Os micro-ônibus são criticados por usuários pela superlotação, insegurança, são ônibus lotados, com aparelhos de ar condicionados quebrados, esses fatores colocam em dúvida a qualidade do serviço....
Chayenne Guerreiro
Foto: Romildo de Jesus |
São ônibus lotados, com aparelhos de ar condicionados quebrados e ainda o agravante de serem mais vulneráveis a assaltos. Esses fatores colocam em dúvida o serviço divulgado.
A estudante Tassia Manuele faz uso do micro-ônibus diariamente, segundo ela, a superlotação é algo frequente. Os veículos passam sempre lotados, com o ar fraco, o que causa até um desconforto, já que as janelas não abrem e o ar não circula. “É a pior coisa do mundo porque a pessoa está cansada e ainda tem que ir em pé recebendo empurrões,” conta a estudante.
No ônibus comum o valor da tarifa cobrada é de R$ 2,80 de segunda a sábado. Aos domingos o preço ainda reduz para R$ 1,40. Estudantes pagam diariamente meia passagem.Nos frescões, o bilhete custa R$3,00 sem direito a meia passagem. Quem opta por usar o ônibus convencional todos os dias tem uma economia de quase R$ 15 mensais.
Os passageiros que decidem pagar o valor a mais estão em busca do conforto divulgado pelas empresas proprietárias das linhas. “É um ônibus relativamente rápido, que para menos nos pontos, e oferece um conforto maior do que os outros. Mas, ultimamente, só anda lotado, principalmente nos horários de pico. Muitas vezes o veículo comum vem mais vazio do que eles, o que deveria ser o contrário,’’afirma a jornalista, Maiane Souza.
A lotação não é o único fator que influência. Os micro-ônibus são mais suscetíveis a assaltos. O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Hélio Ferreira, chegou a enviar um ofício à Secretaria de Segurança Pública pedindo providências para conter o crescente número de assaltos a esse tipo de transporte na capital.
Segundo Ferreira, por semana, motoristas e passageiros enfrentam uma média de quatro assaltos, fora os que não registram ocorrência.
A fotógrafa Natalia Cazuquel é vítima desses constantes assaltos. “Fui assaltada dentro de um desses coletivos. Anunciaram o assalto e levaram o celular de todos os passageiros, além do dinheiro do motorista. A sensação é desesperadora, fiquei em choque um bom tempo. Incrível que pagamos mais caro em busca também de uma segurança maior, mas não é isso que acontece,’’afirma Cazuquel.
Em nota, a Transalvador informou que o limite de passageiros, entre sentados e em pé, é de 32 pessoas. E que sempre que possível, existe uma fiscalização, mas que o órgão não possui efetivo suficiente para atender todas as demandas na cidade.
Fonte - Tribuna da Bahia 01/09/2014
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