“Fazendo um comparativo direto entre a solução Bus Rapid Transit e o VLT elétrico, um primeiro ponto a esclarecer é que, apesar de o custo de implantação de um VLT ser inicialmente maior, em longo prazo, os gastos da operação acabam sendo menores. A vida útil de um ônibus a diesel é, em média, de sete a dez anos e a do VLT, superior a 30 anos
Renato Lobo
Viatrolebus
Comparar projetos de BRT com VLT pode ser desigual do ponto de vista do custo de implantação, assim como o carregamento do sistema, onde os corredores de ônibus apresentam vantagens.
Porém há quem defenda que em longo prazo o valor empregado no transporte sobre trilhos pode ser revertido. É o caso de Cristiano Saito, Diretor de Desenvolvimento de Negócios da Alstom. Em um artigo, Cristiano afirma que sistemas de VLTs podem ser em longo prazo mais vantajosos.
“Fazendo um comparativo direto entre a solução Bus Rapid Transit e o VLT elétrico, um primeiro ponto a esclarecer é que, apesar de o custo de implantação de um VLT ser inicialmente maior, em longo prazo, os gastos da operação acabam sendo menores. A vida útil de um ônibus a diesel é, em média, de sete a dez anos e a do VLT, superior a 30 anos. A solução de BRT envolve mais despesas com mão de obra, combustível e outras variáveis como recuperações da via, que acarretam mais custos ao longo do tempo” – afirma o diretor da empresa Francesa que produz composições.
O diretor diz ainda ser viável o reaproveitamento de antigas estruturas para novas Linhas de VLT, e questiona a implantação de VLTs movido à diesel.
“A utilização de estruturas de carga existentes (linhas em bitola métrica) permite, com a instalação de novos veículos, a implantação rápida de uma linha de transporte. Entretanto, por se basear em um traçado existente, nem sempre ligam os eixos prioritários de demanda. Esses veículos movidos a diesel ou biodiesel não apresentam também os mesmos benefícios, como melhor acessibilidade e menor poluição sonora, oferecidos pelo VLT elétrico” afirma Cristiano Saito.
Ele cita um estudo feito na Europa onde a migração do usuário do automóvel pode ser mais eficaz em um VLT do que em um sistema de ônibus. “Estudos de caso qualitativos realizados na Europa comprovam que a aceitação do VLT para a substituição do veículo próprio é maior do que a utilização do ônibus” – pontua.
O diretor da multinacional francesa não pontua os aspectos da pesquisa, mas não é difícil entender esta tendência levando em consideração o conforto dos veículos elétricos obtidos pela aceleração constante, frenagem suaves e baixo ruído.
Por outro lado, a que se considerar a urgência em que algumas cidades necessitam de sistemas eficazes de transporte cruzado com o baixo poder de investimento, acabando por optar por corredores de ônibus.
Fonte - Viatrolebus 03/09/2015
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