terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Restos de demolição trazem riscos para banhistas em Stella Maris

Cidade

O trecho onde está o entulho oriundo da demolição das barracas fica próximo ao Gran Hotel Stella Maris.Quem costuma ir ao local tem que conviver com pedaços de concreto, blocos e madeira das antigas construções na areia.

Luan Santos - A Tarde
Raul Spinassé l Ag. A TARDE
Salvador-As barracas de praia de Salvador foram demolidas há quase cinco anos. No entanto, resquícios delas permanecem nas areias de Stella Maris e representam riscos para banhistas e frequentadores.
Quem costuma ir ao local tem que conviver com pedaços de concreto, blocos e madeira das antigas construções na areia. O trecho da praia que contém o entulho fica próximo ao Gran Hotel Stella Maris.
Banhistas reclamam da morosidade da prefeitura em retirar os restos de construção e dizem que tiram a beleza natural da praia.
Barraqueiros também se queixam e contam que já presenciaram acidentes causados pelos materiais.
O engenheiro elétrico Gilson Reis, 34 anos, e a estudante Geise Maia Reis, 26, por exemplo, contam que temem levar a pequena Giovana, 3, filha do casal, para brincar nesse trecho.
"Tem que ficar de olho o tempo inteiro. Quando a maré sobe, o mar leva alguns pedaços de concreto que ficam espalhados e cobertos pela areia", diz Geise.
Gilson, morador de Stella Maris, costuma frequentar a praia e relata que o entulho costuma aparecer durante o verão. "Na maior parte do tempo, fica coberto. Quando a maré fica mais forte, esses materiais ficam mais visíveis", explica.
Banhistas e barraqueiros relatam que casos de pessoas que se cortam com os materiais são comuns. Geise já presenciou acidentes, pois os materiais são pontiagudos e cortantes. "Como o mar leva pedaços, algumas pessoas se machucam, pois não veem", afirma.

Resposta
O órgão responsável pela derrubada das barracas, que começou em 2010, foi a antiga Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município, hoje Secretaria Municipal de Urbanismo (Sucom).
Em nota, o órgão informou que "enviará uma equipe para fazer inspeção no local, nesta terça-feira, 3, e, caso seja verificado que há entulhos por conta da demolição das barracas, será feita a autorização para a retirada".
O texto consta ainda que "não houve nenhuma denúncia na Sucom sobre resquícios deixados nas praias por conta da demolição. Esta é a primeira vez chega à Secretaria uma reclamação sobre o assunto, e serão tomadas as medidas cabíveis".

Limpeza
Barraqueiros que atuam no local e não quiseram ser identificados contaram que muitos banhistas evitam ir ao trecho por conta dos restos das construções.
Eles dizem que já fizeram diversas queixas à Empresa de Limpeza Urbana do Salvador (Limpurb), órgão responsável pela limpeza das praias, "mas os agentes só retiram os pedaços menores", segundo relatou um barraqueiro.
A Limpurb, por sua vez, informou que o material remanescente é muito pesado, composto por "colunas enormes, que não podem ser retiradas pelos agentes de limpeza das praias".
No local, é possível encontrar pedaços de diversos tamanhos. Os que mais chamam a atenção são os de concreto, que, além de maiores, ficam mais visíveis.
"Esse trecho da praia ficou muito feio, porque eles deixaram esse entulho, que, além de tudo, que representa risco à saúde. Gostava daqui quando tinham as barracas, mas agora vou para outros pontos de Stella Maris", conta o turista carioca Leonardo Matos, 42.
Fonte - A Tarde  03/02/2015

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