sábado, 18 de agosto de 2018

Passeios com trens turísticos no Sul atraem mais de 50 mil pessoas

Turismo ferroviário  🚄🚃🚃🚃

O “trem natalino” e os passeios realizados nos municípios Lapa (PR), Ponta Grossa (PR), Lages (SC) e Vacaria (RS) vem sendo organizados de maneira esporádica e têm atraído um público apaixonado por ferrovia.A estrela desses passeios é a locomotiva a vapor 204 (articulada), fabricada pela Baldwin Locomotive Works, na década de 1950. Marcio Assad,coordenador do Centro de Memória Ferroviária da Lapa, conta que esse modelo é o único em funcionamento na América do Sul.

Revista Ferroviária
foto - ilustração/arquivo
Os passeios de turismo ferroviário em cidades do Sul do país atraíram mais de 50 mil pessoas desde que foram lançados, no final do ano passado, até o momento, segundo o coordenador do Centro de Memória Ferroviária da Lapa Márcio Assad. O “trem natalino” e os passeios realizados nos municípios Lapa (PR), Ponta Grossa (PR), Lages (SC) e Vacaria (RS) vem sendo organizados de maneira esporádica e têm atraído um público apaixonado por ferrovia. A estrela desses passeios é a locomotiva a vapor 204 (articulada), fabricada pela Baldwin Locomotive Works, na década de 1950. Assad conta que esse modelo é o único em funcionamento na América do Sul.
O projeto é uma parceria com a ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária) - regionais Paraná e Santa Catarina - e a Rumo. A ABPF fornece as composições enquanto a Rumo cede a malha para estas linhas turísticas e fornece apoio logístico como, por exemplo, a integração com o seu centro de controle operacional. Os trens fazem passeios de curta distância, com custo médio de R$ 50, recheados de atrações culturais que buscam proporcionar uma experiência completa para a família.
A intenção de Assad é profissionalizar a operação, para que ela seja rentável e envolva a comunidade. Além disso, o objetivo é que o trem, alvo da curiosidade dos turistas, vire também um meio de transporte e um polo cultural. “Nossa intenção é contextualizar o trem historicamente, em uma ação econômica que transcenda o trem, envolva as associações comerciais e movimente divisas. (...) Nós queremos que o turismo seja familiar. Que o avô vire o protagonista para contar ao neto a experiência que ele teve na ferrovia”.
O impulso para o início destes passeios foi o trem natalino, que operou no fim do ano passado. A locomotiva 204, especialmente decorada, partiu de Curitiba e fez um passeio circular, percorrendo cidades como Pinhais, Piraquara, Araucária, Lapa (região Metropolitana) e o litoral do estado (região de Morretes e do porto de Paranaguá).
Os passeios de Maria Fumaça já não ocorriam há 20 anos na região. “Foi um sucesso tremendo, emblemático”. Para este ano a ideia é ter três passeios deste tipo, dois deles circulando na região de Curitiba e outro entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul.
Assad disse que está sendo verificada a viabilidade técnica, econômica e financeira de realizar passeios regulares de trem turístico, em especial nas cidades de Lapa, que é uma cidade histórica com tradição turística, e em Ponta Grossa, onde os passeios atraíram milhares. Hoje, os eventos acontecem apenas em datas especiais.
Existem mais projetos de trens turísticos em andamento. A expectativa é que comece em novembro o roteiro do trem natalino que irá percorrer cidades de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Começando por Lages, o roteiro prevê percorrer Vacaria, Guaporé e Santa Maria em outro passeio circular. “Essas são as cidades confirmadas. Outros municípios deverão ser incorporados ao roteiro”, diz Assad.
Na região de Sorocaba (SP) os municípios de Sorocaba, Laranjal Paulista, Jumirim, Votorantim, Iperó, Conchas e Pereiras, organizados por meio de um consórcio e com a coordenação do Centro de Memória da Lapa, pretendem fazer roteiros de turismo férreo. Também há negociações menos avançadas envolvendo as cidades de São Roque, Alumínio, Mairinque, Boituva e Cerquilho. “Estamos sendo muito procurados por prefeitos que desejam trens turísticos, mas não embarcaremos em aventuras”, falou o coordenador.
Assad revelou ainda que está vindo em novembro de Rio Negrinho (SC) para Curitiba (PR) a Maria Fumaça 11, de 1883, a primeira que rodou no estado. A 11 é uma locomotiva tipo Baldwin, fabricada nos Estados Unidos, e que faz parte do patrimônio da antiga Rede Ferroviária Federal. Ela está sendo recuperada pela ABPF na sua oficina e, assim que estiver disponível, fará o trem natalino e depois os passeios como o trem da Lapa.

Memória Ferroviária
A Biblioteca Pública do Paraná promove, em parceria com o Instituto Histórico e Geográfico do Paraná e o Centro de Memória da Lapa, a segunda semana paranaense da memória ferroviária. O evento acontece entre os dias 10 e 13 de setembro na Biblioteca e no Instituto Histórico e Geográfico do Paraná, com entrada gratuita. Neste ano a semana tem como tema o cinquentenário da ferrovia Tronco Principal Sul.
Criado no evento do ano passado o prêmio “Tirefond de Ouro” é um reconhecimento para aqueles que efetivamente contribuíram de forma decisiva para a preservação da memória ferroviária. “A comissão organizadora foi unânime na decisão em conferir esta honraria para a empresa de logística RUMO, concessionária da ferrovia, pela promoção do “Trem natalino” e pelo incentivo à volta dos passeios de turismo férreo nos três estados do Sul”, segundo Assad.
Fonte - Revista Ferroviária  17/08/2018

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Comitê da ONU pede que Lula participe de eleição

Política/Direitos humanos  👐

A reação do comitê é uma resposta a uma consulta encaminhada pelos advogados do ex-presidente no começo deste ano. No momento, o ministro Luís Roberto Barroso, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é o relator do registro de candidatura de Lula, condenado em segunda instância e que está preso em Curitiba.

Por Agência Brasil
foto - ilustração/arquivo
O Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) emitiu hoje (17) um documento que sugere ao governo brasileiro que reconheça os direitos políticos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, divulgou nota informando que o pedido da ONU será encaminhado ao Judiciário e que a iniciativa tem peso de recomendação, pois não é “juridicamente vinculante”.
“O teor da deliberação do comitê será encaminhado ao Poder Judiciário”, diz a nota do ministério. “O comitê, órgão de supervisão do Pacto de Direitos Civis e Políticos, é integrado não por países, mas por peritos que exercem a função em sua capacidade pessoal. As conclusões do Comitê têm caráter de recomendação e não possuem efeito juridicamente vinculante.”
O Itamaraty informou ainda que a delegação permanente do Brasil em Genebra (Suíça) não foi comunicada da recomendação. “Tomou conhecimento, sem qualquer aviso ou pedido de informação prévios, de deliberação do Comitê de Direitos Humanos”.
A reação do comitê é uma resposta a uma consulta encaminhada pelos advogados do ex-presidente no começo deste ano. No momento, o ministro Luís Roberto Barroso, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é o relator do registro de candidatura de Lula, condenado em segunda instância e que está preso em Curitiba.

Comunicado
O comunicado, expedido pelo Comitê da ONU, a que a Agência Brasil teve acesso, está escrito em inglês e tem 20 linhas. Nele, a palavra request, em inglês, que significa solicitar e pedir, é usada duas vezes. O documento diz que Lula, mesmo preso, deve desfrutar do exercício dos direitos políticos, como candidato presidencial, incluindo o acesso à mídia e contato com integrantes do seu partido político.
No documento, os peritos afirmam ainda que se a recomendação não for seguida, Lula poderá sofrer “danos irreparáveis” no direito de votar e ser votado, conforme o Artigo 25, da Convenção do Pacto de Direitos Civis e Políticos, do qual o Brasil é signatário. O pedido reitera que não representa decisão alguma sobre o mérito relativo à prisão e condenação do ex-presidente da República.
Lula foi condenado a 12 anos e um mês de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção passiva no caso do triplex em Guarujá. Desde 7 de abril, ele está detido na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

Outro lado
Para a defesa de Lula, a recomendação das Nações Unidas é um reconhecimento das violações aos direitos civis e políticos do ex-presidente. Os advogados Cristiano e Valeska Zanin Martins interpretam ainda que o ex-presidente tem condições de participar do processo eleitoral.
Segundo a defesa, Lula tem condições de concorrer às eleições presidenciais até a existência de decisão transitada em julgado em um processo justo, assim como será necessário franquear a ele acesso irrestrito à imprensa e aos membros de sua coligação política durante a campanha.
Fonte - Agência  Brasil  17/08/2018

A Arca de Noé do século XXI

Meio Ambiente  🌱🌴

Estamos perdendo espécies de plantas e animais em grande escala, muitos dos quais sequer chegamos a conhecer. Com esse processo acelerado, tornam-se ainda mais urgentes as ações de conservação ambiental, principalmente aquelas em terras públicas (áreas protegidas) e privadas (reservas legais ou áreas de preservação permanente obrigatórias nas propriedades). Além de conservar, é fundamental também restaurar áreas degradadas, a fim de resgatar a capacidade de produção de alimentos, promover segurança hídrica, reter carbono no solo e estocá-lo nas plantas.

Rachel Biderman* - Portogente
foto - ilustração/Pregopontocom
A falsa polêmica sobre existir ou não mudança do clima no planeta é assunto que já aborrece os especialistas da área. Afinal, se a grande maioria dos cientistas diz que sim, e essa maioria estuda e pesquisa nos institutos de maior reputação no mundo todo, por que ir atrás daquela meia dúzia que continua negando o fenômeno? Parece que se há polêmica, então há matéria jornalística, e vale o esforço da cobertura. Aí reside o problema. Dar atenção ao que não é substantivo é apenas uma opção. Portanto, não cobrir os negacionistas que refutam a existência da mudança do clima deveria ser uma alternativa mais relevante para os meios de comunicação - assim como não dar ouvidos aos extremistas na política e na guerra poderia ser uma opção para impulsionar democracias e economias mais saudáveis. Abrir as principais vitrines do mundo na mídia impressa ou virtual é um ato de grande responsabilidade. Quem guarda essa chave poderia pensar mais a sério antes de dar o palco para notícias cujas consequências são destrutivas. Uso esse exemplo para chamar atenção do que considero que deveria ser bem mais exposto na mídia do que a negação do aquecimento global ou sensacionalistas em busca de mídia para sua projeção e busca por poder.
Se você entende que o cenário das mudanças climáticas é para valer, seja porque leu os estudos publicados aos milhares, seja por ter observado os exemplos recentes de eventos climáticos extremos, como as secas e incêndios na Grécia, Califórnia ou Portugal, certamente vai ficar curioso para entender quais as consequências desse fenômeno. As perdas globais por incêndios atingiram níveis recorde no ano passado - e isso pode piorar à medida que a ameaça da mudança climática cresce. Somos novamente atingidos por uma grande seca no sudeste do país e a escassez hídrica começa a bater em nossa porta, sem que tenhamos agido suficientemente para combater o problema no curto e longo prazo. A quebra de safras agrícolas vem batendo recordes por questão climática, sinais a que também precisamos ficar muito atentos.
Vale a pena ir um pouco além e investigar as consequências disso para as diferentes formas de vida no planeta. Há cientistas que alegam que estamos vivendo a 6ª maior extinção de espécies da história, numa fase chamada de Antropoceno – a época geológica em que humanos se tornam a principal causa de alterações do planeta. Estamos perdendo espécies de plantas e animais em grande escala, muitos dos quais sequer chegamos a conhecer. Com esse processo acelerado, tornam-se ainda mais urgentes as ações de conservação ambiental, principalmente aquelas em terras públicas (áreas protegidas) e privadas (reservas legais ou áreas de preservação permanente obrigatórias nas propriedades). Além de conservar, é fundamental também restaurar áreas degradadas, a fim de resgatar a capacidade de produção de alimentos, promover segurança hídrica, reter carbono no solo e estocá-lo nas plantas.
O lado bom da história é que vivemos um grande despertar de atores que têm se dedicado à restauração florestal (ou de outros tipos de vegetação) e à produção agropecuária sustentável, convencidos que ainda temos oportunidade de salvarmos algumas regiões e espécies no planeta de uma devastação ainda maior. Do lado da conservação, sofremos também com a falta de investimento em parques e áreas de conservação, pois o que é considerado bem público não tem recebido a devida atenção, muito menos investimento. E o mais irônico disso tudo é que é justamente nessas áreas que reside a nossa esperança: milhões de espécies de fauna e flora que podem nos salvar das situações extremas em que o aquecimento global está nos colocando. De onde virão as sementes para o reflorestamento de áreas degradadas, se nossas áreas preservadas pegarem fogo ou sucumbirem às secas? De onde virá a água para abastecimento e produção, se comprometermos as áreas protegidas?
Para sairmos da ação de alguns poucos voluntaristas, o ideal seria que, além dos governos, houvesse um forte engajamento do setor privado, para que pudéssemos dar escala às ações para salvar espécies relevantes de fauna e flora para as futuras gerações. Muitas das ações necessárias podem acontecer na forma de negócios, de micro a grande porte, gerando economia relevante. Os negócios de impacto social e ambiental, neste momento da história, tornam-se peça chave para os desafios planetários.
Estaríamos vivendo um momento "Arca de Nóe"? O que falta para a sociedade despertar? Além da oportunidade de uma nova economia como aqui descrito, temos opção ímpar a cada eleição. Nosso voto na urna pode ser a diferença entre ter políticas que negam os problemas aqui relatados ou ter gestores responsáveis e comprometidos com as atuais e futuras gerações e com soluções para esses desafios que afetam a todos nós.
*Rachel Biderman é diretora-executiva do WRI Brasil e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza
Fonte - Portogente  17/08/2018

O faz-de-conta: mídias escondem milhares em Brasília. E Lula será candidato.

Ponto de Vista  🔍

O PT registrou Lula como candidato. O judiciário não permitirá que Lula, condenado, seja candidato.Não fizeram como fizeram para agora recuar. Confissões do final de semana revelam muito desse processo.Rogério Galloro, diretor da Polícia Federal, informou ao Estadão: foi orientado a não libertar Lula depois da ordem do juiz Favreto, em julho.Orientado pelo presidente do TRF-4, Thompson Flores. "O telefonema dele veio antes de expirar uma hora" contou Galloro.Seis meses antes do julgamento de Lula esse mesmo Thompson antecipava: -Não li as provas, mas o juiz Moro fez exame irretocável das provas.Thompson não conhecia as provas. Mas já julgava: "Irretocável". Ali tudo já estava claríssimo.

Bob Fernandes



Imagem/YouTube


quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Nova linhas passam a atender no Terminal de Ônibus Aeroporto(Metrô) a partir deste sábado (18)

Mobilidade  🚌<> 🚇

As mudanças ocorrem em virtude da desativação do ponto de ônibus localizado na Rua Gerino, e da alteração de parada dos ônibus que atendem o ponto localizado próximo à concessionária Honda - neste caso, com funcionamento suspenso a partir das 20h. Com as mudanças, 51 linhas passam a operar no novo equipamento.

Da Redação

A CCR Metrô Bahia informa que, por determinação da AGERBA e da SEMOB, a partir deste sábado, (18), novas linhas metropolitanas e urbanas terão como ponto o Terminal de Ônibus Aeroporto. As mudanças ocorrem em virtude da desativação do ponto de ônibus localizado na Rua Gerino, e da alteração de parada dos ônibus que atendem o ponto localizado próximo à concessionária Honda - neste caso, com funcionamento suspenso a partir das 20h. Com as mudanças, 51 linhas passam a operar no novo equipamento.

Confira as linhas que saem do Ponto da Rua Gerino (desativado) e passam a atender no Terminal Aeroporto, Plataforma A:

Também por determinação da AGERBA, as linhas abaixo não efetuarão embarque ou desembarque no ponto de ônibus próximo à concessionária Honda no período das 20h até o primeiro horário do dia seguinte. Os usuários destas linhas, no período acima, deverão se dirigir ao Terminal de Ônibus, na Plataforma A para embarque e desembarque. O ponto da concessionária Honda funciona normalmente até as 20h todos os dias.

Em caso de dúvidas sobre paradas, horários e roteiros o usuário deverá entrar em contato com os órgãos competentes de fiscalização dos ônibus metropolitanos (AGERBA) e urbanos (SEMOB).
Com informações da CCR Metrô Bahia  16/08/2018

Singapura é um exemplo para um planeta mais verde

Cidades sustentáveis 🌴👪

De longe, as paisagem da cidade parece com qualquer outra cidade moderna, com muitos arranha-céus gravados ,mas, no entanto, um coração verde cresceu no centro da cidade, espalhando-se nas mentes de seu povo e nas paredes de seus edifícios. Isso começou pelo primeiro-ministro Lee Kuan Yew – muitas vezes chamado de ‘Chefe dos Jardineiros’ – que fez de Singapura uma cidade-estado limpa e verde.

Engenharia é

Singapura transformou-se de um centro de poluição em uma cidade de modelo quando se trata de preservação ambiental. De longe, as paisagem da cidade parece com qualquer outra cidade moderna, com muitos arranha-céus gravados ,mas, no entanto, um coração verde cresceu no centro da cidade, espalhando-se nas mentes de seu povo e nas paredes de seus edifícios.
Isso começou pelo primeiro-ministro Lee Kuan Yew – muitas vezes chamado de ‘Chefe dos Jardineiros’ – que fez de Singapura uma cidade-estado limpa e verde.
Na década de 1960, o esgoto bruto carregava canais já poluídos com tanto lixo que despejavam águas parecidas com lodo em seu principal rio e nas áreas vizinhas.
“Na década de 1960, Singapura era como qualquer outro país em desenvolvimento – sujo e poluído, sem saneamento adequado e enfrentando altos índices de desemprego”, explicou Masagos Zulkifli, Ministro do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Singapura, em seu recente discurso a Global Environment Outlook 6 (GEO6).
“Esses desafios foram particularmente difíceis, considerando nossas limitações como um pequeno estado insular com recursos limitados; nem sequer tínhamos água potável suficiente”.
Esses problemas estimularam a rápida industrialização para ajudar a melhorar as condições de vida dos cidadãos de Singapura, mas a urbanização generalizada só agravou as preocupações ambientais.
A geração que foi pioneira nessa mudança entendeu que, se Singapura se tornasse “um bom lugar para se viver, então as pessoas viriam e investiriam. E foi o que aconteceu.
Com sua liderança visionária, o plano de longo prazo de Singapura inclui uma fase de desenvolvimento sustentável encontrada em seu programa Sustainable Singapore Blueprint 2015, que destaca melhorias em setores que incluem todos os 17 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável até 2030. “Nossa abordagem tem sido construir um cidade sustentável e com políticas pragmáticas baseadas em princípios econômicos sólidos e ciência; foco no planejamento de longo prazo e implementação efetiva; e a capacidade de mobilizar o apoio popular para o bem comum ”, disse Zulkifli. Singapura estabeleceu o padrão para um futuro limpo e verde em todo o mundo, e parece absolutamente convidativo.
Fonte - Revista Amazônia  16/08/2018

Ferry-Boat opera com quatro embarcações nesta quinta(16) na travessia Salvador/Itaparica

Travessia marítima  🚢

O sistema Ferry-Boat que faz a travessia marítima Salvador/Itaparica tem na tarde desta quinta(16),o movimento tranquilo de de passageiros e veículos nos dois terminais,em São Joaquim e Bom Despacho.

Da Redação
foto - ilustração/arquivo
A ITS, operadora do sistema Ferry-Boat na travessia marítima entre Salvador e a Ilha de Itaparica informa que estão em operação as embarcações, Anna Nery, Ivete Sangalo, Zumbi dos Palmares e Rio Paraguaçu, com saídas nos horários regulares com intervalo de uma hora entre cada viagem.Além das quatro embarcações em serviço mais duas, Maria Bethânia e Juracy Magalhães Jr. estão de reserva(em stand by) e poderão entrar em operação realizando viagens a qualquer momento. Nesta tarde,o movimento de passageiros e veículos está tranquilo nos dois terminais,em São Joaquim e Bom Despacho.
A ITS disponibiliza para os seus usuários o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) através do número 0800 028 2723 para autoatendimento e acesso a informações sobre o sistema.
Com informações da ITS  16/08/2018

A plataforma para foguetes em Alcântara é nossa

Ciência & Tecnologia  🚀

A Base de Alcântara no Maranhão, vem sendo negociada para uso do programa espacial norte-americano. Levando em conta a importância estratégica que envolve essa pretensão, a falta de credibilidade nacional do governo Temer descredencia-o para tratar de assunto tão espinhoso e importante.

Portogente
foto - Agência Brasil/Ministério da Defesa
Voltamos ao tempo de Monteiro Lobato, que proclamou a célebre frase "O petróleo é nosso" para defender a soberania nacional na base de lançamento de foguetes em Alcântara, no Maranhão. Ela vem sendo negociada para uso do programa espacial norte-americano. Levando em conta a importância estratégica que envolve essa pretensão, a falta de credibilidade nacional do governo Temer descredencia-o para tratar de assunto tão espinhoso e importante.
Quando os russos colocaram seu primeiro satélite em torno da Terra com a cachorrinha Laika, o presidente americano Lyndon Baines Johnson surpreendeu o país com a determinação repentina de impulsionar o programa espacial dos Estados Unidos. Não era a cadelinha que o preocupava, mas o domínio do espaço pelos soviéticos.
Por sua posição geográfica junto à linha do Equador, onde é maior a velocidade de rotação da Terra, Alcântara tem vantagem competitiva para lançar foguetes com menor consumo de combustível. Os programas espaciais envolvem segredos científicos avançados, propriedade intelectual, estratégias comercial e de poder complexas. No entanto, e sem histórico científico, o ministro Aloysio Nunes anuncia que ”vamos começar rapidamente e há disposição política de se chegar a um acordo”.
Com certeza um assunto desse não se justifica com os aluguéis mensais que o Brasil pode auferir no acordo com os Estados Unidos. Caso seja isso que anima o ministro das Relações Exteriores do Brasil a tratar um questão de soberania nacional como um negócio da China, ele vai cometer mais um fiasco na função que exerce.
Qualquer país com programa espacial tem interesse em fazer o lançamento dos seus foguetes em Alcântara. Seria o caso, para dar maior transparência à negociação do arrendamento, de realizar uma licitação internacional. Isso seria equivalente a arrendarmos as nossas Forças Armadas; não se decide com metodologia de fluxo de caixa de um estabelecimento comercial.
A independência do Brasil é inegociável.
Fonte - Portogente  16/08/2018

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Ostrava recebe o 1º VLT Tango da Stadler de Siedlce

Transportes sobre trilhos  🚄

O veículo Leve sobre Trilhos Tango NF2 nOVA procedente da fábrica da Stadler em Siedlce, na Polônia,passou por dois meses de testes  e chegou em Ostrava no dia 23 de abril

Da Redação
foto - ilustração
O primeiro dos 30 VLTs (bondes eléctricos) que serão fornecidos pela Stadler Rail AG a cidade de Ostrava  na Republica Tcheca,entrou em operação comercial na Route 4 no dia 13 de agosto.
O veículo Leve sobre Trilhos Tango NF2 nOVA procedente da fábrica da Stadler em Siedlce na Polônia,passou por dois meses de testes e chegou em Ostrava no dia 23 de abril.
O contrato entre a DP Ostrava e a Stadler para fornecer 30 bondes de duas seções,foi concedido em janeiro de 2017,e as entregas devem ser concluídas até julho de 2019.O contrato prevê também a opção para fornecimento de mais 10 bondes.
O VLT com capacidade para 188 passageiros,61 sentados, tem piso baixo é equipado com tomadas USB e é unidirecional.
Pregopontocom 15/08/2018


Trem Turístico Rio Minas chega nesta quarta-feira em Três Rios

Turismo ferroviário  🚄🚃🚃🚃

Após um ano de reuniões entre os prefeitos dos municípios envolvidos, ONG Amigos do Trem, Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a concessionária VLI, o Trem Turístico Rio Minas vai estar na cidade para apresentação e ficará no município durante os próximos dias. Em breve será inaugurado este importante projeto turístico.

Prefeitura de Três Rios
ANPTrilhos
Nesta quarta-feira (15), o Trem Turístico Rio Minas chega ao município de Três Rios. A chegada do primeiro trem de turismo interestadual do país está prevista para 15h na Avenida Condessa do Rio Novo, no Centro.
Após um ano de reuniões entre os prefeitos dos municípios envolvidos, ONG Amigos do Trem, Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a concessionária VLI, o Trem Turístico Rio Minas vai estar na cidade para apresentação e ficará no município durante os próximos dias. Em breve será inaugurado este importante projeto turístico.
O trem, que apresenta capacidade para 800 passageiros, vai percorrer um trajeto de 168 km entre Três Rios e Cataguases (MG), passando por outras cidades, entre elas: Sapucaia, Chiador, Além Paraíba, Volta Grande, Palma, Recreio e Leopoldina. Ao todo são 15 vagões adquiridos pela iniciativa privada, com apoio do Grupo Mil e participação efetiva da Prefeitura de Três Rios.
“Convido a todos para prestigiarem a chegada do Trem Turístico Rio Minas. O trem representa o resgate da história ferroviária, transformando o turismo e o desenvolvimento econômico do município de Três Rios. A expectativa é grande para o início dos passeios. A cada fim de semana, 800 turistas estarão na nossa cidade. É a transformação do sonho em realidade”, afirmou o prefeito Josimar Salles.
Fonte - ANPTrilhos  15/08/2018

Ferrovias: prorrogação inconstitucional

Transportes sobre trilhos   🚄🚃🚃🚃

Para o presidente da FerroFrente, não é possível continuar administrando a questão dos transportes a toque de caixa “pois isso só interessa às empresas que hoje representam esse monopólio improdutivo”. “Existem soluções para o desenvolvimento de um modelo nacional de transporte realmente eficiente, a favor do País e não de duas ou três empresas que hoje monopolizam o setor e acabam sendo as únicas beneficiadas pela MP e pela Lei”, salientou José Manoel.

Portogente
foto - ilustração/arquivo
No início da noite desta segunda-feira (13/08), o presidente da Frente Nacional Pela Volta das Ferrovias (FerroFrente), engenheiro José Manoel Ferreira Gonçalves, fez questão de entrar em contato com a equipe jornalística do Portogente para dizer que a Lei 13.334/2016, do já governo Temer, foi considerada inconstitucional pela Procuradora-Geral da República Raquel Dodge baseando-se em Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5684 que a entidade entrou há um ano e meio. “Existem soluções para o desenvolvimento de um modelo nacional de transporte realmente eficiente, a favor do País e não de duas ou três empresas que hoje monopolizam o setor e acabam sendo as únicas beneficiadas pela MP e pela Lei”, salientou José Manoel.
A FerroFrente e a Federação das Associações de Engenheiros Ferroviários comemoram a decisão pela inconstitucionalidade da Medida Provisória (MP) 752 e da Lei 13.334/2016, que estabelece diretrizes gerais para a prorrogação antecipada de contratos de concessão ferroviária, conforme proposta enviada pelas duas entidades
Para o presidente da FerroFrente, não é possível continuar administrando a questão dos transportes a toque de caixa “pois isso só interessa às empresas que hoje representam esse monopólio improdutivo”. E prosseguiu:“Elas ameaçam o País afirmando que sem a MP e a Lei, o Brasil para e isso não é verdade. O Brasil está parando justamente pela falta de projetos que beneficiem a todos os brasileiros, como bem observou a procuradora.” Por fim, disse que existem bons projetos, assim como o capital para torná-los realidade.
Fonte - Portogente  15/08/2018

terça-feira, 14 de agosto de 2018

No Debate, no Judiciário, trevas. Na arte, lucidez, inteligência... Ok, ok, ok.

Ponto de Vista  🔍

Existem tempos tão duros, confusos e estúpidos que só a arte consegue traduzir.Debate na Band. Três ou quatro em busca da luz em meio a trevas: show de hipocrisia, cinismo, ignorância, loucura... real e simulada.À mesma hora, no Rio, Gilberto Gil lançava "Amigos, Sons e Palavras". Do Canal Brasil, série de conversas de Gil com convidados. A primeira, entre Gil e Caetano Veloso. Enquanto patentes disputavam mediocridade no Debate, artistas dialogavam sobre arte, morte, beleza, vida. E Política. Ao jeito deles. Lúcido, inteligente, belo. 

Bob Fernandes



imagem/YouTube

Ônibus autônomo Navya será testado em Candiac no Canadá

Mobilidade/Tecnologia  🚌

O veiculo será um ônibus Navya Autonom para 15 passageiros e velocidade operacional de 25 km / h, com várias paradas num percurso de 2 km.O projeto tem como objetivo,fornecer opções adicionais de transporte e contribuir para a evolução da tecnologia de transporte autônomo.

Da Redação
foto - ilustração
A Keolis irá testar no Canadá durante 12 meses, um ônibus elétrico autônomo em tráfego misto em vias urbanas, na cidade de Candiac perto de Montreal.
O veiculo será um ônibus Navya Autonom para 15 passageiros e velocidade operacional de 25 km / h em um percurso de 2 km incluindo várias paradas, ligando o terminal de ônibus com o Boulevard Marie-Victorin, passando pelo Boulevard Montcalm North. A operação deve começar a partir de setembro de 2018 com transporte gratuito de passageiros.
O projeto tem como objetivo,fornecer opções adicionais de transporte e contribuir para a evolução da tecnologia de transporte autônomo.
Durante a duração do projeto um operador estará a bordo do ônibus, podendo assumir o controle se necessário e prestando informações aos usuários.
O projeto conta com um aporte financeiro de US$350.000 do Ministério de Economia, Ciência e Inovação do Québec.
Pregopontocom  14/08/2018

Ferry-Boat tem movimento tranquilo nesta terça(14) na travessia Salvador/Itaparica

Travessia marítima  🚢

O sistema Ferry-Boat que opera na travessia marítima entre Salvador e Itaparica tem movimento tranquilo na manhã desta terça (14) nos dois sentidos.Quatro embarcações estão em serviço,com viagens em intervalo de uma hora entre cada partida. 

Da Redação
foto - ilustração/arquivo
O sistema Ferry-Boat que opera na travessia marítima entre Salvador e a ilha de Itaparica tem movimento tranquilo  de passageiros e veículos nos dois terminais,em São Joaquim e Bom Despacho.
A ITS,operadora do sistemas,informa que estão em operação quatro embarcações nesta terça (14), Anna Nery, Maria Bethânia, Zumbi dos Palmares e Dorival Caymmi, com saídas nos horários regulares com intervalos de uma hora entre cada viagem. 
O sistema disponibiliza o serviço de hora marcada exclusivamente para condutores de veículos,que deverão acessar previamente o site da ITS,- portalsits.internacionaltravessias.- para verificar a disponibilidade de vagas e fazer a reserva com pagamento feito com cartões de débito ou crédito. As passagens são disponibilizadas no site com 30 dias de antecedência.
Para maiores informações ITS mantém o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) atraves do número 0800 028 2723 para autoatendimento e acesso a informações sobre o sistema.
Com informações da ITS  14/08/2018

Sítio arqueológico é encontrado no Rio durante escavações do VLT

Transportes sobre trilhos  🚄

O local fica há cerca de um quilômetro do Cais Valongo, o maior porto escravagista da história, já declarado patrimônio cultural da humanidade pela Unesco. Os arqueólogos que conduzem as pesquisas no local cruzaram mapas da época com informações de jornais, e a localização bate com anúncios de venda de escravos presentes no Jornal do Comércio.

Raquel Júnia - EBC
foto - ilustração/arquivo
Objetos e o alicerce de uma loja do final do século XIX que se dedicava ao comércio de escravos podem ter sido descobertos no centro do Rio. O sítio arqueológico foi encontrado durante as escavações para a linha 3 do Veículo Leve sob Trilhos, o VLT, na rua Miguel Couto, no centro do Rio.
O local fica há cerca de um quilômetro do Cais Valongo, o maior porto escravagista da história, já declarado patrimônio cultural da humanidade pela Unesco. Os arqueólogos que conduzem as pesquisas no local cruzaram mapas da época com informações de jornais, e a localização bate com anúncios de venda de escravos presentes no Jornal do Comércio.
Ao final das pesquisas, devem ser definidas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Iphan, medidas a serem adotadas pela concessionária e pelo poder público para dar visibilidade aos achados, mas por enquanto não há a possibilidade de que a estrutura subterrânea fique exposta e nem que se altere o trajeto do VLT.
A arqueóloga do Iphan do Rio, Maria Cristina Leal Rodrigues, responsável por fiscalizar as pesquisas, afirma que a exposição total do sítio não é viável pelo fato de ele se encontrar no meio da via.
A descoberta só foi possível porque como parte do licenciamento da obra foi demandada pelo Iphan uma pesquisa arqueológica. O procedimento é comum em alguns tipos de obras que envolvem regiões com patrimônio cultural.
Roberto Stanchi, responsável pela Coordenação Nacional de Licenciamento do Instituto, explica que em várias cidades pelo Brasil e inclusive em outras partes do mundo com história muito mais antiga, como Roma, por exemplo, existem várias camadas de história e que nem tudo fica exposto, entretanto, ele reforça a necessidade de o país aprimorar essa relação entre o desenvolvimento e a preservação do patrimônio.
As pesquisas para que as obras prossigam devem durar pelo menos até outubro. O VLT já fez uma adequação no projeto, com a instrução do Iphan, para realizar um asfaltamento mais alto do que o originalmente previsto para a preservação do sítio. Entre os objetos encontrados, está uma bola de ferro, que pode ter sido usada como um grilhão.
Fonte - EBC Radioagencia Nacional 13/08/2018  

China inicia a produção em massa de ônibus autônomo (Driverless)

Mobilidade/Tecnologia 🚌

O Apolong é o veículo autônomo nível 4 – em uma escala de 0 a 5 – desenvolvido pelo gigante tecnológico chinês Baidu, conhecido por ser o principal mecanismo de busca do gigante asiático, e não tem nada de ficção científica: ele já é operando em diferentes áreas turísticas do país, incluindo a capital, Pequim. 

Engenhaia é

O Apolong é um veículo estranho. Parece mais uma cabine de teleférico do que um ônibus. Projetado com janelas especialmente generosas, tem capacidade para 14 pessoas sentadas em frente uma da outra. Não há volante, porque este micro-ônibus elétrico se move sozinho.
Com ele, você pode viajar 100 quilômetros com uma bateria cheia, o que leva mais de duas horas para carregar. E tem uma velocidade máxima de 70 quilômetros por hora.
O Apolong é o veículo autônomo nível 4 – em uma escala de 0 a 5 – desenvolvido pelo gigante tecnológico chinês Baidu, conhecido por ser o principal mecanismo de busca do gigante asiático, e não tem nada de ficção científica: ele já é operando em diferentes áreas turísticas do país, incluindo a capital, Pequim.
No momento, ele se move a uma velocidade que raramente ultrapassa os 30 km / h, e substitui os pequenos trens e veículos tradicionais destinados a fazer caminhadas menos pesadas em áreas extensas, como parques naturais. Mas este é apenas o começo de um caminho que parece longo.
No momento, embora não exija um motorista, o Apolong se move apenas ao longo de rotas pré-estabelecidas. Nos parques turísticos, por exemplo, eles seguem um circuito e param em certas paradas. O mesmo acontece nos complexos industriais, onde eles conectam empresas ou vão de um pavilhão para outro. Eles podem evitar obstáculos e travar para evitar acidentes, mas nunca se desviem do caminho programado. Esse é o requisito que ele precisa para atingir o nível máximo de condução autônoma, o 5.
No entanto, o Apolong demonstra como as empresas chinesas estão assumindo a liderança na implementação de novos modelos de mobilidade. Eles não são mais apenas protótipos que são testados em circuitos fechados, mas veículos que operam em condições reais. “Se nós podemos assumir a liderança é, em grande parte graças à plataforma aberta Apollo, que a Baidu lançou no ano passado,”.
O próprio governo chinês está incentivando o desenvolvimento desses veículos. Para isso, além de oferecer empréstimos e subsídios em condições facilitadas, estabeleceu projetos diferentes nas principais cidades, como Xangai, onde instituições públicas e privadas podem experimentar carros sem motorista.
Fonte - Revista Amazônia  12/08/2018

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Um projeto nefasto

Ponto de Vista  🔍

O que está em andamento com a CAPES e com o CNPq não somente repercute nas bases científicas e de pesquisa do país, nem se restringe ao desmonte da política que conectava a pós-graduação com a educação básica. É uma estratégia para forjar consensos a respeito da “inviabilidade” orçamentária da presença do Estado nesses setores.

Gilberto Alvarez* - Portogente
Gilberto Alvarez
Teve rápida e expressiva repercussão a divulgação do ofício que o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (CAPES), professor Abílio Baeta Neves, enviou ao ministro da Educação registrando sua perplexidade com a situação orçamentária que se anuncia para 2019.
Em poucas horas o conteúdo foi compartilhado nas redes sociais e já na edição noturna dos principais telejornais a questão foi divulgada.
Uma semana depois, dentro do mesmo quadro de perplexidade, o professor Mario N. Borges, presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), divulgou nota igualmente alarmante, denunciando uma política de “terra arrasada” em relação à base orçamentária do Conselho.
Quando o mais importante órgão de fomento à pesquisa e à ciência do país deu-se conta do “lugar reservado” para o CNPq no orçamento 2019, foi possível constatar que sua extraordinária estrutura, resultado de décadas de lutas da sociedade brasileira, está sendo praticamente reduzida à concessão de bolsas. Concessão essa em número reduzido e impeditiva da continuidade dos programas de fomento à pesquisa.
No caso da CAPES, em todos os veículos de divulgação o tom sombrio acompanhou a notícia. Tratava-se de comunicar à nação que está em andamento um desmonte, uma profunda desarticulação do sistema brasileiro de pós-graduação e pesquisa. A situação do CNPq começa a repercutir agora.
Não bastasse isso, as notícias alertam que a recém-criada conexão entre a CAPES e a formação de professores da educação básica será desarticulada na medida em que programas como os mestrados profissionais para professores das redes públicas, como a Universidade Aberta do Brasil (UAB) não terão recursos para continuar.
Mais ainda, a peça orçamentária indica que o PIBID, que é o Programa de Iniciação à Docência, uma das mais bem sucedidas iniciativas de estímulo à formação docente, desaparecerá.
Ao todo estão saindo da base orçamentária nacional recursos insubstituíveis, o que inviabilizará a continuidade dos trabalhos de 93 mil pós-graduandos, de 105 mil bolsistas do PIBID, de 245 mil participantes da UAB.
No caso do CNPq se estabelece um esvaziamento igualmente danoso.
Se compararmos o CNPq com a CAPES perceberemos que no primeiro a garantia de uma segurança orçamentária para as bolsas é fundamental, pois isso responde pela dinâmica que soma formação em pesquisa com titulação em programas de pós-graduação. Mas o CNPq, diferentemente da CAPES, tem também obrigações relacionadas à continuidade dos trabalhos científicos que se desenvolvem dentro e fora das universidades.
Ou seja, é um abalo de grandes proporções porque são interrompidas as dinâmicas que formam o jovem pesquisador (o que acontece, por exemplo, com a inviabilização do Edital Universal CNPq), as dinâmicas de manutenção dos projetos em andamento, as dinâmicas de conexão dos pesquisadores com cientistas do exterior e as dinâmicas que vinculam ciência com incrementos tecnológicos, descobertas científicas e qualificação de processos.
Isso se dará a partir de 2019. No caso do CNPq no início do ano; no da CAPES a partir de agosto.
Trata-se de um dos mais palpáveis exemplos dos efeitos da Emenda Constitucional 95, que instituiu arbitrariamente um perverso teto de gastos, com 20 anos de vigência.
A Emenda Constitucional 95 demonstrou severo grau de irresponsabilidade para com a educação, a ciência e a saúde na medida em que pôs em risco até gastos de custeio e desestabilizou tanto as dinâmicas triviais de manutenção, como colocou em risco um dos pilares republicanos das instituições públicas.
Ou seja, os mesmos agentes que produziram a aberrante estratégia são os que têm comparecido aos holofotes da imprensa para alardear a possibilidade de tornar educação e saúde públicas objeto de cobrança por serviços prestados.
O princípio da gratuidade de serviços públicos é condição sine qua non de qualquer sociedade republicana e democrática.
O que está em andamento com a CAPES e com o CNPq não somente repercute nas bases científicas e de pesquisa do país, nem se restringe ao desmonte da política que conectava a pós-graduação com a educação básica. É uma estratégia para forjar consensos a respeito da “inviabilidade” orçamentária da presença do Estado nesses setores.
Todos os intercâmbios internacionais em andamento ficam desguarnecidos e os projetos que custaram anos de trabalho árduo e contínuo por parte da comunidade científica brasileira ganham, desde já, prazo de validade. Serão desarticulados a despeito de todo o investimento público já realizado para que tivéssemos a rede de pesquisa que temos.
É desnecessário lembrar que o Brasil é um país com muitas contradições.
Mas vale a pena reforçar que, mesmo com grandes dificuldades e inconsistências na oferta de educação básica e superior, a pós-graduação brasileira e nossa produção acadêmica são reconhecidas internacionalmente. Temos um dos mais bem sucedidos modelos de execução, titulação e avaliação da formação pós-graduada.
É paradoxal que tenhamos estruturado com tanto vigor nossa pós-graduação ao mesmo tempo em que mantivemos a educação básica à mercê de tantas incertezas.
Mas é mais paradoxal ainda desmontá-la agora, quando pela primeira vez a produção da pesquisa passou a interagir com a escola básica, com a educação pública.
Cabe registrar que essas notícias bombásticas e sombrias, crônica de uma morte anunciada, têm sido recebidas até por setores conservadores da imprensa como resultado da penúria orçamentária e como imperativo das operações de ajuste nas contas públicas.
Nesse aspecto, os educadores críticos comprometidos com a educação não podem se deixar levar pela astúcia do argumento que apresenta a austeridade econômica como estratégia de vida ou morte para o país.
É necessário antes perguntar o que se entende por austeridade.
Nesse sentido, é possível perceber que os atores dessa trama estão levando a efeito o processo de retirada do Estado de suas obrigações para com educação, ciência, saúde, seguridade social e cultura.
Portanto, o que está em andamento, a aniquilação da CAPES e o esvaziamento do CNPq, não são obras da restrição, dos minguados recursos, da penúria orçamentária.
O que está em andamento é a execução de um projeto, é a implementação de um modelo de Estado reclamado pela Casa Grande e financiado pelo baronato brasileiro.
Estaria em andamento mesmo com fartura, pois seus mentores têm nos limites postos pela Emenda Constitucional 95 o álibi para executar a destruição com todos os argumentos da inevitabilidade. Mas, na realidade, realizam um projeto de sucateamento que explica porque precisaram usurpar o Estado e a democracia.
Não estamos assistindo aos efeitos de uma crise. Estamos assistindo a destruição daquilo que levamos décadas para construir. Essa destruição não é consequência dos desajustes do Estado, é a nova identidade desse Estado que, sem escrúpulos ou pudores apresenta a todos seu compromisso com alguns.
*Gilberto Alvarez, diretor do Cursinho da Poli e presidente da Fundação PoliSaber
Fonte - Portogente  1308/2018