sábado, 25 de janeiro de 2014

Moscou adverte Estados Unidos a não interferir na situação da Ucrânia

Internacional

Voltaram a acontecer manifestações em Kiev na madrugada deste sábado, 25


Em entrevista à televisão russa, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, advertiu os Estados Unidos a não interferir nos acontecimentos da Ucrânia. Lavrov disse que discutiu a crise ucraniana com o secretário de Estado americano, John Kerry, durante a conferência Genebra-2, para a paz na Síria, e que, então, chamou a atenção de seu colega dos EUA para o fato de que “agora é muito importante não interferir nos acontecimentos e evitar quaisquer declarações que apenas agravarão a situação”. E Lavrov concluiu: “Espero que ele tenha me ouvido.”Um oposicionista fotografa a linha de defesa da polícia, em Kiev, durante a trégua de sexta-feira, 24
Na sexta-feira, 24, o Secretário de Estado John Kerry tinha reafirmado o apoio dos Estados Unidos aos manifestantes ucranianos, dizendo que Washington está trabalhando com os seus aliados e altos funcionários do Governo da Ucrânia para pôr fim à violência entre as forças de segurança e os oposicionistas. “Nós estamos com o povo da Ucrânia”, proclamou Kerry no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça.
Neste sábado, 25, o líder do partido Svoboda (Liberdade), Oleg Tyahnibok, apoiado por dois outros oposicionistas, Vitali Klitschko e Arseni Yatsenyuk, convocou os ucranianos a criar unidades de defesa contra o Governo, e a tomar o poder em suas próprias mãos.
Na noite de sexta-feira para sábado foram reiniciados no centro de Kiev os confrontos entre manifestantes e a polícia. Milhares de pessoas ainda continuam na Praça de Independência. Durante toda a madrugada os manifestantes queimaram pneus e reforçaram suas barricadas, sendo ouvidos aguns tiros.
Ainda durante o dia da sexta-feira, 24, durante a breve trégua nas manifestações, as autoridades e a oposição acordaram em conceder anistia aos manifestantes detidos durante os protestos em Kiev. A informação foi do presidente do país, Viktor Ianukovich. Segundo ele, na reunião da quinta-feira, 23, foi acordado que aceitariam a decisão do Parlamento de introduzir uma lei da anistia para todos os que foram detidos durante o processo das manifestações, inclusive os radicais, mas que não tenham cometido crimes graves.
No dia 19 de janeiro os protestos da oposição em Kiev tiveram os confrontos intensificados entre os oposicionistas e as forças policiais. Os grupos mais radicais tentaram romper o cordão de isolamento em volta da quadra do Governo, jogando coquetéis molotov nos policiais. Durante os confrontos, três manifestantes morreram.
Fonte - Diário da Russia  25/01/2014

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado pela sua visita, ajude-nos na divulgação desse Blog
Cidadania não é só um estado de direito é também um estado de espírito