sábado, 6 de maio de 2017

Pescadores e órgãos ambientais se unem contra extinção na Costa dos Corais

Meio Ambiente   🐟

A APA Costa dos Corais é a maior unidade de conservação federal marinha do Brasil, com cerca de 120 km de praia e mangues entre Alagoas e Pernambuco. A área é gerida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação Ambiental (ICMBio) que recebe auxílio de um conselho gestor formado por outros órgãos e também pela sociedade civil.

Sumaia Villela
Correspondente da Agência Brasil
Jorge Menezes/ICMBio
A necessidade de impedir a extinção de mais de 70 espécies presentes na Área de Proteção Ambiental (APA) Costa dos Corais e de garantir a renda de pescadores artesanais dos 12 municípios que abrangem o bioma está unindo órgãos ambientais, pesquisadores e organizações dos profissionais da pesca de Pernambuco e Alagoas. O objetivo é desenvolver planos de recuperação que permitam, pelo menos em parte, criar maneiras para que o futuro dos animais seja assegurado sem que o consumo seja completamente proibido.
A APA Costa dos Corais é a maior unidade de conservação federal marinha do Brasil, com cerca de 120 km de praia e mangues entre Alagoas e Pernambuco. A área é gerida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação Ambiental (ICMBio) que recebe auxílio de um conselho gestor formado por outros órgãos e também pela sociedade civil.
No ano passado, o colegiado criou uma Câmara Temática da Pesca para discutir o tema e, nesta semana, uma reunião foi realizada em Tamandaré, município do litoral sul pernambucano, para tratar da criação dos planos de recuperação com lideranças de pescadores.
Uma portaria do governo federal elencou as espécies ameaçadas de extinção em diferentes graus. Há algumas que podem ser capturadas depois que o documento com o plano de recuperação estiver pronto. Há outras, entretanto, em que a pesca é proibida.
De acordo com o coordenador da Câmara Temática e educador social do Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP), Bill Santos, das 72 espécies já identificadas nas portarias e existentes na Costa dos Corais, 15 são especialmente importantes para a atividade econômica da região.
Ainda segundo Santos, o total de pessoas que vive da pesca nos 12 municípios da Costa dos Corais é grande, embora o número seja difícil de calcular. Além dos pescadores registrados nas colônias, ou seja, que têm registro formal para a prática da pesca, há aqueles que fazem a chamada pesca desembarcada, ou seja, sem barco.
“Só em São José da Coroa Grande são mais de 1100 pescadores. Mas a pesquisadora Beatrice Padovanne, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), identificou em campo, por dia, em um só local, 70 a 80 pessoas mergulhando para pescar budião. São jovens que coletam de 3 a 5 quilos do peixe por dia e tiram uma renda de cerca de R$ 40”, explicou o coordenador da PPC.
O budião foi um dos peixes que tiveram a autorização de pesca prolongada pela portaria 161/2017 do Ministério do Meio Ambiente, até o fim de abril de 2018. Até lá, será preciso criar o plano de recuperação ou a proibição será completa. Outro peixe bastante consumido na região, o sirigado, também é alvo de preocupação dos pescadores, já que ele é considerado a “caixinha de semana santa” dos profissionais, por ser mais capturado e consumido nos meses anteriores ao feriado.
A proibição dos órgãos ambientais à pesca irregular já causou prejuízo econômico na região. Em março, por exemplo, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) multou uma peixaria em São José da Coroa Grande (PE) por comercializar sirigado. Foram R$ 160 mil em multa. Outras espécies ameaçadas que afetam a economia local são a caranha, os cações, as raias e até mesmo o guaiamum, caranguejo de cor azulada que é um dos símbolos da culinária pernambucana e alagoana.
A APA Costa dos Corais não tem plano de recuperação de espécies até agora. O ICMBio ficará responsável pelo trabalho.
O analista ambiental do instituto Eduardo Machado de Almeida diz que o trabalho será um desafio, mas que a intenção é fazer no menor tempo possível.
“É um desafio, porque o plano de recuperação depende de uma série de fatores, alguns, talvez, não estejam na governança da APA Costa dos Corais, mas é possível sim [manter a pesca e fazer a proteção]. Não existe uma receita de bolo, mas é preciso identificar quais são as principais ameaças e quais são as medidas cabíveis que podem dar efeito. Cada pescaria pode ter uma medida diferente. Para algumas espécies talvez seja adequado que a gente estabeleça um tamanho mínimo de captura. Para outras, períodos de defeso”, explica.
Assim como as medidas a serem adotadas, as causas que levaram à ameaça de extinção também são múltiplas, segundo o analista ambiental. “Nos últimos anos teve um aumento grande dos esforços de pesca, e alguns estoques não conseguem acompanhar essa pressão por parte da pescaria. Por outro lado temos questões relativas à degradação ambiental, como a do guaiamum, pela especulação imobiliária e ocupação irregular de áreas de mangue, que tem prejudicado o habitat do guaiamum”.

Portarias
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) regula a lista de espécies ameaçadas de extinção em três níveis e estabelece a proibição da captura. A Portaria 445/2014 reconhece 475 tipos de peixes e invertebrados aquáticos em risco, e estabelece que a captura, o transporte, o armazenamento, a guarda e o manejo só pode ser realizada para fim de pesquisa e conservação. Aquelas classificadas como vulnerável, o grau mais leve, podem ter uso sustentável, desde que regulamentado, ou seja, com a construção dos planos de recuperação. A Portaria 395/2016 prorrogou o prazo determinado no primeiro documento para março de 2017, e a 161/2017 prolongou o período até abril de 2018.
Fonte - Agência Brasil  06/05/2017

Privatização atinge Floresta Amazônica

Política  👀

Olho vivo: privatização atinge Floresta Amazônica - O Ministério do Meio Ambiente (MMA) vai gastar R$ 78,5 milhões com a contratação de uma empresa privada para realizar o monitoramento via satélite do desmatamento e das queimadas na Amazônia. O detalhe é que esse acompanhamento já é feito, desde 1988, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) por apenas R$ 4,5 milhões.

Sputnik
foto - ilustração
Os dados desses levantamentos são usados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e são reconhecidos por diversas entidades e por diversos governos, como o da Noruega, pela exatidão do trabalho. O país nórdico é um dos principais mantenedores do Fundo Amazônia, administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No início do ano, com o aumento das queimadas na região, o governo norueguês ameaçou suspender o repasse de recursos diante da incapacidade do governo brasileiro em reduzir queimadas e desmatamento na região.
Críticos da licitação chamam a atenção para o risco que a transferência desse trabalho para uma empresa da iniciativa privada, independentemente de sua qualificação, por trazer riscos à soberania brasileira, uma vez que os dados, estratégicos, podem servir para futuros projetos da iniciativa privada. Além disso, alegam que o INPE tem sido desmobilizado ao longo dos anos. Em 1990, o instituto contava com 2.080 servidores, número que caiu para 920 hoje e que pode chegar a 2020 com apenas 520 funcionários.
Em entrevista exclusiva à Sputnik Brasil, Gino Genaro, diretor do Sindicato Nacional dos Servidores Públicos Federais na Área de Ciência e Tecnologia do Setor Aeroespacial (SindCT), afirma que o monitoramento por satélite da Amazônia é uma das funções mais estratégicas do INPE e que por isso não deve ser passado às mãos da iniciativa privada.
"Esse tem que ser um número bastante confiável, porque é com base nesse índice que o Brasil assume compromissos internacionais junto à ONU de controle de emissão de gases do efeito estufa. É com base nesse número, até pela importância global da Amazônia como pulmão do mundo, que a ONU e os demais países também observam. Todos os países acreditam nesse número ao longo de todos esses anos", diz Genaro.
O diretor do SindCT chama a atenção para importância de que o órgão que trabalha com esses números tenha toda a autonomia, mesmo quando agora voltam a crescer as queimadas e o desmatamento na Amazônia. Daí a preocupação dos especialistas quanto a passagem desse serviço para uma empresa privada.
"Uma vez que o Estado está pagando pelos serviços de uma empresa privada há dúvida sobre quem está pagando não pode comprar por qual índice ele quer mostrar para a população e para o mundo. Essas pressões não são impossíveis de acontecer", diz Genaro, lembrando que em 2007 e 2008, o INPE soltou um índice apontando um aumento expressivo do desmatamento na Amazônia e que Mato Grosso era o estado campeão nesse desmatamento. À época o estado era governado por Blairo Maggi, hoje ministro da Agricultura. Maggi, um dos maiores produtores de soja do mundo desqualificou o trabalho do INPE e questionou os resultados. O instituto refez os estudos e manteve as conclusões.
O Ministério do Meio Ambiente, por sua vez, alega que a licitação não se destina a substituir o trabalho do INPE, mas tem como objetivo somar esforços. O presidente do SindCT questiona, porém, se isso não seria a duplicação dos mesmos meios para se atingir o mesmo fim, o que é algo explicitamente vedado pela Constituição.
"O Brasil chegou a ser louvado internacionalmente pelos bons índices de controle do desmatamento da Amazônia durante o segundo mandato do presidente Lula e do primeiro mandato da presidente Dilma. Houve uma redução significativa e duradoura. Quando todos imaginavam que aquilo seria uma tendência, parece que é só o Estado começar a relaxar e os números voltam a piorar, e esse índice vem piorando significativamente. Talvez isso tenha sido a gota d´água para que países que contribuem para o controle do desmatamento repensem o destino de seus recursos", conclui Genaro.
Fonte - Sputnik  05/05/2017

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Projeto e estruturação do VLT de Salvador serão apresentados em São Paulo dia 8

Transportes sobre trilhos  🚄

O edital de concessão 01/2017 para a implantação e operação do VLT já foi publicado no Diário Oficial do Estado. O edital está disponível na página da Sedur. A entrega das propostas está prevista para o dia 30 de junho de 2017. Elas deverão ser entregues na sede da BM&F Bovespa, localizada na rua XV de Novembro, nº 275, 1º andar, em São Paulo. O horário para entrega das propostas será das 12 às 14 horas.

Da Redação
Divulgação/Gov. Bahia
O projeto e a estruturação financeira do VLT (Veículo Leve Sobre Trilhos do Subúrbio) serão apresentados em São Paulo, na próxima segunda-feira (8). A apresentação será às 10 horas, na praça Antônio Prado, 48, prédio da B3 (antiga BM&F Bovespa e Cetip) - Procurar informações sobre o evento na recepção/Térreo do prédio da B3.
Estão sendo convidados pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur) todos os interessados na licitação da concessão patrocinada do VLT de Salvador.
O edital de concessão 01/2017 para a implantação e operação do VLT já foi publicado no Diário Oficial do Estado. O edital está disponível na página da Sedur na internet (http://www.sedur.ba.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=44). O edital também pode ser obtido em mídia eletrônica no Setor de Licitações da Sedur - 2º andar, das 9 às 17 horas.

Propostas
A entrega das propostas está prevista para o dia 30 de junho de 2017. Elas deverão ser entregues na sede da BM&F Bovespa, localizada na rua XV de Novembro, nº 275, 1º andar, em São Paulo. O horário para entrega das propostas será das 12 às 14 horas.
No mesmo dia, às 15 horas, será realizada a sessão pública de abertura das garantias e propostas. De acordo com diretor de projetos e programas da Superintendência de Mobilidade (Sumob), Márcio Tourinho, a empresa vencedora deverá ser conhecida ainda na primeira quinzena de julho.
O VLT, que vai substituir os trens do Subúrbio, terá 18,5 quilômetros de extensão e 21 estações. Estão previstas intervenções em duas fases: a primeira, entre o Comércio e Plataforma, tem 9,4 km; e a segunda, entre Plataforma e São Luiz, com 9 km.
Atualmente, a malha ferroviária que liga Paripe à Calçada é de 13,6 quilômetros. É importante ressaltar que o sistema de trens do subúrbio data da década de 70, portanto, com equipamentos antigos e que, eventualmente apresentam problemas técnicos.
Com informações da Sedur  05/05/2017

Funcionários da CCR são treinados para operar o Metrô de Salvador na Paralela

Transportes sobre trilhos  🚇

O novo trecho, formado pelas estações Pernambués, Imbuí, CAB e Pituaçu, possui seis quilômetros de extensão e vai beneficiar 16 localidades da capital.Segundo o gestor de operações da CCR Metrô Bahia, Hamilton Trindade, as novas estações estão prontas. “Estamos fazendo viagens para os colaboradores reconhecerem o trecho. Agora, mais bairros serão atendidos por um transporte que tem previsibilidade.

Da Redação  
Hamilton Trindade, diretor de operações da CCR Bahia.
foto -  Camila Souza/GOVBA
Quem mora na Avenida Paralela, trabalha no Centro Administrativo da Bahia (CAB) ou assiste a partidas de futebol no Estádio de Pituaçu vai chegar ao destino com mais facilidade, a partir da inauguração de quatro estações da linha 2 do Metrô de Salvador. O novo trecho, formado pelas estações Pernambués, Imbuí, CAB e Pituaçu, possui seis quilômetros de extensão e vai beneficiar 16 localidades da capital.
Segundo o gestor de operações da CCR Metrô Bahia, Hamilton Trindade, as novas estações estão prontas. “Estamos fazendo viagens para os colaboradores reconhecerem o trecho. Agora, mais bairros serão atendidos por um transporte que tem previsibilidade. O usuário pode se programar, cumprir horário independentemente de ter trânsito ou chuva”. A inauguração do trecho, de acordo com a CCR, está prevista para este mês.
O universitário Joel Alves, 25 anos, desce do metrô na Estação Rodoviária e pega um ônibus para terminar o trajeto até o CAB. Ele comemora ao saber que as novas estações serão inauguradas em breve. “Vai ser muito bom, porque a gente pode ir direto para o CAB. Teremos estações em Pituaçu e no próprio CAB. Eu não precisaria, por exemplo, esperar e pagar outro ônibus agora”, afirma o estudante de Direito.
A rapidez e conforto do sistema metroviário favorecerão especialmente moradores de Pernambués, Caminho das Árvores, Stiep, Imbuí, Boca do Rio, Saboeiro, Narandiba, Cabula VI, Pituaçu, São Rafael, São Marcos, Sussuarana, Vale dos Lagos, Doron e Patamares, além de pessoas que trabalham e utilizam o CAB. De acordo com Trindade, as estações Flamboyant, Tamburugy, Bairro da Paz e Mussurunga serão entregues em setembro. Até o fim do ano, haverá a entrega da Estação Aeroporto.
Depois de pronto, o Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas ligará as duas principais saídas da capital baiana: por Lauro de Freitas e pela BR-324. Serão quase 42 quilômetros de extensão, com um raio de abrangência que atingirá todo o miolo da cidade, envolvendo os bairros nos entornos da Avenida Paralela e da BR-324.
Com informações da Secom Ba.  05/05/2017

Déficit da Previdência ou déficit de democracia?

Ponto de Vista  🔍

Por que o governo, os economistas do mercado e os meios de comunicação não querem o debate público sobre o financiamento da Previdência? Por que insistem em fazer a toque de caixa uma reforma que supostamente seria eficaz contra problemas que ocorreriam daqui a 40 anos?A estratégia de atemorizar a sociedade com base em argumentos falsos é equivocada e antidemocrática.

Eduardo Fagnani*
foto - ilustração/arquivo
Ajustes nos sistemas previdenciários são necessários. Mas têm de ser precedidos por debate amplo, plural e democrático. Não se fazem reformas dessa envergadura com ações de terrorismo econômico. Por que o governo, os economistas do mercado e os meios de comunicação não querem o debate público sobre o financiamento da Previdência? Por que insistem em fazer a toque de caixa uma reforma que supostamente seria eficaz contra problemas que ocorreriam daqui a 40 anos?
A estratégia de atemorizar a sociedade com base em argumentos falsos é equivocada e antidemocrática. Um desses argumentos equivocados insiste que a Previdência teria déficit. Não é verdade. A Previdência não é deficitária. E, se fosse, estaria em situação anômala, diferente da que determina a Constituição da República.
Para redigir a Constituição, os Constituintes de 1988 inspiraram-se em alguns princípios dos regimes de Estado de Bem-Estar Social desenvolvidos após a Segunda Guerra Mundial nas nações industrializadas. O clássico relatório "Social Insurance and Allied Services" elaborado pelo economista liberal William Beveridge exerceu grande influência nas mudanças que se seguiram a partir de 1945.
A Seguridade Social é um dos núcleos daqueles regimes que asseguram um conjunto de direitos sociais universais (proteção à velhice, socorro no desemprego, assistência à saúde e assistência social). A Seguridade diferencia-se do "Seguro", ao qual só tem direito quem paga.
Embora contributiva, a Seguridade Social é em parte regida também pelo princípio da solidariedade. Trata-se de um pacto social (todos devem viver acima de um nível de vida mínimo, abaixo do qual não se admite que alguém tenha de viver) firmado por toda a sociedade, a qual aceita que tenha deveres para com seus membros e a responsabilidade de protegê-los.
Quem paga a parte dos que não podem pagar? O sistema tributário, que taxa proporcionalmente mais aqueles que ganham mais. Assim se faz uma redistribuição da renda pela via tributária, para financiar programas regidos pela lógica da solidariedade.
Nesses regimes, o financiamento da Seguridade baseia-se no clássico "modelo tripartite" instituído pelo chanceler Otto von Bismarck na Alemanha do século XIX. Trabalhadores, empregadores e o governo (por meio de impostos gerais) são igualmente responsáveis pelo financiamento da proteção social.
Num conjunto de 15 países europeus, a participação média relativa das "contribuições do governo" no financiamento da Seguridade Social é de 45% do total. A "contribuição dos empregadores" é de 35%. E a dos trabalhadores é de 18%. Na Dinamarca, a participação relativa do governo no financiamento da Seguridade atinge 76% do total (27% do PIB).
Os reformistas brasileiros nos anos de 1970 inspiraram-se nesse paradigma que ainda não havia sido contraditado pelos neoliberais em ascensão e ainda não hegemônicos. A inscrição da Seguridade Social na Constituição de 1988 foi o desaguadouro de um longo processo, no qual a academia teve papel destacado – muito diferente da alienação hoje predominante.
Um primeiro esboço da Seguridade Social encontra-se no documento "Esperança e Mudança" de 1982, ironicamente, organizado pelo PMDB. Seguiram-se diversos outros estudos. Mas certamente a mais abrangente reflexão crítica sobre a realidade e os rumos possíveis do sistema previdenciário brasileiro encontra-se no "Relatório Final do Grupo de Trabalho para a Reforma da Previdência Social" publicado em 1986.
A elaboração desse documento – que construiu a espinha dorsal do capítulo sobre a Seguridade Social inscrito na Constituição Federal de 1988 – foi coordenada pelo cientista político Wanderley Guilherme dos Santos, tendo como secretária-executiva a economista Sulamis Dain. Participaram desse trabalho setores da oposição ao regime militar, especialistas em questões previdenciárias, dirigentes sindicais e representantes de entidades patronais.
O cerne das recomendações daquele documento foi introduzir o princípio da "Seguridade Social". O relatório enfatizava a necessidade de o Brasil transitar, de um modelo de proteção baseado "estritamente em uma concepção contratualista", para um "sistema amplo de bem-estar social".
A lógica contratual de Seguro (garantia da renda de acordo com a capacidade contributiva do segurado) seria substituída pela lógica de solidariedade entre os contribuintes. O direito coletivo decorrente da cidadania prevaleceria sobre o direito individual associado à contribuição. Com a seguridade, esse direito individual seria abandonado em favor do direito coletivo decorrente da incidência dos encargos financeiros sobre o conjunto da sociedade.
Ao cabo de longa etapa, os Constituintes de 1988 escreveram o artigo 194, que estabelece que integram a Seguridade Social: a Previdência Rural e Urbana, a Saúde, a Assistência Social e o Seguro-desemprego. E, para financiar a Seguridade Social, os Constituintes conceberam o que se lê no artigo 195, que determina que a Seguridade Social seja financiada pela contribuição do governo, pela contribuição do empregador e pela contribuição do trabalhador.
E fizeram mais: para o governo cumprir a sua parte no financiamento da Seguridade, aqueles Constituintes criaram duas novas fontes de financiamento que não existiam: a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido das Empresas, CSLL, e a Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social, Cofins. Foi a saída encontrada diante do fracasso da tentativa de corrigir as injustiças do sistema de impostos concebido pela ditadura militar.
Essas novas fontes de financiamento foram criadas para garantir programas sociais não contributivos inspirados na solidariedade, como o SUS, a Assistência Social e a Previdência Rural. No caso da Previdência Rural, procurava-se reparar uma injustiça histórica, pois até 1988 o trabalhador rural não tinha os mesmos direitos trabalhistas e previdenciários de que gozava o trabalhador urbano.
Eram idosos que trabalharam no campo desde os anos de 1940 e 1950 em condições de semiescravidão. Com o Pacto Social celebrado em 1988, a sociedade queria reparar essas injustiças. E concordou em criar novas fontes de financiamento (CSLL e Cofins) para dar aos trabalhadores rurais o benefício de um salário mínimo por mês. O mesmo ocorreu com o benefício assistencial para portadores de deficiência e idosos com renda per capita inferior a um quarto do salário mínimo.
É importante sublinhar que o artigo 195 da CF-88 não é propriamente uma inovação. A "contribuição do governo" no financiamento da Previdência existe desde a década de 1930, quando foram criados os Institutos de Aposentadoria e Pensão.
A "contribuição do Estado" está prevista, por exemplo, no artigo 11 do Decreto n. 22.872/1933 que criou o Instituto dos Marítimos; e o artigo 21 determina que "as rendas arrecadadas pelo Instituto são de sua exclusiva propriedade e em caso algum terão aplicação diversa da estabelecida neste decreto, considerados nulos de pleno direito os atos que violarem este preceito, e sujeitos os seus autores às sanções cominadas no capítulo VIII".
O artigo 69 da Lei Orgânica da Assistência Social de 1960 (Lei n. 3.807) mantém o sistema tripartite, o mesmo ocorrendo na ditadura militar, como reza, por exemplo, a Lei n. 5.890 de 1973. A Constituição de 1988 tão somente reforçou essa tradição iniciada em 1933. E, além de criar duas novas contribuições, os Constituintes deram a esse modelo tripartite status Constitucional.
Estudos realizados há mais de 20 anos pela Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip) revelam que a Seguridade Social sempre foi superavitária. E continuou superavitária mesmo com a subtração de mais de 60 bilhões de reais anuais das suas receitas, por conta da Desvinculação das Receitas da União, DRU; e apesar das isenções tributárias sobre as suas fontes de financiamento concedidas pelo governo a setores econômicos, isenções que totalizam cerca de 160 bilhões de reais por ano.
Portanto, não há "déficit" na Previdência, uma vez que ela faz parte da Seguridade e a Seguridade sempre foi superavitária, além de dispor de fontes de recursos constitucionalmente asseguradas para financiar a Previdência. O suposto "déficit" de 85 bilhões de reais ocorrido em 2015 poderia ter sido coberto com parte dos R$ 260 bilhões arrecadados pela Cofins e pela CSLL.
Ou então, pelos R$220 bilhões capturados da Seguridade pela DRU e pelas isenções fiscais concedidas pelo governo nas receitas pertencentes ao sistema de Seguridade Social. Por que nem um centavo desses recursos assegurados pela CF-88 foi aportado para cobrir o suposto "déficit"?
Se a Previdência é parte da Seguridade Social, e se o Orçamento da Seguridade Social é superavitário, de onde viria o suposto "déficit"? Esse chamado "déficit" aparece porque não se tem contabilizado também como fonte de receita da Previdência, a parte do Estado.
Desde 1989, a área econômica do governo se apropriou da CSLL e da Cofins. Em outras palavras, o Ministério da Previdência somente contabiliza, como fontes de financiamento da Previdência, as contribuições dos trabalhadores e a contribuição dos empregadores. Assim, o tão divulgado "déficit" é a parte que o governo deve aportar para financiar a Previdência. Mas ele nunca aportou.
Falar de algum "déficit" da Previdência é ataque frontal, é atropelar e desprezar a Constituição de 1988. Esse ataque e atropelamento começou nos últimos anos da transição democrática coordenada por José Sarney, como apontam os diversos estudos realizados pelo economista Aluísio Teixeira, dentre outros. Esse movimento contra a Constituição foi duramente denunciado pelo relator do capítulo sobre a Seguridade Social na CF-1988, o senador Almir Gabriel do PSDB em 1989:
"É interessante, para o governo, que o déficit público apareça na Previdência exatamente por este motivo: como não se pode aumentar a receita com impostos, o déficit da Previdência é um pretexto. Recursos que deveriam ter sido alocados no ministério foram desviados para outros setores, para cobrir outros setores, para cobrir outros buracos de caixa. Além de deixar de custear a máquina previdenciária, não arcando com as despesas administrativas e de pessoal, o governo está utilizando parte do Finsocial [Cofins] para pagar os segurados e pensionistas da União, que sempre foram pagos com recursos do Tesouro Nacional e não do Iapas" (Governo aumentará contribuições para sanear Previdência. Folha de S.Paulo, 17/5/1989).
O mesmo descaso pelo texto Constitucional foi admitido, pública e impunemente, pelo então ministro da Previdência e Assistência Social, Jáder Barbalho, em entrevista concedida em meados de 1989:
"Não vou discutir ética. (...) O grande problema do ministro do Planejamento é que ele tem vários déficits para administrar. Na hora que eu pedir para ele mandar a Cofins para Previdência, ele pode chegar e perguntar: 'Como é que eu vou pagar os pensionistas da União?' Isso porque o déficit da Previdência é resultado do déficit da União. Todo mundo deve ser pago com o dinheiro da seguridade social, mas a maior parte foi destinada ao pagamento dos pensionistas da União" (Um rombo federal. Entrevista com Jáder Barbalho. Veja, 31/5/1989).
E o descaso foi repetido por todos os governos entre 1990 e 2017, aí incluídos os governos de coalização liderados pelo Partido dos Trabalhadores, a despeito dos alertas feitos pela bancada dos Trabalhadores (cinco Centrais Sindicais e duas Confederações de Aposentados) no relatório final do Fórum Nacional da Previdência Social, realizado em 2007.
Portanto, quem disser que há "déficit" desconsidera o que determinam os artigos 194 e 195 da Constituição de 88. Nesse debate, os protagonistas não são contadores e economistas dos bancos, mas juristas e constitucionalistas.
Em fevereiro de 2017, por exemplo, a Ordem dos Advogados do Brasil, OAB, posicionou-se publicamente e afirmou em alto e bom som que a reforma da Previdência "tem sido apresentada pelo governo sob discurso de catástrofe financeira e "déficit", que não existem, evidenciando-se grave descumprimento aos artigos 194 e 195 da Constituição Federal, que insere a Previdência no sistema de Seguridade Social, juntamente com as áreas da Saúde e Assistência Social, sistema que tem sido, ao longo dos anos, altamente superavitário em dezenas de bilhões de reais".
Em suma, a pós-verdade de um fantasiado suposto "déficit" da Previdência é uma das faces da luta de classes que se expressa na disputa pelos recursos públicos. As “elites” financeiras jamais aceitaram que os movimentos sociais de 1970 e 1980, que lutavam contra a ditadura militar, capturassem uma parcela do PIB federal para financiar a Seguridade Social.
Não há déficit na Previdência. O que há é déficit de democracia e déficit de capitalismo. O "capitalismo" brasileiro, secularmente arcaico, não engole sequer alguns princípios elementares da socialdemocracia. Trata-se de "capitalismo" sem capitalistas. E, em breve, sem consumidores.
*Eduardo Fagnani é professor do Instituto de Economia da Unicamp, pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e do Trabalho (Cesit) e coordenador da rede Plataforma Política Social
Fonte - Portogente  05/05/2017

Os Estados Unidos ainda espionam o Brasil, diz especialista americano

Internacional  👀

Quase quatro anos após o incidente diplomático envolvendo espionagem do governo dos Estados Unidos contra o Brasil, é muito provável que os norte-americanos continuem a espionar a política e a economia brasileira, de acordo com o jornalista norte-americano James Bamford.

Sputnik
© flickr.com/ Patrick Foto - Sputnik
Em entrevista exclusiva à Sputnik Brasil, o especialista que escreve há 35 anos sobre órgãos de inteligência do seu país, incluindo a Agência de Segurança Nacional (NSA), avaliou que é “provável” que a Casa Branca ainda esteja interessada em dados do mundo político e econômico brasileiro.
“Eu acho que provavelmente [a espionagem] ainda continua. Eu me lembro quando aquilo aconteceu [em 2013], que havia esse plano da NSA de espalhar ‘malwares’ por todo o Brasil”, disse Bamford, em referência aos documentos divulgados pelo ex-funcionário da NSA, Edward Snowden, que davam detalhes sobre os métodos de espionagem dos norte-americanos.
“Os documentos divulgados por Edward Snowden mostraram que o plano era espalhar ‘malwares’ por todo o mundo, desde país nos quais você esperaria como Rússia, China e Coreia do Norte, mas também em países amigos dos Estados Unidos como o Brasil”, relembrou o jornalista, que está no Brasil para o evento CryptoRave, em São Paulo.
Em 2013, documentos divulgados por Snowden mostravam que Washington tinha acesso às comunicações – redes de telefonia, Internet, servidores de e-mail e redes sociais – da então presidente Dilma Rousseff (PT) e seus principais assessores. O episódio fez com que a petista cancelasse uma viagem para se encontrar com o então presidente dos EUA, Barack Obama.
No começo foi difícil, quando foi descoberto isso a presidente Dilma Rousseff se recusou a vir à Casa Branca para uma jantar oficial, o que é uma decisão de momento. As relações melhoraram quando os Estados Unidos disseram que iriam diminuir o nível de espionagem que estavam fazendo. De uma forma ou outra as relações melhoraram de lá para cá”, analisou Bamford.
Embora a NSA e a Casa Branca tenham se comprometido a diminuir os níveis de interceptações, o especialista crê que um país como o Brasil sempre estará no radar da atuação da agência.
“Os Estados Unidos estão sempre interessados no que outros países estão fazendo. E no Brasil especialmente, que é um país muito importante na América do Sul. O que acontece no Brasil afeta muito o que acontece nos demais países da região. Os Estados Unidos estão interessados nos aspectos políticos e econômicos do Brasil, acredito que seja por isso que eles fizeram o que fizeram”.

Guerra cibernética
O cenário de espionagem cibernética não se resume a Estados Unidos e Brasil. Questionado se o planeta hoje vê em andamento uma guerra cibernética na rede mundial de computadores, Bamford disse acreditar que esse conflito existe e afeta a todos que estão conectados, de uma maneira ou de outra, com a Internet. E Washington está no centro disso.
“Neste momento os Estados Unidos são o principal envolvido em guerras virtuais, já que é o único país que realmente atacou outro país para destruir a sua infraestrutura física, como aconteceu quando houve o ataque contra o Irã e suas instalações [entre 2010 e 2011, os EUA criaram um vírus chamado Stuxnet, que infectou os sistemas de operação de uma usina de enriquecimento de urânio iraniana localizada em Natanz, inutilizando cerca de 1.000 das 5.000 centrifugas em operação]”.
Ainda segundo o jornalista, o principal objetivo de conflitos virtuais é destruir estruturas físicas reais. “Mas há outros tipos de ataques acontecendo. Os Estados Unidos acusam os russos de ataques, de invasões de e-mails e a divulgação dos mesmos, então se isso for verdade é um outro tipo de guerra virtual em andamento. Outros se focam no roubo de dados e assim por diante”.
Falando nos russos, Bamford minimizou o comentário feito nesta semana pelo diretor do FBI James Comey, que afirmou que a Rússia “é a maior ameaça para qualquer país no mundo”, em referência ao suposto envolvimento do Kremlin com a corrida presidencial dos Estados Unidos no ano passado.
“Acho que qualquer país que possua uma capacidade cibernética muito sofisticada representa um perigo. Veja os Estados Unidos como foram perigosos quando atacaram o Irã. E o Irã contra-atacou os Estados Unidos por conta disso. A Rússia possui uma capacidade cibernética vibrante e eles podem ser considerados perigosos, assim como outros países também podem”, afirmou.
Dentro dos Estados Unidos, a questão da espionagem e interceptação de dados ainda gera controvérsias. Dados oficiais divulgados nesta semana apontam que a NSA teve acesso a 151 milhões de registros telefônicos apenas em solo norte-americano em 2016, embora tivesse autorização judicial para interceptar apenas 42 suspeitos de terrorismo.
“Eu acho que isso surpreendeu muita gente porque depois que a NSA diminuiu o tamanho da espionagem nos Estados Unidos, há ainda uma quantidade muito grande de dados interceptados pela agência”, comentou Bamford, que disse ainda que tal ação de inteligência tem, inevitavelmente, impacto sobre outros países.
“O que se deve ter em mente é que se há esse tamanho de comunicação interceptada nos Estados Unidos, onde existem leis rígidas, você pode imaginar o tamanho das interceptações em países como o Brasil, que não possuem leis tão rígidas. A maneira com que as comunicações funcionam [no mundo], boa parte dos equipamentos como cabos para todas as partes do mundo, passam pelos Estados Unidos, então existe uma grande oportunidade aí para a NSA atuar”.

‘Fake news’
Um outro aspecto da guerra cibernética em andamento é a difusão de notícias falsas, as populares ‘fake news’. Na opinião de Bamford, o fenômeno é muito difícil de ser vencido, sobretudo por não ser crime em países como os Estados Unidos a produção de notícias falsas. Mas há como combatê-lo, de acordo com o jornalista.
“É muito difícil de derrotar por conta das leis, como as que envolvem liberdade de expressão nos Estados Unidos. Não é contra a lei criar notícias falsas, por mais bobo que isso possa parecer. Então eu acho que é possível diminuir, mas não eliminar. Acho que as pessoas precisam ser mais inteligentes com o que elas leem ou entendem, mas não acho que as notícias falsas vão desaparecer em um futuro próximo”, concluiu.
Fonte - Sputnik  05/05/2017

quinta-feira, 4 de maio de 2017

MP-BA ajuíza ação contra consórcio de ônibus em Salvador por problemas na prestação de serviços

Transportes  🚌

De acordo com a promotora de Justiça Joseane Suzart, titular da instância do Ministério Público da Bahia (MP-BA), isso acontecerá caso o OT Trans, que roda no miolo da cidade, e o Plataforma, responsável pelos ônibus que circulam no subúrbio ferroviário, não aceitarem assinar um termo de ajustamento de conduta (TAC) se comprometendo a resolver problemas de qualidade identificados na prestação do serviço.

Yuri Silva - A Tarde
foto - ilustração
A decisão da 5ª Promotoria de Justiça do Consumidor, que resultou na judicialização de uma ação civil pública contra o Consórcio Salvador Norte (CSN), que opera ônibus na orla e no centro de Salvador, poderá se estender aos outros dois consórcios do sistema de transporte por ônibus da capital baiana.
De acordo com a promotora de Justiça Joseane Suzart, titular da instância do Ministério Público da Bahia (MP-BA), isso acontecerá caso o OT Trans, que roda no miolo da cidade, e o Plataforma, responsável pelos ônibus que circulam no subúrbio ferroviário, não aceitarem assinar um termo de ajustamento de conduta (TAC) se comprometendo a resolver problemas de qualidade identificados na prestação do serviço.
A lista de itens problemáticos, os mesmos que basearam a decisão contra o CSN, incluem falta de limpeza, segurança, manutenção e acessibilidade, atraso nos horários de saída e chegada dos coletivos e falta de preparo de motoristas e cobradores para atender usuários do sistema.
Esses pontos, diz a promotora, foram investigados por meio de três procedimentos administrativos abertos pelo órgão após provocação feita pela Superintendência de Proteção e Defesa ao Consumidor da Bahia (Procon) – um deles, que investigava o CSN, já finalizado e encaminhado para decisão judicial nesta terça, 2.
No documento, o MP-BA pede que o CSN seja obrigado a apresentar, a cada seis meses, um plano de manutenção preventiva dos ônibus e um plano de itinerário que comprove o cumprimento de horários e a quantidade de veículos que circulam na cidade.
O órgão solicita que a Justiça determine a capacitação obrigatória dos funcionários e exija o cumprimento das regras de adaptação dos coletivos para pessoas com deficiência física.
A Integra, associação que substituiu o antigo Setps e reúne as três concessionárias do sistema de transporte por ônibus da capital baiana, também é alvo da ação civil pública.
A responsabilidade da entidade no caso, segundo a promotora de Justiça Joseane Suzart, é acompanhar a aplicação das medidas sugeridas, caso a apelação feita pelo Ministério Público seja acatada pela Justiça.
Atualmente, para a promotora, cláusulas do contrato de concessão referentes à qualidade do sistema estão sendo descumpridas. "Há diversas determinações que não são respeitadas, como a idade dos veículos usados", exemplifica.
De acordo com ela, os outros dois procedimentos administrativos que ainda estão abertos para investigar OT Trans e Plataforma dependem do pronunciamento dos consórcios para serem finalizados. Ambos já foram notificados.
A promotora de Justiça explicou que o prazo para as concessionárias responderem se aceitam assinar o TAC ainda não terminou, mas não soube informar à equipe de reportagem do A TARDE qual é esse prazo. Um acordo também foi proposto ao CSN, mas a empresa não respondeu à 5ª Promotoria até a data-limite.
De acordo com o secretário de Mobilidade de Salvador, Fábio Mota, as equipes de fiscalização do município observam, no dia a dia, os mesmos problemas identificados. "Essas irregularidades têm sido notificadas pela Semob em ações contínuas", disse o gestor.

CSN e Integra
O diretor-executivo do CSN, Horácio Brasil, afirmou que a decisão de não responder à notificação "deve ter sido uma opção da equipe jurídica" da empresa. "Vamos ver o que o juiz decide", limitou-se a dizer.
Já Ângela Levita, assessora técnica da Integra, afirmou que a entidade não foi notificada sobre o ajuizamento da ação civil pública. "Nós aguardamos isso para poder nos pronunciar sobre o assunto", disse a assessora.

Déficit mensal de R$ 12 mi
Os consórcios que operam o sistema de ônibus da capital baiana – Salvador Norte (CSN), OT Trans e Plataforma – alegam estar enfrentando grandes dificuldades financeiras, tendo que arcar com prejuízo milionário a cada mês.
Segundo dados da Integra, associação que congrega os três consórcios, desde janeiro deste ano o déficit registrado tem sido de R$ 12 milhões mensais. Para a associação, a tarifa de R$ 3,60 não é suficiente para remunerar o serviço prestado à população.
Por conta da situação, revelada pelas empresas em reportagem publicada por A TARDE no último domingo, a Integra tem recorrido à prefeitura e ao próprio Ministério Público baiano (MP-BA), pedindo para que o sistema seja revisto, inclusive com o redesenho das linhas.

Integração
A prefeitura informou que já há um projeto de redistribuição de linhas do sistema elaborado, no entanto não pode ser implementado enquanto um impasse com relação ao rateio da tarifa da integração ônibus-metrô não é resolvido.
As empresas reclamam da divisão do valor da integração, com 61% do total ficando com o metrô. A Integra argumenta que os 39% que ficam com os ônibus são insuficientes.
Fonte - A Tarde  04/05/2017

Recarga do Metropasse de ônibus da RMS,pode ser feita através de dispositivos móveis

Transportes  🚌

As recargas realizadas pelo software KIM podem ser pagas com cartões de crédito ou débito, transferências bancárias, depósito em conta e boletos. Pelo aplicativo, o usuário poderá ainda consultar o saldo dos seus cartões, bloquear um cartão perdido ou roubado e solicitar sua segunda via.

Da Redação
foto/montagem - ilustração
Os usuários do transporte público metropolitano da RMS ( Região metropolitana de Salvador) que utilizam os cartões recarregáveis Metropasse agora podem contar com o aplicativo KIM Recarga e colocar saldo em seu cartão de ônibus através de smartphones e tablets. O aplicativo, testado durante um mês, passou a realizar as recargas nos cartões de acesso aos ônibus na terça-feira (2).
As recargas realizadas pelo software KIM podem ser pagas com cartões de crédito ou débito, transferências bancárias, depósito em conta e boletos. Pelo aplicativo, o usuário poderá ainda consultar o saldo dos seus cartões, bloquear um cartão perdido ou roubado e solicitar sua segunda via.
O KIM pode ser baixado gratuitamente nas lojas da app store (IOS) e play store (Android). Após baixar o aplicativo o usuário, que pode ser pessoa física ou jurídica, deve cadastrar seus dados pessoais, o número e o tipo do cartão de transporte. Cada usuário pode cadastrar até cinco cartões.
A recarga para o serviço metropolitano pode ser feitas para o bilhete avulso Ande Sempre, Meia Passagem Estudantil e Vale Transporte. Depois basta selecionar o cartão que receberá a recarga, o valor do crédito e a forma de pagamento. O aplicativo envia ao usuário mensagens confirmando o processamento do pedido, aprovação do pagamento e liberação das recargas.
Com informações da Seinfra Ba.  04/05/2017

Tribunal dispensa Lula de comparecer a depoimentos de 87 testemunhas de defesa

Política  👀

A decisão foi tomada nesta quarta-feira (3) pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, após pedido feito pela defesa do ex-presidente.Não é razoável exigir a presença do réu em todas as audiências de oitiva de testemunhas, podendo o ex-presidente ser representado pelos advogados”,“sobretudo” quando o réu não reside “no local da sede do juízo onde tramita o processo.”, afirmou o juiz, na decisão.

Paulo Victor Chagas
Repórter da Agência Brasil

foto - ilustração
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não precisará comparecer às audiências em que 87 testemunhas de defesa serão ouvidas pelo juiz federal Sérgio Moro na ação penal em que é réu no âmbito da Operação Lava Jato. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (3) pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, após pedido feito pela defesa do ex-presidente.
Há duas semanas, Sérgio Moro havia determinado que Lula estivesse presente durante os depoimentos de todas as 87 pessoas, dentre elas os ex-diretores da Polícia Federal Luiz Fernando Correa e Paulo Lacerda, além do ex-ministro da Controladoria-Geral da União Jorge Hage.
De acordo com o juiz federal Nivaldo Brunoni, que aceitou o habeas corpus da defesa de Lula em substituição ao desembargador João Pedro Gebran Neto, o acompanhamento pessoal do réu em audiências de testemunhas é “mera faculdade legal” e pode ser feito pela própria defesa, “sobretudo” quando o réu não reside “no local da sede do juízo onde tramita o processo.”
Ao aceitar a solicitação do advogado Cristiano Zanin Martins, Brunoni também lembrou que o juiz poderia recusar a realização de provas que se mostrarem irrelevantes ou protelatórias. “Não haveria óbice à limitação do número de testemunhas pelo magistrado. Não é razoável exigir a presença do réu em todas as audiências de oitiva de testemunhas, podendo o ex-presidente ser representado pelos advogados”, afirmou o juiz, na decisão.
Fonte - Agência Brasil  04/05/2017

Mais ruas são requalificadas no Centro Antigo de Salvador

Desenvolvimento Urbano  🏠

Os serviços integram o projeto ‘Pelas Ruas do Centro Antigo de Salvador", realizado pelo Governo da Bahia. Nesta semana, os operários trabalham na recuperação das vias e dos passeios nos bairros do Comércio, Nazaré, Barris e Barbalho.

Da Redação
foto - Ronaldo Silva/Ascom Conder
A Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado (Conder) segue com obras de recuperação de calçadas, pavimento e melhoria da acessibilidade em vias do centro da capital baiana. Os serviços integram o projeto ‘Pelas Ruas do Centro Antigo de Salvador", realizado pelo Governo da Bahia.
Nesta semana, os operários trabalham na recuperação das vias e dos passeios nos bairros do Comércio, Nazaré, Barris e Barbalho. “Planejamos a execução da obra por etapas. Os bairros do Centro Antigo foram interligados por cinco lotes, sendo quatro já iniciados e com 60 ruas concluídas", explica o superintendente operacional da Diretoria do Centro Antigo de Salvador (Dircas), Milton Melo.
Para o padre José Abel, pároco da Igreja de Santana, o projeto atende aos anseios da comunidade, referindo-se à requalificação da Ladeira de Santana, já concluída, e das ruas do Carro e do Tinguí, em andamento nas laterais da igreja. “É uma obra que a Paróquia de Santana desejava há muito tempo. Além da reforma do pavimento, está proporcionando acessibilidade, o que se traduz em conforto e segurança para a comunidade que frequenta o templo, formada, na sua maioria, por pessoas idosas”, ressalta.
O projeto é uma das primeiras grandes obras brasileiras de urbanização que segue as normas de acessibilidade e o desafio de implantar melhorias em ruas antigas. As intervenções já estão melhorando o acesso das pessoas a diversos pontos do Centro Antigo de Salvador, bem como tornando mais confortável a mobilidade por ruas, praças e travessas. Ao todo serão investidos R$ 124 milhões na pavimentação de mais de 260 vias e requalificação de calçadas.
Com informações da Secom Ba.  04/05/2017

TJMG concede liminar contra lei que obrigava o metrô de BH a operar até meia-noite

Transportes sobre trilhos  🚇

A liminar deferida na quarta (26/4) atende a pedido da gerência Jurídica da CBTU que alegou usurpação de competência, por parte do município de Belo Horizonte, para legislar sobre transporte intermunicipal.

Da CBTU
foto - ilustração/arquivo
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) concedeu liminar favorável a CBTU Belo Horizonte, suspendendo a exigibilidade de cumprimento da Lei 11.031/17 até o julgamento final da demanda que determinava a operação do metrô até a meia-noite.
A liminar deferida na quarta (26/4) atende a pedido da gerência Jurídica da CBTU que alegou usurpação de competência, por parte do município de Belo Horizonte, para legislar sobre transporte intermunicipal.
Em suas alegações, o juiz Rinaldo Kennedy Silva, da 2ª Vara de Feitos da Fazenda Pública Municipal da Comarca de Belo Horizonte, reconhece que o aumento de 60 minutos diários no funcionamento do metrô, em que pese ser um baixo número de horas, implica diversas consequências para a CBTU, podendo ocasionar aumento das despesas com a contratação de pessoal, elevação de custos operacionais, redução do tempo de manutenção, maiores investimentos em medidas de segurança, circuitos de câmeras, mão-de-obra especializada, entre outros aspectos merecedores de alterações, acarretando sérios prejuízos à Companhia, principalmente de ordem financeira e administrativa.
Quanto à previsão de consequências, a liminar considera que a Lei 11.031/17 pode ser desproporcional e ferir o princípio da razoabilidade adotado pelo ordenamento jurídico brasileiro.
Promulgada pela Câmara Municipal de Belo Horizonte, em 15 de março de 2017, a Lei nº 11.031/2017, instituía a extensão para o horário de funcionamento do metrô, alterando das 23h para a 0h, o encerramento das atividades do sistema. Com a liminar a alteração deixa de ser exigida.
Em suas alegações, a Câmara Municipal explicou que a lei visava única e exclusivamente regular o funcionamento do trem urbano dentro dos limites geográficos de Belo Horizonte, uma vez que as estações contempladas com a alteração de horário seriam apenas as localizadas no município, não havendo, portanto, usurpação de competência do Estado e que a Constituição permite ao município organizar e prestar serviços públicos de interesse local, incluindo o transporte coletivo.
A Câmara já foi notificada da decisão do TJMG e terá dez dias para prestar as informações que julgar necessárias.
Com informações da CBTU  03/05/2017

Fraudes no metrô do Rio custaram R$ 3 bilhões aos cofres estaduais

Política  🚉

De acordo com a autora da ação, a promotora Liana Barros Cardozo, o aporte do governo estadual na obra, que custou cerca de R$ 10 bilhões, aumentou em 675% o valor do contrato original. Segundo Liana, é um valor sem precedentes em termos de superfaturamento de obras públicas no país.“O contrato original previa a participação do estado em patamar de 43%, mas, depois das alterações contratuais, a participação no âmbito total da obra chegou a 89%”, disse a promotora.

Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil
foto - ilustração/arquivo
Irregularidades no contrato da obra da Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro, que liga a zona sul à Barra da Tijuca, custaram mais de R$ 3,17 bilhões aos cofres públicos, de acordo com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ).
O MP tenta reaver os prejuízos ao erário por meio de uma ação de improbidade administrativa contra 30 réus, entre eles o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, os ex-secretários de Transportes Julio Lopes, Carlos Osório e Luiz Carlos Velloso, além de servidores públicos e empreiteiras.
De acordo com a autora da ação, a promotora Liana Barros Cardozo, o aporte do governo estadual na obra, que custou cerca de R$ 10 bilhões, aumentou em 675% o valor do contrato original. Segundo Liana, é um valor sem precedentes em termos de superfaturamento de obras públicas no país.
“O contrato original previa a participação do estado em patamar de 43%, mas, depois das alterações contratuais, a participação no âmbito total da obra chegou a 89%”, disse a promotora. “Esse aporte de recursos gerou enorme aumento de endividamento para o estado, que hoje vive uma situação de colapso.”
Além das alterações no contrato, feitas de forma ilegal, pelo menos 14 situações de superfaturamento e sobrepreço foram identificadas na investigação. Por essas irregularidades, oito fiscais dos contratos tornaram-se réus na ação.
O MP pede ainda a indisponibilidade de bens dos acusados para o ressarcimento dos cofres públicos, bem como a condenação dos réus ao pagamento de danos morais coletivos causados aos cidadãos fluminenses e ao ente público estatal, no valor mínimo de R$ 30 milhões.
A ação foi distribuída para a 6ª Vara de Fazenda Pública da Capital.

Defesa
Sérgio Cabral está preso desde novembro do ano passado no Complexo de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio. O ex-governador foi acusado pela força-tarefa da Operação Lava Jato de liderar uma quadrilha que cobrava propina de construtoras para favorecê-las em licitações de obras no estado do Rio de Janeiro. Em abril deste ano, ao apresentar denúncia sobre o desvio de R$ 16 milhões do setor de saúde, procuradores do Ministério Público Federal (MPF) afirmaram que o esquema de corrupção supostamente liderado por Cabral alastrou-se por todas as pastas do governo estadual. 
O ex-secretário Luiz Carlos Velloso foi preso na Operação Tolypeutes, em 14 de março, pela Polícia Federal. Ele é acusado de participar de grupo criminoso responsável pela cobrança de propina e lavagem de dinheiro em obras que incluem a Linha 4 do Metrô do Rio. 
A defesa de Velloso não foi encontrada até o fechamento desta reportagem. O advogado de Sérgio Cabral, Luciano Saldanha, informou que a defesa do ex-governador tem se manifestado somente em juízo. A assessoria do ex-secretário Julio Lopes disse desconhecer a existência de processo e negou qualquer responsabilidade ou ingerência do atual deputado federal na definição de custos, preços e pagamentos das obras da Linha 4.
O deputado estadual Carlos Osório, também ex-secretário estadual de Transportes, informou que apresentará recurso ao Ministério Público solicitando a exclusão de seu nome do processo da Linha 4. “Os fatos investigados ocorreram antes da minha gestão à frente da Secretaria de Estado de Transportes, no período de janeiro de 2015 a fevereiro de 2016”, argumentou.
O contrato de concessão da Linha 4 do Metrô do Rio foi firmado em dezembro de 1998 pelo então governador Marcello Alencar com a Concessionária Rio Barra. Em 2010, na administração de Sérgio Cabral, o contrato foi restabelecido, sob o argumento da urgência na implementação da linha para atender à Copa do Mundo de 2014 e aos Jogos Olímpicos Rio 2016. Diversas alterações contratuais foram feitas onerando as obras do metrô.
Também são citados na ação do MPRJ o consórcio que fez as obras, liderado pela Odebrecht e membros da administração da estatal RioTrilhos e da Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários, Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp). A assessoria da Odebrecht informou que não foi intimada na ação e que se manifestará oportunamente em juízo. A empresa informou ainda que “assinou um acordo de leniência com as autoridades brasileiras e vem cooperando para o avanço das investigações”.
Até o fechamento da matéria, as assessorias da Agetransp e da RioTrilhos não haviam se pronunciado sobre a ação.

Pezão
A Subprocuradoria-Geral de Justiça de Assuntos Cíveis e Institucionais, por delegação do procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem, deu início a procedimento para investigar a participação do governador Luiz Fernando Pezão, que tem foro especial por prerrogativa de função.
O órgão solicitou auxílio ao Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção, responsável pela conclusão das investigações. A assessoria de Pezão informou que não comentará o fato.
Também está em curso no MPRJ inquérito civil sobre as obras da Estação Gávea, prevista para estar concluída em janeiro de 2018.
Fonte - Agência Brasil  03/05/2017

Se "Estancarem" a Lava Jato restará atingido o grande objetivo: Lula

Ponto de Vista  🔍

José Dirceu solto. Em votação do Supremo, que já havia decidido: prisão definitiva só depois de condenação em 2ª Instância.Se seguidas decisões anteriores, e a 2ª Instância confirmar as penas, Dirceu voltará à prisão. Por ora e por isso, brados, editoriais e manchetes.Cobrou-se queda ou renúncia de Dilma. Por conta de denúncias de corrupção e erros do governo. E dos escassos 9% de apoio, fruto das cobranças.Temer over citado nas delações. Acusados de crimes diversos, oito dos seus ministros serão investigados... Quatorze milhões de desempregados. Temer com mesmos 9% de Dilma. Onde brados, editoriais, manchetes, e panelas, pela queda ou renúncia?Silêncios. Porque vai sendo feito o serviço pelo mandato recebido longe das urnas.
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Bob Fernandes



imagem/YouTube


quarta-feira, 3 de maio de 2017

Governador Rui Costa anuncia publicação de licitação do VLT de Salvador

Transportes sobre trilhos  🚄

O aviso de licitação para implantação e operação do novo sistema está no diário oficial de hoje.". A frase é do governador Rui Costa, que anunciou a novidade em suas redes sociais, na manhã desta quarta-feira (3).De acordo com a publicação oficial do Governo do Estado, a implantação e operação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) será por meio de Parceria Público Privada (PPP).

Da Redação
foto - ilustração
"O VLT que vai transformar a mobilidade dos bairros na região da bela orla ferroviária de Salvador, já deu o primeiro passo para se tornar realidade. O aviso de licitação para implantação e operação do novo sistema está no diário oficial de hoje.". A frase é do governador Rui Costa, que anunciou a novidade em suas redes sociais, na manhã desta quarta-feira (3).
Em seu perfil oficial no Facebook, Rui também publicou um vídeo que mostra a projeção de como ficará o modal. De acordo com a publicação oficial do Governo do Estado, a implantação e operação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) será por meio de Parceria Público Privada (PPP). A sessão pública de abertura das propostas de empresas interessadas já tem data agendada: 30 de junho de 2017, na sede da BM&FBOVESPA, em São Paulo.
A previsão é de início das obras em até 90 dias após a assinatura do contrato da PPP, enquanto o prazo para conclusão é de 24 meses. Com cerca de 19 quilômetros de extensão e 21 paradas, o VLT vai substituir o antigo Sistema de Trens que atendem os bairros ao longo da ferrovia,ligando a região do Comércio a Paripe. A expectativa é de beneficiar mais de 1,5 milhão de moradores em toda região da orla ferroviária de Salvador.
As intervenções acontecerão em duas fases: a primeira, entre o Comércio e Plataforma, tem 9,4 quilômetros; e a segunda, entre Plataforma e São Luiz, com 9 quilômetros. O modal será formado por 20 composições de tração elétrica, capaz de levar mais de 600 passageiros em cada uma, e terá um pátio de manutenção no bairro da Calçada e outro de apoio de manutenção em Paripe. Todo percurso, de um extremo a outro, será realizado em 40 minutos.
Com informações da Secom BA  03/05/2017



Metrô de Salvador vai funcionar até 00h30 para atender ao público do Ba-Vi

Transportes sobre trilhos  🚇

Para evitar filas e garantir o uso integrado do metrô com os ônibus, a dica é adquirir o Cartão Integração. Quem já tem o cartão pode antecipar a recarga nas bilheterias das estações em operação ou nas máquinas de autoatendimento disponíveis nas estações Lapa, Campo da Pólvora, Acesso Norte, Rodoviária e Brotas.

Da Redação
foto - ilustração/arquivo
Um dos principais meios de transporte para chegar aos jogos na Arena Fonte Nova, o Metrô de Salvador estenderá o funcionamento em 30 minutos para melhor atender ao público do Ba-Vi que acontece hoje (quarta-feira) no estádio. Com a medida, a Estação Campo da Pólvora funcionará para embarque até 00h30 de amanhã (quinta-feira). As demais estações, a partir da meia-noite, funcionarão somente para desembarque.
Para evitar filas e garantir o uso integrado do metrô com os ônibus, a dica é adquirir o Cartão Integração. Quem já tem o cartão pode antecipar a recarga nas bilheterias das estações em operação ou nas máquinas de autoatendimento disponíveis nas estações Lapa, Campo da Pólvora, Acesso Norte, Rodoviária e Brotas. O cartão avulso, que dá direito à uma única passagem, também pode ser comprado antecipadamente em qualquer bilheteria. A tarifa é R$ 3,60.

Horário de funcionamento
A Estação Campo da Pólvora funcionará para embarque até 00h30 de amanhã (quinta-feira). As demais estações, a partir da meia-noite, funcionarão somente para desembarque.
A passagem de metrô custará o mesmo valor que é praticado atualmente: R$ 3,60. Também será possível fazer a integração entre metrô e ônibus urbano ou metropolitano, pagando apenas uma passagem.
Com informações da CCR Metrô Bahia  03/05/2017

Ministério resgata 21 trabalhadores em condições análogas a de escravos em Goiás

Direitos Humanos  👷

Os auditores fiscais responsáveis pela operação também constataram que as atividades estavam sendo feitas sem as mínimas medidas de proteção coletiva e individuais, configurando grave e iminente risco à vida e à integridade física dos trabalhadores, o que motivou o embargo total da obra.Relatos de auditores fiscais da operação apontam que os trabalhadores foram recrutados em cidades do entorno de Goiânia e estavam alojados de forma precária em cinco barracos nas proximidades do canteiro. 

Da Agência Brasil
foto - ilustração
Operação do Ministério do Trabalho flagrou 21 trabalhadores sendo submetidos a condições análogas a de escravos em um canteiro de obras em que estão sendo construídas 263 unidades habitacionais em Guapó (GO), município localizado a 27 quilômetros de Goiânia. O nome da empresa responsável pela obra ainda não foi divulgado pela pasta.
Os auditores fiscais responsáveis pela operação também constataram que as atividades estavam sendo feitas sem as mínimas medidas de proteção coletiva e individuais, configurando grave e iminente risco à vida e à integridade física dos trabalhadores, o que motivou o embargo total da obra.
Relatos de auditores fiscais da operação apontam que os trabalhadores foram recrutados em cidades do entorno de Goiânia e estavam alojados de forma precária em cinco barracos nas proximidades do canteiro. Os salários estavam atrasados, alguns em mais de dois meses, e, conforme relataram, para não passarem fome pediam pelancas de carnes nos açougues, cestas básicas nas igrejas e comida aos vizinhos.
Segundo o Ministério do Trabalho, os trabalhadores dormiam no chão, sobre pedaços de espumas. Os alojamentos estavam sujos e não dispunham de chuveiros, mobília e utensílios de cozinha. Dois deles estavam com fornecimento de água e energia cortado por falta de pagamento.

Infrações

A operação também constatou outras infrações trabalhistas na obra. A maioria dos operários estava sem registro e não tinha suas carteiras de trabalho assinadas; os trabalhadores acidentados não recebiam nenhuma assistência médica e alguns estavam sendo submetidos a jornadas exaustivas, chegando a trabalhar por até 14 horas por dia durante os 30 dias do mês; na demissão, não recebiam as verbas rescisórias, sendo que alguns sequer recebiam pelos dias trabalhados corretamente; não havia controle de jornada de trabalho e a maioria não recebia as horas extras trabalhadas e as ferramentas usadas na obra eram descontadas dos salários dos empregados, entre várias outras infrações.
A operação teve o apoio da Polícia Federal e iniciou-se em Nova Crixás (GO), onde as mesmas empresas de construção envolvidas mantêm duas outras obras. Segundo as denúncias encaminhadas pelo Ministério Público Estadual, as condições de trabalho em Nova Crixás eram semelhantes àquelas encontradas em Guapó.
No entanto, em decorrência de um possível vazamento da operação, quando a equipe de fiscalização chegou à Nova Crixás, no dia 27, os trabalhadores haviam sido retirados do trabalho e dos alojamentos e levados para suas cidades de origem, sem sequer receberem pelos dias trabalhados. Em nova inspeção, feita nos dias 15 e 17 de abril, em Nova Crixás, outros trabalhadores foram encontrados nas referidas obras, ocasião em que uma delas foi também embargada pela Auditoria Fiscal do Trabalho.

Fiscalização
Em todas as obras até agora fiscalizadas pelo Ministério do Trabalho foram encontradas graves violações aos direitos fundamentos dos trabalhadores, seja por parte das entidades organizadoras (associações), seja por parte das construtoras e subempreiteiros. No caso da obra de Guapó, os 21 trabalhadores resgatados receberam suas verbas rescisórias, no valor de R$ 68 mil. Além disso, o Ministério do Trabalho liberará, para todos, o Seguro-Desemprego de Trabalhador Resgatado, em três parcelas mensais no valor de um salário mínimo cada (R$ 937,00).
Fonte - Agência Brasil  03/05/2017

Atraso deixa projeto do metrô na região do ABC paulista mais caro

Transportes sobre trilhos  🚅

O início das obras da linha 18-Bronze do Metrô já teve pelo menos três adiamentos. Em agosto de 2014, foi assinada a PPP entre o governo estadual e o consórcio de empresas vencedor da licitação. De acordo com o balanço, as verbas do BNDES e do OGU não podem ser aumentadas. Com isso, o governo estadual terá de arcar com a elevação de custos do projeto.

Metro Jornal - RF
foto - ilustração/EBC
Previsto para estar em funcionamento em 2014, o projeto da linha 18-Bronze do Metrô, que deve ligar o ABC à capital por meio de sistema monotrilho, já apresenta custo acima do que foi estimado inicialmente. A informação consta no balanço de riscos fiscais das PPPs (Parcerias Público-Privada) do governo de Geraldo Alckmin (PSDB), divulgado no Diário Oficial do último sábado.
Diante de tal situação, o governo estadual informou ao Metro Jornal que essa previsão de custos adicionais não faz parte do orçamento do Estado para 2017.
O balanço de riscos fiscais mostra que a linha 18-Bronze tem investimento de R$ 1,93 bilhão, com data-base de julho de 2014. Como até agora, quase três anos depois da assinatura do contrato, a PPP não foi iniciada, os custos do projeto devem ser reajustados.
A futura linha conta com R$ 1,27 bilhão por meio de financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social), R$ 400 milhões de repasse do OGU (Orçamento Geral da União) e R$ 252,4 milhões do Tesouro do Estado. Além do aporte, o projeto prevê R$ 406,9 milhões para as desapropriações.
De acordo com o balanço, as verbas do BNDES e do OGU não podem ser aumentadas. Com isso, o governo estadual terá de arcar com a elevação de custos do projeto.
“Dessa forma, as correções dos valores contratuais poderão resultar em riscos fiscais advindos da ocorrência da necessidade de suplementação dos R$ 252,4 milhões”, alerta a publicação. Portanto, de acordo com o texto, tais custos adicionais podem afetar as contas públicas do Estado.
Segundo o governo, os riscos fiscais concentram-se nos processos de desapropriações. Atualmente, o projeto esbarra na falta de verba para tal intervenção.
O governo Alckmin diz que aguarda a autorização da Cofiex (Comissão de Financiamentos Externos), do Ministério do Planejamento, para a captação do recurso. Já a pasta federal alega que o governo estadual não apresentou capacidade de pagamento desse montante solicitado.
O Estado diz que reivindica ao governo federal a revisão dos critérios de avaliação de crédito. “A metodologia adotada pela Secretaria do Tesouro Nacional não leva em conta a situação financeira de São Paulo diante do cenário de crise no resto do país”, diz nota do governo estadual.
Diante de tantos entraves, a obra segue sem prazo de início e conclusão.

Obra já tem 3 adiamentos
O início das obras da linha 18-Bronze do Metrô já teve pelo menos três adiamentos. Em agosto de 2014, foi assinada a PPP entre o governo estadual e o consórcio de empresas vencedor da licitação. Na ocasião, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que as obras seriam iniciadas em 90 dias, o que não aconteceu.
Em abril de 2015, o governo prometeu começar as obras, no máximo, até dezembro do mesmo ano. A promessa não foi cumprida.
Após duas prorrogações, o governo Alckmin estipulou uma nova data para o pontapé inicial nos serviços: o segundo semestre de 2016, prazo que também não foi cumprido.
Fonte - Revista Ferroviária  03/05/2017

terça-feira, 2 de maio de 2017

MST mostra produção agrícola de reforma agrária

Agricultura familiar  🍅

Mais de 800 agricultores de todas as regiões do país vão participar, no Parque da Água Branca, em São Paulo, da 2ª Feira Nacional da Reforma Agrária, de 4 a 7 deste mês. Com o evento, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), vai mostrar o resultado das lutas ao longo dos anos, apresentando alimentos saudáveis para os brasileiros.

Sputnik
foto - ilustração - MST
A produção de assentamentos e acampamentos organizados pelo movimento representa um contraponto ao atual modelo de agricultura. Enquanto que o modelo do agronegócio privilegia o lucro com riscos ao meio ambiente e à população, a proposta da comida comercializada pelo MST é alimentar as famílias do campo e da cidade, possibilitando uma vida mais saudável.
“Vamos dialogar com o público presente sobre o campo, a produção saudável e os assentamentos da reforma agrária a partir das experiências que estamos tendo nos estados, dentro dos assentamentos, onde direcionamos essa questão da produção de alimentos limpos, sem veneno e diversificados tanto para as famílias assentadas, como para a sociedade”, diz Milton Farnazieri, da coordenação nacional do MST.
A feira também promete outro tipo de alimento. Um Festival de Cultura Popular traz ao palco principal, com entrada franca, nomes conhecidos do público como Tulipa Ruiz, Tico Santa Cruz, o forrozeiro Targino Gondim e a cantora Liniker e os Caramelows. Ainda constam na programação feiras literária e de troca de sementes, seminários de formação sócio-política e uma praça de alimentação com o melhor das culinárias regionais de todo país, no espaço Culinária da Terra. O evento também promete rodas de capoeira, teatro e cirandas infantis.
A programação político-cultural conta também com seminários. O “Alimentação Saudável – um direito de todos e todas” recebe as palestrantes Bela Gil, Letícia Sabatela, o ex-ministro da saúde Alexandre Padilha, o ex-presidente do Uruguai, José Pepe Mujica e o coordenador do MST, João Pedro Stédile.
Fonte - Sputnik   04/05/2017

Relatora da ONU diz que direito dos povos indígenas não estão sendo garantidos no mundo

Direitos Humanos  ✋

"A situação dos direitos dos povos indígenas não está em um bom estado nos dias atuais porque há políticas e leis usadas para criminalizá-los", disse Victoria Tauli-Corpuz, relatora especial para os direitos dos povos indígenas, em coletiva de imprensa promovida ao lado de três lideranças indígenas.

Revista Amazônia  
foto -  ONU/Jean-Marc Ferré
Os direitos dos povos indígenas estão sendo violados por autoridades e corporações que desejam acessar suas terras e recursos naturais, como o petróleo. A declaração foi feita na segunda-feira (1) em Nova Iorque pela relatora especial da ONU para o tema, paralelamente ao Fórum Permanente das Nações Unidas para Questões Indígenas.
“A situação dos direitos dos povos indígenas não está em um bom estado nos dias atuais porque há políticas e leis usadas para criminalizá-los”, disse Victoria Tauli-Corpuz, relatora especial para os direitos dos povos indígenas, em coletiva de imprensa promovida ao lado de três lideranças indígenas.
Ela citou o uso de assédio, tortura e prisões contra povos indígenas que protegem pacificamente suas propriedades. Esses ataques são uma violação à Declaração da ONU para o Direito dos Povos Indígenas, adotada pela Assembleia Geral em setembro de 2007 e que estabeleceu diretrizes universais de padrões mínimos para sobrevivência, dignidade, bem-estar e direitos para os povos indígenas de todo o mundo.
“A principal preocupação dos povos indígenas é trabalhar na defesa de sua terra e recursos, e na proteção de seu direito à autodeterminação. Na defesa desse direito, eles são acusados de serem terroristas ou são presos”, disse Tauli-Corpuz.
A especialista independente das Nações Unidas acaba de retornar de Honduras, onde se reuniu com a família de uma defensora indígena morta no ano passado. Ela declarou que as audiências para investigação do caso estão sendo atrasadas e que havia “falta de determinação por parte dos procuradores” em investigar o caso.
Tauli-Corpuz também esteve nos Estados Unidos, onde membros da reserva indígena de Standing Rock estão protestando contra a construção do gasoduto Dakota Access, em Dakota do Norte. No local, ela viu indígenas sendo presos e perseguidos por cães farejadores.
“Essas reuniões não são violentas e não devem ser alvo desse tipo de força”, disse Tauli-Corpuz.
Os povos indígenas representam 5% da população mundial, mas suas terras detêm cerca de 80% da biodiversidade mundial, de acordo com dados citados pela ONU.
“Petróleo, minérios, está tudo na terra, o que leva a um tremendo problema”, disse a equatoriana Lourdes Tibán Guala, membro do Fórum Permanente da ONU para Questões Indígenas.
Falando ao lado de Tauli-Corpuz, ela descreveu a importância da terra para os povos indígenas. “A terra representa tudo, saúde, educação, agricultura. Mas sempre que há discussões sobre a economia de um país, as terras indígenas são as primeiras a serem usadas”, sem discussão com as comunidades.
“Os povos indígenas não querem maquinário em seu território sem consulta prévia”, enfatizou a líder indígena equatoriana.
Fonte - Revista Amazônia  02/05/2017

Trecho da Paralela será interditado para obras de revitalização de passarela do Imbuí

Infraestrutura urbana  🚧

A interdição ocorrerá das 22h de hoje (2/05) até 5h de amanhã (3/05), com colocação de bloqueio pouco antes do acesso ao 6º Batalhão do Exército, desviando o tráfego para a via marginal da avenida. Os motoristas poderão retornar à pista principal na altura do Viaduto de Narandiba.

Da Redação
divulgação/CCR
A CCR Metrô Bahia e o Consórcio Mobilidade Bahia informam que um trecho da pista principal da Avenida Paralela, sentido Aeroporto, será interditado para instalação de uma peça da passarela do Imbuí (próxima à Advocacia Geral da União), dando continuidade à revitalização de passarelas na região. A interdição ocorrerá das 22h de hoje (2/05) até 5h de amanhã (3/05), com colocação de bloqueio pouco antes do acesso ao 6º Batalhão do Exército, desviando o tráfego para a via marginal da avenida. Os motoristas poderão retornar à pista principal na altura do Viaduto de Narandiba. Durante esse período, não será possível utilizar o viaduto do Imbuí para retorno no sentido Centro/Aeroporto. Os motoristas podem fazer o retorno no viaduto da Av. Luís Eduardo Magalhães.
Com informações da CCR Metrô Bahia  02/05/2017

segunda-feira, 1 de maio de 2017

São Luis (MA) terá obras importantes de infraestrutura viária e transportes ainda esse ano

Infraestrutura viária  🚏

O projeto será realizado por meio da Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB) com início de implantação ainda no primeiro semestre deste ano,e prevê a reestruturação do sistema viário e transporte com a implantação vias exclusivas para ônibus e ciclovias,em uma área cuja ocupação e crescimento tem se configurado de forma cada vez mais expressiva

Da Redação
foto - divulgação
Transporte público com sistema de ônibus rápido, sistema de tráfego binário, vias exclusivas para ônibus, priorização do transporte coletivo nos semáforos, calçadas largas e ciclovias segregadas, estes farão parte de um dos maiores investimentos na história da mobilidade urbana do Estado que visa reestruturar a Avenida dos Holandeses e Avenida Litorânea e todo o sistema viário e de transporte da região noroeste da Ilha. O projeto será realizado por meio da Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB) com início de implantação ainda no primeiro semestre deste ano.
O projeto prevê a reestruturação do sistema viário e transporte em uma área cuja ocupação e crescimento tem se configurado de forma cada vez mais expressiva. “O sistema viário e de transporte da Ilha de São Luís precisa ser reestruturado e preparado para as demandas atuais e futuras de crescimento da população. Por isso, o Governo do Estado decidiu iniciar o projeto de corredores de ônibus rápidos na região noroeste, que inclui os municípios de São Luís, Paço do Lumiar e São José de Ribamar”, explica o presidente da MOB, Artur Cabral. A obra será realizada, em quase toda sua extensão, em uma rodovia estadual (MA-203), onde é permitida a intervenção do Estado no sistema viário.
Ainda que outras rodovias já estejam passando por algumas dificuldades na trafegabilidade, Cabral explica a complexidade em intervir nestas regiões e a escolha da Holandeses, “em rodovias como a MA – 201, 202 e 204, principalmente, a MA-202 (Estrada da Maioba), é necessária uma maior discussão e encontrar a melhor solução para resolver a ocupação das faixas de domínio – áreas que se estendem desde o eixo das rodovias até 35m – que não podem ser ocupadas e, atualmente, estão invadidas. Este é um dos fatores que viabilizam a escolha desse projeto e a condução das obras com maior fluidez e menor tempo de execução”. Os investimentos serão realizados na MA-203 (Avenida dos Holandeses), desde o Araçagi até a Ponta D’Areia, e na Avenida Litorânea com a extensão de mais 2km no bairro do Olho D’água, em função da necessidade de maior fluidez do tráfego.
Além destas, ocorrerá, também, a reestruturação das ruas de entorno que fazem a conexão entre essas duas vias, como a Avenida Colares Moreira, Rua São Carlos e Rua das Cegonhas (Olho D’água), e as vias de ligação entre a Rua Búzios e a Avenida dos Holandeses.

Sistema Binário e Vias exclusivas para ônibus
Dentro de um sistema binário que consiste em transformar vias paralelas e próximas, de mão dupla, em vias de sentido único, com a função de contribuir no melhor uso do espaço da via e na diminuição de conflitos entre veículos, pedestres e ciclistas, as vias contarão com semáforos inteligentes conectados aos ônibus que terão prioridade sob os outros veículos, resultando em um transporte mais rápido. Em alguns trechos, os ônibus passarão por uma faixa central e, em outras, lateral, sendo faixas segregadas que permitirão apenas a passagem dos ônibus.
O trecho da MA-203 (Avenida dos Holandeses) entre a avenida São Carlos e a Colares Moreira terá um sentido único (Centro – Bairro). Em complemento, a Avenida Litorânea fará o sentido oposto (Bairro – Centro), somente no trecho entre a Avenida São Carlos (Olho D’água) e a ponte do Rio Calhau, incluindo a duplicação da Colares Moreira entre a Avenida dos Holandeses e a Avenida Litorânea.
“Isso foi necessário para dar maior fluidez de tráfego na Avenida dos Holandeses, uma vez que a avenida ainda não possui saturação de tráfego. Os congestionamentos são em função das interseções. A alternativa seria a construção de elevados no local das rotatórias, mas do ponto de vista estético não é recomendável, além de desvalorizar os imóveis no entorno”, finaliza o presidente.
Com informações da MOB/Gov.Maranhão   01/05/2017