sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

Maceió: região da mina 18 afunda 6 centímetros em 24 horas

Meio ambiente

Defesa Civil alerta que o risco de desabamento permanece onde a Braskem extraía sal-gema e o afundamento acumulado do solo do bairro do Mutange, atingiu 1,99 metro e a velocidade do afundamento é de 0,25 centímetro (cm) por hora.

Por Daniella Almeida 
Repórter da Agência Brasil
foto - UFAL/Ag. Brasil
A Defesa Civil de Maceió (AL) informou, nesta quinta-feira (7) que o afundamento acumulado do solo do bairro do Mutange, onde a Braskem extraía sal-gema, atingiu 1,99 metro e a velocidade do afundamento é de 0,25 centímetro (cm) por hora. O deslocamento vertical apresentando nas 24 horas anteriores ao relatório foi de 6 cm. Diante da situação, o órgão da prefeitura municipal alerta que permanece o risco de colapso (desabamento) do terreno acima da mina 18 da Braskem. Técnicos do Ministério de Minas e Energia (MME), do Serviço Geológico do Brasil (SGB) e da Agência Nacional de Mineração (ANM), que compõem a sala de situação do governo federal, também estão na capital alagoana para análises diárias a partir dos dados sísmicos da área afetada obtidos pelas Defesas Civis estadual e municipal e pela petroquímica Braskem, que acompanham o local em tempo integral. No relatório mais recente, os especialistas da sala de situação avaliam que o “quadro de instabilidade geológica em Maceió (AL) está em acomodação” e que está melhorando diariamente. No entanto, a Sala de Situação recomenda cautela máxima na região e monitoramento integral. Por precaução, a recomendação da Defesa Civil de Maceió é para que a população não transite na área desocupada até uma nova orientação do órgão, que deve vir após a adoção de medidas de controle e monitoramento para reduzir o perigo da região.

Governo federal
Em Brasília, nesta quinta-feira, o ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, afirmou que a preservação da vida é a grande preocupação do governo federal neste primeiro momento. A declaração foi dada após a desocupação das últimas 40 residências de famílias que ainda moravam na área afetada, dentro bairro do Mutange. O ministro disse ainda que, a partir do agravamento da crise geológica, o governo federal tem discutido ações para minimizar os impactos à população moradora do local e comerciantes. “Agora, naturalmente, nós vamos discutir, do ponto de vista de governo, como se darão os desdobramentos desse problema, que é um problema social, é um problema político e é um problema também técnico.” Por meio dos monitoramentos feitos pela Sala de Situação, Alexandre Silveira disse que o Ministério de Minas e Energia tem informado a Casa Civil da Presidência da República, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e demais órgãos relacionados ao tema sobre cada movimentação do solo em Maceió. “Estou presidindo a sala de situação e, se necessário, estarei em Maceió para poder avaliar com cuidado os possíveis danos que a exploração do sal-gema causou naquela região,” diz o ministro. O ministro adiantou que assim que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegar a Brasília, após participar da Cúpula de Chefes de Governo do Mercosul, receberá informações adicionais sobre a real situação em Maceió; “Para que possa avaliar a necessidade e a continuidade de medidas que já tomou, mesmo viajando, a fim de minimizar os impactos desse drama que vive a população de Maceió.”, disse Silveira.
Fonte - Agência Brasil 07/12/2023

sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Metrô gratuito para quem vai fazer a prova do ENEM em Salvador

Transportes sobre trilhos  🚇  📖

No próximo domingo(12), a gratuidade no metrô continua para as pessoas que vão prestar o ENEM em Salvador e região metropolitana. O Governo do Estado também fez uma ação no interior do estado em parceria com as prefeituras, garantindo o transporte para estudantes que moram em localidades distantes das cidades onde irão acontecer as provas. 

Pregopontocom
Foto - ilustração/arquivo
Os estudantes que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no domingo (5), tiveram a passagem gratuita no Sistema Metroviário de Salvador e em Lauro de Freitas.No próximo domingo(12), a gratuidade no metrô continua para as pessoas que vão prestar o ENEM em Salvador e região metropolitana. O Governo do Estado também fez uma ação no interior do estado em parceria com as prefeituras, garantindo o transporte para estudantes que moram em localidades distantes das cidades onde irão acontecer as provas. Para a secretária de Desenvolvimento Urbano da Bahia, Jusmari Oliveira, esse é um ato de responsabilidade com a educação e de valorização do estudante, pois proporciona o transporte para quem não tem dinheiro, além de facilitar o acesso aos locais de prova com rapidez e segurança. “Este é um ato de atenção e cuidado que nosso governo tem com todas as baianas e baianos. É o trabalho da equipe do governador Jerônimo Rodrigues para melhorar a educação e a mobilidade urbana do nosso estado. A gratuidade do metrô vai facilitar a vida de todos que vão fazer o ENEM e possibilitará uma melhor condição de acesso aos locais das provas com mais segurança e tranquilidade aos alunos”, afirma Jusmari.
Com informações da Sedur Ba 10/11/2023

Metrô e VLTs gratuitos no segundo domingo de Enem 2023 no Ceará.

Transportes sobre trilhos  🚇  📖

Metrô e VLTs gratuitos no segundo domingo de Enem 2023. Metrô e VLTs terão funcionamento gratuito e aberto à população no segundo domingo de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, no próximo dia 12/11
 
Pregopontocom
Foto - ilustração/Metrofor
Metrô e VLTs terão funcionamento gratuito e aberto à população no segundo domingo de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, no próximo dia 12/11. A medida é uma ação do Governo do Ceará, por meio da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor), para estimular e facilitar o comparecimento aos locais de provas. Por meio de cinco sistemas de transporte sobre trilhos, o Metrofor disponibilizará circulação de trens nas cidades de Fortaleza, Maracanaú, Caucaia, Pacatuba, Sobral, Juazeiro do Norte e Crato. Não é necessário apresentar documentação para ter acesso aos trens. O embarque será aberto à população, nas 62 estações distribuídas nas sete cidades atendidas. Horários especiais Quem for utilizar o metrô e os VLTs neste domingo deve ficar atento e atenta aos horários. O funcionamento será das 10:30 às 14:00 e de 15:00 às 19:30. É importante verificar a partida dos trens em sua estação, tanto na ida, como para o retorno. Os horários por estação estão disponíveis em metrofor.ce.gov.br e no link abaixo.
Com informações da Metrofor  10/11/2023

sábado, 4 de novembro de 2023

METRÔ DE SALVADOR - Fique por dentro

 Transportes sobre trilhos  🚇

Chegando em Salvador pelo aeroporto ou pela estação rodoviária é possível chegar diretamente ao centro da cidade utilizando a linha 2,e fazendo o transbordo para linha 1 na estação Acesso Norte. O trajeto saindo do aeroporto passa por grandes bairros, os principais Shoppings Centers, e pontos importantes da cidade tais como o CAB(Centro Administrativo da Bahia),Estádio de Pituaçu, Estação Rodoviária, Arena Fonte Nova, Campo da Pólvora, chegando a estação da Lapa no centro de Salvador onde é possível fazer  a integração com o sistema de ônibus urbanos para vários bairros da cidade.



COMPOSIÇÃO DO SISTEMA

Fonte - CCR Metrô Bahia




  
        Estação Acesso norte - Linha 1
fotos - Pregopontocom


Estação da Lapa - Fotos Pregopontocom



Estação Campo da Pólvora - Cúpula 
Foto - Pregopontocom



Estações - Aeroporto / Pituaçu 
Pregopotocom
 

Estação - Rodoviária





(*) A ampliação da linha 1 já foi concluída com a construção de mais 5 Km e duas estações(Campinas e Aguas Claras) ligando a estação de Pirajá ao novo complexo Metrô-Rodoviário (Estação do Metrô/Terminal de ônibus Urbanos e Metropolitanos e a nova Estação Rodoviária de Salvador no bairro de Aguas Claras.




sexta-feira, 3 de novembro de 2023

Metrô e VLTs no Ceará circulam gratuitamente neste domingo (05 - Enem 2023); veja os horários

Transportes sobre trilhos 🚇 Enem  📖

O Gov. do CE vai disponibilizar os serviços de Metrô e VLT, gratuitamente, no próximo domingo, dia 5 de novembro, data da realização da primeira prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023. Os estudantes inscritos poderão contar com os trens como opção de deslocamento para facilitar a sua chegada aos locais de prova.

Pregopontocom
Foto - ilustração/arquivo
O Governo do Ceará, por meio da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor), vai disponibilizar os serviços de Metrô e VLT, gratuitamente, no próximo domingo, dia 5 de novembro, data da realização da primeira prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023. Os estudantes inscritos poderão contar com os trens como opção de deslocamento para facilitar a sua chegada aos locais de prova. Não será necessário apresentar documentação para o embarque. As catracas estarão abertas à população. O governador Elmano de Freitas fez o anúncio na manhã desta sexta-feira (3), pelas redes sociais. “A medida, que também vale para o VLT, tem objetivo de facilitar o deslocamento dos nossos estudantes que realizarão a prova. Neste ano são mais de 240 mil cearenses inscritos no exame. Um excelente Enem a todas e a todos”, disse o governador. O funcionamento será das 10h30 às 14h e de 15h às 19h30. Esses horários atendem à demanda de ida e volta dos inscritos no Enem. A medida vale para todas as linhas de metrô e VLT operadas pelo Metrofor: Linha Sul, Linha Oeste, Linha Nordeste (VLT Parangaba-Mucuripe), VLT do Cariri e VLT de Sobral. Se você vai utilizar o metrô ou os VLTs neste domingo, programe sua viagem. Os horários exatos de partida de trens em cada estação podem ser consultados neste link.
Com informações do Gov. do Ceará 03/11/2023

quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Obra da Linha Leste do Metrô de Fortaleza ganhará novo ritmo

Transportes sobre trilhos  🚇

Após acordo com construtora, a obra da Linha Leste do Metrô de Fortaleza ganhará novo ritmo O Governo do Ceará, e o consórcio FTS firmaram, nesta segunda-feira (30), um acordo para estabelecer regras e garantias ao seguimento das obras da Linha Leste do Metrô. 

Metrofor
Foto - Seinfra Ce 
O Governo do Ceará, através da Secretaria da Infraestrutura, e o consórcio FTS firmaram, nesta segunda-feira (30), um acordo para estabelecer regras e garantias ao seguimento das obras da Linha Leste do Metrô de Fortaleza. No documento assinado pela Seinfra e o consórcio construtor, junto à Procuradoria-Geral do Estado do Ceará (PGE) e à Casa Civil, há o entendimento para seguimento das obras civis e sistemas de alimentação de energia elétrica, telecomunicações, sinalização e controle, bilhetagem, ventilação e equipamentos de oficina da Linha Leste do Metrô de Fortaleza. O acordo seguirá para publicação no Diário Oficial do Estado (DOE). Para o secretário da Infraestrutura do Ceará, Antonio Nei de Sousa, o momento reafirma o interesse da gestão de executar a obra da Linha Leste em novo ritmo. “Este acordo atende a uma demanda por menor prazo para retomada e conclusão, com menor custo e riscos judiciais e técnicos ao projeto”, destacou o titular da Seinfra. Atualmente, a obra conta com três frentes de serviços em andamento, nos canteiros das Estações Chico da Silva, no Centro; Colégio Militar; e Nunes Valente, onde até o fim de novembro a Seinfra vai liberar o tráfego na rua Tibúrcio Cavalcante, no bairro Aldeota. O acordo visa alternativas seguras para o Estado e a garantia da execução da obra, bem como atende a novas exigências da Seinfra e leva em consideração o caráter indispensável da Linha Leste ao sistema metroviário de Fortaleza; o interesse do executivo em entregar, o mais breve possível, a obra; e a solução de entraves quanto à metodologia de execução.

Mais informações
A Linha Leste terá 7,3 quilômetros de extensão e fará o percurso entre o Centro e o Papicu, com um tempo total estimado de 15 minutos. O empreendimento vai garantir aos usuários mais opções de deslocamento e integração entre os modais disponíveis, fazendo conexão com as linhas Sul e Oeste, além do VLT Parangaba-Mucuripe e o terminal de ônibus do Papicu.
Fonte - Metrofor  02/11/2023

Mais 576 estrangeiros são autorizados a deixar Gaza - Não há brasileiros na lista

 Política - Internacional  ✈ 👪

De acordo com o Itamaraty, não há nenhum cidadão brasileiro entre os 576 estrangeiros que buscam escapar à guerra entre Israel e o Hamas, grupo que controla a Faixa de Gaza. Segundo o embaixador Alessandro Candeas, constam da lista divulgada esta madrugada cidadãos do Azerbaijão, Barhein, Bélgica, Coréia do Sul, Croácia, Estados Unidos, Grécia, Holanda, Hungria, Itália, Macedônia, México, Suíça, Sri Lanka e Tchade.

Por Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil 
 Foto - Ag.Brasil/Reuters
Autoridades egípcias e israelenses autorizaram, nesta quinta-feira (2), que um segundo grupo de pessoas deixe a Faixa de Gaza e ingresse no Egito. De acordo com o Itamaraty, não há nenhum cidadão brasileiro entre os 576 estrangeiros que buscam escapar à guerra entre Israel e o Hamas, grupo que controla a Faixa de Gaza. Segundo o embaixador Alessandro Candeas, constam da lista divulgada esta madrugada cidadãos do Azerbaijão, Barhein, Bélgica, Coréia do Sul, Croácia, Estados Unidos, Grécia, Holanda, Hungria, Itália, Macedônia, México, Suíça, Sri Lanka e Tchade. Só o grupo norte-americano inclui 400 dos 576 contemplados nesta segunda lista. A lista anterior foi divulgada no início da madrugada desta quarta-feira (1º), dia em que o primeiro grupo autorizado a deixar Gaza cruzou a fronteira para o Egito. Além de 500 pessoas portadoras de passaportes estrangeiros, integravam este primeiro grupo 81 moradores de Gaza feridos que foram transportados em ambulâncias através da passagem de Rafah. A assessoria do Itamaraty informou à Agência Brasil que, neste momento, não há como prever em quanto tempo os 34 brasileiros que pediram auxílio ao governo brasileiro serão autorizados a deixar Gaza, já que os critérios de seleção são aplicados pelas autoridades locais. O governo brasileiro, contudo, segue contatando lideranças regionais a fim de tentar agilizar a repatriação dos brasileiros e de seus parentes de outras nacionalidades. Os 34 brasileiros estão abrigados nas cidades de Khan Younes e Rafah, próximas à fronteira com o Egito. Segundo o Itamaraty, o esquema de resgate prevê auxílio desde a saída da Faixa de Gaza – com equipes e ônibus de prontidão, medicamentos e alimentação – até o embarque no Aeroporto do Cairo, onde um aeroporto da Força Aérea Brasileira (FAB) os aguarda. No início da manhã desta quinta-feira (2), um grupo de 30 brasileiros, além de uma jordaniana e um palestino casados com brasileiros, desembarcaram em território brasileiro vindos da Cisjordânia.
Fonte - Agência Brasil 02/11/2023

ENTENDA O QUE FOI A NAKBA, A CATÁSTROFE DO POVO PALESTINO 
Link para a matéria da Agência Brasil - https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2023-11/entenda-o-que-foi-nakba-catastrofe-do-povo-palestino - 04/11/2023

domingo, 10 de setembro de 2023

Brasil recebe presidência do G20 e propõe força-tarefa contra fome

Política - Internacional  👀

Durante a cerimônia, a liderança do bloco foi transmitida do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, para Lula. A presidência brasileira no G20 terá três prioridades: a inclusão social e a luta contra a desigualdade, a fome e a pobreza; o enfrentamento das mudanças climáticas e a promoção do desenvolvimento sustentável em suas dimensões econômica, social e ambiental; e a defesa da reforma das instituições de governança global, que reflita a geopolítica do presente.

Por Andreia Verdélio
Repórter da Agência Brasil
foto - Ricardo Stuckert/PR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, neste domingo (10), a presidência do G20, durante o encerramento da 18ª Cúpula de Chefes de Governo e Estado do grupo, que ocorre em Nova Déli, na Índia. Durante a cerimônia, a liderança do bloco foi transmitida do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, para Lula. A presidência brasileira no G20 terá três prioridades: a inclusão social e a luta contra a desigualdade, a fome e a pobreza; o enfrentamento das mudanças climáticas e a promoção do desenvolvimento sustentável em suas dimensões econômica, social e ambiental; e a defesa da reforma das instituições de governança global, que reflita a geopolítica do presente. “Todas essas prioridades estão contidas no lema da presidência brasileira, que diz ‘Construindo um Mundo Justo e um Planeta Sustentável’”, disse Lula durante discurso no encerramento do encontro. Ele anunciou que serão criadas duas forças-tarefas: a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e a Mobilização Global contra a Mudança do Clima. O presidente brasileiro lembrou a tragédia no Rio Grande do Sul em decorrência da passagem de um ciclone extratropical. De acordo com o último balanço, divulgado às 18h deste sábado (9), o estado contabiliza 41 mortes e 46 pessoas seguem desaparecidas. São 88 municípios em estado de calamidade pública. “Isso nos chama a atenção porque fenômenos como esse têm acontecido nos mais diferentes lugares do nosso planeta”, apontou. Ontem (9), durante discurso em outro evento da cúpula, Lula cobrou recursos de países ricos contra aquecimento global. “A natureza continua dando demonstração de que nós precisamos cuidar dela com muito mais carinho”, acrescentou o presidente. O G20 reúne 19 das maiores economias do mundo e a União Europeia. A União Africana também tornou-se membro permanente durante a cúpula na Índia.

Combate à fome
“Precisamos redobrar os esforços para alcançar a meta de acabar com a fome no mundo até 2030, caso contrário estaremos diante do maior fracasso multilateral dos últimos anos. Agir para combater a mudança do clima exige vontade política e determinação dos governantes, e também recursos e transferência de tecnologia”, disse Lula, sobre as linhas basilares da presidência brasileira. Ele também destacou a necessidade de que países emergentes tenham mais participação nas decisões do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI). “A insustentável dívida externa dos países mais pobres precisa ser equacionada. A OMC [Organização Mundial do Comércio] tem que ser revitalizada e seu sistema de solução de controvérsias precisa voltar a funcionar. Para recuperar sua força política, o Conselho de Segurança da ONU precisa contar com a presença de novos países em desenvolvimento entre seus membros permanentes e não permanentes”, defendeu.

G20 no Brasil
A presidência brasileira começa em 1º de dezembro de 2023 e se encerra em 30 de novembro de 2024. A agenda do G20 será decidida e implementada pelo governo do Brasil, com apoio direto da Índia, última ocupante da presidência, e da África do Sul, país que exercerá o mandato em 2025. Esse sistema é conhecido como troika e é um dos diferenciais do grupo em relação a outros organismos internacionais. Entre dezembro de 2023 e novembro de 2024, o Brasil deverá organizar mais de 100 reuniões oficiais em várias cidades do país, que incluem cerca de 20 reuniões ministeriais, 50 reuniões de alto nível e eventos paralelos. O ponto alto será a 19ª Cúpula de chefes de Estado e governo do G20, nos dias 18 e 19 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro. De acordo com Lula, no G20, o Brasil pretende organizar os trabalhos em torno de três orientações gerais. Primeiro, ele propõe uma aproximação entre a trilha de política, mais ampla e onde se discutem políticas públicas, e a trilha de finanças, onde se discutem as questões de financiamento, de forma que “se coordenem e trabalhem de forma mais integrada”. “Não adianta acordarmos a melhor política pública se não alocarmos os recursos necessários para sua implementação”, avaliou. A presidência brasileira deve criar ainda um canal de diálogo entre os líderes e a sociedade civil, assegurando que os grupos de engajamento da sociedade, entidades de classe e órgãos públicos tenham a oportunidade de reportar suas conclusões e recomendações aos representantes de governo. Para o presidente, também é preciso evitar discussões sobre questões geopolíticas, como guerras, para não esvaziar a agenda de discussões das várias instâncias do bloco. “Não nos interessa um G20 dividido. Só com uma ação conjunta é que podemos fazer frente aos desafios dos nossos dias. Precisamos de paz e cooperação em vez de conflitos”, disse.

Agenda internacional
É a primeira vez que o Brasil assume a presidência do G20 desde a sua criação, em 1999. O país esteve presente desde o início, quando as 20 maiores economias do mundo se reuniram com o objetivo de buscar uma solução para a grave crise financeira que abalou todos os mercados e que levou à quebra de um número enorme de bancos e outras companhias. O grupo reunia, à época, apenas ministros de finanças e presidentes de bancos centrais. Em 2008, para enfrentar nova crise financeira internacional, passou a ter o formato atual, com chefes de Estado e de governo. “Nossa atuação conjunta nos permitiu enfrentar os momentos mais críticos, mas foi insuficiente para corrigir os equívocos estruturais do neoliberalismo. A arquitetura financeira global mudou pouco e as bases de uma nova governança econômica não foram lançadas. Novas urgências surgiram, os desafios se acumularam e se agravaram, vivemos num mundo em que a riqueza está mais concentrada, em que milhões de seres humanos ainda passam fome, em que o desenvolvimento sustentável está sempre ameaçado, em que as instituições de governança ainda refletem a realidade de meados do século passado”, alertou Lula em seu discurso em Nova Déli. Para ele, a redução das desigualdades deve estar no centro da agenda internacional. “Só vamos conseguir enfrentar todos esses problemas se tratarmos da questão da desigualdade. A desigualdade de renda, de acesso à saúde, educação e alimentação, de gênero e raça e de representação está na origem de todas essas anomalias”, destacou. Além dos líderes dos países-membros do G20 – África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia e União Europeia –, participaram da cúpula, na condição de convidados da presidência indiana, os líderes de Bangladesh, Egito, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Maurício, Nigéria, Omã, Países Baixos, Singapura e União Africana. O principal documento resultante da 18ª Cúpula do G20 foi a Declaração de Líderes, que incluiu temas como necessidade do desenvolvimento sustentável, da cooperação econômica e científica, de ações contra desigualdade e da redução do sofrimento causado pelas guerras. A presidência da Índia iniciou-se em dezembro de 2022 sob o lema Uma Terra, Uma Família, Um Futuro. Durante o período, o G20 teve como prioridades gerais estilos de vida sustentáveis, tecnologia, crescimento inclusivo, multilateralismo e liderança de mulheres.
Fonte - Agência Brasil 10/09/2023

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

CCR Metrô Bahia lança QR Code unitário para acesso ao Sistema Metroviário

Transportes sobre trilhos  🚇

A inovação vai atender aos passageiros que utilizam a tarifa avulsa do metrô e já está disponível nas máquinas de autoatendimento de todas as estações. Assim que efetuada a compra por meio de pagamento em PIX ou cartões de débito e crédito, o QR Code será impresso e poderá ser utilizado para acessar o metrô.

Da Redação
foto - ilustração/CCR Metrô Bahia
Os clientes da CCR Metrô Bahia contam a partir deste mês com o QR Code unitário, uma novidade na compra de passagem para acesso ao Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas. A inovação vai atender aos passageiros que utilizam a tarifa avulsa do metrô e já está disponível nas máquinas de autoatendimento de todas as estações. Assim que efetuada a compra por meio de pagamento em PIX ou cartões de débito e crédito, o QR Code será impresso e poderá ser utilizado para acessar o metrô. Ao posicionar o QR Code no visor localizado na tampa da catraca uma luz verde indicará a validação do pagamento e o acesso pelo bloqueio estará liberado. “Oferecemos diversas opções de compra de passagem, tanto para quem usa a tarifa avulsa como para aqueles que têm o Cartão Integração do Metrô. Estamos sempre inovando com o objetivo de melhorar ainda mais a experiência do nosso cliente”, destaca Julio Freitas, gerente executivo de Operações da CCR Metrô Bahia. A novidade se junta a outra tecnologia inovadora lançada neste ano pela concessionária: o pagamento da tarifa por aproximação diretamente nas catracas do metrô. Para isso, basta aproximar cartões de crédito, débito, celular (com tecnologia NFC), smartwatches ou pulseiras de pagamento na parte inferior da catraca. De acordo com levantamento interno realizado neste ano pelo setor de Arrecadação e Clearing da concessionária, o metrô baiano se destaca no cenário nacional como o um dos mais tecnológicos do país em meios de pagamento digitais, oferecendo grande quantidade de opções para o cliente. Recarga do Cartão Integração do Metrô A CCR Metrô Bahia também oferece aos seus clientes a facilidade de recarregar o Cartão Integração do Metrô de forma online, rápida e segura por meio do WhatsApp ou de aplicativos parceiros. Para recarregar o Cartão Integração utilizando o Zap do Metrô, basta acessar o atendimento virtual da CCR Metrô Bahia, adicionando o número (71) 9688-0714 em seu aparelho celular. Ao navegar pelas opções de compra de crédito na ferramenta, o cliente poderá realizar um pedido de recarga e efetuar o pagamento por meio de uma chave PIX. Outra possibilidade online é fazer a recarga via aplicativo - Banco do Brasil (para correntista), PicPay, Recarga Pay, Cittamobi - ou pela rede credenciada, composta por 2 mil pontos de vendas. Após a compra do crédito, a carga deverá ser efetivada nos validadores presentes em todas as estações.
Com informações da CCR Metrô Bahia 11/07/2023
Pregopontocom 17/08/23

segunda-feira, 17 de julho de 2023

Notícias Ferroviárias - A Ferrovia Subaquática de Hong Kong de US$ 11 bilhões

 Notícias Ferroviárias - Transportes sobre trilhos  🚅

A construção de uma nova linha subaquática de Metrô em Hong Kong que irá transformar o transporte na cidade. 



Créditos para Construction Time - 11/07/2023

sexta-feira, 14 de julho de 2023

A CONTROVÉRSIA DO CUSTO DA OBRA DO MONOTRILHO DE SALVADOR - Entenda o caso

Transporte sobre trilhos 🚄

O monotrilho (não é VLT) do Subúrbio Ferroviário de Salvador teve o seu custo inicial minimizado (muito abaixo do custo real) o que contribuiu para inviabilizar, até então, a realização da obra  por conta talvez de  ausência de um estudo técnico mais aprofundado, o que contribuiu  para distanciar  o valor do custo estimado pelo Gov. do estado, do valor do custo real da obra com 21km de extensão,22 estações e mais as composições de trens. O desfecho foi inevitável

Luis Prego Brasileiro
foto - ilustração/arquivo
Quando o Gov.do estado da Bahia divulgou o resultado da licitação e o custo estimado para a construção do sistema de Monotrilho com 21 km e 22 estações incluída as composições de trens, no valor de $1,5 bi ,já prevíamos que o resultado poderia ser desastroso. - Será que faltou talvez na época um estudo técnico mais apurado e criterioso por parte do Gov.do estado, para se chegar a um valor próximo do custo real da obra antes da licitação?!.Ou por acaso teria sido por puro açodamento no intuito de realizar a  obra?!  - Não seria muito difícil pelo menos ter uma ideia do valor compatível com o volume da obra em questão consultando a Cia do Metrô de SP que já opera parcialmente a linha 15 Prata do seu Monotrilho, ou até mesmo uma clicada no Gogle e pesquisar o histórico da construção da linha 15 Prata do Monotrilho de São Paulo, ou publicações especializadas no setor que disponibilizam informações técnicas de sistemas de transportes sobre trilhos, seja para sistemas operacionais, tecnologias aplicadas ou em projetos de construção, o que serviria como uma referência  para se evitar um equivoco, como foi cometido.

- A Linha 15–Prata do Metropolitano de São Paulo é uma linha de monotrilho, a sexta Linha do Metrô de São Paulo a entrar em operação. Quando totalmente pronta, contará com 26,6 km de extensão e 18 estações, ligando os distritos do Ipiranga e Cidade Tiradentes, através dos bairros de Vila Prudente, Parque São Lucas, Sapopemba, São Mateus, Iguatemi, entre outros. Com custo total de R$ 6,40 bilhões. O 1º trecho entre as estações Vila Prudente e Oratório foi inaugurado no fim de agosto de 2014  
Fonte - Wikipédia -


Até o mês de março de 2023 entraram em operação apenas 11 estações na Zona Leste de São Paulo em um trecho de linha com 15 km de extensão, dos 26,6 km proposto para a sua extensão total, e o custo só desse trecho já estava orçado em $5,2 bi. 
"A obra foi iniciada no ano de 2009"

Voltamos ao monotrilho de Salvador, durante as audiências públicas, muitas delas no MPBA, das quais participamos representando o Movimento Salvador Sobre Trilhos, alertamos na época, várias vezes quanto ao valor(subdimensionado) da obra quando comparávamos o mesmo, "ironicamente", com preços de vendas de uma determinada rede varejista de lojas, conhecida pela prática de preços baixos(que provocava risos nos presentes),mais não entenderam a mensagem em tom de ironia. Não era de se esperar que quando batesse a realidade a obra ficaria empacada, e não deu outra. Todos os debates divagavam em discussões que quase sempre  se distanciavam do eixo principal que era sem dúvida a importância do novo modal para a população do Subúrbio Ferroviário como vetor de desenvolvimento econômico e social, sendo o mesmo a solução mais adequada e mais viável, para resolver de forma racional e definitiva os problemas de  mobilidade da população que será beneficiada com a adoção do novo sistema sobre trilhos, e que sem duvidas irá eliminar o grave e crônico problema do atual modelo de transporte que atende toda região do Subúrbio de Salvador, cujos benefícios chegarão  também a uma  parte da RMS.
Existe uma insistência equivocada da "mídia" e até mesmo por parte da mídia especializada em temas ferroviários em chamar o MONOTRILHO de VLT, Monotrilho é Monotrilho, VLT é VLT, e agora vejo em uma mídia local, uma matéria com estardalhaço, "falar de um reajuste de 246%", quando foi proposto uma readequação no preço do custo estimado para $5,2bi,valor mais próximo para a realidade da obra, que se enquadrara sem dúvida dentro de parâmetros atualizados a realidade de uma obra de tal envergadura. Nem se quer, talvez, se preocuparam em consultar algum especialista que tenha conhecimento profundo no assunto, ou simplesmente fazer uma pesquisa comparativa em fontes confiáveis, para que se possa ter uma ideia de fato sobre o custo real desse tipo de obra, para um projeto proposto com 21km e 22 estações além das composições de trens. Se fizermos uma conta rápida dividindo os $5.2 bi por 15km,chegaremos ao resultado de $347mi por km construído do Monotrilho de São Paulo(linha 15 Prata),se usarmos esse valor como referência para o Monotrilho de Salvador,$347mi x 21km chegaremos ao total de $7.287bi. Só para efeito de comparação, o custo do BRT(Lapa-LIP) que está sendo construído em Salvador foi orçado em $820 mi com aproximadamente 10km de extensão, isso em 2015 . (Estamos citando o fato e documentando as informações, para efeito de estabelecimento de parâmetros comparativos entre os dois modais)

Dados fornecidos na época pelo Ministério das Cidades
através da lei de acesso a informação

Portanto para que se entenda toda essa controvérsia que envolve o custo da obra do Monotrilho do Subúrbio Ferroviário de Salvador e suas consequências, é preciso que se mergulhe a fundo nesse tema para que as informações sejam divulgadas de maneira correta sem se distanciar da realidade dos fatos.
Pregopontocom - Luis Prego Brasileiro, editor desse Blog, articulador e membro da coordenação do Movimento Salvador Sobre Trilhos 
14/07/2023

quarta-feira, 21 de junho de 2023

Com metrô, Salvador deixou de emitir mais de 45 mil toneladas de CO2 em oito anos, aponta estudo

Mobilidade - Sustentabilidade 🚇

O montante corresponde à emissão de 23.564 veículos comerciais leves, movidos à gasolina em um ano ou a 24.456 viagens de norte a sul do Brasil, considerando ida e volta. Cerca de 90% dos passageiros entrevistados utilizariam ônibus para realizar a viagem, caso não existisse o metrô

CCR - Metrô Bahia
foto - ilustração/arquivo
Um estudo inédito revelou que a operação do Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas fez com que a capital baiana deixasse de emitir mais de 45 mil toneladas de CO2 em oito anos (de 2014 a 2021). O montante corresponde à emissão de 23.564 veículos comerciais leves, movidos à gasolina em um ano ou a 24.456 viagens de norte a sul do Brasil, considerando ida e volta. Lançado quando a CCR Metrô Bahia celebra nove anos de operação, o estudo “Projeto Economia de Baixo Carbono” é pioneiro dentro do próprio Grupo CCR, sendo a concessionária baiana a empresa escolhida para inaugurar a pauta. “Sabemos que o CO2 é o principal gás de efeito estufa responsável pela intensificação das mudanças climáticas, então uma redução como esta é bastante significativa”, explica Onara Lima, Superintendente de ESG do Grupo CCR, destacando a importância da concessionária baiana e do modal na construção de uma Salvador mais sustentável e menos poluente. O estudo, realizado pela WayCarbon, empresa especializada no desenvolvimento de projetos corporativos sobre sustentabilidade e mudança do clima, destaca ainda que essa redução está em consonância com o Plano de Ação Climática da capital baiana, que visa a implementação de 100% da frota de transporte público com veículos mais eficientes até 2049 e a redução do número de viagens particulares em 25% até 2024. Os dados também apontam que, devido à operação do metrô, houve reduções em relação a outros gases danosos à saúde humana, como o monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio, metano, óxido nitroso, entre outros. “Além de transportar nossos clientes com segurança, conforto e rapidez, o metrô baiano promove mais qualidade de vida para as pessoas, numa mobilidade mais sustentável com impactos positivos também no meio ambiente”, explica André Costa, diretor da CCR Metrô Bahia. Conforme explica Higor Turcheto, gerente da WayCarbon, para a metodologia, a WayCarbon estimou o total de emissões de CO2 num cenário onde não existiria o metrô baiano, diminuindo deste montante as emissões pelo uso de energia do metrô e as emissões indiretas, a exemplo do meio utilizado pelo passageiro para chegar ao metrô. Também foi realizada uma pesquisa com clientes do metrô baiano para coletar informações relacionadas às distâncias médias percorridas pelos passageiros usando os diferentes modais e aos modais que seriam utilizados na ausência do metrô. O resultado apontou que cerca de 90% das pessoas utilizariam ônibus para realizar a viagem, caso não existisse o metrô. Mobilidade sustentável A mudança climática é um dos maiores problemas enfrentados na atualidade. De acordo com o relatório Climate Change 2021: The Physical Science Basis (IPCC, 2021), as emissões acumuladas de gases de efeito estufa (GEE), desde a revolução industrial, já levaram a cerca de 1,09 °C de aquecimento global, do qual 1,07 °C provavelmente deriva de ações humanas. Para limitar o aquecimento global induzido pelo homem, é necessário limitar as emissões de GEE, destaca também o relatório. No Brasil, como aponta o SEEG, o setor de transporte, em 2021, foi responsável por 8,39% das emissões, sendo que as emissões do transporte rodoviário, em específico, corresponderam a 7,79%. Isso significa por exemplo que, a eletrificação de todo o setor de transporte rodoviário, fazendo uso de uma matriz elétrica descarbonizada, teria o potencial de reduzir as emissões do país em quase 8% Segundo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), se a mobilidade urbana fosse baseada em veículos compartilhados e elétricos, as emissões de CO2 do trânsito poderiam cair 60%. “Nesse contexto, os sistemas de transporte em massa sob trilhos, movidos à eletricidade, são uma iniciativa importante na descarbonização do transporte urbano, reduzindo o uso de modais mais intensivos em GEE, por exemplo, carros e ônibus à combustão fóssil”, completa Turcheto. Outras soluções inteligentes e sustentáveis do metrô baiano Na Linha 2 do Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas, nove estações valorizam a utilização de recursos energéticos naturais adequados às condições climáticas brasileiras. As chamadas estações “típicas” são compostas por dez abóbadas metálicas alinhadas e sobrepostas que propiciam a entrada de luz e ar. Com isso, as luminárias das plataformas, mezaninos e acessos que possuem a iluminação natural permanecem desligadas parcial ou totalmente durante o dia, possibilitando uma economia de até 50% no consumo total de energia. Quando escurece, lâmpadas de LED garantem a iluminação plena com redução do consumo. A CCR Metrô Bahia também adota práticas sustentáveis voltadas para a economia de água. Todas as estações da Linha 2 estão adaptadas para captar água pluvial para uso nas descargas dos banheiros, com um potencial total de economia de água potável de 190 m³ – a capacidade de reserva de água do sistema. A água de chuva é captada, armazenada em reservatórios e distribuída para esses locais. Outra ação de destaque é o reaproveitamento de água na lavagem dos trens. A máquina lavadora automática de trens obedece a padrões mundiais de tecnologia e normas ambientais e tem como principal finalidade, recuperar, tratar e reutilizar aproximadamente 85% do total da água utilizada. A concessionária utiliza ainda arejadores econômicos para torneiras, monitoramento do consumo de água remoto através de telemetria, sensor nas escadas rolantes para redução de velocidade na ausência de usuários, entre outras ações. Em consonância com essas iniciativas, a CCR Metrô Bahia possui um trabalho de educação ambiental permanente que segue as diretrizes da política de sustentabilidade do Grupo CCR e visa a melhoria das comunidades onde atua. 
CCR Metrô Bahia 14/06/2023
Pregopontocom 20/06/2023

terça-feira, 20 de junho de 2023

Habitação e mobilidade são pontos de divergência no PDE de São Paulo

Urbanismo - Mobilidade   🏠 🚇

Especialistas e organizações criticam alterações feitas na Câmara. A alteração foi anunciada na segunda-feira (19) em coletiva de imprensa do presidente da Câmara dos Vereadores de São Paulo, Milton Leite (União).O Projeto de Lei do Plano Diretor Estratégico (PDE) da cidade de São Paulo segue para votação final na Câmara Municipal na próxima sexta-feira (23) 

Ludmilla Souza
Repórter da Agência Brasil
foto - Paulo Pinto/Ag. Brasil
O Projeto de Lei do Plano Diretor Estratégico (PDE) da cidade de São Paulo segue para votação final na Câmara Municipal na próxima sexta-feira (23). A previsão era de que a sessão ocorresse na quarta-feira (21). A alteração foi anunciada na segunda-feira (19) em coletiva de imprensa do presidente da Câmara dos Vereadores de São Paulo, Milton Leite (União). A Agência Brasil ouviu urbanistas, acadêmicos e representantes de movimentos sociais sobre as propostas em discussão. Habitação de interesse social, eixos do transporte público, verticalização, compensação de construtoras estão entre os pontos mais críticos. Eles avaliam que houve uma priorização das propostas dos setores empresariais em vez das demandas da sociedade civil. O Plano Diretor é um instrumento da política urbana, que deve ser elaborado com a participação da sociedade e que funciona como um pacto social. A lei organiza os espaços da cidade, a forma como ela vai se desenvolver e como será garantida qualidade de vida para toda a população. De acordo com o Estatuto das Cidades, a revisão da lei deve ser feita pelo menos a cada dez anos.

Cidade para quem?
Um dos pontos críticos destacados pela coordenadora de Urbanismo do Instituto Pólis, Margareth Uemura, é que o conteúdo da proposta não enfrenta o déficit habitacional da metrópole. Ela explica que, diferentemente do PDE de 2014, a revisão não prevê adensamento populacional nos eixos de transporte. “O adensamento populacional é ter mais pessoas próximas aos eixos de transportes urbanos. Essas unidades que estariam sendo produzidas nesses eixos de transporte deveriam atender ao menos uma parte desse déficit habitacional, ou seja, o PDE estava viabilizando uma diretriz para atendimento a essa população [de baixa renda]”. No PDE de 2014, ficou estabelecido, entre outras diretrizes, “promover o adensamento construtivo e populacional e a concentração de usos e atividades em áreas com transporte coletivo de média e alta capacidade instalado e planejado”. Margareth destaca, no entanto, que a diretriz não foi seguida. Segundo ela, desde 2014, alterações na lei permitiram, por exemplo, a construção de mais vagas de garagem nesses imóveis. “Com isso, o público com renda acima [a que era destinada os imóveis] se interessou. Inicialmente, uma das principais diretrizes do PDE era, além de ter um zoneamento especial de habitação de interesse social em algumas áreas, ter também a produção de habitação nesses eixos de transporte que possibilitasse que a população de menor renda morasse perto do transporte urbano, ou seja, gastasse menos tempo no seu deslocamento”. Habitação de Interesse Social (HIS) é aquela destinada ao atendimento habitacional das famílias de baixa renda, podendo ser de promoção pública ou privada. Na avaliação da co-fundadora do Instituto Perifa Sustentável, Gabriela Santos, a revisão do PDE incentiva ainda o uso de automóveis. “A proposta do prefeito [de São Paulo] Ricardo Nunes sugere o aumento das vagas de garagem em prédios, estimulando a cultura do automóvel, que vai no caminho oposto das cidades sustentáveis do mundo”, alerta a cientista social, ativista climática e mobilizadora em participação social periférica. O Perifa Sustentável é um grupo de jovens engajados na agenda climática e para o desenvolvimento sustentável e justo para o Brasil. “Esse PL [projeto de lei] aumenta o limite de adensamento da cidade, além de ampliar os raios de demolição e descaracterização dos miolos de quadra, não garante que a população de baixa renda seja atendida pelas unidades que serão construídas, bem como sobrecarregará a infraestrutura urbana [redes de abastecimento de água, esgoto e drenagem] e ampliará o tráfego nas vias da cidade”, complementa a professora Viviane Rubio, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Se aprovada, permitirá a construção de edifícios ainda mais altos no interior dos bairros.

Déficit habitacional
O urbanista Fernando Túlio, pesquisador da ETH Zurique (Suíça), aponta que há diferença entre o mercado popular de habitação e unidades de interesse social. “O PL 127/2023 estimula a construção de edifícios maiores, mas sem necessariamente garantir que eles sejam destinados para quem mais precisa, ou seja, a população que recebe até três salários mínimos, e que é a maior parte da demanda. Esses edifícios, na realidade, são para o mercado popular, e não para a Habitação de Interesse Social. Quem tem pouca ou nenhuma renda, não vai conseguir ter acesso a essas unidades”, explica o urbanista, que também é conselheiro do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) São Paulo, doutorando na FAU-USP e diretor do Instituto Zerocem. Movimentos e sociedade civil alertam sobre a modificação. “O Instituto Polis e outras entidades e movimentos de moradias destacaram que essa é uma correção a ser feita. Tanto o PL da prefeitura quanto o substitutivo agravam isso, amplia essa área [em que podem ser construídos prédios altos] sem destiná-la a essa população de baixa renda que deveria ter oportunidade de morar em áreas mais bem localizadas. Há um desvio [na revisão] do que é uma das diretrizes principais [do PDE]”, lamenta. Para Gabriela Santos, integrante do Instituto Perifa Sustentável, o PL mantém o racismo ambiental. “Ao privilegiar a especulação imobiliária, e não a participação popular, o prefeito coloca São Paulo à venda e não garante que as moradias dos bairros mais fartos de infraestrutura possam ser povoados por populações que há anos vem sendo empurradas para cada vez mais longe, simplesmente pelo fato de que não existem mecanismos para garantir o acesso dessa parcela da população ao mercado formal. Perpetua-se, assim, as desigualdades e o racismo ambiental, pois a maioria que vive em encostas de morro, beira de represas e rio é a população preta”. A Secretaria Municipal de Habitação informou que, de acordo com o Plano Municipal de Habitação (PMH), o déficit habitacional na capital paulista é estimado em 369 mil domicílios. Esse déficit é entendido como o número de moradias, sejam elas novas, reabilitadas ou que necessitam ser viabilizadas para o enfrentamento das condições de precariedade habitacional.

Mobilidade
Nos extremos da cidade, o deslocamento de casa para o trabalho consome mais de 1 hora, enquanto nos bairros do centro expandido, essas viagens podem ter duração inferior a 30 minutos, aponta o Mapa da Desigualdade 2022, da Rede Nossa São Paulo. Mobilidade e moradia estão vinculadas, observa a coordenadora do Instituto Polis. “Quando o PDE de 2014 deu como diretriz aproximar o morador dos meios de transporte, era justamente para melhorar a mobilidade urbana e diminuir a quantidade de carros circulando pela cidade, já que quem mora perto de transporte, como o metrô, não utiliza o carro para o deslocamento principal. Com essa verticalização excessiva, piora o trânsito, porque se o morador que está nesse imóvel não utiliza o transporte coletivo, e sim o carro, ele sobrecarrega o sistema viário e promove o trânsito onde não é necessário”. A opinião é compartilhada pela arquiteta e urbanista Paula Santoro. “Prejudica a cidade como um todo. A produção de moradia para as faixas mais altas tira o espaço de moradia das classes médias e baixas que vão morar mais longe, o que piora a nossa situação de mobilidade. Sem falar no fato de que a gente segue fazendo urbanismo para os carros, em uma cidade onde a gente tem um drama, uma mobilidade imóvel. A gente quase não consegue se mover nessa cidade”, disse. Paula é pesquisadora do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP) e da Faculdade Unida de São Paulo (Fausp) e coordenadora do LabCidade FAUUSP . O conselheiro do IAB Fernando Túlio recorda que o PDE original não ampliou os corredores de ônibus na maior capital do país. “O Plano Diretor de 2014 previa a construção de 150 km de corredores de ônibus até 2016, mas menos de 5% deles foram construídos até hoje. Isso impacta fortemente o dia a dia da população. São horas a mais no trânsito, mais poluição e mais acidentes”. A verticalização é outra questão que preocupa os especialistas. “A impressão que tenho é que a cidade será transformada em um paliteiro fantasma, pois os edifícios estão cada vez mais altos e as unidades cada vez menores”, disse a professora Viviane Rubio, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM). “Essa distorção deveria ser ajustada com a revisão, mas até aqui não se vê diretrizes para isso, ao contrário, quando o substitutivo é apresentado e aprovado, ampliando o adensamento para os miolos de quadras dos bairros, a tendência é a expulsão das famílias com menor poder aquisitivo para áreas mais distantes”, critica.

Zonas de concessão 
Na segunda-feira (19), o relator do texto, vereador Rodrigo Goulart (PSD), disse que seriam retiradas do projeto as “zonas de concessão”, territórios públicos que foram cedidos à iniciativa privada, como rodoviárias, e que, na versão aprovada na primeira votação, poderiam ter regras específicas para construções, diferentes da vizinhança. As chamadas “zonas de concessões” são áreas que poderão abrigar atividades que, “por suas características únicas, foram cessionadas ou estão com projetos para esse fim, e necessitem disciplina especial de uso e ocupação do solo”. “Quando se cria uma zona de concessão, o Poder Público abre mão de controlar o uso e a ocupação daquele espaço, o que é o contrário do que a Constituição determina, que municípios devem regrar sobre o uso e aplicação do solo. Espero que [as zonas de concessão] não sejam nem permitidas”, alerta a coordenadora do Instituto Pólis, Margareth Uemura. Para Paula Santoro, coordenadora do LabCidade, a concessão pode deixar áreas urbanas inacessíveis para a população. “E destrói a memória e a possibilidade de outras formas de vida e de morar, como, por exemplo, os territórios negros em áreas bem servidas de infraestrutura, ameaçados pela verticalização, e que exige uma substituição tanto de tipologia habitacional, como de população”. Paula lembra ainda de outras questões esquecidas na revisão do PDE. “Não fala de questões ambientais. Não se propõe a enfrentar as mudanças climáticas, que é uma agenda mundial, e ainda promove a verticalização em lugares, por exemplo, que alagam e não têm a mínima infraestrutura ambiental para suportar esse adensamento”. Na avaliação da professora Viviane Rubio, o substitutivo não contempla os objetivos de um Plano Diretor. “A Câmara Municipal tirou da ‘manga do colete’ um projeto de lei substitutivo, onde estão alteradas não só aqueles artigos já definidos após o debate público, mas algumas alterações que ferem os objetivos e diretrizes do PDE de 2014 que não estão em revisão, como se elaborassem outro plano”.

Outorga onerosa
A revisão do PDE cria ainda uma nova forma de pagamento da outorga onerosa, uma taxa paga pelas empreiteiras para construir acima do limite básico. A nova proposta é substituir o pagamento em dinheiro por obras de mobilidade, drenagem e habitação. Atualmente, os valores da outorga onerosa vão para o Fundo de Desenvolvimento Urbano de São Paulo (Fundurb), usado para investimentos da prefeitura em obras. Na opinião da Margareth Uemura, a fiscalização das obras realizadas ficará pendente. “Quando o recurso vai para o fundo, existe uma certa garantia de que o recurso está sendo discutido e destinado. Quando não se passa mais pelo Fundurb, começa a ter um espaço que é nebuloso, que não é mais transparente e democrático. E, se essa obra é feita no mesmo local onde o empreendimento é realizado, se sobrevaloriza o empreendimento que já ganhou valor”, alerta. O relator do projeto disse, na segunda-feira, que parte do texto já aprovado no âmbito do Fundo de Desenvolvimento Urbano (Fundurb) também será alterado.

Outro lado
Em nota enviada à Agência Brasil, a Câmara de Vereadores de São Paulo informou que, desde a chegada do projeto de lei da prefeitura, deu ampla transparência ao processo de revisão. “Foi criado um site exclusivo [saopaulo.sp.leg.br/revisaopde] e feitas mais de 50 audiências públicas para ouvir a população. O texto substitutivo, quando foi apresentado, também foi lido em plenário, publicado e está sendo debatido em outra série de audiências. Portanto, não há como negar que a Câmara está sendo extremamente transparente. Fato que corroborou com a decisão da Justiça de não paralisar o andamento dos trabalhos”, diz a nota. No fim de maio, uma ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público pediu estudos técnicos sobre a revisão do Plano Diretor de São Paulo e a suspensão temporária da tramitação da revisão do PDE. Os promotores sugeriram mais debate sobre as mudanças e que a Câmara Municipal suspendesse o trâmite do Projeto de Lei 127/2023 e de seu substitutivo. No entanto, a juíza Maricy Maraldi, da 10ª Vara da Fazenda Pública, indeferiu o pedido no dia 5 de junho. A juíza considera que o trâmite do projeto segue a lei. Quanto às críticas de urbanistas e entidades civis de que o texto atende aos interesses das corporações imobiliárias, a Câmara disse que ouviu vários setores. “A Câmara e a Comissão de Política Urbana entendem que o setor imobiliário é parte da sociedade e, portanto, também pode ser ouvido no processo de revisão. Inúmeras colaborações ao texto substitutivo vieram das audiências públicas e da sociedade, como a expansão do Parque Burle Marx, demanda popular de cerca de dez anos”. Além disso, diz a nota, “novidades como o Plano Municipal de Praças, a criação de dois Territórios de Interesse Cultural e da Paisagem, para preservação do bairro do Bexiga e também das nossas represas, e os incentivos para a Habitação de Interesse Social para famílias de baixa renda demonstram as muitas vozes que foram ouvidas durante o processo”. Já a Prefeitura de São Paulo informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não comentará o tema, uma vez que a discussão, no momento, está no âmbito do Legislativo.
Fonte - Agência Brasil 20/06/2023  


foto - Paulo Pinto/Ag.Brasil


domingo, 18 de junho de 2023

quinta-feira, 8 de junho de 2023

Desmatamento na Amazônia cai 31% de janeiro a maio

Meio ambiente - Ecologia  🌱🌳🌴

Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados nesta quarta-feira (7), e coletados a partir do Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), disponível na plataforma TerraBrasilis. Foram 1.986 quilômetros quadrados (km²) de área desmatada nos primeiros meses deste ano contra 2.867 km² de área desflorestada entre janeiro e maio de 2022.

Pedro Rafael Vilela 
Repórter da Agência Brasil
foto - ilustração/arquivo
O desmatamento caiu 31% na Amazônia Legal, no acumulado de janeiro a maio de 2023, na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados nesta quarta-feira (7), e coletados a partir do Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), disponível na plataforma TerraBrasilis. Foram 1.986 quilômetros quadrados (km²) de área desmatada nos primeiros meses deste ano contra 2.867 km² de área desflorestada entre janeiro e maio de 2022. Esse número representa uma reversão da tendência de desmatamento, que chegou a aumentar 54% no segundo semestre do ano passado. "O governo atual recepcionou [da gestão anterior] o desmatamento em alta na Amazônia, em uma faixa bastante importante. O dado que o Deter acaba de disponibilizar representa uma queda de 10% no mês de maio, comparado com o mês de maio do ano anterior. No acumulado de janeiro a maio deste ano, uma queda de 31% no desmatamento", destacou o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), João Paulo Capobianco, em coletiva de imprensa para detalhar os números. O sistema Deter é um levantamento rápido de alertas de evidências de alteração da cobertura florestal na Amazônia, feito pelo Inpe, como forma de orientar o trabalho de fiscalização ambiental. Ele não costuma ser usado para analisar períodos curtos, como comparativos mês a mês, por causa da alta volatilidade da cobertura de nuvens. Segundo informações do MMA, a maior parte do desmatamento, cerca de 46%, ocorreu em imóveis rurais com um registro público no Cadastro Ambiental Rural (CAR), em que o governo consegue identificar o responsável pela área, seja um proprietário ou posseiro em processo de regularização fundiária. Outros 21% da área desmatada foram em assentamentos rurais e 15% em áreas de florestas públicas não destinadas. Percentuais menores foram observados em unidades de conservação, terras indígenas e áreas de preservação permanente. Concentração De acordo com o governo federal, apenas 20 municípios da Amazônia Legal concentram 55% do desmatamento detectado de janeiro a maio. Lidera essa estatística o município de Feliz Natal (MT), com 8,8% do desmatamento, seguido de Apuí (AM) e Altamira (PA), com 6,8% e 4,9%, respectivamente. Ao todo, são oito municípios no Mato Grosso, seis no Amazonas, quatro no Pará, um em Rondônia e um em Roraima. Juntos, responderam por uma área desmatada de quase 2 mil km². "Uma boa parte do desmatamento da Amazônia é ilegal, não teve autorização", explica o presidente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho. O trabalho da autarquia nesse período resultou na aplicação de mais de R$ 2 bilhões em multas, um aumento de 179% em relação ao ano passado.
Segundo o presidente do Ibama, foram emitidos 7.196 autos de infração e mais de 2,2 mil fazendas, glebas ou lotes rurais foram embargados, ou seja, tiveram sua atividade proibida. "Estamos embargando preferencialmente nos municípios prioritários de desmatamento. A fronteira de desmatamento na Amazônia é grande, vai de Rondônia, Acre, sul do Amazonas, norte do Mato Grosso, além de Pará e Maranhão", acrescentou. Plano de combate Essa semana, o governo federal lançou a nova edição do Plano de Prevenção e Combate ao Desmatamento da Amazônia Legal (PPCDAm), que vinha sendo discutido desde o início do ano e foi submetido a consulta pública em abril, com mais de 500 sugestões recebidas. O documento estabelece mais de 130 metas a serem alcançadas até 2027, incluindo embargo de áreas desmatadas, suspensão de cadastros irregulares, aplicação de multas, contratação de pessoal, aumento da fiscalização de áreas, regularização fundiária, entre outros. O plano inclui também metas para estimular atividades produtivas sustentáveis, como criação de selos de agricultura familiar e bioeconomia, programas de manejo florestal e ecológico, inventivo ao etnoturismo na Amazônia, entre outros. Também há previsão de criação de novas unidades de conservação, destinação de florestas públicas federais e regularização de povos e comunidades tradicionais. Enquanto o desmatamento na Amazônia dá sinais de estar sendo contido este ano, no Cerrado, o segundo maior bioma do país, a situação é bem oposta. Os dados do Deter divulgados nesta quarta mostram aumento de 35% no desmatamento de janeiro a maio deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado.
Fonte - Agência Brasil 07/06/2023  


Desmatamento na Amazônia cai 31% de janeiro a maio - TerraBrasilis



segunda-feira, 5 de junho de 2023

Transporte público da cidade de São Paulo perdeu 30% dos passageiros

Mobilidade - Transporte público  🚍

SP: transporte público da capital perdeu 30% dos passageiros - A queda na quantidade de passageiros foi acentuada no período da pandemia de covid-19, a partir de 2020. No entanto a redução já era visível no período anterior, de 2013 (2,9 bilhões de passageiros transportados) a 2019 (2,6 bilhões), período em que caiu 9,8% e a população da cidade aumentou 3,6%.

Bruno Bocchini 
Repórter da Agência Brasil
foto - ilustração//Pregopontocom
O sistema coletivo público de transporte da capital paulista perdeu 30% ou quase um terço de seus passageiros nos últimos 10 anos. Em 2013, o sistema transportou 2,9 bilhões de passageiros, número que caiu para 2,04 bilhões em 2022. No mesmo período, a população da cidade aumentou 3,2%, de 11,8 bilhões de pessoas para 12,2 bilhões. A queda na quantidade de passageiros foi acentuada no período da pandemia de covid-19, a partir de 2020. No entanto a redução já era visível no período anterior, de 2013 (2,9 bilhões de passageiros transportados) a 2019 (2,6 bilhões), período em que caiu 9,8% e a população da cidade aumentou 3,6%. Os dados são do pesquisador Daniel Santini, baseados em informações da prefeitura de São Paulo. “Caiu 1 bilhão de viagens, eram 3 bilhões por ano, em 2013; em 2012, são 2 bilhões. Nosso sistema encolheu em um terço. Se a gente passar por mais 20 anos assim, ele desaparece”, destaca Santini, que desenvolve pesquisa na Universidade de São Paulo (USP) sobre políticas públicas de tarifa zero. “Não é só a covid-19 [que causou a queda no número de viagens], a gente tem uma crise em curso, há uma linha de tendência, mesmo antes da covid. De 2013 a 2019, São Paulo já tinha perdido cerca de 10% do número de passageiros, o que é muita coisa; e de 2013 até 2023, perdeu 30%”, ressalta o pesquisador, que também é autor do livro Passe Livre: as Possibilidades da Tarifa Zero contra a Distopia da Uberização, e coorganizador do livro Mobilidade Antirracista. Segundo Santini, o encolhimento das viagens no transporte público da cidade de São Paulo é representativo do que está ocorrendo nas demais cidades do país. Ele afirma que a forma de financiamento do sistema, baseada na cobrança de passagens nas catracas, cada vez mais caras, está se esgotando, e precisa ser repensada. “Com esse encolhimento, torna-se mais difícil o equilíbrio financeiro a partir da receita da catraca. Para equilibrar, você tem que aumentar a passagem; o aumento da passagem torna o sistema mais excludente, e o desequilíbrio se aumenta porque você tem a redução do número de passageiros”. De acordo com o pesquisador, outra forma que tem sido adotada para enfrentar o problema da diminuição do número de passageiros é redução da quantidade de ônibus nas ruas. “Se você não quer aumentar a passagem, o que que você faz? Você reduz a frota circulante; mas reduzindo a frota circulante, menos gente vai usar o ônibus e, de novo, você tem o mesmo problema”. O engenheiro Lúcio Gregori, secretário de transportes da gestão de Luiza Erundina na prefeitura (1989-1993) e elaborador do Projeto Tarifa Zero em São Paulo, afirma que, com as seguidas elevações no preço das tarifas do transporte, parte da população deixou de ter condição financeira de se locomover pelo transporte público. “[A diminuição das viagens é decorrência] de reajustes de tarifas cada vez maiores; por exemplo, em função do aumento do preço de combustíveis. Mas no geral, a questão é tarifária. Quer dizer, a tarifa foi aumentando numa proporção que os usuários foram perdendo as condições de pagá-la e foram deixando de usar o transporte coletivo. Fundamentalmente é isso”. A diminuição das viagens no transporte público urbano pode ser constatada também em nível nacional, a partir dos números da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU). Os dados consideram as viagens mensais nas capitais Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Tomando o mês de abril como referência, foram feitas, em 2013, 381,1 milhões de viagens, ante 282,7 milhões em abril de 2019 (antes da pandemia de covid-19), e 202,9 milhões, em 2021. Em 2020, no auge do isolamento sanitário, foram apenas 92,4 milhões de viagens, o que gerou forte crise no sistema de transporte dependente da tarifa paga nas catracas. “A pandemia trouxe à tona aquilo que os especialistas, os operadores, os técnicos mais envolvidos com essa questão vinham dizendo há muito tempo: esse serviço vem caindo de produção, a qualidade vem diminuindo, e os custos vêm aumentando significativamente. Não há mais como repassar o custo da produção do serviço inteiramente para o passageiro. O passageiro não tem condição de pagar mais isso”, afirma o presidente executivo da NTU, Francisco Christovam.

Tarifa zero como solução
De acordo com o levantamento do pesquisador Daniel Santini, 72 municípios no país já adotam a tarifa zero plena no transporte público, ou seja, o passe livre que abrange todo o sistema durante todos os dias da semana. Segundo os dados, em 2013 eram 17 municípios no país com a tarifa zero; em 2019 (antes da pandemia de covid-19), 31; e em 2023, são 72 cidades, mostrando que a evolução pós-pandemia foi mais acelerada. “As empresas passaram a defender a tarifa zero porque o modelo baseado na receita da catraca não se sustenta mais. E não é só esse fator a ser considerado, tem o eleitoral, tarifa zero dá votos”, destaca Santini. “Isso quer dizer que a pressão das ruas não influenciou o processo? Muito pelo contrário. A pressão das ruas e junho de 2013 foram importantíssimos para a consolidar a ideia de mobilidade como direito”, acrescenta. O pesquisador lembra que a pressão das ruas foi fundamental para aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 74, de 2013, promulgada como Emenda Constitucional 90, de 2015. A emenda, sugerida pela deputada federal Luiza Erundina, então no PSB e atualmente no PSOL, elevou o transporte a direito social que deve ser garantido pelo Estado. “Essa é a base legal principal para a gente ter a perspectiva de, assim como a educação e a saúde, podermos batalhar por transporte com acesso gratuito universal”, destaca o pesquisador. No último mês de maio, a mesma deputada apresentou, junto com outros parlamentares, especialistas e sociedade civil organizada, a PEC da Tarifa Zero, que regulamenta o direito ao transporte e tem o objetivo de garantir a gratuidade no sistema público de transporte, viabilizado por meio da Contribuição pelo Uso do Sistema Viários (ConUSV). A aprovação da PEC é necessária para que os municípios possam implementar a contribuição, já que qualquer nova taxa municipal precisa ser autorizada pelo Congresso Nacional. Gregori, que elaborou a ConUSV para Erundina, explica que a contribuição é uma possibilidade de fonte nova de recursos para transformar em realidade a tarifa zero. “É uma contribuição calculada a partir do tamanho do veículo, frente versus profundidade do veículo, multiplicado pela potência do motor porque quanto mais potente, em tese, mais poluidor é o carro”. De acordo com o engenheiro, feita essa conta, os carros seriam classificados em três níveis: grande, médio e pequeno, e uma contribuição diferente para cada um desses tamanhos seria cobrada. “Eu fiz uma hipótese de cobrar R$ 3,50 por dia, do grande; R$ 2,50, por dia, do médio, e R$ 1, por dia, para o carro pequeno. Apliquei esses valores à frota de veículos da cidade de São Paulo de 2019. A receita obtida foi de US$ 6,5 bilhões, o que cria condições de sobra para implementar a tarifa zero”. Outra proposta de financiamento levantada por Gregori é a utilização do Vale Transporte, já pago pelos empregadores, para financiar o sistema. “O Vale Transporte, tal como é hoje, é burro, porque a partir de um certo valor de salário você não quer ter o desconto, porque o desconto que é dado no salário é maior do que o custo da passagem de transporte coletivo. Então, se propõe a fazer um valor único”.
Fonte - Agência Brasil 05/06/2023

Ferry-Boat opera com 5 embarcações na travessia Salvador/Itaparica nesta segunda 05/2023

Travessia marítima - Transporte hidroviário 🚢 

Nesta segunda-feira, as embarcações à disposição da operação são: Zumbi dos Palmares, Rio Paraguaçu, Anna Nery, Maria Bethânia e Pinheiro. O movimento é tranquilo para veículos e passageiros nos terminais São Joaquim e Bom Despacho.

Da Redação
foto - ilustração/arquivo
A ITS, administradora e operadora do sistema Ferry-Boat na travessia marítima entre Salvador e a ilha de Itaparica, informa que o serviço funciona nos horários regulares, com saídas de hora em hora: de segunda a sábado das 5h às 23h30. Aos domingos e feriados, das 6h às 23h30. Nesta segunda-feira, as embarcações à disposição da operação são: Zumbi dos Palmares, Rio Paraguaçu, Anna Nery, Maria Bethânia e Pinheiro. O movimento é tranquilo para veículos e passageiros nos terminais São Joaquim e Bom Despacho.

Veículos pesados
No sentido terminal São Joaquim para Bom Despacho, a suspensão de embarque de caminhões permanece válida das 5h das sextas-feiras até às 15h dos sábados, como também das 5h de vésperas de feriados até às 5h do dia posterior ao seu retorno. No sentido terminal Bom Despacho para São Joaquim, a suspensão é válida das 5h dos domingos até às 5h da segunda-feira, como também das 5h do dia posterior ao feriado até às 5h do dia seguinte. Veículos pesados transportando alimentos e também pacientes em tratamento fora do domicílio, poderão embarcar normalmente no período de restrição.

Hora Marcada
Para verificar a disponibilidade de vagas do serviço exclusivo de veículos, é necessário acessar o site www.internacionaltravessias.com.br. As passagens são disponibilizadas no site com 30 dias de antecedência.

Filômetro
Os clientes podem consultar o movimento nas filas do sistema Ferry-Boat através do site da Concessionária, na aba filômetro. O fluxo é atualizado diariamente, após cada embarque: www.internacionaltravessias.com.br/filometro/.
Pregopontocom 05/06/2023