A criação da Cosan Logística é um passo do grupo para incorporar a América Latina Logística (ALL), de ferrovias.A empresa pretende que, já na data prevista, sejam iniciadas as negociações da nova companhia em bolsa.
Valor Econômico
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A empresa pretende que, já na data prevista, sejam iniciadas as negociações da nova companhia em bolsa. "A Cosan Logística, resultante da cisão, será uma companhia aberta, listada na BM&FBovespa no segmento 'Novo Mercado'", informou a empresa, ressaltando que o modelo ainda precisa de aprovação em assembleia geral extraordinária de acionistas.
A criação da Cosan Logística é um passo do grupo para incorporar a América Latina Logística (ALL), de ferrovias. A ALL está em processo de fusão com a Rumo, controlada da Cosan. De acordo com os planos da diretoria do grupo, o investidor da Cosan vai passar a ter em mãos a participação em dois papéis: na Cosan (que, conforme disseram diretores anteriormente, passará a se chamar Cosan Energia) e na Cosan Logística (a ser criada). Mas quanto o acionista receberá de cada papel ainda dependem de cálculos.
Segundo os diretores, a cisão serve para que o mercado tenha mais clareza ao investir nos negócios da companhia. A Cosan Logística surge com um único ativo: a participação na Rumo, companhia avaliada em R$ 4 bilhões que possui terminais no interior e no litoral paulista. Os planos é que a Rumo seja fundida com a ALL (com valor de quase R$ 7 bilhões) depois da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Para a Cosan, a aprovação do Cade ocorrerá no fim deste ano ou no começo do ano que vem. Segundo os executivos, há preocupação com o ritmo do órgão antitruste. "Nossa preocupação é com prazos. Porque vemos uma necessidade premente de se fazer coisas na companhia. Dada a nova lei [do Cade, que impede junção das operações antes da aprovação], a gente não pode fazer nada. Tem que esperar", disse o vice-presidente de finanças e diretor de relações com investidores da Cosan, Marcelo Martins, em teleconferência ontem com jornalistas. O Cade tem 330 dias, no total, para avaliar a questão.
Empresas e entidades, como por exemplo a distribuidora de combustíveis Ipiranga, já manifestaram preocupação com a fusão no órgão, mas os diretores minimizaram a questão. "A gente já esperava que essas peças entrassem no Cade, porque nesta semana o prazo para as manifestações se encerram. Por ser uma companhia com grande presença geográfica, [a ALL] tem muitas partes interessadas e é legítimo que elas se manifestem", afirmou Martins.
"A gente está tranquilo a respeito disso isso. Estamos nesse momento revisando [as petições] para ver se tem algo novo", afirmou. Segundo ele, a fusão é simples do ponto de vista da concorrência. "Na nossa opinião, é uma fusão tecnicamente simples do ponto de vista concorrencial. Porque já se parte de um monopólio legal, estabelecido por lei e regulado para se manter economicamente correto. Não tem um aumento de concentração no que ela [a ALL] faz", afirmou.
Ainda de acordo com Martins, uma nova revisão das orientações de resultado poderá vir após a listagem da Cosan Logística em bolsa. "Fizemos uma revisão na Raízen Energia com relação à cana moída [bem como de volumes] e optamos por não fazer outras revisões no trimestre porque estaremos, a partir de 1º de outubro, com duas empresas listadas, a Cosan S.A. e a Cosan Logística", disse o executivo já na teleconferência com analistas.
Conforme Martins, "será mais adequado trabalhar no novo 'guidance' [meta] com o número já quebrado por segmento de negócio ou por empresa". Para a Rumo, a previsão de resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) em 2014 será atualizada, segundo a companhia.
Em relação à Cosan Lubrificantes, o executivo adiantou que é possível que a previsão para o Ebitda anual seja revista para baixo. "Os resultados do segundo semestre devem mostrar recuperação bastante forte em relação ao resultado que tem sido visto até agora, [mas] o guidance de Ebitda pode ser revisto para esse negócio."
De acordo com o presidente da Cosan, Marcos Lutz, tanto o mercado quanto as margens desse negócio se contraíram muito no segundo trimestre. "Vemos alguma reação neste mês, mas é difícil projetar uma recuperação total em relação ao orçamento do ponto de vista de Ebitda. É um negócio que sofreu muito neste trimestre", enfatizou.
De abril a junho, a área de lubrificantes registrou Ebitda de R$ 21 milhões, frente a R$ 40 milhões um ano antes. Para o acumulado do ano, a meta atual é de Ebitda entre R$ 140 milhões e R$ 170 milhões.
Fonte - STEFZS 18/08/2014
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