Temperatura esquenta na CMS,vereadores aliados da base do gov. municipal Marcell Moraes e Leo Prates,foram protagonistas de uma contenda que chamou atenção de todos que estavam na sede do Legislativo soteropolitano, localizado na Praça Municipal.
Victor Pinto -TB
Tribuna da Bahia |
Após fazer denúncia a respeito da empresa Metrus, que, segundo Moares, tem prestado serviços para a Prefeitura de Salvador, o clima esquentou e os dois vereadores partiram para a troca de acusações e ofensas, mas sem agressões físicas, conforme declaração dos dois.
O autor da denúncia, que a partir do próximo ano começa o mandato como deputado estadual, afirmou que não esperava a reação de Prates. Para ele, houve um “desequilíbrio” do vice-líder do governo “ao ouvir questionamentos a respeito de uma empresa de um parente dele e que mantém laços estreitos com o Executivo municipal”.
“Fiz pronunciamento contra a empresa Metrus, pois o papel do vereador é fiscalizar, e no momento da minha fala soube que o vereador Léo Prates é parente de Mauro Prates, sócio da empresa. Ele perdeu a noção e se desnorteou e começou a partir para ofensas pessoais. Eu joguei a pasta com as denúncias para ele e ele me jogou de volta. Não houve agressão física”, explicou.
Polêmico, Marcell não deixou de alfinetar o trabalho do democrata e colocou em xeque a sua atuação frente à vice-liderança do prefeito ACM Neto (DEM) na Câmara.
“Esse fato mostra a fragilidade do vice-líder do governo, tentando desmerecer o trabalho do colega. Eu abri um processo na Comissão de Ética contra ele. Eu só quero saber se o dono da empresa é parente dele ou não. Ele vai tentar tirar o foco do meu questionamento, mas é preciso que ele responda”, provocou.
Procurado pela Tribuna, o vereador Léo Prates rebateu as declarações do edil. Para o democrata, não há provas para sustentar o discurso de acusação.
“Não há provas suficientes. O que ele leu foram extratos de licitação que não quer dizer nada, inclusive de licitações feitas com o governo do estado. Eu não posso impedir um primo meu de trabalhar e confio na lisura do trabalho realizado pela Prefeitura de Salvador”, afirmou.
“A política não pode ser feita dessa forma. Família é uma entidade sagrada. Reitero: não há provas, ele não prova o que diz. Se, de fato, há irregularidades nessa contração, que ele denuncie aos órgãos competentes para ser apurado. Ele não levou provas, naquela pasta tinha papéis em branco, extratos que não querem dizer nada”, completou.
Prates ainda levantou uma declaração dada pelo verde na rádio Metrópole. “Eu não posso ser responsável pelo trabalho do meu primo, não houve nenhum tipo de favorecimento por conta disso. Se eu, neste caso que o vereador mencionou, sou responsável, ele também é responsável de uma rinha de galo da sua família, mencionada em entrevista, que ele disse que acompanhava”, rechaçou.
Nos bastidores, vereadores comentam de que o pronunciamento de Marcell foi uma vingança frente à apresentação do requerimento do democrata que questionou a publicação da composição da comissão que vai acompanhar o PDDU. Pelo que se sabe, em regimento, seria necessária a indicação dos membros pelas lideranças de oposição e situação, o que, segundo comentário dos corredores da Casa, não ocorreu.
Outra informação apurada diz respeito a um processo ético que Léo Prates abriu contra o edil antes do embate de hoje. Segundo um assessor da Casa, o integrante do PV chegou a mandar mensagens contra o vice-líder, o que motivou o acirramento ainda mais entre os dois.
Fonte - Tribuna da Bahia 13/11/2014
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