Passageiros têm que embarcar no meio da rua, ônibus cheios, motoristas que correm, veículos que atrasam, falta de acessibilidade,desconforto,são alguns dos problemas vividos pelos usuários do sistema de transportes por "ônibus" em Salvador
Chayenne Guerreiro - TB
Foto: Francisco Galvão |
Como se não bastasse, os moradores de São Cristóvão, próximo ao aeroporto, estão tendo que encarar mais um transtorno. É que no bairro, poucos são os ônibus que param nos pontos.
Acostumada a utilizar os coletivos diariamente, a vendedora, Maria Lucia, conta que chegar ao local de trabalho todos os dias, virou uma saga.
“Os ônibus quando não passam cheios, simplesmente não param no ponto, e quando param normalmente é bem longe, e a gente tem que sair correndo, pelo meio da pista, levando empurrão pra tentar pegar o carro, por que os motoristas não têm paciência para esperar todo mundo subir,” diz.
A diarista, Rebeca Teixeira, conta que já ficou presa na porta traseira do veiculo, mais de uma vez. “Muitas vezes os motoristas estão apressados, então não prestam atenção se ainda tem passageiros subindo. Numa dessas vezes, fiquei presa pela perna, na porta dos fundos, as outras pessoas que estavam no veiculo, tiveram que gritar pro motorista parar e abrir a porta. Vejo isso acontecer sempre,” conta Teixeira.
A equipe da Tribuna da Bahia percorreu inúmeros pontos de parada de carros do bairro, e em todos eles, constatou a dificuldade denunciada pelos passageiros. Os ônibus escolhem aonde vão parar, se pararem em um ponto, no próximo passam direito.
Quem se esforça fazendo um sinal e consegue a atenção do motorista, tem que sair correndo entre os carros que passam, até conseguir embarcar. Muita gente desiste no caminho, foi o caso do pedreiro Pedro dos Anjos. “Vou chegar atrasado ao serviço de novo, infelizmente passo sempre por essa luta. A gente fica dependendo da boa vontade do motorista. Na vida pobre nunca tem vez,” reclama.
Além do descaso das empresas de ônibus, os passageiros ainda têm que aguentar a confusão causada pelas vãs de transporte clandestino, famoso naquela área.
“As vãs ocupam toda a extensão do ponto do ônibus, por isso muitos dos coletivos não param aqui, só que muitas pessoas pegam linhas diferentes das que o clandestino oferece, e acabam sendo prejudicadas. Falta fiscalização,” contou um dos vendedores ambulantes do local, que preferiu não se identificar.
A prática de parar fora do ponto é proibida por lei. Só no ano de 2012, 1653 pessoas entraram em contato com o Serviço de Informação e Atendimento à Comunidade (Seac) da Transalvador, para fazer este tipo de denúncia. Através dos números 2109-3641 e 2109-3679 e munido do número de série do veículo, localização do fato, data, horário e empresa, qualquer usuário poderá fazer a reclamação que será analisada pelo órgão e, posteriormente, pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Salvador.
De acordo com a Transalvador, após a denúncia, “o Seac encaminha as informações às gerências responsáveis, que vão apurar o fato e tomar as providências cabíveis. Se houver reincidência, a denúncia sobe a instâncias superiores - diretorias e gabinete do superintendente - para medidas mais rígidas”.
Ainda segundo o órgão, nos casos específicos de motoristas que não param no ponto de ônibus, a Gerência de Fiscalização de Transporte coloca um fiscal no ponto da denúncia para tentar flagrar a infração, que assim constatada, gera multa para a empresa. A infração pode gerar advertência, multa e a apreensão do veículo.
Fonte - Tribuna da Bahia 15/11/204
COMENTARIO Pregopontocom
"a Gerência de Fiscalização de Transporte coloca um fiscal no ponto da denúncia para tentar flagrar...tentar flagrar...tentar flagrar...tentar flagrar....até quando????????"
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