boat funciona de segunda a sábado, das 5h às 23h30; e aos domingos e feriados, das 6h às 23h30. 
Com informações da Seinfra BA 03/12/2018

Existir, resistir, unir

Ponto de Vista  🔍

Essa conjugação de poderosos fatores negativos para a organização dos trabalhadores e para sua representação sindical causou estragos incomensuráveis, aumentando o desemprego e a informalidade, derrubando salários, restringindo o acesso à Justiça do Trabalho, diminuindo o número de acordos e convenções coletivas e fazendo cair a taxa de sindicalização de uma rede sindical com muito menos recursos financeiros.

João Guilherme Vargas Netto - Portogente
João G.Vargas Neto
Durante vários anos e em ondas sucessivas os trabalhadores brasileiros – e seu movimento sindical – sofreram as consequências da globalização da economia (com a reestruturação do sistema produtivo para atender os rentistas), da pior recessão de nossa história e das agressões desencadeadas pela lei trabalhista celerada.
Essa conjugação de poderosos fatores negativos para a organização dos trabalhadores e para sua representação sindical causou estragos incomensuráveis, aumentando o desemprego e a informalidade, derrubando salários, restringindo o acesso à Justiça do Trabalho, diminuindo o número de acordos e convenções coletivas e fazendo cair a taxa de sindicalização de uma rede sindical com muito menos recursos financeiros.
Tudo isso antes da eleição de Jair Bolsonaro. O novo governo, aplicando na prática o que o candidato propagandeou na campanha eleitoral, agravará ainda mais todos aqueles elementos negativos já existentes e explicitará novos desafios.
Frente a esta situação e para o ano que se avizinha a estratégica prioritária do movimento sindical deve ser a garantia da própria existência ameaçada e o exercício da resistência. Para garantir a existência e exercer a resistência é preciso cultivar com empenho e inteligência a unidade de ação.
A principal referência para esta unidade é o reforço do vínculo representativo entre as entidades (sobretudo os sindicatos) e a base dos trabalhadores, uma tarefa tão necessária quanto difícil.
Eis, portanto, o tripé ativo para os tempos novos: unidade, existência e resistência. Cada luta, cada etapa dela e de suas implicações e alianças deve merecer das direções responsáveis a atenção, a iniciativa e a criatividade compatíveis com a nossa experiência e nossa história de dificuldades e de superação
*João Guilherme Vargas Netto é consultor da área sindical
Fonte - Portogente  03/12/2018