domingo, 21 de abril de 2024

VLT ou TREM? Qual solução ideal para a região do Subúrbio Ferroviário de Salvador?

Transportes sobre trilhos  🚄🚃🚃🚃🚃

Depois do fracasso do monotrilho, o governo do estado da Bahia volta a optar pela implantação de um sistema de VLT segregado para substituir os antigos trens do subúrbio de Salvador. Mais seria essa a  solução mais correta dentro de uma visão para um sistema a ser implantado para médio e longo prazo com possibilidade de expansão para a RMS e um futuro aumento de demanda?

Luis Prego Brasileiro
Salvador Sobre Trilhos
foto - ilustração/arquivo
Sobre o VLT - Existem duas categorias de sistemas de VLT, uma Urbana e outra segregada. O VLT urbano é um veículo com capacidade de lotação entre 200 e 300 passageiros e a sua velocidade é de 20km/h, pelo fato de circular em uma via urbana juntamente com outros veículos. O VLT segregado que não opera nem compartilha o seu espaço com nenhum outro tipo de veículo, ficando isolado em uma via restrita, tem capacidade de lotação média de 600 passageiros e opera a uma velocidade máxima de 60km/h, e a baixa capacidade e velocidade do VLT irá certamente comprometer o atendimento de uma demanda futura. Feita essas explicações vamos as seguintes colocações: (EMBORA SEJA EU UM ENTUSIASTA E ADMIRADOR DO VLT) não acho que o mesmo seja o sistema adequado para suprir as necessidades de deslocamentos da comunidade do chamado Subúrbio Ferroviário e parte da RMS pois o mesmo deverá chegar na Ilha de São João no município de Simões Filho. O Monotrilho que seria implantado tem características próximas do metrô, pois tem capacidade para transportar 1000 pasgs. podendo essa capacidade ser estendida com o aumento do numero de carros na composição a uma velocidade de 80km/h. Uma das vantagens do Monotrilho seria a liberação da faixa abaixo da via suspensa para implementação de diversos tipos de equipamentos que beneficiariam as comunidades de borda e lindeira, além do fato de por fim ao isolamento provocado pela ferrovia entre essas comunidades e o a faixa do litoral, compreendendo a praia e o mar. Porem o Monotrilho já descartado, por conta de uma licitação feita de maneira equivocada sendo o seu custo inicialmente, "sub dimensionado". (O custo do monotrilho de Salvador estava orçado em media de $71 mi por km/construído próximo do custo de um VLT, a linha 15 Prata do Monotrilho de São Paulo o custo por Km/construído está em torno de $246 mi),e como diz o ditado popular, "aguas passadas não movem moinho", é preciso encarar a realidade dos fatos. Todo e qualquer projeto na área de Mobilidade Urbana tem que ter no seu bojo a premissa de um planejamento para "Médio e Longo Prazo", projetos que demandam autos custos tem que ser duradouros e não passam por soluções imediatistas e paliativas de curta duração. Qual seria então a solução ideal para ser implantada na região do Subúrbio e da RMS? A solução passa por um projeto de uma ferrovia moderna com bitola(larga) de 1,43 ou 1,63 com trens modernos com velocidade igual ou maior que a do Metrô e com capacidade inicial para 1000 passageiros. Uma ferrovia que permitisse a sua expansão para outras localidades da RMS e cidades próximas e uma conexão transversal em alguns pontos com o sistema metroviário, ai sim, feita com sistemas de VLT. Acho que o Gov. do estado deveria ter um pouco mais de cautela e fazer um estudo mais apurado, para não repetir novamente erros de avaliação cometidos anteriormente. Quanto a questão do uso dos VLTs de Cuiabá, que estão parados a quase 10 anos além de serem desaconselhados, pois a tecnologia desses equipamentos evolui muito nesse últimos anos, o VLT de Cuiabá está na pauta do Gov. Federal para retomada das obras e a sua conclusão. - Uma outra coisa importante seria a transformação em um terminal de cargas do antigo píer da Cosisa em São Tomé de Paripe fazendo a sua ligação com a ferrovia da FCA, atualmente inoperante, que está ali bem próxima, facilitando assim uma ligação entre a ferrovia e o mar. Quanto ao VLT, uma linha entre a Pça.da Sé e o Campo Grande ou Canela, com via dupla(Ida e vinda) na Rua Chile e Av. Sete de Setembro até a Casa de Itália, e essas vias teriam restrição de transito de veículos entre as 7hs e as 20hs,onde apenas circulariam nesse horários os VLTs, alguns ônibus, carros de serviços e moradores cadastrados, a rua Carlos Gomes e Senador Costa Pinto continuariam com o fluxo normal. Essa linha de VLT faria também uma integração com a futura estação do Metrô no Campo Grande. As linhas transversais de VLT seriam implantadas nas avenidas que hoje já fazem a ligação da orla atlântica de Salvador com a orla do Subúrbio Ferroviário.
Pregopontocom 21/04/2024



Sobre o Monotrilho de Salvador
Custo inicial  = $1.5 bi
Extensão da linha = 21km
Nº de estações = 22
Custo por KM/construído =  $71mi

Monotrilho de São Paulo linha 15 Prata
Custo inicial = $6.4 bi
Extensão da linha = 26,6 km
Numero de estações = 18
Custo por Km/construído = $246 mi

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