sábado, 19 de outubro de 2019

Flica 2019 já vai começar em Cachoeira BA

Cultura & Turismo  🎼  📖 

A Flica,Festa Literária Internacional de Cachoeira no Recôncavo Baiano, será realizada de 24 a 27 de outubro, com grandes nomes nacionais e internacionais e uma programação variada, que agrada adultos e crianças, incluindo debates literários, exposições, apresentações artísticas, contações de histórias, entre outros.

Da Redação
Foto/Divulgação
Falta pouco para a cidade de Cachoeira, no Recôncavo Baiano, ser tomada pela literatura. Apresentada pelo Governo do Estado, a Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) será realizada de 24 a 27 de outubro, com grandes nomes nacionais e internacionais e uma programação variada, que agrada adultos e crianças, incluindo debates literários, exposições, apresentações artísticas, contações de histórias, entre outros.
“Onde tem turismo, tem cultura e educação. Ter este evento em Cachoeira, uma cidade tombada, de história secular, é valorizar o nosso estado, os nossos ideais e esse povo que fazem a Bahia ser um estado tão plural e diverso”, afirma o secretário de Turismo do Estado, Fausto Franco. Para quem ainda não se programou, preparamos dicas de como chegar, onde comer e o que fazer em Cachoeira.

Como chegar
De carro: de Salvador, há duas opções de rotas para chegar a Cachoeira. Pelo caminho mais utilizado, o motorista deve seguir cerca de 59 quilômetros pela BR-324 até chegar ao entroncamento da BA-026, que dá acesso a Santo Amaro, município vizinho a Cachoeira. Do entroncamento até Santo Amaro são 11 quilômetros e, de lá, até a cidade da Flica são 40 quilômetros.
Outra alternativa para chegar a Cachoeira é seguir pela BR-324, passando pela cidade de Amélia Rodrigues e pelo entroncamento de Conceição do Jacuípe, até a entrada da BR-101, onde o motorista vai pegar a rodovia até o entroncamento do povoado de Capoeiruçu. Esse percurso é de, em média, 30 quilômetros. De lá, desce direto, cerca 5 quilômetros, pelo vale até Cachoeira.
De ônibus: saindo de Salvador, a empresa de transporte Santana oferece diversos horários. Da rodoviária de Salvador, há coletivos que vão direto para Cachoeira. O tempo de viagem pode aumentar por conta das paradas para embarque e desembarque de passageiros durante o percurso. O valor por trecho é de R$ 27.
Além dos ônibus que vão direto para a cidade da Flica, os passageiros têm como opção os transportes que seguem para municípios vizinhos, como Cabaceiras do Paraguaçu, São Félix e Maragojipe. Os ônibus passam por Cachoeira antes de chegar ao destino final.

Onde comer
A maior parte do setor gastronômico de Cachoeira vai funcionar durante a Flica 2019.

O que fazer
Em 1971, Cachoeira foi tombado pelo Instituto do Patrimônio e Histórico Artístico Nacional (IPHAN) e passou a ser considerada Monumento Nacional. Depois de Salvador, é a localidade baiana que reúne o mais importante acervo arquitetônico no estilo barroco. Um verdadeiro deleite para os visitantes que não dispensam passeios culturais.
Conhecida pelo famoso licor, bebida típica do São João, Cachoeira também possui diversos atrativos turísticos. Entre os destaques estão os casarões dos séculos XVIII e XIX. Há também as igrejas de Nosso Senhor Santo Amaro, Ordem Terceira do Carmo e Nossa Senhora do Rosário, que são paradas certas no roteiro.
Outras opções são a visita ao Museu Hansen Bahia e os passeios de barco, que duram cerca de 40 minutos. A ponte sobre o rio Paraguaçu, que divide Cachoeira de São Félix, é mais uma atração. Por lá, é possível conhecer também a fábrica de charutos, ligada ao Centro Cultural Dannemann.
Está pensando que a cidade não tem uma atração que leva seu nome? Os visitantes podem ir na Cachoeira da Lavada, conhecida como ‘Poço da Mãe d’Água’, além das cachoeiras do Japonês, do Saco e da Murutuba. Para mais informações sobre locais de visitação e passeios por Cachoeira e região, basta entrar em contato com o Posto de Informações Turísticas do município (Secretaria de Cultura e Turismo), localizado na esquina da Praça da Aclamação.
Com informações da Secom BA  18/10/2019

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

ViaMobilidade firma parceria com serviço de compartilhamentos de patinetes elétricos

Mobilidade  🚇 🚲

Iniciativa inédita, de compartilhamento de patinetes elétricos,promoverá intermodalidade aos passageiros da Linha 5-Lilás, com integração de metrô a bicicletas e patinetes.A partir de dezembro, a SCOO (empresa de serviço de compartilhamento de patinetes elétricos) irá dispor de locais em todas as estações da Linha 5-Lilás.

ViaMobilidade
ANPTrilhos
A ViaMobilidade, concessionária responsável pela operação e manutenção da Linha 5-Lilás de metrô de São Paulo, e a SCOO, empresa de serviço de compartilhamento de patinetes elétricos, acabam de firmar uma parceria inédita e exclusiva ao unir a expertise das empresas para o transporte de passageiros que se torna um case mundial de intermodalidade.
A partir de dezembro, a SCOO irá dispor de locais em todas as estações da Linha 5-Lilás com patinetes e bicicletas. Trata-se da primeira iniciativa no Brasil que integrará metrô, bicicletas e patinetes que valoriza a mobilidade ativa e promove mais comodidade e praticidade ao paulistano.
A Linha 5-Lilás transporta cerca de 600 mil passageiros por dia útil, é composta por 17 estações e atende a Zona Sul de São Paulo, de Capão Redondo a Chácara Klabin. Ela se integra ao Metrô na Estação Santa Cruz (Linha 1-Azul) e na Estação Chácara Klabin (Linha 2-Verde) e à CPTM (Linha 9-Esmeralda) na Estação Santo Amaro.
Fonte - ANPTrilhos  17/10/2019

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Congresso deve barrar tragédia de Alcântara

Ponto de Vista  🔍 🚀

A tragédia de Alcântara, como ficou conhecido o acidente que ocorreu em 22 de agosto de 2013, no Centro de Lançamento e matou 11 cientistas espaciais, não permite o tolhimento de um patrimônio nacional estratégico tão necessário para o nosso futuro.Discutir esse projeto é prioritário. O espaço é importante para o Brasil, tanto estrategicamente quanto como uma oportunidade colossal para o nosso desenvolvimento tecnológico. 

Portogente
Agência Brasil/Min.da Defesa
A soberania brasileira não tem nenhuma vantagem e ficará vulnerável com o “Acordo de Salvaguardas Tecnológicas” para o uso comercial da base militar do Centro Espacial de Alcântara, no Maranhão, firmado entre o Brasíl e os Estados Unidos. A tragédia de Alcântara, como ficou conhecido o acidente que ocorreu em 22 de agosto de 2013, no Centro de Lançamento e matou 11 cientistas espaciais, não permite o tolhimento de um patrimônio nacional estratégico tão necessário para o nosso futuro.
Como é fácil verificar, além dos dois tradicionais (Estados Unidos e Rússia) China, Índia e Europa obtiveram ganhos muito relevantes nesse negócio, nos últimos anos. E muitos outros países vêm investindo nesses programas. Para entrar nessa corrida, o Brasil precisa dominar o lançamento de foguetes. E, para isso, ainda conta com uma excelente vantagem competitiva, por ter o seu centro de lançamento próximo ao Equador, uma das condições mais favoráveis do mundo.
Essa posição geográfica estratégica do Centro de Lançamento de Alcântara faz dele uma das melhores bases de foguetes do Planeta. Como nessa área a velocidade da Terra é maior, economiza-se até 30% de combustível. Daí o interesse da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa), dos Estados Unidos, em lançar seus foguetes da base brasileira. Entretanto, tratando-se de projetos que envolvem a segurança nacional americana, ocorrendo essa parceria, o Brasil perde definitivamente o controle da base. Alguém duvida?
Discutir esse projeto é prioritário. O espaço é importante para o Brasil, tanto estrategicamente quanto como uma oportunidade colossal para o nosso desenvolvimento tecnológico. Tecnologia espacial e sua infraestrutura, serviços e dados são fatores necessários para enfrentar as grandes preocupações globais, como mudanças climáticas, mobilidade, segurança energética e tantas outras. Cada vez mais a vida na Terra irá depender de informações fornecidas pelo espaço.
O País vive um momento de acomodação política desfavorável a uma decisão dessa ordem coloca em jogo a soberania nacional. E para dar estrutura operacional segura a projeto tão arrojado, convém ser priorizada a instalação de uma base naval para mais uma esquadra da Marinha do Brasil em São Luís do Maranhão.
Fonte - Portogente   17/10/2019

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Movimento Pró VLT de Cuiabá terá uma audiência com o secretário Nacional de Mobilidade

Transportes sobre trilhos  🚄

Para o coordenador do movimento, Vicente Vuolo, “a expectativa para o encontro é grande. Existe uma pressão da sociedade pela conclusão imediata das obras do VLT. São várias entidades que estão apoiando o Movimento VLT

Direto de Brasília
foto - ilustração/arquivo
Na próxima segunda-feira, dia 21, às 15h, o Movimento Pró VLT terá uma audiência com o secretário Nacional de Mobilidade, José Lindoso de Albuquerque, para entregar o “Memorial do Movimento Pró VLT”. O documento, contendo 50 páginas, possui os registros de todas ações do movimento, bem como publicações acompanhadas pela imprensa sobre o tema.
Para o coordenador do movimento, Vicente Vuolo, “a expectativa para o encontro é grande. Existe uma pressão da sociedade pela conclusão imediata das obras do VLT. São várias entidades que estão apoiando o Movimento VLT, como Rotary Club de Cuiabá, CDL Cuiabá, CDL Várzea Grande, Federação Matogrossense de Associação de Moradores de bairros, Fecomércio, Senac, Sesc, Maçonaria, Rádios Comunitárias, Câmaras Municipais de Várzea Grande e Cuiabá, Prefeituras de Várzea Grande e Cuiabá, Deputados Estaduais, Federais, Senadores”, afirma Vuolo.
A ABIFER e o SIMEFRE apoiam o movimento e serão representados na audiência por Vicente Abate, presidente da ABIFER e Paschoal De Mario, diretor do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários (SIMEFRE).
Fonte - Abifer  15/10/2019

Salvador recebe primeiro navio de Cruzeiro da temporada 2019/2020 nesta quinta

Turismo  🚢

A embarcação portuguesa de luxo,World Explorer, aporta com 137 passageiros, que permanecerão na cidade até a partida rumo a Búzios, às 20h.De acordo com dados da Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba), a previsão é de que Salvador receba 63 escalas de navios durante a temporada (até abril), e mais de 176 mil visitantes.

Da Redação
foto - ilustração/arquivo
A temporada de cruzeiros marítimos em Salvador será aberta nesta quinta-feira (17), com a chegada do navio World Explorer, às 14h, no porto da capital baiana. A embarcação portuguesa de luxo aporta com 137 passageiros, que permanecerão na cidade até a partida rumo a Búzios, às 20h. O receptivo aos visitantes, a ser realizado pela Secretaria do Turismo da Bahia, contará com apresentações de capoeira.
De acordo com dados da Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba), a previsão é de que Salvador receba 63 escalas de navios durante a temporada (até abril), e mais de 176 mil visitantes. O número é referente à capacidade das embarcações programadas para passar pela cidade. O incremento calculado em relação à temporada anterior é de 10%.
A chegada de turistas de cruzeiros marítimos em terras baianas se intensifica em novembro, quando estão previstas sete paradas de embarcações, dentre elas Viking Sun e os MSC Fantasia e Música. No período são esperados mais de 14 mil passageiros.
Ainda de acordo com as informações disponibilizadas pela Codeba, dezembro será o mês de maior movimentação. São esperados cerca de 47 mil visitantes vindos em 10 navios, que farão um total de 15 escalas em Salvador. Neste mês, somente o MSC Seaview, com capacidade para 5.210 passageiros, atracará na capital baiana quatro vezes. Para saber a programação completa dos cruzeiros marítimos basta acessar www.codeba.com.br.
Com informações da Secom BA  15/10/2019

Prefeitura do Rio e VLT Carioca fecham acordo para a inauguração da Linha 3

Transportes sobre trilhos  🚄

Como parte do acordo, a partir do próximo mês, um grupo de trabalho formado por técnicos da prefeitura e da concessionária se reunirá uma vez por semana, durante dez meses, para ajustar todas as questões contratuais.A Linha 3 do VLT Carioca liga a Central do Brasil ao Aeroporto Santos Dumont e conta com 10 paradas, sendo três novas

VLT Carioca
ANPTrilhos
A Concessionária do VLT Carioca e a Prefeitura do Rio firmaram um acordo que permite a inauguração da Linha 3. O novo trecho entra em operação até o início de novembro para completar o sistema e beneficiar usuários e comerciantes da região.
Como parte do acordo, a partir do próximo mês, um grupo de trabalho formado por técnicos da prefeitura e da concessionária se reunirá uma vez por semana, durante dez meses, para ajustar todas as questões contratuais.
A Linha 3 do VLT Carioca liga a Central do Brasil ao Aeroporto Santos Dumont e conta com 10 paradas, sendo três novas: Cristiano Ottoni-Pequena África (na praça de mesmo nome, também na região da Central), Camerino-Rosas Negras (na Marechal Floriano, próxima à rua de mesmo nome) e Santa Rita-Pretos Novos (também na Marechal Floriano, à altura da igreja homônima). Os nomes contam com homenagens a ícones da cultura africana, batizados em consenso com o Iphan e entidades do movimento negro e sociedade civil.
Em três anos de operação, o VLT Carioca ultrapassou a marca de 50 milhões de passageiros transportados e a expectativa com a nova linha é que, já nos primeiros meses, o total de passageiros ultrapasse a marca de 100 mil usuários por dia útil.
Fonte - ANPTrilhos   15/10/2019

terça-feira, 15 de outubro de 2019

Ferrovia é alternativa contra poluição do ar nas cidades

Transportes sobre trilhos  🚄

Para se ter uma ideia, os transportes correspondem a 25% dos gases de co2 emitidos no mundo. Deste número, os carros leves lideram com 45% do volume emitido. em seguida, aparecem os caminhões, responsáveis por 21% das emissões de co2, os aviões e navios, ambos com 11% das emissões, ônibus e micro-ônibus representam 5%, triciclos e motocicletas 4% e os trens figuram com apenas 3%.

CBTU
foto - ilustração/arquivo
O transporte ferroviário é uma forma cidadã e inteligente de se locomover pelas grandes cidades. Automóveis, caminhões e ônibus são responsáveis por grande parte da poluição do ar nos centros urbanos, gerando crescente desequilíbrio do meio ambiente e também impactando na qualidade de vida e saúde da população.
Para se ter uma ideia, os transportes correspondem a 25% dos gases de co2 emitidos no mundo. Deste número, os carros leves lideram com 45% do volume emitido. em seguida, aparecem os caminhões, responsáveis por 21% das emissões de co2, os aviões e navios, ambos com 11% das emissões, ônibus e micro-ônibus representam 5%, triciclos e motocicletas 4% e os trens figuram com apenas 3%.
Um VLT, por exemplo, comporta em média 600 pessoas, mesma quantidade da lotação de 10 ônibus ou de pelo menos 150 carros. A CBTU possui VLTs em quatro capitais nordestinas, Recife, Natal, João Pessoa e Maceió.
Já os Trens de Unidade Elétrica (TUEs), existentes nos sistemas da Companhia no Recife e Belo Horizonte,carregam até 1300 pessoas, equivalente à 325 carros e 22 ônibus.
Fonte - CBTU  14/10/2019

CBTU

Simpósio internacional aborda estratégias necessárias para um trânsito seguro na Bahia

Transito  🚗  🚚  🚌  🚲  🚶

O evento é gratuito, de acesso público e acontece no auditório jornalista Jorge Calmon, na Assembleia Legislativa da Bahia. As inscrições serão feitas no local. Na oportunidade, serão apresentadas experiências exitosas nacionais e internacionais, cujos elementos farão parte do plano estadual para redução das mortes e lesões por acidentes de trânsito, sobretudo, motocicletas, a ser apresentado ainda este ano.

Seinfra BA
foto - ilustração/arquivo
Cerca de 40% das internações hospitalares na Bahia são decorrentes de acidentes de trânsito, sobretudo, envolvendo motocicletas. O total de óbitos nos últimos dez anos também impressiona: de 2009 a 2018 foram registradas 24.479 mortes em acidentes de trânsito, número superior a população de 287 cidades baianas, como Laje, Uauá e Coração de Maria. Somente em 2019, já foram registrados 1.481 óbitos.
Tendo em vista que os acidentes de trânsito podem ser uma ocorrência cotidiana, mas os óbitos são previsíveis e evitáveis, a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS), que atua como braço da Organização Mundial da Saúde (OMS) para as Américas, e a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) promovem, no dia 15 de outubro, a partir das 8h30, o Simpósio Internacional Trânsito Seguro. O evento é gratuito, de acesso público e acontece no auditório jornalista Jorge Calmon, na Assembleia Legislativa da Bahia. As inscrições serão feitas no local. Na oportunidade, serão apresentadas experiências exitosas nacionais e internacionais, cujos elementos farão parte do plano estadual para redução das mortes e lesões por acidentes de trânsito, sobretudo, motocicletas, a ser apresentado ainda este ano.
O evento contará com palestrantes internacionais, como a chefe da representação da OPAS/OMS no Brasil, Socorro Gross, e do diretor do Consejo Nacional de Seguridad Vial da Costa Rica, Carlos Contreras-Montoya. Em nível nacional, estarão presentes a presidente da Associação Nacional de Detrans, Larissa Britto, o diretor da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde, Eduardo Macário, e o comandante da operação Lei Seca em Pernambuco, major da PM André Felipe Gondim. Todos eles terão um ponto em comum: o enfrentamento dos acidentes com motos.
De acordo com o secretário da Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, "os acidentes de moto representam hoje o maior e mais grave problema de saúde pública do estado, tendo em vista os elevados custos econômicos e sociais, além da elevada taxa de ocupação de leitos hospitalares, visto que são pacientes politraumatizados", afirma.
Ainda de acordo com o secretário, é preciso uma atitude conjunta de governos e organizações da sociedade civil para montar um plano de enfrentamento desse grave problema. "Aqui na Bahia, a Secretaria Estadual da Saúde tem promovido reuniões entre diferentes órgãos e secretarias estaduais e municipais, cujas deliberações irão compor o plano estadual de combate aos acidentes de moto", ressalta.
Além da Sesab, participam do Comitê Estadual de Segurança Viária as secretarias estaduais de Educação (SEC), Comunicação (Secom), Segurança Pública (SSP) e Infraestrutura (Seinfra), bem como o Detran, o Conselho Estadual dos Secretários Municipais de Saúde (Cosems) e a União dos Municípios da Bahia (UPB).

Plano estadualO plano estadual trará um pacote de medidas técnicas para a segurança no trânsito que dizem respeito à gestão da velocidade, à concepção da infraestrutura, à segurança dos veículos, à legislação e seu cumprimento, ao atendimento de emergência após acidentes e à liderança na segurança no trânsito.
Dentre o rol de intervenções baseadas em evidências científicas, apura-se que um corte de 5% na velocidade média pode resultar em uma redução de 30% no número de acidentes de trânsito fatais.
Quanto maior a velocidade média do trânsito, maior a probabilidade de um acidente. Por exemplo, um aumento de 1 km/h na velocidade veicular média resulta em um aumento de 3% na incidência de colisões que resultam em lesões e em um aumento de 4% a 5% na incidência de acidentes fatais.
Quanto maior a velocidade, mais longa é a distância de frenagem e, em consequência, maior é o risco de um acidente de trânsito. Com uma velocidade de 80 km/h em pista seca, são necessários em torno de 22 metros (a distância percorrida durante um tempo de reação de aproximadamente 1 segundo) para reagir e um total de 57 metros para conseguir parar o veículo completamente. É maior a probabilidade de os condutores jovens e os do sexo masculino dirigir em velocidade excessiva. Outros fatores que podem influenciar a velocidade são o álcool, o traçado da via, a densidade do trânsito e as condições meteorológicas.

Notificação compulsória
A Bahia foi o primeiro estado do Brasil a incluir os acidentes de trânsito na lista de doenças de notificação compulsória (obrigatória), para interesse de saúde pública. A portaria, assinada pelo secretário estadual da Saúde, foi publicada em 10 de novembro de 2017, no Diário Oficial do Estado, e busca aperfeiçoar as estatísticas do setor e avançar no mapeamento das localidades e zonas de maior incidência.
De 1º de janeiro a 8 de outubro desse ano foram registrados 16.822 vítimas de acidentes de trânsito, o que dá uma média superior a 59 casos por dia.
De acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), o perfil das vítimas são, em sua maioria, homens (75,1%) com idades entre 20 e 39 anos (57,1%).

Custos
No Brasil, estimativas conservadoras calculam em cerca de R$ 50 bilhões ao ano os gastos com os acidentes, incluindo atendimento médico-hospitalar, seguros de veículos, danos a infraestruturas, perda ou roubo de cargas, entre outras despesas.
É preciso lembrar que existem outros custos envolvidos neste contexto, como o do absenteísmo por doença (falta do trabalhar por atestado ou licença-saúde), com auxílios doença e tudo o mais que o País tenha investido no indivíduo que veio a óbito ou que ficou inválido em idade produtiva. Mais grave do que toda essa matemática, porém, são as sequelas físicas e emocionais - muitas vezes irreversíveis - que cada um destes acidentes deixa na vida das pessoas.
Na Bahia, entre 1º de janeiro de 2015 e 4 de outubro de 2019, as despesas somente com internação hospitalar consumiram R$ 50 milhões ao Sistema Único de Saúde (SUS). Vale ressaltar que este montante não contabiliza medicamentos, fisioterapias, órteses e próteses, o que multiplicaria este valor em mais de dez vezes.

ServiçoEvento: Simpósio Internacional Trânsito Seguro
Onde: auditório jornalista Jorge Calmon, na Assembleia Legislativa da Bahia
Quando: 15 de outubro, a partir das 8h30
Entrada gratuita. Inscrições no local.
Com informações da Seinfra BA  14/10/2019

O maior desastre ambiental

Meio ambiente    🐢 🐣

Fotos aqui e ali de manchas de óleo que já chegaram em 140 praias do Nordeste são apenas uma pequena amostra do desastre que atinge o litoral nordestino e cujo impacto será sentido por décadas, com danos incalculáveis à natureza e à economia regional.Seja qual for a origem do acidente – esvaziamento de tanques de navios com petróleo da Venezuela ou mesmo um atentado –, o fato é que o país exibe monumental fragilidade na fiscalização de seu mar territorial.

Gaudêncio Torquato* - Portogente
Gaudêncio Torquato
O maior acidente ambiental no litoral brasileiro em termos de extensão parece passar ao largo de nossas consciências. Fotos aqui e ali de manchas de óleo que já chegaram em 140 praias do Nordeste são apenas uma pequena amostra do desastre que atinge o litoral nordestino e cujo impacto será sentido por décadas, com danos incalculáveis à natureza e à economia regional.
Seja qual for a origem do acidente – esvaziamento de tanques de navios com petróleo da Venezuela ou mesmo um atentado –, o fato é que o país exibe monumental fragilidade na fiscalização de seu mar territorial.
O Brasil controla, oficialmente, um território marítimo de 3,6 milhões de km2– área maior do que as Regiões Nordeste, Sudeste e Sul juntas. Nesse espaço de mar, denominado Zona Econômica Exclusiva (ZEE), o país monitora e orienta o tráfego de embarcações e tem direito exclusivo de pesquisa e exploração comercial dos recursos existentes na água e no subsolo (petróleo, gás natural, frutos do mar etc.), até uma distância de 370 km (200 milhas náuticas), a partir não só do continente, mas de suas ilhas.
Aliás, o país pode explorar uma faixa de quase 400 km de largura ao longo dos seus 7.500 km de litoral, tendo exclusividade sobre áreas localizadas a até 1.500 km do continente graças a pequenas porções de terra, como o arquipélago de Trindade e Martim Vaz, que nos pertencem.
Afinal, o que teria ocorrido? Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura, especialista em matéria de petróleo, aventa a possibilidade de vazamento de um navio petroleiro de passagem na rota entre o sul do Caribe e a Ásia – que corre ao longo da costa nordestina. Possivelmente um cargueiro limpando os tanques para carregar óleo novo na Venezuela. Pescadores explicam que o óleo vazado é velho, borra parecendo plástico, enquanto o petróleo quando novo é oleoso.
Ora, já se sabe que o vazamento ocorreu entre os litorais de Pernambuco e Paraíba a uma distância entre 40 e 50 km da costa. Se não é possível detectar o que ocorre nesse limite, imagine-se o que poderá acontecer em espaços mais longínquos, caso o Brasil consiga o feito de aumentar em 2,1 milhões de quilômetros quadrados – equivalente à área da Groenlândia – o tamanho do território nacional no Oceano Atlântico, solicitação feita à Comissão de Limites da Plataforma Continental da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar. Desde 2004, o Brasil luta pela ampliação de nossa ZEE para 4,5 milhões de km2.
Enquanto o governo mobiliza estruturas e equipes para estudar o que teria ocorrido, o que se vê são arremedos de limpeza: pessoas nas praias puxando óleo viscoso, tartarugas, peixes bois e aves mortas. Onde estão os métodos avançados de limpeza de óleo? Ora, não é a primeira vez que esse tipo de acidente ocorre no país. Antes foram contratadas equipes especializadas de outros países, como Holanda. Desta feita, fala-se em ajuda dos americanos. Virão quando? O que poderão fazer no curto prazo?
E se houve ação terrorista? É possível chegar-se a uma conclusão convincente? E se o óleo vazado for mesmo proveniente da Venezuela, que medidas o Brasil tomará para implicar o vizinho de cima (se for o caso), o dono do petroleiro ou o contratante? O momento exige cautela. Que se faça completa e acurada investigação.
Já ao sofrido Nordeste, um dos mais belos recantos do país, sobra a desesperança de ver se transformar em quimera seu sonho de se ser opção para turistas que lotam o Caribe (ameaçado por furacões). Passarão anos até que suas águas marítimas e praias se livrem de toneladas de óleo.
Até lá, se ouvirão discursos, muito blá-blá-blás e aparecerão salvadores da região. A predominarem a resistência e a mentalidade das autoridades responsáveis pela defesa do meio ambiente, a paisagem de devastação, na esteira de enchentes, vazamentos, queimadas e incêndios criminosos, se expandirá por todos os quadrantes do território.
Mas um fio de esperança brota quando nossa gente, a partir das crianças e dos jovens, passa a enxergar com muita convicção a mãe-natureza como parte indissociável de suas vidas. Visão que acabará sendo o lume dos protagonistas da política. Vamos dar tempo ao tempo.
*Gaudêncio Torquato - Jornalista, é professor titular da USP, consultor político e de comunicação Twitter@gaudtorquato
Fonte - Portogente  14/10/2019