PALESTINA

ENTENDA O QUE FOI A NAKBA, A CATÁSTROFE DO POVO PALESTINO - Link para a matéria da Agência Brasil - https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2023-11/entenda-o-que-foi-nakba-catastrofe-do-povo-palestino

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Lagoa de Abaeté é abandonada e está sendo engolida pela areia das dunas

Meio Ambiente

Foto: Francisco Galvão/Tribuna da Bahia
A calçada está quebrada em muitos lugares, podendo causar acidentes

Maíra Côrtes - TB
A sensação de abandono é visível para quem chega a um dos únicos parques de Área de Proteção Ambiental (APA) de Salvador. Calçadas de pedras portuguesas danificadas, escadas quebradas e sujeira na parte externa do centro comercial são comuns para quem se arrisca a passear pelo local. Entretanto, de todos os problemas enfrentados por comerciantes e visitantes, a falta de segurança ainda é o maior.
Em ano de Copa do Mundo, tendo Salvador como uma das cidades-sedes, baianos lamentam o abandono do Parque Metropolitano Lagoa do Abaeté. Composto por dunas, 18 lagoas e vegetação nativa, o turismo já foi um dos pontos fortes do Abaeté na década de 1990, como lembra Maria Iraildes de Sousa, moradora da região há 25 anos.
“Houve uma época em que aqui era um tempo de comércio forte, de movimento intenso e de alegria entre os visitantes”, comentou D. Iraildes, que atualmente sobrevive do que consegue vender em um quiosque localizado na margem da Lagoa.
De acordo com o administrador do Parque, Tiago Marques, do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), estão sendo pensadas guaritas estratégicas e monitoramento no portal de cima e no portal de baixo da Lagoa. Mas, o administrador admitiu que nada disso consta no orçamento do órgão para este ano. “Foi feito levantamento para atender as necessidades da comunidade, do turista e do meio ambiente, mas tudo ainda requer aprovação orçamentária”, disse Tiago Marques.

ASSALTOS
São inúmeros os casos de assaltos nas proximidades da lagoa, fazendo com que as pessoas frequentem cada vez menos o local. “A última vez que estive no Abaeté foi há oito anos. Após sofrer um assalto a mão armada, falei com um policial em um posto que tinha lá, mas ele disse que não podia fazer nada. Depois disso, nunca mais tive vontade de voltar”, relatou a professora Maiara Paraiso, que estava com a família no mesmo dia em que outras pessoas também tinham sido assaltadas. A assunto “segurança” é unânime entre trabalhadores e frequentadores. “O que mais sentimos falta aqui é de mais policiamento, sem isso, não tem visitante, não tem turismo, não tem renda para nós trabalhadores”, pontuou Januário Cerqueira, gerente de bar. A promotora de vendas Camila Barros também reclama da insegurança.
“Eu costumava vir sempre com amigos e familiares, mas depois de ver tantos episódios de assalto, raramente apareço por aqui. Seria bom poder aproveitar mais a paisagem da Lagoa do Abaeté, mas não vale a pena se arriscar tanto”, lamenta. Enquanto os projetos do Inema não são aprovados, visitantes e trabalhadores contam com a presença esporádica de policiais. Segundo Tiago Marques, existe uma parceria com a 15ª Companhia Independente da Polícia Militar que atua com cavalaria e viaturas na região da APA.

Nível da lagoa está diminuindo
No Abaeté uma lagoa chama a atenção porque está diminuindo de tamanho. Para o biólogo e fundador da Universidade Livre das Dunas e Restingas de Salvador (Unidunas), Lutero Maurício, esse é um processo já esperado, mas não há riscos de desaparecimento do manancial.
“A Lagoa só está procurando o equilíbrio natural dela. Ela teria que ser abastecida de duas formas: pela chuva e pelas nascentes. Mas com a construção na cidade, a Lagoa perdeu a água pluvial que passou a ser desviada, mas ainda conta com a água da nascente”, explica o Lutero ao observar que a Lagoa já baixou cinco metros na diagonal e pouco mais de um metro na vertical.
A atual situação da lagoa não afasta a possibilidade de tornar o local um forte potencial para o turismo ecológico, segundo afirma o próprio Lutero Maurício. “A área poderia ser muito bem utilizada pelo turismo como, por exemplo, realizar trilhas ecológicas, que na verdade já existem, mas não podemos levar ninguém lá por ser rota de fuga de bandidos”, declarou.
O taxista Jailton Maia faz questão de levar turistas ao Abaeté. “É um lugar tão bonito que não pode sair do roteiro turístico, com certeza vale a pena fazer um registro dessas belezas naturais. Os clientes ficam muito felizes por ver isso aqui”, conta o taxista que passeava com um grupo de holandeses.

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