Estado vai investir R$ 800 milhões em aeroportos no próximos 5 anos.Os principais desafios estão em priorizar algumas regiões do estado que seriam interessantes do ponto de vista das operações.Os recursos são oriundos dos governos estadual e federal.
Por Yuri Abreu - TB
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No encontro, foram discutidos os avanços e a regulamentação da aviação civil na Bahia, além de terem sido apresentadas as conclusões e atualizações dos estudos realizados ano passado, assim como as ações e melhorias previstas para os aeroportos regionais, englobando assuntos ambientais e os ligados a infraestrutura e desenvolvimento do setor. Dos 82 aeroportos administrados pela Secretaria, sete recebem voos comerciais atualmente.
“Existem algumas fórmulas que temos que seguir para determinar se uma cidade pode ou não receber vôos na Bahia, como a demanda de passageiros por dia, por exemplo. Nós já temos alguns municípios que receberão ampliação na sua estrutura como nos terminais de Guanambi e Feira de Santana, que também tem um estudo prevendo uma nova pista para receber aeronaves maiores. Nós consideramos a cidade um grande terminal de cargas. Em Barreiras será construído um novo terminal de passageiros”, disse o secretário da pasta, Marcus Cavalcanti.
Cavalcanti ainda informou que os aeroportos de Barreiras, Lençóis, Teixeira de Freitas Comandatuba devem ser concedidos à iniciativa privada. Ele destacou também que os incentivos a aviação regional tem feito com que empresas aéreas, como a Azul, tenham recolhido ICMS na casa dos 7%, quando o normal seria de 17%. “Além dela, estamos também discussão com as grandes companhias aéreas em função dos destinos turísticos que nós temos, além de Ilhéus e Porto Seguro, onde já acontecem operações”, salientou.
VIABILIDADE
Um dos autores do estudo que resultou no Plano Aeroviário, o professor e especialista em Aeroportos e Transporte Aéreo da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), Jorge Leal, destacou a grande quantidade de terminais que a Bahia possui e que atendem significativamente a todo o estado. “Nós mostramos que o percentual de aeroportos públicos com relação a área é proporcionalmente maior a que tem no resto do país. No entanto, devido a esse número, temos que priorizar alguns para que nós possamos atender as necessidades econômicas”, comentou.
Segundo ele, a principal dificuldade do estudo girou em torno da conscientização dos municípios no sentido de proteger seus aeroportos. “O que eu vi, nas nossas viagens pelo estado, é que a pista do aeroporto está lá e, logo em seguida, começam a aparecer construções em volta, comprometendo a segurança e, posteriormente, o fechamento do local”, disse Leal. A expectativa para o professor, após esse processo de modernização, é que os aeroportos sejam viáveis e passem a ter vôos regulares.
De acordo com o administrador do aeroporto de Feira de Santana, Valmir Andrade, ele espera que com o início dos investimentos, melhorias já possam acontecer. “Temos um terminal acanhado, com tecnologia, mas que atende a demanda”, contou. Ele também disse que já foram investidos, até então, cerca de R$ 25 milhões no equipamento – entre estado e concessionária. “Mais melhorias estão sendo feitas e temos um estudo de demanda que informa que a cidade comportaria mais vôos. No entanto, isso ficaria a cargo da companhia aérea definir”, acrescentou. Atualmente, a cidade tem o vôo diário para o aeroporto de Confins, em Minas Gerais.
Atualmente operando em 10 cidades da Bahia, a empresa Azul pretende ampliar a sua área de atuação no estado. “Temos uma programação em colocar mais um voo aqui, não decidimos onde, mas muito provavelmente será já este ano e na região de Guanambi. Estamos em negociações com o governo por mais um ajuste no ICMS, e acredito que ainda este ano, iniciemos a operação por lá”, relatou o diretor de relações institucionais da empresa, Ronaldo Veras.
De acordo com Veras, os principais desafios estão em priorizar algumas regiões do estado que seriam interessantes do ponto de vista das operações. “Estamos observado cidades como Jequié e Vitória da Conquista, onde pleiteamos operação com o jato. Tem também a parte do ICMS, já que 44% do custo do vôo está relacionado ao combustível e a questão do mercado de cargas que também nos interessa”, finalizou.
Fonte - Tribuna da Bahia 29/07/2015
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