A defesa de Cunha alegava que o juiz Sérgio Moro, que conduz a Lava-Jato na 13ª Vara Criminal de Curitiba, "usurpou a competência do Supremo" ao colher depoimento em que o deputado, que possui foro privilegiado, é citado.
Agência Estado - DP
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A defesa de Cunha alegava que o juiz Sérgio Moro, que conduz a Lava-Jato na 13ª Vara Criminal de Curitiba, "usurpou a competência do Supremo" ao colher depoimento em que o deputado, que possui foro privilegiado, é citado. Os advogados do presidente da Câmara tentavam, com a ação, anular todos os atos relativos a Cunha no processo do Paraná, como o depoimento de Camargo.
Em resposta à reclamação de Cunha, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, alegou que foi "absolutamente correto todo o procedimento de colheita de provas realizado" e chamou de "ilação" a acusação feita pelo peemedebista de que o depoimento de Camargo tem por objetivo afastá-lo da presidência da Câmara. "Absolutamente improcedente a ilação de que haveria 'interesse' do procurador-geral da República em 'conseguir' depoimentos que sustentem uma tese de influência indevida do reclamante nas investigações, a fim de instruir um absurdo pedido de afastamento do reclamante da presidência da Câmara dos Deputados", disse Janot ao STF, ao rebater a acusação de Cunha.
Ao analisar o caso, Zavascki negou o seguimento da reclamação proposta por Cunha com base na citação de Camargo ao seu nome. Com isso, a ação conduzida por Moro não terá nenhum ato anulado. A expectativa é que Janot ofereça uma denúncia - acusação formal - contra Cunha até amanhã ao STF.
Fonte - Diário de Pernambuco 19/08/2015
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