A publicação Brics: Construir a Educação para o Futuro buscou identificar os sucessos e desafios enfrentados pela educação nesses países e recomenda uma colaboração mais efetivas entre as cinco economias do bloco para acelerar o progresso na educação.
Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
foto - ilustração |
A publicação Brics: Construir a Educação para o Futuro buscou identificar os sucessos e desafios enfrentados pela educação nesses países e recomenda uma colaboração mais efetivas entre as cinco economias do bloco para acelerar o progresso na educação.
Apesar de reconhecer os avanços, o relatório indica que para alcançar o crescimento econômico equitativo e o desenvolvimento sustentável é preciso mais investimento na educação, com prioridade para a educação básica, superior e o desenvolvimento de habilidades. Alerta também para as disparidades entre as escolas que fazem com que as crianças mais pobres sofram mais com a baixa qualidade educacional.
Na educação básica, o relatório diz que Brasil, China, Índia e África do Sul devem alcançar a educação primária e secundária universal, reduzir as desigualdades na oferta e aumentar o rendimento escolar. “Os países também devem colocar maior ênfase na expansão de programas de boa qualidade em cuidados e educação na primeira infância”, registra.
Em relação a educação superior, aponta que a demanda por esse nível de ensino tem aumentado e os países do Brics devem expandir a oferta de educação superior e construir centros de excelência mundial em ensino e pesquisa.
Quanto ao desenvolvimento de habilidades, o relatório recomenda que sejam criados sistemas de desenvolvimento de habilidades complexas para que os países diversifiquem suas bases econômicas. Recomenda ainda a expansão e modernização da trajetória técnica e profissional do ensino secundário e superior e a expansão dos programas de formação que têm como alvos jovens e adultos carentes.
O relatório cita como positivas algumas iniciativas brasileirase, entre elas o Plano Nacional de Educação, que estabelece objetivos de aprendizagem explícitos a médio e longo prazo, e diz que o país tem planos ambiciosos para desenvolver a formação técnica e educação profissional e tecnológica. Cita ainda como positivo o sistema de cotas para estudantes de escolas públicas nas universidades federais e a decisão do governo de destinar 75% dos royalties do petróleo para a educação.
Entre as sugestões de cooperação entre os países do Brics para aprimorar os avanços na educação estão a união de forças para melhorar a qualidade dos dados educacionais; o compartilhamento de experiências na criação e implementação de avaliações nacionais de desempenho de estudantes e gerenciar a rápida expansão do ensino superior.
Fonte - Agência Brasil 22/09/2014
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