“Sabemos porque as pessoas perdem as vidas no trânsito, no mundo inteiro: por falta de capacidade institucional dos países, estradas malcuidadas, falta de decisão política e de conhecimento por parte dos motoristas, além do baixo nível de campanhas educativas.
Ivan Richard -Ag.Brasil
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“Sabemos porque as pessoas perdem as vidas no trânsito, no mundo inteiro: por falta de capacidade institucional dos países, estradas malcuidadas, falta de decisão política e de conhecimento por parte dos motoristas, além do baixo nível de campanhas educativas. Isso vem de uma razão apenas, que é a falta de vontade política para tratar o tema”, disse Bilingsley ao apresentar ações de uma fundação da FIA que atua com a problemática das mortes do trânsito.
A policiais e servidores da PRF, Bilingsley disse que a redução das vítimas dos acidentes de trânsito em todo o mundo passam pela troca de informações e políticas entre os países, que devem fazer campanhas semelhantes às adotadas para combater doenças como aids e malária. “Em relação aos acidente, poderemos ter uma redução bastante grande, de 50%, até 2030, se tivermos o comprometimento de todos os países”, ressaltou.
O diretor executivo do Conselho Nacional de Segurança Rodoviária da Austrália, Soames Job, destacou que a segurança nas estradas pode e deve ser administrada. Ao citar experiências adotadas em seu país, que reduziram os acidentes de trânsito, Job enfatizou que, assim como na construção civil, em que os operários são obrigados a usar equipamentos de segurança, os motoristas têm que ser “obrigados” a seguir as leis de trânsito.
“Obrigamos a utilização de equipamentos de segurança [na construção civil], e mesmo que a pessoa tropece [no alto de uma obra], o trabalhador sobreviverá. O mesmo temos que fazer no trânsito”, comparou. Ele disse que para o Brasil reduzir as vítimas de trânsito precisa investir no controle centralizado das operações de trânsito, elevação dos valores da multas, rigor da fiscalização e um sistema confiável de dados.
“Os sistemas de dados são extremamente importantes, e as decisões têm que ser baseadas em evidências- um sistema de dados para saber sobre tudo o que está acontecendo. Temos que administrar todas as vias, não parte delas, e isso exige cooperação entre os responsáveis pelas estradas. Isso faz com que possamos reconhecer e tratar os pontos mais críticos e direcionar ações”, aconselhou.
De acordo com a diretora-geral da PRF, Maria Alice Nascimento, a intenção do seminário é trocar experiências com outros países para aperfeiçoar as ações de segurança no Brasil. “Trouxemos palestrantes, com apoio do Banco Mundial, da Espanha e da Austrália, e estamos vendo situações em que eles já trabalham em seus países, focadas na questão da segurança viária, que, com certeza, vai colaborar com a nossa realidade”, disse ela.
“É um desafio para todos os países a redução de acidentes violentos no trânsito. O Brasil tem feito muito nessa área, temos conseguido reduzir, ano a ano, o número de acidentes, devido a um trabalho conjugado entre as polícias rodoviárias federal e estaduais, e outros órgãos públicos. Trocar experiência, falar o que tem de bom por aqui [no Brasil] e receber as informações do que é feito lá fora é sempre muito importante”, acrescentou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
Fonte - Agencia Brasil 13/11/2014
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