Do trem a vapor ao megaveloz
Por Vivian Oswald -Agência O Globo
Ponte de arcos faz parte do trajeto do Al Andalus, na Espanha |
Nesses quase 200 anos, a malha tornou-se mais complexa. O sistema ferroviário britânico é operado por 28 companhias privadas. É possível viajar o Reino Unido de ponta a ponta, com direito a uma escapada à Irlanda do Norte. A opção pelo trem é confortável e barata, se o tíquete for comprado com antecedência.
De Londres saem centenas de trens de várias estações – são 2.500 no Reino Unido. Por sinal, duas delas já estiveram na lista das mais interessantes do mundo. A King’s Cross, aberta em 1852, com design de Lewis Cubbitt, foi totalmente reformada em 2012 e ganhou uma gigantesca estrutura metálica na ala oeste assinada por John McAslan. Outra referência da cidade, a estação de St. Pancras, de 1868, ficou conhecida como “a catedral das ferrovias”. É de lá que parte o Eurostar, que liga Londres a Paris (passando por Bruxelas, na Bélgica), atravessando o Canal da Mancha em túnel subterrâneo.
Luxo espanhol
Mestre da alta velocidade (AVE), por ter a maior rede da Europa (3.100 km), a Espanha também não deixa a desejar quando o assunto é glamour sobre trilhos: o Transcantábrico é considerado um dos trens mais luxuosos do mundo, e o Al Andalus, um palácio sobre trilhos.
Pensando no conforto e na rapidez, o AVE concorre com o avião. Os assentos são mais espaçosos, e as fileiras, separadas para que os passageiros possam esticar as pernas. Não há Wi-Fi nos vagões, mas há tomadas em todos os assentos da primeira classe e, em alguns trens, também na classe turística.
Os 300 trens de alta velocidade – em média, 300km/h – chegam a 80 cidades espanholas. O trajeto de Madri a Barcelona, por exemplo, pode durar de 2h30 a 3h10 conforme o número de paradas. De avião dura 55 minutos. No entanto, é preciso levar em consideração o tempo de deslocamento até o aeroporto e a necessidade de chegar com antecedência para o embarque. No caso do AVE, as estações não estão afastadas do centro e basta chegar dois minutos antes, que é quando fecham as portas dos vagões.
Uma passagem no fim de semana de Madri a Barcelona pode custar de 30 euros a 250 euros. A Renfe, principal operadora ferroviária da Espanha, permite a compra com até dois meses de antecedência. Mesmo que exista a possibilidade de comprar o bilhete na estação, sai mais barato pela internet (venta.renfe.com). A novidade lançada pela Renfe em julho é o vagão silencioso, a exemplo do que se vê na Suíça. Como o nome indica, nada de falar ao celular. Crianças com menos de 14 anos e cachorros não viajam nesse vagão, e a iluminação é mais suave que no restante do trem.
Durante a viagem, seja a bordo do Transcantábrico ou do Al Andalus, o passageiro vai provando a gastronomia local regada a vinhos também da região. Há conexão Wi-Fi a bordo, e a cada, no máximo, quatro horas, os trens fazem uma parada. (Com Priscila Guilayn, de Madri)
Pela Escócia
Opções: O Caledonian Sleeper parte de Euston, em Londres, à noite. O bilhete de primeira classe dispensa a noite de hotel. Braço do Orient-Express, a Belmond Royal Scotsman, é all inclusive, com refeições, bebidas e excursões. Os nove vagões com decoração eduardiana acomodam apenas 36 passageiros.
Irlanda do Norte: O Belfast Visitor Pass permite uso ilimitado de ônibus e trem para até três dias consecutivos. - Jornal O Tempo
Fonte - STEFZS 09/11/2014
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