Funcionários trabalham diariamente na área ao lado da Estação Jundiapeba para lavagem dos carros das composições da CPTM.Usuários observam surpresos a medida.
O Diario de Mogi
Foto: Edson Martins |
Em entrevistas dadas há pouco tempo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) ressalta que o Estado vive a pior crise hídrica dos últimos 100 anos, o que fez com que o Sistema Cantareira operasse com apenas 12,4% de sua capacidade e o Sistema Produtor Alto Tietê (Spat) chegasse à alarmante marca de 6,6%, segundo dados oficiais da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). A autarquia estadual, aliás, anunciou bônus para aqueles consumidores que usarem menos o precioso bem.
Apesar de ser em Mogi, onde o fornecimento de água é feito pelo Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae) – que garante que até o momento não há risco de desabastecimento na Cidade –, a estatal de transportes vem mantendo a rotina de limpeza dos trens com a água. Desde quarta-feira, a reportagem de O Diário constata a medida. Existem campanhas iniciadas pelas redes sociais que chegaram às ruas incentivando os proprietários de carros a não lavarem os veículos enquanto não chover. Quem usa a rede de transporte sobre trilhos viu com espanto a água usada. “Acho que é muito desperdício. Não tem necessidade de lavar agora, quando está tão seco”, disse uma idosa à reportagem, na Estação Jundiapeba, na manhã de anteontem.
Procurada, a CPTM informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que respeita o meio ambiente e que não usa água corrente. “A limpeza de trens e estações é realizada regularmente em conformidade às leis ambientais e o uso racional da água. Para esses serviços, é utilizada água de poço artesiano, com abastecimento fornecido por caminhão pipa. A lavagem completa de cada trem (externa e interna) é feita, em média, a cada 40 dias. Já a limpeza interna, necessária para manutenção da higiene do local que recebe muitos usuários, é feita diariamente com vassouras e produtos de limpeza. A CPTM adota várias iniciativas para redução do consumo de água nas estações e instalações internas. Nas estações em operação, existe controle do consumo nos medidores, fiscalização dos sanitários públicos para evitar o desperdício, acompanhamento da limpeza das plataformas e áreas operacionais, otimizando o tempo na lavagem e constantes inspeções das tubulações para evitar vazamentos”, trouxe a nota. (Lucas Meloni)
Fonte - STEFZS 01/11/2014
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