Na década de 70 foram investidos 2% do PIB, que decresceram até quase zero nas décadas perdidas de 80 e 90, para serem alavancados a partir do início deste século, prevendo-se retomar o patamar de 2% até 2020, em que pese o momento difícil que ora atravessamos.Assim, o empenho de todos é fundamental para se manter, ou mesmo ultrapassar, esta meta mínima de 2%
Vicente Abate*
Revista Engenharia
foto montagem - ilustração |
Entretanto, os investimentos na infraestrutura brasileira, envolvendo todos os modos de transporte, incluindo a mobilidade urbana, estão muito aquém do desejável.
Na década de 70 foram investidos 2% do PIB, que decresceram até quase zero nas décadas perdidas de 80 e 90, para serem alavancados a partir do início deste século, prevendo-se retomar o patamar de 2% até 2020, em que pese o momento difícil que ora atravessamos.
Assim, o empenho de todos é fundamental para se manter, ou mesmo ultrapassar, esta meta mínima de 2%, já que países similares ao nosso aplicam entre 5 e 10% de seus PIBs na infraestrutura de transporte.
Além de prover o País com uma necessária e premente infraestrutura integrada de transporte, colheremos um benefício adicional, qual seja, o de crescer nosso PIB em decorrência destes investimentos.
O transporte sobre trilhos se insere nesta integração proposta, seja na carga ou no transporte de passageiros. Com efeito, muitos projetos de expansão das malhas encontram-se em andamento e em diversos graus de execução.
Porém, variados obstáculos têm impedido uma maior velocidade para sua implementação. Questões como falta de projetos básicos, dificuldades para obtenção de licenças ambientais, atrasos nas desapropriações e, mais recentemente, escassez de recursos financeiros.
Para cada um deles há um equacionamento possível.
Os governos têm lançado PMIs (Procedimentos de Manifestação de Interesse), que têm sido bem recebidos pela iniciativa privada, a quem caberá entregar os estudos de viabilidade, incluindo o projeto básico, que darão segurança e celeridade às licitações.
Os governos ficarão responsáveis por facilitar e encaminhar os licenciamentos ambientais e as desapropriações, temas inerentes à sua “expertise”.
Por último, na questão dos recursos financeiros, mais difíceis nos tempos atuais, vemos os bancos públicos ainda com protagonismo, porém ladeados pelos bancos privados e pelo mercado de capitais, além dos organismos multilaterais internacionais.
Dessa forma, com vontade política, temos absoluta certeza que o País não deixará passar esta imensa oportunidade de crescer, até porque crises acontecem para ser superadas.
*Vicente Abate - Presidente da ABIFER
Fonte - ABIFER 19/10/2015
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