terça-feira, 1 de setembro de 2015

Após morte de índio, Exército vai conter conflitos em Mato Grosso do Sul

Direitos Humanos

Tropas do Exército vão atuar na Operação Dourados para conter conflito entre indígenas e produtores rurais.A ação ocorre inicialmente em quatro cidades do estado: Antônio João, Aral Moreira, Bela Vista e Ponta Porã.

Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Elza Fiúza/Agência Brasil
Três dias após a morte do índio Simião Vilhalva, no município sul-mato-grossense de Antônio João, tropas do Exército iniciarão hoje (1º) a Operação Dourados para conter os conflitos fundiários entre indígenas e produtores rurais. A ação ocorre inicialmente em quatro cidades do estado: Antônio João, Aral Moreira, Bela Vista e Ponta Porã.
Atendendo à solicitação do governador Reinaldo Azambuja, a presidenta Dilma Rousseff autorizou o Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, braço militar do Ministério da Defesa, a planejar e desenvolver ações de garantia da lei e da ordem nos próximos 30 dias nessas localidades.
De acordo com o Ministério da Justiça, o aparato militar envolverá o Exército e poderá contar também, caso haja necessidade, com tropas da Marinha e da Aeronáutica. Em documento encaminhado à presidenta Dilma, Azambuja ressaltou que o atual contingente da Polícia Militar e da Força Nacional de Segurança se tornou insuficiente diante do acirramento do conflito. O governo argumentou ainda que a disputa entre grupos indígenas e produtores rurais na região pode atingir “grandes proporções”.

Ocupações
O conflito se intensificou no sábado (29) no município de Antônio João, na fronteira do Brasil com Paraguai, a 402 quilômetros (km) de Campo Grande, capital sul-mato-grossense. De acordo com governo do estado, nove propriedades rurais foram ocupadas por grupos indígenas, o que provocou reação de produtores rurais.
Ontem (31), o governador Reinaldo Azambuja reuniu-se com representantes do Comando Militar do Oeste e autoridades de segurança pública para avaliar o agravamento do conflito. A partir do encontro, Azambuja formalizou o pedido ao governo federal para que o Exército atue na região.
Fonte - Agência  Brasil  01/09/2015

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