A avaliação é do economista e cientista ambiental Walter Figueiredo de Simoni, coordenador de Transporte do Instituto Clima e Sociedade (ICS), organização não-governamental dedicada a combater as causas das mudanças climáticas.
Mariana Branco
Repórter da Agência Brasil
O Brasil precisa reduzir a dependência do transporte individual e priorizar o transporte público para conseguir cumprir o compromisso de redução de emissão de gases do efeito estufa, assumido no Acordo de Paris, ratificado pelo país em 2016. A avaliação é do economista e cientista ambiental Walter Figueiredo de Simoni, coordenador de Transporte do Instituto Clima e Sociedade (ICS), organização não-governamental dedicada a combater as causas das mudanças climáticas.
Simoni e outros especialistas vão participar nesta quarta-feira (6) do primeiro Encontro Internacional sobre Descarbonização do Transporte, que discutirá experiências e estratégias de diferentes países para um transporte sustentável. Pelo Acordo de Paris, o Brasil se compromete a reduzir 37% das emissões de gases até 2025 e 43% até 2030, tendo como base de comparação o ano de 2005.
Segundo o economista, embora a melhora do sistema de transporte coletivo nas cidades seja um dos objetivos que o Brasil se propõe no documento submetido às Nações Unidas, como meio para alcançar as metas de redução das emissões, até o momento não existe um detalhamento das políticas a serem implementadas para tornar isso possível. “[O objetivo] está [posto] de maneira vaga, a gente precisa detalhar isso de forma prática. Se vai ser mais investimento, mais espaço dentro da cidade [para o transporte público]”, diz.
Ele explica que outro compromisso assumido pelo Brasil foi aumentar o uso de biocombustíveis. “O Brasil ainda não detalhou nenhuma dessas opções. A gente não sabe como esses dois temas vão se traduzir em metas específicas. Há uma vontade de se trabalhar nessas questões”, destacou.
Simoni defende ainda a diminuição da dependência do país do modal rodoviário para o transporte de cargas. “A gente está falando de uma questão econômica. Onde os bens são produzidos no país e como chegam até os consumidores finais? A carga é transportada através de caminhões, que funcionam usando combustíveis fósseis. Para a gente conseguir reduzir, tem que enfrentar esse desafio de como lidar com os modais de carga no Brasil no longo prazo e como a gente pode ser mais eficiente na maneira de transportar as coisas”, afirmou.
Segundo ele, o Encontro Internacional sobre Descarbonização do Transporte discutirá caminhos práticos para implementar essas mudanças, além de analisar as experiências de outros países. “Temos vários países e cada um está resolvendo de maneira distinta. Teremos o exemplo do Chile, da Alemanha”, ressaltou.
Além do ICS, o evento está sendo organizado pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema) e pela Embaixada da Alemanha. No período da manhã, o debate será sobre experiências internacionais. À tarde, serão discutidas propostas para descarbonizar o transporte brasileiro e as tendências tecnológicas e inovações na área.
Repórter da Agência Brasil
foto - ilustração/arquivo |
Simoni e outros especialistas vão participar nesta quarta-feira (6) do primeiro Encontro Internacional sobre Descarbonização do Transporte, que discutirá experiências e estratégias de diferentes países para um transporte sustentável. Pelo Acordo de Paris, o Brasil se compromete a reduzir 37% das emissões de gases até 2025 e 43% até 2030, tendo como base de comparação o ano de 2005.
Segundo o economista, embora a melhora do sistema de transporte coletivo nas cidades seja um dos objetivos que o Brasil se propõe no documento submetido às Nações Unidas, como meio para alcançar as metas de redução das emissões, até o momento não existe um detalhamento das políticas a serem implementadas para tornar isso possível. “[O objetivo] está [posto] de maneira vaga, a gente precisa detalhar isso de forma prática. Se vai ser mais investimento, mais espaço dentro da cidade [para o transporte público]”, diz.
Ele explica que outro compromisso assumido pelo Brasil foi aumentar o uso de biocombustíveis. “O Brasil ainda não detalhou nenhuma dessas opções. A gente não sabe como esses dois temas vão se traduzir em metas específicas. Há uma vontade de se trabalhar nessas questões”, destacou.
Simoni defende ainda a diminuição da dependência do país do modal rodoviário para o transporte de cargas. “A gente está falando de uma questão econômica. Onde os bens são produzidos no país e como chegam até os consumidores finais? A carga é transportada através de caminhões, que funcionam usando combustíveis fósseis. Para a gente conseguir reduzir, tem que enfrentar esse desafio de como lidar com os modais de carga no Brasil no longo prazo e como a gente pode ser mais eficiente na maneira de transportar as coisas”, afirmou.
Segundo ele, o Encontro Internacional sobre Descarbonização do Transporte discutirá caminhos práticos para implementar essas mudanças, além de analisar as experiências de outros países. “Temos vários países e cada um está resolvendo de maneira distinta. Teremos o exemplo do Chile, da Alemanha”, ressaltou.
Além do ICS, o evento está sendo organizado pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema) e pela Embaixada da Alemanha. No período da manhã, o debate será sobre experiências internacionais. À tarde, serão discutidas propostas para descarbonizar o transporte brasileiro e as tendências tecnológicas e inovações na área.
Fonte - Agência Brasil 05/12/2017
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