sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Questão indígena ganha destaque no terceiro dia da Flip

Cultura

A primeira mesa que a Flip dedicada aos índios e à Amazônia reúne, às 15h, a fotógrafa suíça Claudia Andujar e o xamã indígena Davi Kopenawa, pajé e presidente da Hutukara Associação Yanomami. Ela fez um trabalho de saúde preventiva em terras Yanomami, em Roraima.

Flávia Villela 
Enviada Especial 
Exposição Millôr, 90 Anos de Nós Mesmos,
 na Casa de Cultura de Paraty faz parte da Flip
Fernando Frazão/Agência Brasil
Ditadura no Brasil, questão indígena e culinária são alguns dos destaques de hoje (1º) da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que termina no domingo (3).
A primeira mesa que a Flip dedicada aos índios e à Amazônia reúne, às 15h, a fotógrafa suíça Claudia Andujar e o xamã indígena Davi Kopenawa, pajé e presidente da Hutukara Associação Yanomami. Ela fez um trabalho de saúde preventiva em terras Yanomami, em Roraima.
Cada índio foi marcado com uma numeração no intuito de ajudar a combater o avanço de epidemias causadas pela abertura de uma estrada, em meados dos anos de 1970. Ela transformou o trabalho no livro Marcados – nome também escolhido para a mesa. A publicação serviu de alerta para o mundo sobre a situação dos índios que pareciam “marcados para morrer”, segundo ela.
No circuito paralelo da FlipMAis, a mesa Em Nome do Pai reúne às 20h o engenheiro Ivo Herzog, filho do jornalista Vladimir Herzog, morto durante a ditadura militar, e o escritor Marcelo Rubens Paiva, filho do deputado Rubens Paiva, torturado pelo regime militar e ainda desaparecido. A medição será feira por Zuenir Ventura.
Mais tarde, às 21h30, o cineasta Cacá Diegues e o músico Edu Lobo, que lançam livros de memórias durante a Flip, falam de seus desafios pessoais e profissionais ao longo de 50 anos.
A culinária também tem lugar na programação principal deste terceiro dia de mostra, com o ensaísta norte-americano Michael Pollan que falará ao meio-dia da importância do ato de cozinhar e de fazer refeições ao redor da mesa, como bases de nossa noção atual de civilização.
Na Flipzona, programação dedicada aos jovens, estão previstas leitura dramatizada da obra de Millôr Fernandes – homenageado desta edição – por jovens de Paraty e mesas sobre imagem e texto e astronomia. Na programação infantojuvenil da Flipinha, as escritoras Bia Bedran e Marilda Castanha falam de música e literatura e, durante todo o dia, haverá musicais e peças de teatro encenadas por alunos de escolas da cidade.
Fonte - Agência Brasil  01/08/2014

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