As intervenções do VLT permanecem sem data para continuar. Única empresa a apresentar proposta foi descartada em fase de habilitação. A obra era prometida para a Copa do Mundo de 2014. Segundo a assessoria da pasta, a retomada dos trabalhos “está sendo discutida com os órgãos do novo governo envolvidos com o tema”.
Thaís Brito
Jornal O Povo Online
A continuação das obras do ramal Parangaba-Mucuripe a ser operado pelo Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) fica, mais uma vez, sem previsão. A única empresa a se candidatar à licitação, no dia 10 de dezembro, em Regime Diferenciado de Contratação (RDC), foi considerada inabilitada. Conforme a Secretaria da Infraestrutura do Estado (Seinfra), a empresa gaúcha Sultepa Construções não teve sucesso na fase de habilitação do certame. O próximo passo segue indefinido.
Segundo a assessoria da pasta, a retomada dos trabalhos “está sendo discutida com os órgãos do novo governo envolvidos com o tema”. Dessa forma, não há previsões ou definição por um novo processo licitatório. A obra está 50% concluída e segue paralisada desde junho, quando o Governo cancelou contrato com o consórcio CPE-VLT, alegando descumprimento de prazos. Iniciada em abril de 2012, a obra seria entregue a tempo da Copa do Mundo de 2014.
A linha deve transportar passageiros por 22 bairros. No caminho, a obra deixa imóveis desapropriados, impasses, estações inacabadas e materiais de construção ao relento. É assim na comunidade Aldaci Barbosa, no Bairro de Fátima, próximo à única estação concluída entre dez previstas. “Já tivemos algumas casas retiradas, 20 estão marcadas e ninguém resolve se as pessoas saem ou não”, conta Ercília Maia, antes integrante do Comitê Popular da Copa e agora ligada à Frente de Luta por Moradia Digna de Fortaleza.
O trilho do VLT passaria por onde hoje resiste a casa de Ercília. Em conversas com o Governo, uma das conquistas da comunidade foi diminuir de 240 para 80 o número de imóveis desapropriados na região. No entanto, a incerteza permanece em casas onde o processo de negociação parou junto com as obras. Além da espera, a reclamação é do entulho na rua. “Nem o Metrofor retira nem autoriza a gente a retirar”, relata Ercília.
Na avenida Borges de Melo, ferragens ocupam um dos sentidos bloqueados para a construção de um túnel para permitir a passagem dos trilhos. O aposentado Luciano Costa, 60, lembra ter visto trens novos na estação. Agora, nem sabe se um dia verá a linha funcionar. “Acho tudo uma falta de respeito. Chegaram aqui, derrubaram casas, abriram o buraco e deixaram por isso mesmo”, critica.
A estação abandonada no Mucuripe preocupa Maria do Socorro Gomes, 44, moradora do Morro Santa Terezinha. “Era para ser tão bonito, só traz problema”, resume. O caminho diário para o trabalho fica mais perigoso em frente à edificação. Ela conta que os assaltantes aproveitam a escuridão para se esconder no local. A esperança é pelos benefícios prometidos pelo novo modal de transporte. No entanto, somente 18 meses após a retomada das obras é que a população deve receber o serviço.
A proposta da empresa Sultepa Construções foi de R$ 145,2 milhões, valor máximo apresentado previamente pela Seinfra. A fase de habilitação analisa a documentação da empresa e as condições de atender exigências técnicas.
Foi o segundo processo licitatório desde a paralisação das obras. Em agosto, apenas o consórcio VLT-Fortaleza, formado pelas empresas Marquise e Engesol, havia participado. A proposta feita à Comissão Central de Concorrências foi de R$ 162 milhões, recusada após avaliação da Seinfra.
90 mil passageiros por dia é a estimativa de público atendido pelo VLT, indo da Parangaba ao Mucuripe em dez estações, permitindo integração com terminais de ônibus e linhas de metrô.
Segundo a assessoria da pasta, a retomada dos trabalhos “está sendo discutida com os órgãos do novo governo envolvidos com o tema”. Dessa forma, não há previsões ou definição por um novo processo licitatório. A obra está 50% concluída e segue paralisada desde junho, quando o Governo cancelou contrato com o consórcio CPE-VLT, alegando descumprimento de prazos. Iniciada em abril de 2012, a obra seria entregue a tempo da Copa do Mundo de 2014.
A linha deve transportar passageiros por 22 bairros. No caminho, a obra deixa imóveis desapropriados, impasses, estações inacabadas e materiais de construção ao relento. É assim na comunidade Aldaci Barbosa, no Bairro de Fátima, próximo à única estação concluída entre dez previstas. “Já tivemos algumas casas retiradas, 20 estão marcadas e ninguém resolve se as pessoas saem ou não”, conta Ercília Maia, antes integrante do Comitê Popular da Copa e agora ligada à Frente de Luta por Moradia Digna de Fortaleza.
O trilho do VLT passaria por onde hoje resiste a casa de Ercília. Em conversas com o Governo, uma das conquistas da comunidade foi diminuir de 240 para 80 o número de imóveis desapropriados na região. No entanto, a incerteza permanece em casas onde o processo de negociação parou junto com as obras. Além da espera, a reclamação é do entulho na rua. “Nem o Metrofor retira nem autoriza a gente a retirar”, relata Ercília.
Na avenida Borges de Melo, ferragens ocupam um dos sentidos bloqueados para a construção de um túnel para permitir a passagem dos trilhos. O aposentado Luciano Costa, 60, lembra ter visto trens novos na estação. Agora, nem sabe se um dia verá a linha funcionar. “Acho tudo uma falta de respeito. Chegaram aqui, derrubaram casas, abriram o buraco e deixaram por isso mesmo”, critica.
A estação abandonada no Mucuripe preocupa Maria do Socorro Gomes, 44, moradora do Morro Santa Terezinha. “Era para ser tão bonito, só traz problema”, resume. O caminho diário para o trabalho fica mais perigoso em frente à edificação. Ela conta que os assaltantes aproveitam a escuridão para se esconder no local. A esperança é pelos benefícios prometidos pelo novo modal de transporte. No entanto, somente 18 meses após a retomada das obras é que a população deve receber o serviço.
A proposta da empresa Sultepa Construções foi de R$ 145,2 milhões, valor máximo apresentado previamente pela Seinfra. A fase de habilitação analisa a documentação da empresa e as condições de atender exigências técnicas.
Foi o segundo processo licitatório desde a paralisação das obras. Em agosto, apenas o consórcio VLT-Fortaleza, formado pelas empresas Marquise e Engesol, havia participado. A proposta feita à Comissão Central de Concorrências foi de R$ 162 milhões, recusada após avaliação da Seinfra.
90 mil passageiros por dia é a estimativa de público atendido pelo VLT, indo da Parangaba ao Mucuripe em dez estações, permitindo integração com terminais de ônibus e linhas de metrô.
Fonte - STEFZS 01/02/2015
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