terça-feira, 23 de setembro de 2014

Marina definha nas pesquisas e Dilma busca vitória no 1º turno

Eleições

Marina tem perdido substância eleitoral ao longo das últimas pesquisas - O estudo mostrou que um eventual segundo turno contra a presidenta e candidata à reeleição, Dilma Rousseff, ainda possível e, nele, Marina estaria presente, mas perdendo substância eleitoral.

Por Redação - CB

Candidata do PSB/Rede Sustentabilidade à Presidência da República, a ex-ministra Marina Silva segue em seu mergulho rumo a um possível empate com o adversário tucano, Aécio Neves, que ganhou um alento na tentativa de chegar ao segundo lugar na disputa eleitoral, segundo pesquisa do CNT/MDA divulgada nesta terça-feira. O estudo mostrou que um eventual segundo turno contra a presidenta e candidata à reeleição, Dilma Rousseff, ainda possível e, nele, Marina estaria presente, mas perdendo substância eleitoral.
Segundo o levantamento do MDA, encomendado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), Dilma teria 36% das intenções de voto no primeiro turno, uma oscilação negativa em relação aos 38,1% no início de setembro. Marina, porém, aparece com 27,4%, contra 33,5% no levantamento anterior, e Aécio soma agora 17,6%, acima dos 14,7% no começo do mês. Como a queda de Dilma ocorreu dentro da margem de erro, quem efetivamente perdeu espaço foi Marina. Em uma possível arrancada na campanha petista, com o quadro de queda da adversária e uma recuperação ainda lenta do candidato tucano, Dilma reuniria votos suficientes para uma vitória ainda no primeiro turno.
Além do avanço de Aécio, uma avaliação preliminar dos números indica que votos antes da ex-senadora no primeiro turno foram principalmente para brancos, nulos e indecisos, que agora somam 16,5%, bastante acima dos 11,6% da pesquisa anterior. A CNT/MDA mostrou ainda que Marina caiu em todas as simulações de segundo turno feitas pelo instituto, ao mesmo tempo em que Aécio ganha algum terreno nos cenários contra a candidata do PSB e contra a presidenta. De acordo com o levantamento, a vantagem que Marina tinha sobre Dilma na simulação de segundo turno evaporou. Agora as duas candidatas aparecem em empate técnico, com vantagem numérica para a candidata petista.
Nesse cenário, Dilma aparece com 42%, contra 42,7% na sondagem anterior, enquanto a candidata do PSB tem agora 41%, ante os 45,5% que registrava antes.
Já numa eventual disputa contra o tucano, a ex-senadora e ambientalista ainda lidera, mas perdeu 9,1 pontos, enquanto Aécio cresceu 6,2 pontos. Contra o tucano, Marina aparece com 43,1% das intenções de voto, ante 52,2%. Aécio soma 32,9%, contra 26,7%.
O candidato do PSDB também subiu na simulação de segundo turno contra Dilma: a petista tem 45,5% (47,5% antes) e Aécio aparece com 36,5% (33,7% antes), segundo a pesquisa.

Governo Dilma
A CNT/MDA também apontou pouca variação na avaliação de governo em relação ao levantamento anterior feito pelo instituto para a CNT.
A avaliação positiva do governo Dilma é agora de 37,4%, uma oscilação para baixo de 0,1 ponto em relação aos 37,5% da pesquisa anterior. A avaliação negativa ficou em 25,1%, ante 23% na sondagem anterior, uma variação dentro da margem de erro da pesquisa.
Os que avaliam o governo da petista como regular somam agora 36,8%, contra 39% no início de setembro.
A aprovação pessoal de Dilma também variou dentro da margem de erro da pesquisa. O percentual dos que aprovam a maneira de governar da presidente soma 51,4%, ante 52,4% na pesquisa anterior. Os que desaprovam são 43,8%, contra 42,9% na sondagem divulgada no início do mês.
A margem de erro do levantamento é de 2,2 pontos percentuais.
Segundo a CNT, foram entrevistadas 2.002 pessoas, em 137 municípios de 25 unidades federativas das cinco regiões do País, nos dias 20 e 21 de setembro. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos porcentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR-00753/2014.

Silêncio na Record
A Rede Record, do bispo Edir Macedo, optou por não divulgar, na noite passada, uma pesquisa Vox Populi que iria ao ar no principal programa noticioso da casa. A revista Forum, do jornalista Renato Rovai, chegou a divulgar o tracking de uma das campanhas, com os seguintes números: Dilma 40%, Marina 22% e Aécio 17%. No segundo, Dilma vencia por 45% a 39%. Caso a Record resolva divulgar o estudo na noite desta terça-feira, sua relevência terá perdido o valor, pois será apenas mais um a captar uma inversão de tendências constatada na pesquisa CNT/MDA, com índices de intenção de voto já amplamente favoráveis a Dilma Rousseff.
Para o colunista Ricardo Melo, do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo, as pesquisas espelham o sentimento do eleitor durante uma campanha eleitoral que serve para “clarificar os verdadeiros interesses em conflito no país. A ficção de uma terceira via voltou para o ralo. Tanto nas declarações como nas proposições e na base social que as apoiam, as candidaturas de Marina Silva e Aécio Neves têm se aproximado de maneira indiscutível”.
“O confronto em jogo está evidente. Os dois candidatos oposicionistas afirmam em alto e bom som que o objetivo é tirar o PT do poder. As articulações de bastidores com vistas a um eventual segundo turno acontecem a céu aberto. O ex-presidente FHC resumiu o sentimento num jantar com milionários pró-Aécio: ‘Apelo mesmo’. Um bordão de amplo espectro”, afirma Melo.
Ainda segundo o jornalista, ex-chefe de Redação do SBT, “a esta altura, Aécio Neves, de candidato competitivo, viu-se reduzido a moeda de troca. Cardeais tucanos negociam sem constrangimento o voto em Marina para “impedir o mal maior”. A ironia é que isso acontece justo no momento em que algumas pesquisas injetaram sobrevida ao ex-governador de Minas. Já a “entourage” de Marina escancara as opções da ex-ambientalista. Quer porque quer credenciar-se como candidata do grande capital. Corre atrás da alta sociedade seja onde for, como um trator à procura de uma árvore para derrubar. Fala em “atualizar” as leis do trabalho. Para bom entendedor, tais palavras bastam. Seus comícios populares se esvaziam na mesma proporção em que proliferam encontros com madames, empresários graúdos e financistas internacionais”.
“O maior risco para o PT é calçar o salto alto e passar a viver de louros passados. Verdade seja dita: com ou sem barbeiragens do IBGE, os indicadores sociais, inclusive os anunciados pela ONU, mostram que o país mudou para melhor. Isto é fato. Mas o modelo de agradar gregos e troianos exibe sinais de esgotamento”, concluiu.
Fonte - Correio do Brasil  23/09/2014

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