quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Prefeitura de São Luís amplia tempo de utilização do Bilhete Único

Mobilidade  🚌

Agora, os usuários têm até duas horas para fazer a mudança de ônibus desde que permaneça no mesmo sentido da viagem e uma hora, se optar por trafegar no sentido oposto. A medida já está em vigor e integra as melhorias no sistema de transporte de São Luís implantadas pela gestão do prefeito Edivaldo Holanda Jr. 

Da Redação
foto - ilustração/Pregopontocom
Terminal Boa Viagem
A Prefeitura de São luis ampliou o tempo de uso do Bilhete Único, serviço que permite ao usuário do sistema de transporte urbano da capital embarcar em linhas de ônibus integradas fora dos terminais, pagando apenas uma tarifa. Agora, os usuários têm até duas horas para fazer a mudança de ônibus desde que permaneça no mesmo sentido da viagem. Se optar por trafegar no sentido oposto, o tempo agora é de uma hora. O Bilhete Único possibilita ganho de tempo, economia para o usuário e contribui para equilibrar o fluxo nos terminais de integração de São Luís. A medida já está em vigor e integra as melhorias no sistema de transporte de São Luís implantadas pela gestão do prefeito Edivaldo Holanda Jr.
 A capital São Luis conta hoje com uma frota de ônibus 90% renovada e com idade média de 4,5 anos em contraponto aos ônibus sucateados, com até 11 anos de uso, que circulavam na nossa cidade. Metade da frota tem ar-condicionado, dando mais conforto aos passageiros durante as viagens. 
O Bilhete Único foi implantado em 2015. Desde então, os usuários tinham 1h30 para fazer a mudança de coletivo, pagando uma única passagem, permanecendo no mesmo sentido da viagem. Caso o passageiro quisesse embarcar em um ônibus no sentido oposto, o tempo era de 45 min. A utilização do sistema é bem simples. Basta o passageiro passar seu cartão de transporte no validador de passagem, efetuando o pagamento da tarifa normalmente. Depois, caso queira, poderá pegar outro ônibus, em qualquer ponto de parada. O Bilhete Único funciona com o cartão de transporte tradicional ou carteira de estudante. O tempo começa a contar do momento em que o usuário passa o cartão de transporte no validador de passagem, localizado na catraca do ônibus. Com o Bilhete Único, o passageiro que utiliza o transporte urbano de São Luís pode pegar outro ônibus, do sistema integrado, em qualquer ponto da cidade sem a necessidade de pagar outra passagem ou de de esperar a chegada em um terminal de integração.

foto - ilustração/Pregopontocom
Terminal Boa Viagem
Cerca de 50% da frota, 365 ônibus, são equipados com sistema de  ar-condicionado, garantindo mais conforto para o usuário. Além de ar-condicionado e acessibilidade, os novos veículos são equipados com GPS, que permitiu ao sistema a implantação de serviços como Biometria Facial, para coibir fraudes no uso de gratuidades e meia-passagem; Bilhete Único; Recarga Embarcada; Cartão Criança; aplicativo Meu Ônibus, entre outros que operam em toda a frota circulante, garantindo mais comodidade e segurança aos passageiros.
O sistema de transportes urbanos de São Luis conta com um CCO (Centro de Controle de Operações), que possibilita o acompanhamento, em tempo real, de corredores viários e do sistema de transporte da capital, melhorando o ordenamento do trânsito na capital, tornando-o mais ágil e, consequentemente, diminuindo o tempo de deslocamento. 
Com informações da Prefeitura de São Luis  10/12/2020

Sistema Ferry-Boat tem movimento intenso de veículos sentido Salvador/Itaparica nesta quarta(10)

Boletim Informativo - Travessia marítima  🚢

O sistema Ferry-Boat, Salvador/Itaparica tem movimento com fluxo intenso para veículos e tranquilo para passageiros no terminal São Joaquim nesta quarta(10). Em Bom Despacho,o movimento é moderado para veículos e tranquilo para passageiros.O sistema opera com 4 embarcações,- Zumbi dos Palmares, Pinheiro, Ivete Sangalo e Rio Paraguaçu,- com saídas nos horários regulares de hora em hora.O transporte de passageiros continua com lotação limitada a 75% da capacidade total de cada embarcação.

foto - ilustração/arquivo


quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

🔴 OAB aciona STF por compra de vacinas da Covid - SEU JORNAL DA TVT

 Notícias  📺

Rui Costa - Se a Anvisa atrasar, nós vamos ao STF para poder vacinar a população

Política/Saúde 💉

O governador da Bahia  Rui Costa afirmou que ao anunciar compra de seringas e agulhas que se a Anvisa atrasar, irá ao STF para poder vacinar a população.De acordo com o gestor, o Estado não pode marcar vacinação sem aprovação da Anvisa, no entanto, se alguma organização internacional validar, o órgão de vigilância sanitária pode acelerar as etapas de liberação.

Da Redação
foto - ilustração/arquivo
Na manhã desta quarta-feira (9), o governador Rui Costa afirmou que pode entrar com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir liberação ágil da vacina contra o coronavírus. De acordo com o gestor, o Estado não pode marcar vacinação sem aprovação da Anvisa, no entanto, se alguma organização internacional validar, o órgão de vigilância sanitária pode acelerar as etapas de liberação. “Assim que ela (a vacina) for aprovada, regulamentada por qualquer órgão de expressão mundial, no nosso entender, a Anvisa não precisa repetir todos os protocolos e poderia aderir à esta aprovação. Nós acompanharemos dia após dia. Assim que qualquer vacina for aprovada internacionalmente por qualquer organismo, nós vamos atuar conforme for necessário. Se a Anvisa atrasar, nós vamos ao STF pra poder vacinar a população”, disse. O governador anunciou ainda que a Bahia já está se equipando para a imunização assim que a vacina for liberada. “Estamos comprando, nesta quarta-feira [9], 19,8 milhões de seringas e agulhas para vacinar baianas e baianos contra o coronavírus. Isso faz parte do nosso planejamento para a vacinação em massa na Bahia, mas precisamos que o Governo Federal seja ágil na certificação de uma das vacinas já existentes contra a Covid-19, para que assim possamos dar início a esta nova etapa de enfrentamento da pandemia no Brasil. A entrega das seringas e agulhas adquiridas pelo Governo do Estado será imediata e estamos investindo R$ 5,5 milhões neste processo”, informou Rui.
Com informações da Secom BA  09/12/2020

Cientistas encontram antigas aldeias na Amazônia dispostas em forma de relógio

Meio ambiente/Pesquisa 😟

Antigas aldeias na Amazônia construídas entre 1300 d.C. e 1700 d.C. e dispostas como um relógio foram encontradas no estado do Acre, na Região Norte do Brasil.

Sputnik
© Foto / Pixabay - Sputnik
A descoberta foi feita pela equipe internacional de cientistas durante exploração da Floresta Amazônica usando tecnologia LiDAR para escanear o céu acima da floresta tropical. Os resultados foram publicados no site da Universidade de Exeter (Reino Unido). LiDAR, que significa Detecção de Luz e Alcance, é um método de análise remota com utilização de laser. Pelos intervalos entre a pulsação do laser e comprimentos de ondas pode ser compilado um mapa 3D da paisagem, retirando elementos que podem cobrir as características geológicas e arqueológicas. Os resultados da pesquisa revelaram uma particular disposição de antigas aldeias circulares, conectadas através de uma rede de estradas enterradas e aterros altos que irradiam do círculo da aldeia como os traços de um relógio ou raios solares. Foram documentadas cerca de 35 aldeias, que consistem principalmente de três a 32 montes dispostos em um círculo de diâmetro de 40 a 153 metros. Aldeias antigas recém-descobertas dispostas como um relógio são mais uma prova do impacto humano na geometria da Amazônia por design. Contribuição do LiDAR para a compreensão dos padrões de assentamento das aldeias de montes na Amazônia. O professor da Universidade de Exeter, Jose Iriarte, contou que o escâner LiDAR permitiu os cientistas detectar a disposição particular, "o que era impossível antes, porque a maioria [das aldeias] era invisível aos melhores dados de satélite disponíveis". A extensão das construções e sua configuração arquitetônica permaneceram escondidos por muito tempo sob os restos da densa floresta tropical, mas o recente desmatamento da Amazônia revelou a presença de aldeias de montes circulares.
Fonte - Sputnik  09/12/2020

Negros são maioria dos mortos pela polícia em 5 estados, diz pesquisa

Direitos humanos 

Com 97%, Bahia registrou maior percentual no ano passado,a maior parte das pessoas mortas pelas polícias da Bahia, do Ceará, de Pernambuco, do Rio de Janeiro e de São Paulo no ano passado é negra.O levantamento é da Rede de Observatórios da Segurança

Ana Cristina Campos
Repórter da Agência Brasil
foto - ilustração/arquivo
Levantamento da Rede de Observatórios da Segurança mostra que a maior parte das pessoas mortas pelas polícias da Bahia, do Ceará, de Pernambuco, do Rio de Janeiro e de São Paulo no ano passado é negra. A Bahia apresenta o maior percentual: 97% dos mortos em ações policiais eram negros. No estado de Pernambuco, a proporção de negros entre as vítimas foi de 93%. Segundo o relatório, a polícia do Rio de Janeiro matou 1.814 pessoas no ano passado, das quais 86% eram negras. No Ceará, o percentual de negros mortos em decorrência de intervenção policial alcançou 87%. No estado de São Paulo, 63% dos mortos em ações policiais eram negros. De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2019, 74% dos homicídios no Brasil foram de pessoas negras e 79% dos mortos pela polícia também eram pessoas negras. “Com esses dados, podemos mostrar que não é um viés racial, não é excesso de uso da força, não é violência policial letal acima do tolerado, é racismo. Quando analisamos a violência policial, nós não conseguimos contabilizar abordagens violentas, espancamentos, humilhações do dia a dia, mas conseguimos contar os corpos empilhados nessas ações”, disse, em nota, a coordenadora da Rede de Observatórios da Segurança e do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania, Silvia Ramos. Segundo a Rede de Observatórios da Segurança, os dados foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação diretamente com as secretarias de Segurança dos estados que, posteriormente, foram checados e comparados com informações sobre cor das populações de cada estado no censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A situação da segurança pública nos cinco estados começou a ser monitorada pela Rede de Observatórios da Segurança no ano passado. O Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Cesec), da Universidade Cândido Mendes, coordena o trabalho, que tem como parceiros a Iniciativa Negra, da Bahia; o Laboratório de Estudos da Violência da Universidade Federal do Ceará (UFC); o Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares de Pernambuco e o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (USP). Estados Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) da Bahia informa que as ações policiais são realizadas após levantamentos de inteligência e observação da mancha criminal. “A SSP destaca ainda que todos casos que resultam em mortes são apurados pela Corregedoria e, existindo indício de ausência de confronto, os policiais são afastados, investigados e punidos, caso se comprove a atuação delituosa”, diz a secretaria. Em nota, a Polícia Militar (PM) do Estado do Rio de Janeiro informa que a política de segurança do governo estadual é baseada em inteligência, investigação e tecnologia das polícias Civil e Militar. “As operações realizadas para localizar criminosos e apreender armas e drogas são pautadas por informações da área de inteligência e seguem, rigorosamente, as determinações legais, priorizando sempre a preservação de vidas, tanto de policiais quanto dos cidadãos.” A Secretaria e Segurança Pública de São Paulo diz que não comenta pesquisa cuja metodologia desconhece e informa que o compromisso das forças de segurança no estado é “com a vida, razão pela qual medidas para a redução de mortes são permanentemente estudadas e implementadas pela pasta”. “Todas as circunstâncias relacionadas às mortes decorrentes de intervenção policial são rigorosamente investigadas pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil, pela Polícia Militar, por meio de IPM [inquérito policial militar], com acompanhamento das corregedorias e do Ministério Público, e relatadas à Justiça. Quando comprovados delitos cometidos pelos agentes de segurança, as punições são determinadas de acordo com as leis nacionais e com o Código Disciplinar da PM”, afirma a pasta. A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará disse, por meio de nota, que os agentes de segurança pública participam de cursos de formação inicial e continuada, realizados na Academia Estadual de Segurança Pública, baseados na matriz curricular da Secretaria Nacional de Segurança Pública e Defesa Social (Senasp/MJ), que prevê uma formação humanizada e de intervenções técnicas, “propiciando a formação de profissionais de segurança pública, preocupados com as questões sociais e a resolução de conflitos”. “A SSPDS e suas vinculadas ressaltam que mantêm o compromisso de formar seus profissionais para a devida prestação do serviço público, por meio de políticas públicas que assegurem direitos e garantias fundamentais aos cidadãos”, afirmou a pasta. A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco e aguarda posicionamento.
Fonte - Agência Brasil  09/12/2020

Ferry-Boat tem movimento intenso de veículos no terminal de São Joaquim sentido Itaparica nesta quarta(09)

Boletim informativo - Travessia marítima  🚢

O sistema Ferry-Boat, que opera na travessia marítima entre Salvador e a ilha de Itaparica mantém nesta quarta(09) 5 embarcações em serviço, Zumbi dos Palmares, Rio Paraguaçu, Dorival Caymmi, Ivete Sangalo e Pinheiro, com saídas nos horários regulares com intervalos de uma hora entre cada partida nos dois sentidos. O movimento apresenta um fluxo intenso para veículos e tranquilo para passageiros no terminal de São Joaquim. Em Bom Despacho, movimento é moderado para veículos e tranquilo para passageiros.

foto - ilustração/arquivo

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Elevador Lacerda de Salvador completa 147 anos nesta terça(08)

 Mobilidade/Transporte vertical 

O Elevador Lacerda é um meio de transporte público vertical da cidade de Salvador BA,sendo o primeiro elevador urbano do mundo. A 1ª torre foi inaugurada em 8 de dezembro de 1873,passando a ser o elevador mais alto do mundo, com 63 metros. A partir de 1930,com a nova estrutura passou a ter 72 metros de altura.O elevador Lacerda liga a cidade alta,na Pça Municipal, a cidade baixa,na Pça.Cairu. Idealizado por Antônio de Lacerda,no inicio do seu funcionamento foi chamado de Elevador Hidráulico da Conceição e popularmente conhecido como Parafuso. O Elevador Lacerda é um dos principais cartões postais da cidade de Salvador,e foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em 7 de dezembro de 2006.

foto - ilustração/Wikipédia


Futuro prefeito de Niterói se reúne com técnicos que farão estudo de viabilidade do VLT

Transportes sobre trilhos  🚄

Técnicos do consórcio, liderado pela empresa Des Villes et Des Hommes (DVDH), apresentaram ao prefeito eleito a metodologia do estudo que vai avaliar a implantação de uma linha que ligará Charitas ao Terminal João Goulart, no Centro, e seguirá para o Barreto. 

O Fluminense
foto - ilustração/arquivo
O prefeito eleito de Niterói, Axel Grael, se reuniu, na manhã desta segunda-feira (07) com representantes do consórcio que fará o estudo de viabilidade técnica e financeira do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). A agenda de transição também contou com reuniões com o futuro secretário Executivo, Bira Marques, e com o secretário de Urbanismo, Renato Barandier, que se manterá no cargo. Técnicos do consórcio, liderado pela empresa Des Villes et Des Hommes (DVDH), apresentaram ao prefeito eleito a metodologia do estudo que vai avaliar a implantação de uma linha que ligará Charitas ao Terminal João Goulart, no Centro, e seguirá para o Barreto. O trabalho é financiado e contratado pelo Governo da França, através de um fundo pleiteado pela Prefeitura de Niterói. "Desafio para todas as grandes cidades do mundo, a mobilidade urbana continuará sendo uma das prioridades da Prefeitura de Niterói. Este estudo de viabilidade é estratégico para o desenvolvimento da nossa cidade", disse Grael, que teve Covid, cumpriu o período de isolamento orientado pelos médicos e retomou nesta segunda-feira agendas presenciais do trabalho de transição de governo.

Fonte - Revista Ferroviária  08/12/2020

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Neoliberalismo: o exterminador de direitos e empregos dignos

 Ponto de Vista/Economia  🔍

Para o capital, é preciso que seja mantido, a todo o custo, o lucro às custas da exploração da mão de obra, seja pelo aumento das jornadas de trabalho, intensificação com aumento da produtividade ou flexibilização das relações trabalhistas. Nesse contexto de crise sistêmica, a reforma trabalhista no Brasil, aprovada em 2017 no formato da lei ordinária 13.467, foi talvez a medida mais contundente do neoliberalismo, nos últimos anos, para garantir que o capital sobreviva a qualquer forma de resistência e conquistas dos trabalhadores.

Manuella Soares* - Portogente 
foto - ilustração/arquivo
Não há dúvidas de que para o capitalismo se reproduzir é preciso que se reduza o valor da força de trabalho como de forma contrarrestar a tendência à queda da taxa de lucro das empresas e do setor financeiro. Para o capital, é preciso que seja mantido, a todo o custo, o lucro às custas da exploração da mão de obra, seja pelo aumento das jornadas de trabalho, intensificação com aumento da produtividade ou flexibilização das relações trabalhistas. Nesse contexto de crise sistêmica, a reforma trabalhista no Brasil, aprovada em 2017 no formato da lei ordinária 13.467, foi talvez a medida mais contundente do neoliberalismo, nos últimos anos, para garantir que o capital sobreviva a qualquer forma de resistência e conquistas dos trabalhadores. Em 11 de novembro último, a reforma que desregulamentou a mediação jurídica do capital-trabalho no País completou três anos de vigência. Ao contrário do discurso cantado em verso e prosa por seus defensores de que a flexibilização das relações trabalhistas traria mais emprego e atrairia mais investimentos externos, o que se viu neste período foi exatamente o contrário. No segundo trimestre de 2020, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad/IBGE), o desemprego atingiu 14,1 milhões de pessoas, superando os 13,2 milhões de desocupados, em média, do ano de 2017. Os seis milhões de empregos prometidos a partir das alterações na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) não só não foram criados como a política neoliberal aumentou a força de trabalho excedente ou subutilizada de brasileiros, especialmente de mulheres. A taxa de desocupação entre as mulheres chegou a 16,8%, este ano. Entre os homens está em 12,8%. A taxa total de desempregados, no País, hoje, é de 14,6%. Quanto ao aumento de investimentos externos para alavancar a economia, outra promessa alardeada, o que assistimos foi uma fuga de capitais recorde ainda antes da Organização Mundial da Saúde (OMS) decretar o estado de pandemia do novo coronavírus. Em 4 de março último, foi registrada a retirada de R$ 44,8 bilhões da bolsa de valores brasileira, superando o recorde anterior de 2019 de R$ 44, 5 bilhões, segundo informações da Agência InfoMoney. Reforma e pandemia Por conta da pandemia, o ano de 2020, segundo o economista e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Marcio Pochmann, é atípico para análises de desenvolvimento econômico e índice de desemprego, não só no Brasil, mas em todo o mundo. Mas os efeitos da reforma, aqui, não estão relacionados à pandemia. “As medidas de desregulamentação do mercado de trabalho a partir da reforma trabalhista não vieram acompanhadas de geração de empregos. Isso é o que se pode comprovar nesses últimos três anos. O Brasil não recuperou o nível de ocupação que havia perdido, inclusive, em função da recessão dos anos de 2015 e 2016 e da ausência de uma recuperação econômica”. Segundo Pochmann, ainda antes da pandemia da Covid-19, a economia brasileira se encontrava bem abaixo do que em 2014, ano no qual o Produto Interno Bruto (PIB) fechou com alta de 3,5%. Em 2019, o PIB fechou o ano com crescimento de 1,1%. “Vejo com dificuldade comparações, mas obviamente se a nossa situação já era difícil, agora, é ainda mais. Isso porque as indicações de queda no nível de atividade para 2020 apontam que o Brasil deverá encolher entre 5% a 7%. E se de fato isso vier a se confirmar a partir de janeiro, o País terá sua economia valendo cerca de 90% do que era em 2014”. Reforma agudiza precarização A expansão da ocupação nesses três anos de reforma se deu com o crescimento de postos de trabalho precários, muitos sem qualquer vínculo ou direitos. De lá para cá cresceu enormemente o número de Microempreendedores Individuais (MEIs), que nada mais são do que ‘empresários de si mesmo’ ou trabalhadores que têm uma relação contratual na qual precisam “empreender” sua força de trabalho arcando com todo o investimento material e laboral. Como não são considerados assalariados, mesmo cumprindo jornadas de trabalho às mais variadas, não têm direito a 13o terceiro, férias ou qualquer garantia caso a prestação de serviço seja suspensa pelo “patrão” contratante. Avanço do neoliberalismo Para Pochmann, a reforma trabalhista é mais uma tentativa de se implementar as políticas neoliberais no Brasil. A primeira, segundo o economista, aconteceu durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, quando foram criadas modalidades de redução do custo da força de trabalho e medidas que facilitaram a contratação e demissão dos trabalhadores. “Naquela oportunidade, apesar da retórica governamental favorável às políticas desregulamentatórias do mercado de trabalho como forma de alavancar o crescimento econômico, o resultado em termos de geração de empregos e até mesmo de formalização das ocupações foram pífios. O balanço que se pode fazer é, mais uma vez, que políticas neoliberais produzem um resultado pífio. O emprego não cresceu e os postos de trabalho são muito precários, o faz com que as pessoas que exercem esse tipo de trabalho permaneçam excluídas de quaisquer direitos.” A retórica da desregulamentação do trabalho como forma de facilitar a vida dos empregadores para de alavancar a economia voltou com tudo a partir do golpe de 2016, avalia Marcio Pochmann. “Não mais associada a essa ideia da incapacidade de o país criar assalariados, mas a de que os empregos assalariados seriam gerados justamente pela redução do custo de contratação e pela facilitação em termos de contratação e demissão. É esse, de forma simplificada, o objetivo geral tanto da aprovação da lei da terceirização que ocorreu também em 2017 quanto da própria reforma.” Para o economista, esse seria o equívoco central dos que acreditam que reduzir o custo do trabalho e cortar direitos dos trabalhadores vai fazer com as empresas contratarem ou abram mais postos de trabalho. “O que estamos vendo é o efeito inverso com todas as reformas. No caso da Reforma da Previdência, foi passada a ideia de que o objetivo era reduzir um trilhão de reais em dez anos. Cerca de cem milhões de reais deixariam de ser transferidos para os aposentados e pensionistas. Mas se estes receberem menos dinheiro, terão menos dinheiro para o consumo. Então o efeito é inverso. Se se consome menos, a demanda por produtos e serviços que poderiam gerar empregos é menor. A não ser que o país se transformasse numa plataforma de exportação e a demanda viria do exterior. Mais isso está distante de ocorrer no caso brasileiro porque temos problemas de competividade e ao mesmo tempo o cenário internacional é de baixo dinamismo e de muita oferta de produtos de vários países”, explica. Caráter ideológico da reforma O pesquisador e professor do Departamento de Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Marcelo Castañeda diz que reforma trabalhista afetou apenas uma parcela da população economicamente ativa. Castañeda destaca o caráter ideológico da reforma, que estabeleceu uma posição contrária dos trabalhadores que foram precarizados em relação aos que ainda conseguem manter seus empregos formais e alguma regulamentação. “Boa parte da população já não usufruía de todos os direitos estabelecidos pela CLT, em função da terceirização, quarteirização e da precarização, que são anteriores à reforma. A lei foi aprovada sem grandes mobilizações, o que mostra que uma parcela da classe trabalhadora organizada em entidades formais de classe, assim como em partidos de esquerda, na época do governo Temer, acabou não tendo um papel tão relevante no sentido do enfrentamento e de explicar para a população o significado dessas perdas e que era necessário que os trabalhadores da informalidade lutassem em conjunto com os formais para que as garantias trabalhistas fossem mantidas. Quem hoje ainda tem direitos acaba sendo visto como privilegiado.” Individualisno e meritocracia Segundo o docente da UFRJ, a ‘uberização’ e a pejotização são recursos das empresas para desregulamentar o mercado e imprimir uma lógica individualista e meritocrática. E o trabalhador acaba comprando a ideia de que pode se manter sua trabalhabilidade negociando diretamente com os contratantes ou empregadores sem que tenham seus direitos garantidos. “A chamada uberização que vem exatamente no sentido da desregulamentação total do mercado de trabalho. Temos uma perspectiva cada vez mais individualizada de relações, o que se reflete nos discursos de mérito. Só se recebe o que se produz e essa lógica individualista acaba criando várias barreiras para a organização coletiva. Cada vez mais o caráter de classe se faz necessário. Precisa haver uma inter-relação e integração entre os que ainda têm uma relação de trabalho formal e direitos e os que foram precarizados e estão por si só, tendo que negociar sua força de trabalho diretamente seja com um contratante ou uma plataforma tecnológica. São empreendedores de si que na verdade não empreendem nada. Simplesmente são explorados.” Uberizados Os que trabalham de forma uberizada têm parte de seu trabalho expropriada por plataformas digitais que extraem seus lucros diretamente a partir do desconto de percentuais do que é produzido em serviços pelo trabalhador. Esses trabalhadores encaram jornadas de até 16 horas para garantir uma remuneração suficiente para pagar as contas e se manter ativo, em um regime totalmente desregulado pelo Estado, sem garantia de qualquer direito trabalhista. Essa é realidade do motorista de aplicativo Juarez Emmerick, 43 anos, que foi taxista até 2018, quando as plataformas digitais já alcançavam uma grande parcela do mercado de serviços de transporte e entrega no Brasil. Nesse período precisou vender sua autonomia e migrar como motorista para os aplicativos que ofereciam aos passageiros preços menores em relação ao transporte individual regular. “O preço das corridas feitas pelo Uber ou outros aplicativos eram bem menores e não conseguimos mais concorrer como taxistas. Precisei vender meu carro e investir nessa modalidade. Hoje, com o retorno dos uberes após o confinamento, os aplicativos aumentaram os descontos e reduziram o valor da quilometragem. Isso aumenta nossa exploração e reduz nossa renda e até os recursos para manutenção do veículo.” À margem da legislação Priscila Damiana tem 35 anos e nunca trabalhou com carteira assinada. É um exemplo de quem vive à margem de qualquer regulamentação trabalhista. Há dez anos trabalha como diarista em seis casas diferentes, mas em nenhuma delas usufrui da regulamentação da Lei das Empregadas Domésticas. Como milhões de mulheres no Brasil, Priscila sustenta sozinha a casa e seu filho Ryan, de 12 anos. Trabalhando de segunda a sexta, em jornadas que chegam a 10 horas, em média, Priscila ainda consegue com sacrifício pagar as parcelas de sua casa, “uma laje”, no bairro de Realengo, na Zona Oeste do município do Rio de Janeiro. Na pandemia, como a maioria dos informais, a prestadora de serviços domésticos contou apenas com o auxílio emergencial e com a solidariedade de uma de suas “patroas” que manteve o pagamento das faxinas durante o confinamento. Priscila diz que o trabalho precário é apenas uma forma de sobrevivência. “Hoje consigo sobreviver, mesmo sem a ajuda do pai do meu filho, mas a faxina é um trabalho pesado. Não sei até quando vou conseguir manter essas duplas, triplas jornadas, de trabalhar fora, fazer as tarefas em casa e cuidar do meu filho. E sei que não conto com o apoio do governo para garantir nada.” Um novo sujeito social Durante a pandemia do novo coronavírus, o confinamento aumentou as vendas online principalmente no setor de alimentação. Nesse processo, emergiu uma certa consciência de classe por parte dos entregadores de aplicativos, incluindo muitos que perderam seus empregos nesse período, e que “se viram” como categoria essencial. Utilizando seus próprios meios, a maioria motos e bicicletas, aderiram a essa ocupação precária para garantir uma mínima renda diária para sobreviver ao aumento do desemprego. Esses trabalhadores que fazem “bicos” estão na ponta da precarização. Muitos se viram entregando comida, sem sequer ter o que comer. Nessa situação extrema, a ideia individualista sucumbiu à necessidade de algum tipo de organização coletiva. Durante a pandemia, ganhou força movimentos como o dos Entregadores Antifascista, cuja pauta principal é justamente o fim da uberização e a garantia de diretos. O movimento chegou a organizar duas greves nacionais, em junho e julho, que, apesar da pouca adesão e visibilidade, demonstraram que é possível a organização de trabalhadores informais. Para Marcio Pochmann, esse processo de intensificação da precarização do trabalho pode estar criando um novo sujeito social. “Guardadas as devidas proporções, o movimento dos informais pode reproduzir o que ocorreu nos anos 1970. Tendo em vista a alta inflação e as condições de vida inadequadas, operários vindos de outras regiões para as capitais do sudeste, atraídos pelo processo de industrialização, acabaram constituindo uma base social importante que se traduziu numa rebeldia que renovou o sindicalismo e que terminou de certa maneira fazendo com que esse sujeito social se tornasse um novo sujeito político relevante. Parece-me que, guardadas as devidas proporções, estamos diante de um movimento equivalente. Essas pessoas precisam se submeter aos “bicos” para sobreviver. Talvez o aumento dessa massa de trabalhadores sobrantes estabeleça uma contradição importante que é o fato de esses trabalhadores informais terem uma capacidade de organização e reação diferente dos trabalhadores formais que têm seus sindicatos e condições, em tese, melhores para poder reagir e resistir. Essa é uma contradição a qual precisamos considerar.”
*Jornalista do Rio de Janeiro 
Fonte - Portogente  07/12/2020

Trens do Metro de Fortaleza,Sobral e Juazeiro do Norte, circulam com iluminação especial de fim de ano

Transportes sobre trilhos  🚄  🚇

Metrô e trens de Fortaleza,Sobral,Juazeiro do Norte e Crato além do VLT de Parangaba-Mucuripe estão circulando com iluminação especial de fim de ano,os trens iluminados fazem parte da decoração de dezembro

Da Redação
foto - divulgação/Metrofor
O Metro de Fortaleza entra no clima de final de ano levando o brilho natalino às cidades de Fortaleza, Sobral, Juazeiro do Norte e Crato, com a circulação de trens com iluminação especial de fim de ano nestas cidades. Cortando diversos bairros, os trens iluminados fazem parte da decoração de dezembro. “Queremos cada vez mais reforçar laços de afeto, cidadania e carinho pelas cidades em que estamos operando, e também por todo o estado do Ceará. Somando-se aos esforços que temos feito para trazer melhorias nos serviços de transporte, essa é outra forma que o Metrofor tem de demonstrar esse sentimento, nesse período do ano que é tão especial para todas as pessoas e todas as famílias”, comenta o presidente do Metrofor, Fernando Oliveira. Em Fortaleza, a linha escolhida para a receber a iluminação especial de fim de ano foi o VLT Parangaba-Mucuripe (Linha Nordeste), que desde setembro funciona com suas dez estações. “O momento atual é do VLT, pois é uma linha que perpassa bairros com alto índice de adensamento, e esta é a parte da população que mais recentemente está convivendo com os trens do Metrofor, seja porque mora próximo dos trilhos, ou porque usa o VLT no seu dia-a-dia ou as duas coisas”, explicou o Diretor de Manutenção e Operação do Metrofor, Plínio Saboya. Na região do Cariri e em Sobral, as linhas de VLT também estão recebendo iluminação especial, que deve ser concluída e começar a operar nos próximos dias. “É gratificante esse trabalho porque a novidade agrega valor à nossas atividades de manutenções, e sabemos que, para a população, será algo especial assistir ao trem circulando com essa iluminação de fim de ano”, diz Antônio Fernando, Gerente do Contrato de Manutenções do Metrofor pelas empresas MPE Engenharia e TSM, apoiadoras do projeto. 

Outras ações natalinas
Para celebrar o Natal e a virada do ano, a Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos está preparando outras ações, como apresentações musicais e iluminação de estações e ações surpresas. VOLTAR AO TOPO
Com informações do Metrofor 07/12/2020

Movimento intenso no Ferry-Boat sentido Itaparica/Salvador nesta segunda(07)

Boletim Informativo - Travessia marítima 🚢

O movimento no sistema Ferry-Boat que realiza a travessia marítima entre Salvador e a ilha de Itaparica teve nesta segunda (07) durante o dia,fluxo moderado para veículos e tranquilo para passageiros no terminal São Joaquim. Em Bom Despacho, movimento esteve intenso para veículos e tranquilo para passageiros.Cinco embarcações estão em operação na travessia entre Salvador e a ilha, Zumbi dos Palmares, Rio Paraguaçu, Dorival Caymmi, Pinheiro e Ivete Sangalo, com saídas nos horários regulares de hora em hora. Seguem obrigatórios o uso de máscara pelos passageiros e com embarque equivalente a 75% da capacidade de lotação dos barcos.O embarque de veículos está liberado para capacidade total de cada embarcação.


foto - ilustração/arquivo


domingo, 6 de dezembro de 2020

A astronomia perde o radiotelescópio de Arecibo em Porto Rico

Ciência & Tecnologia  📡

Localizado em Porto Rico, o radiotelescópio de Arecibo não era famoso apenas por suas descobertas ou dimensão,com um prato refletor de 300 metros, foi até 2016 o maior do mundo, superado apenas pelo chinês Fast, com uma abertura de 500 metros

Pedro Peduzzi/Adrielen Alves
Repórteres da Agência Brasil
foto - ilustração/pinterest.com
A astronomia perdeu uma de suas mais importantes ferramentas para o estudo do Universo: o radiotelescópio de Arecibo, que com um prato refletor de 300 metros foi, até 2016, o maior do mundo – superado apenas pelo chinês Fast, com uma abertura de 500 metros. Localizado em Porto Rico, o radiotelescópio de Arecibo não era famoso apenas por suas descobertas ou dimensão. Ele serviu de cenário para vários filmes – entre eles, 007 Contra GoldenEye. Devido a problemas estruturais o radiotelescópio já estava em vias de ser desativado. No entanto, após o rompimento de alguns cabos, ele acabou colapsando no dia 1º de dezembro. “Este é mais um registro negativo a ser feito neste ano de 2020: o colapso do radiotelescópio de Arecibo. Um telescópio bastante importante para o estudo da radioastronomia, que é o estudo do Universo a partir das ondas de rádio”, lamenta o doutor em física e professor do Instituto Federal de Santa Catarina, Marcelo Schappo. Schappo é também coordenador do projeto de extensão Astro&Física, por meio do qual faz divulgações sobre física moderna e astronomia. Segundo ele, o radiotelescópio de Arecibo já vinha apresentando problemas desde agosto, quando o primeiro de seus cabos rompeu. “Em novembro, rompeu outro cabo e, no início de dezembro, ele colapsou após sua parte suspensa ter se soltado dos cabos, caindo em cima do disco refletor, inutilizando-o completamente. É realmente uma perda para a radioastronomia”. O físico explica que esse radiotelescópio participava ativamente da observação de planetas próximos, bem como do monitoramento de asteroides que possam apresentar algum risco de colisão com a Terra. “Ele participou, inclusive, da detecção dos primeiros exoplanetas”, acrescenta o físico, referindo-se ao radiotelescópio que foi construído entre 1960 e 1963 em um município homônimo a ele. Segundo Schappo, a radioastronomia é uma área bastante rica da astronomia. “A gente está acostumado a ver apenas luz visível, que basicamente são as cores do arco-íris. A luz visível são ondas eletromagnéticas, que fazem parte de um conjunto muito maior de ondas eletromagnéticas, que se chama espectro eletromagnético”, disse. Nesse sentido, acrescenta o físico, a astronomia moderna observa o Universo e os fenômenos astronômicos a partir das diferentes faixas das ondas eletromagnéticas. “Infelizmente Arecibo nos deixa na mão. Mas, por outro lado, existem sim outros radiotelescópios em operação na Terra, que vão certamente seguir o legado de informações que ele proporcionava”, complementa.
Fonte - Agência Brasil  05/12/2020


Vídeo do momento do desabamento