Rayllana Lima
TB
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Organizada pelo Comando do 2º Distrito Naval, através da Capitania dos Portos da Bahia (CPBA), e com patrocínio da Braskem, a competição proporcionou um verdadeiro baile de veleiros e saveiros nas águas baianas. Embarcações dos tipos saveiros de vela içar, saveiros de vela de pena, canoas, barcos de pesca e catraias, foram distribuídas em 12 classes, saindo do Porto da Barra, indo até as boias próximas do farol de Mar Grande, e retornando para o ponto de início.
De acordo com o comandante José Antônio Freitas Costas, organizador do evento desde 2005, manter a tradição é muito importante, mas o esperado era que pelo menos 150 embarcações fossem inscritas. “Os saveiros já foram um meio de transporte na cidade. É uma pena que o número de inscrito cai a cada edição. Mas, nessa competição, a data coincidiu com a festa de Jaguaribe, e muitas embarcações foram prestigiar a festa”, explicou.
Sobre a competição, o comandante confessou que se emociona ao ver a largada. “Cada vez que vejo as velas içar saindo, me emociono. Sinto que estou ajudando a manter a tradição”, desabafou. Não é a primeira vez que a gerente de vendas Fabiana Magalhães, 40, assiste a uma regata de saveiros. Ela já chegou a participar de uma competição, e afirma que a sensação é incrível. “É muito bonito ver todas as embarcações saindo juntas. Já participei da Regata Aratu-Maragojipe e foi fantástico”, exclama a gerente de vendas.
Fabiana estava admirando a largada das outras classes enquanto esperava por seu marido, Ricardo Tavares, que estava em um dos primeiros saveiros a sair. Orgulhosa, ela informou que ele foi o idealizador do Dia Municipal do Saveiro, comemorado no dia 19 de janeiro.
“Ele é apaixonado por saveiros e propôs a Câmara que o dia fosse comemorado. Ricardo já chegou a expor miniaturas de saveiros feitos por ele”, explicou. Ela informou ainda que, Ricardo Tavares, que é escritor, está escrevendo um livro sobre a história dos saveiros.
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Soteropolitanos e turistas ficaram encantados com o visual que a regata deu ao Porto da Barra. Para a francesa de 23 anos, que está há apenas três dias em Salvador, e preferiu se identificar apenas como Carlita, foi uma surpresa encontrar mais uma paisagem tão bonita nas praias baianas. “Estava passando e vi o espetáculo no mar. Achei muito bonito”, disse. O aposentado Adalberto Oliveira, 65, aproveitou o dia para espairecer enquanto tomava uma cervejinha,e admirava a regata. “Aposentado já fica o dia todo em casa, como fiquei sabendo da competição, decidi me divertir um pouco. E valeu a pena, a largada foi bonita demais”.
Já para a psicóloga Camila Baqueiro, 34, o evento poderia ter sido melhor. Ela estava passando pela Barra com sua irmã Patrícia Baqueiro, 41, e ambas não sabiam do evento. Mas decidiram parar para admirar o ambiente.
Segundo Camila Baqueiro, faltou mais organização. “Achei o ambiente confuso. Não é uma praia convidativa. É bonita a questão da regata, mas o domingo no Porto da Barra por si só já é tumultuado, e as pessoas não preservam a praia, jogando todo o lixo consumido na areia. Eu teria aproveitado mais a competição se tivesse sido em um lugar mais calmo”, desabafou.
A ideia surgiu em 1969, quando várias embarcações de Salvador fizeram um belo espetáculo para a despedida de uma escuna. A Regata foi criada para marcar o sesquicentenário da Independência na Bahia, em 1973. Seu nome homenageia o herói da guerra de Independência da Bahia, em 1823, João das Botas.
Fonte - Tribuna da Bahia 27/01/2014
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