quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Aviação está mais acessível para famílias com renda entre dois e dez salários

Transporte aéreo

Os dados, divulgados nesta quinta-feira (22) pela SAC (Secretaria de Aviação Civil), mostram que o setor está mais inclusivo, na medida em que pessoas com menor faixa salarial passam a ter mais acesso à aviação.Foram ouvidos 150 mil passageiros em 2014

Evie Gonçalves - Agência CNT
foto - Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
Quase a metade (45%) dos passageiros que viajaram de avião no ano passado tinham renda familiar entre dois e dez salários mínimos. Os dados, divulgados nesta quinta-feira (22) pela SAC (Secretaria de Aviação Civil), mostram que o setor está mais inclusivo, na medida em que pessoas com menor faixa salarial passam a ter mais acesso à aviação. De acordo com a pesquisa “O Brasil que voa – Perfil dos Passageiros, Aeroportos e Rotas do Brasil”, desses passageiros, 6,1% têm renda de até dois salários mínimos, o equivalente a R$ 1.576. Outros 17,2% ganham entre dois e cinco salários e 21,7% recebem entre cinco e dez.
Para o ministro-chefe da SAC, o incremento dessa parcela da população se deve às companhias aéreas. Para manter a concorrência entre si e ter a ocupação necessária das aeronaves, elas têm reduzido o valor das tarifas. Em quatro anos, as passagens caíram 48% no Brasil. “O transporte aéreo está democratizado. Nós conseguiremos ver um crescimento de, no mínimo, 7% ao ano na demanda de passageiros nos próximos 20 anos”, afirmou Eliseu Padilha. A expectativa é que, em 2034, 600 milhões de pessoas viagem de avião anualmente.
O ministro acredita, ainda, que a crise econômica vivida pelo país não será percebida pelo setor de aviação e é momento de oportunidade. O argumento é que os turistas internacionais devem migrar para o território nacional. Além disso, com a proximidade do período de férias, como as viagens internacionais estão mais dificultadas devido à alta do dólar, as nacionais passam a ser alternativa e incrementarão, portanto, o mercado interno.

Setor estima deficit histórico
Apesar do otimismo do governo, a previsão do mercado é ruim para ao momento. De acordo com a Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas), a aviação deve terminar o ano com deficit de caixa superior a R$ 7,3 bilhões. Se a previsão se confirmar, o resultado seria o pior da história do setor. “Esse cenário coloca em risco uma década de conquistas, pois saltamos de um patamar de 30 milhões para 100 milhões de passageiros. Se não enfrentarmos com maturidade, as pessoas vão voltar para o ônibus”, acredita o presidente Eduardo Sanovicz.

Outros dados
O levantamento da SAC também mostra que 75% dos passageiros domésticos compram passagens aéreas a menos de 30 dias da data do embarque. Além disso, mais da metade dos passageiros compra seus próprios bilhetes. No Nordeste, o maior motivo das viagens é o lazer, enquanto que no Norte é trabalho/estudo.
Em relação aos embarques internacionais, mais de 70% dos passageiros viajam por lazer, contra 35,8% a negócios ou estudos. Além disso, o percentual de passageiros que compram passagens para fora do país com até 30 dias de antecedência é menor quando comparado com os embarques nacionais: 45,5%.
A pesquisa mostra ainda que passageiros de voos domésticos têm origem ou destino para quase 3,6 mil municípios. De todas as rotas desejadas, Rio de Janeiro (RJ) – Vila Velha (ES) é a que os passageiros mais gostariam de ver implantada, seguida por Blumenau (SC) – São Paulo (SP) e Campo Grande (MT) – Rio de Janeiro (RJ).
No total, 150 mil passageiros foram ouvidos, em 2014, em 65 aeroportos responsáveis por 98% da movimentação aérea do país. Cada um dos entrevistados respondeu a 70 perguntas. Todos os dados podem ser conferidos no site: www.aviacao.gov.br/obrasilquevoa.
Fonte - Agência CNT de Notícias  22/10/2015

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