Essa máquina, fabricada nos EUA pela American Locomotive Company, é uma importante locomotiva diesel de primeira geração, que veio para substituir as antigas locomotivas a vapor na época
Maria Teresa Costa - iG Paulista
Locomotiva recebeu a cor vermelha quando atuou pela ALL Foto: Divulgação |
Essa máquina, fabricada nos EUA pela American Locomotive Company, é uma importante locomotiva diesel de primeira geração, que veio para substituir as antigas locomotivas a vapor na época. Ela é uma das duas remanescentes de dez máquinas a diesel adquiridas pela Companhia Paulista de Estrada de Ferro e que circularam nos ramais de bitola métrica até 1968 na região de São Carlos. Elas iam até Dourado, Novo Horizonte e também no ramal de Bebedouro a Olímpia.
Transferência A partir de 1968, quando a Paulista fechou os trechos operados em bitola métrica, as locomotivas foram transferidas para a Companhia Mogiana de Estrada de Ferro e passaram a circular na região de Campinas. A outra locomotiva remanescente do período, recuperada, pertence a uma empresa e opera no porto do Guarujá. As outras oito do lote são sucatas, sem condições de recuperação, e estão no pátio de Campinas.
A máquina é de número 3505 e foi, por muitos anos, locomotiva de manobra das oficinas de Campinas. Com o fechamento das oficinas, ela foi transferida para as oficinas de Sorocaba e nos últimos dois anos estava inoperante por problemas mecânicos e guardada nas oficinas da ALL em Mairinque.
Cor originalCedida à ABPF pelo Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit), ela foi transportada até Paulínia e ficou sob guarda da empresa ANX, de onde vai ser carregada em carreta especial esta semana e levada à estação Carlos Gomes. Originariamente a máquina era azul, cor da Paulista, e foi pintada de vermelho pela ALL, cor desta empresa. Nas oficinas da ABPF ela retornará ao azul original.
Essa locomotiva vai ajudar as marias-fumaças a puxar os trens grandes e também nos períodos de seca ou de muita chuva. No período de chuva, a lenha fica úmida e demora a queimar para ferver a água que formará o vapor necessário para mover as marias-fumaças. Nos períodos de seca, a ideia é que ela faça a força necessária para puxar os trens, evitando a necessidade de queimar muita lenha e prevenir, assim, a formação de fagulhas que poderão provocar incêndio nas margens do trecho por onde circula o trem entre Campinas e Jaguariúna.
AcervoABPF tem, em Campinas, o maior acervo de marias-fumaças da América Latina (são 12 locomotivas a vapor restauradas e mais quatro a espera de recuperação e 60 carros e vagões) graças ao trabalho de garimpagem realizado pelos associados. São ex-ferroviários e apaixonados por trens que dedicam parte de seu tempo a recolher preciosidades históricas abandonadas em pátios desativados.
Sem isso, um importante acervo histórico estaria distribuído pelo país correndo o risco de ser corroído pela ferrugem ou virar sucata. Emprocesso de inventariança, a Rede Ferroviária Federal S.A., proprietária de todo o material das ferrovias desativadas, está leiloando tudo o que não entrou no processo de privatização. As marias-fumaças estão sendo salvas graças ao convênio que a ABPF tem com a RFFSA.
CessãoPor ele, a entidade tem a cessão, em comodato por 99 anos, desses equipamentos, desde que restaure e mantenha a “frota” conservada.
A restauração tem produzido resultados importantes, como a de uma locomotiva a vapor que pertenceu à Companhia Paulista de Estrada de Ferro e que por mais de 40 anos ficou abandonada. Há também um bagageiro em madeira restaurado pelos voluntários, que pertenceu à Estrada de Ferro Noroeste do Brasil: era o carro-correio. Da mesma empresa, uma maria-fumaça também foi restaurada e circula nos finais de semana, levando turistas saudosos para uma viagem no tempo, no trecho de 24 quilômetros entre Campinas e Jaguariúna. Mais novo integrante do acervo, o carro americano foi fabricado em 1951 pela The Budd Company para a Estrada de Ferro Sorocabana.
Fonte - Correio RAC.com 05/01/2015
Tanto mantem em pé um patrimônio q foi derrotado pelo progresso do automóvel e pelo asfalto e q uma política-administrativa governamental trabalhou bastante p,ra isso mesmo e como tbm um como eu q fui um grande usuário ferroviário como eu, é como se fosse uma viagem no túnel do tempo, voltando aos anos 60 ou 1960. Aqui em Aracaju vamos ver se irá ter um resgate ferroviário mesmo q seje um trajeto suburbano mais curto, seus 36 km ao invés de 74 km como era antes, por meio de VLT (veículo leve de trilho). Mas, quando isso for ter em Aracaju, todas as capitais do Brasil já teve bem primeiro.
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