O local fica há cerca de um quilômetro do Cais Valongo, o maior porto escravagista da história, já declarado patrimônio cultural da humanidade pela Unesco. Os arqueólogos que conduzem as pesquisas no local cruzaram mapas da época com informações de jornais, e a localização bate com anúncios de venda de escravos presentes no Jornal do Comércio.
Raquel Júnia - EBC
foto - ilustração/arquivo |
O local fica há cerca de um quilômetro do Cais Valongo, o maior porto escravagista da história, já declarado patrimônio cultural da humanidade pela Unesco. Os arqueólogos que conduzem as pesquisas no local cruzaram mapas da época com informações de jornais, e a localização bate com anúncios de venda de escravos presentes no Jornal do Comércio.
Ao final das pesquisas, devem ser definidas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Iphan, medidas a serem adotadas pela concessionária e pelo poder público para dar visibilidade aos achados, mas por enquanto não há a possibilidade de que a estrutura subterrânea fique exposta e nem que se altere o trajeto do VLT.
A arqueóloga do Iphan do Rio, Maria Cristina Leal Rodrigues, responsável por fiscalizar as pesquisas, afirma que a exposição total do sítio não é viável pelo fato de ele se encontrar no meio da via.
A descoberta só foi possível porque como parte do licenciamento da obra foi demandada pelo Iphan uma pesquisa arqueológica. O procedimento é comum em alguns tipos de obras que envolvem regiões com patrimônio cultural.
Roberto Stanchi, responsável pela Coordenação Nacional de Licenciamento do Instituto, explica que em várias cidades pelo Brasil e inclusive em outras partes do mundo com história muito mais antiga, como Roma, por exemplo, existem várias camadas de história e que nem tudo fica exposto, entretanto, ele reforça a necessidade de o país aprimorar essa relação entre o desenvolvimento e a preservação do patrimônio.
As pesquisas para que as obras prossigam devem durar pelo menos até outubro. O VLT já fez uma adequação no projeto, com a instrução do Iphan, para realizar um asfaltamento mais alto do que o originalmente previsto para a preservação do sítio. Entre os objetos encontrados, está uma bola de ferro, que pode ter sido usada como um grilhão.
Fonte - EBC Radioagencia Nacional 13/08/2018
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