“Parque São Bartolomeu, cenário de fé e resistência”, com este slogan o evento foi promovido pelo Movimento de Cultura Popular do Subúrbio (MCPS) e de acordo como o coordenador geral, Rainilton Carvalho, esta é a 8ª Caminhada com a finalidade de mobilizar as comunidades da região para as iniciativas em defesa do parque.
Noemi Flores - TB
Foto: Francisco Galvão |
“Parque São Bartolomeu, cenário de fé e resistência”, com este slogan o evento foi promovido pelo Movimento de Cultura Popular do Subúrbio (MCPS) e de acordo como o coordenador geral, Rainilton Carvalho, esta é a 8ª Caminhada com a finalidade de mobilizar as comunidades da região para as iniciativas em defesa do parque.
E neste ano, a razão maior do festejo foi a reabertura do parque que se encontra ainda em obras dentro do Projeto de Requalificação Urbana e Ambiental da Bacia do Cobre, do governo do estado, desenvolvido pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), que já inaugurou algumas etapas e já está com quase tudo pronto para inauguração total em breve.
“Antes a mobilização era para despertar as autoridades para a importância de serem feitas obras no parque para que a comunidade pudesse desfrutar de um espaço de lazer. Já foi construído o Centro de Cultura de Pirajá, o centro de Referência, a Praça de Oxum, boxes comerciais na praça e Praça de Esportes. Hoje queremos mobilizar toda a comunidade para a defesa da memória e da preservação ecológica do espaço”, afirmou Carvalho.
Para o coordenador geral do MCPS a comunidade circunvizinha só tem a ganhar com a revitalização do parque: “Uma perspectiva de nível saudável principalmente para a juventude. Toda a atividade cultural e esportiva entendemos como uma política de segurança pública”, destacou Rainilton, acrescentando que “o jovem que se envolve com música, dança, capoeira e esporte é difícil se envolver com o crime”, sinalizou.
Um detalhe importante apontado por Carvalho é a comunidade também estar incluída no projeto de gestão do parque. “Vamos ficar atentos para não virar especulação econômica. Os boxes serão destinados a comerciantes cadastrados da própria comunidade e a nossa grande preocupação é se tornarem alvo de especulação”, revelou.
Comunidade aprova a revitalização
O pedreiro Jorge Emanuel Lima de Almeida, acompanhado da filha menor diz ser “a maior alegria ver a revitalização do parque prestes a se concretizar. Gostei demais, precisava muito de um espaço assim para as crianças e os jovens. Tinha medo de morrer e não ver isto acontecer. Agora sei que meus filhos vão aproveitar e também meus netos”, se referindo ao futuro.
Demonstrando muita alegria no semblante, Isabel Reis, marisqueira de Conceição, na Ilha de Itaparica, fazia parte do Samba de Roda 2 de Julho, que veio da ilha especialmente para a Caminhada.
Ela contou que esteve na cachoeira do parque quando tinha 10 anos e agora após 40 anos retornou ao local e ficou feliz em ver que está sendo renovado como espaço de lazer para a comunidade.
“Nunca me esqueço da primeira vez que botei os pés na cachoeira e fico emocionada que voltei com o samba de roda para alegrar esta festa que faz parte da cultura baiana. Para nós isto é um presente”, acrescentou..
Encantada com a evolução da banda do Colégio Estadual de Praia Grande se encontrava a costureira Maria Conceição Cardoso Silva, moradora há mais de 30 anos nas proximidades do parque.
“Esta festa está ótima. Quando inaugurarem tudo vai ser muito bom para as crianças e os jovens, com várias atividades que vai servir para o futuro, em vez de perambularem nas ruas e aprender o que não presta”, afirmou.
Fonte - Tribuna da Bahia 25/08/2014
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