Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
foto - ilustração |
Segundo Amadeu, redes sociais, aplicativos para celular e até softwares de bancos recolhem informações dos usuários, mesmo quando o usuário está desconectado do serviço. “Você tem softwares que entram no sistema operacional e, depois que você saiu do site do banco, acompanham a sua navegação”, exemplifica. “Dados da nossa intimidade, da nossa vida cotidiana, que não são de interesse do Estado, da lei ou da Justiça, interessam só a nós”, detalha sobre o tipo de informação que é armazenada.
Esses dados são usados, de acordo com o professor, para a elaboração de perfis de comportamento, de consumo, psicológicos e sociais dos internautas. “Você tem uma economia de corporações que usam o rastro digital, entram na máquina das pessoas. Acompanham as pessoas na sua navegação, no seu cotidiano digital para formar esses perfis”, ressalta. As autorizações, que aparecem como termos de uso em diversas aplicações e programas, muitas vezes, concedem às empresas o uso dessas informações.
No entanto, Amadeu pontua que como não existe uma conscientização sobre esse tema, as pessoas não percebem o que estão cedendo ou autorizando. “As grandes corporações sabem que as pessoas têm o direito de proteger esses dados. Mas, ao mesmo tempo, elas sabem que esses dados são extremamente valiosos”, destaca o professor, que defende a proibição de algumas dessas práticas. “A questão é que a sociedade precisa ter consciência disso e saber opinar sobre isso. É tão importante quanto escolher um presidente”, compara.
Uma das formas dos usuários de internet protegerem seus dados pessoais é com o uso de navegadores e programas de criptografia, que codificam os dados enviados e recebidos pelo computador ou celular. “A criptografia é uma forma de proteger o seu HD [disco rígido], a sua comunicação e só deixar ler e acessar quem você quiser”, explica.
Fonte - Agência Brasil 28/01/2014
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