terça-feira, 28 de outubro de 2014

Fusão entre ALL e Cosan cria temor entre indústrias

Logistica

Uma assembleia dos acionistas da ALL ainda deve ser convocada em até 30 dias para avaliar a incorporação de ações - Caso aprovada, a associação também precisa ser avaliada pelo (CADE), pela (ANTT), bem como por outros órgãos da administração pública cujas autorizações prévias são necessárias.

Valor Econômico
foto - ilustração
O conselho de administração da América Latina Logística (ALL) deu sinal verde para que a empresa se associe à Rumo Logística Operadora Multimodal, administrada pela Cosan. A proposta havia sido encaminhada em 24 de fevereiro e foi aprovada no dia 15 deste mês. Acontece que o grupo Odebrecht e a produtora de celulose Eldorado manifestaram preocupação, já que a Odebrecht utliza a malha da ALL para escoamento, e contou que há falta de vagões, assim, a fusão pode ser dominadora.
A Eldorado vai além e diz temer que a Cosan, no futuro, force os clientes a usarem não só a ferrovia, mas toda a cadeia logística resultante da fusão entre ALL e Rumo — o que poderia englobar transporte de cargas oriundas de regiões produtoras, uso de unidades de transbordo de cargas para vagões, as ferrovias em si e terminais portuários no litoral. Outro temor é que haja tarifas maiores praticadas, para que a ferrovia priorize cargas do grupo Cosan.
A Cosan é a maior produtora e exportadora de açúcar e etanol do Brasil.
Uma assembleia dos acionistas da ALL ainda deve ser convocada em até 30 dias para avaliar a incorporação de ações. Pela proposta, a Rumo deve ficar com 36,5% das ações da companhia resultante da união, enquanto a ALL com outros 63,5%.
Caso aprovada, a associação também precisa ser avaliada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), bem como por outros órgãos da administração pública cujas autorizações prévias são necessárias.
Produtores rurais veem a fusão com desconfiança e argumentam que ela pode refletir na perda de espaço para os grãos nos vagões dos trens da ALL. Em Mato Grosso, seguiram em direção aos portos pelos trens 14 milhões de toneladas de soja e milho no último ano.
Em manifestação apresentada ao Cade ainda em fevereiro deste ano, a Associação dos Produtores de Soja e Milho do país (Aprosoja Brasil) diz que “haveria o risco de que o controle da logística ferroviária fosse utilizado não só para dominar o mercado de açúcar, como também de toda a exportação agrícola, particularmente da soja e do milho”.
Segundo a entidade, com o açúcar concorrendo com outros itens agropecuários, como a soja e o milho, cada tonelada transportada pela concessionária ALL de um produto representaria uma tonelada a menos de outros produtos.
Fonte - STEFZS  28/10/2014

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