Tecnologia
Andreia Verdélio
Repórter da Agência Brasil
O Foguete VS-30 será lançado hoje (29) do Centro de Alcântara, no Maranhão, para testes com o motor movido a combustível líquido, desenvolvido pela empresa Orbital Engenharia em parceria com o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) da Aeronáutica. O 13º voo do foguete está previsto para as 16h, em direção ao Oceano Atlântico.
A carga útil, denominada Estágio Propulsivo a Propelente Líquido, utiliza etanol e oxigênio líquido, explicou o coordenador do projeto, coronel-aviador Avandelino Santana Júnior. “O que estamos tentando obter com este voo são dados do desempenho do motor em elevadas altitudes e condições de ambiente espacial”, disse, explicando que o sistema já é conhecido e foi exaustivamente testado em laboratório.
O objetivo é a utilização do combustível líquido no lançamento de satélites, que suporta massas maiores e maior altitude. Até então, os lançamentos no Brasil eram feitos apenas com propulsores sólidos. “Os maiores satélites colocados em órbita são por meio de motores com carga líquida, mas, até então, o país não dominava essa tecnologia. Com ela, temos a vantagem do desempenho e de operações com maior precisão”, disse o coronel Santana.
Segundo ele, serão abertas novas possibilidades no desenvolvimento de motores e na aplicação em outros veículos aeroespaciais brasileiros.
O voo do VS-30 deve durar em torno de dois minutos e não haverá recuperação da carga útil. O tempo é pequeno, mas suficiente para a transmissão e coleta dos dados da performance do motor do foguete, segundo o coordenador da operação.
Além do combustível líquido da carga útil, o foguete levará um GPS de aplicação espacial da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e um dispositivo mecânico de segurança concebido no IAE, denominado Chave Mecânica Acelerométrica.
O coronel Santana explica que o dispositivo funciona como uma torneira, podendo abrir e fechar conforme a necessidade. “Com o propulsor sólido, não temos esse controle, ele vai queimar até acabar, você não consegue reacender um fósforo. A grande vantagem é que ele fornece mais energia para o motor e pode dar várias ignições”, explicou.
A Operação Raposa foi iniciada no dia 12 de agosto e contou com o lançamento de um Foguete de Treinamento Intermediário, no dia 21, que testou os meios associados às atividades de preparação, montagem, transporte, integração, lançamento e rastreio de veículos espaciais e preparou a equipe envolvida para o lançamento principal.
A operação é apoiada pela Agência Espacial Brasileira e conta com a participação de organizações militares subordinadas ao DCTA, ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo e à Marinha do Brasil. Os trabalhos também são acompanhados pela Agência Espacial Alemã.
Arquivo/ IAE |
A carga útil, denominada Estágio Propulsivo a Propelente Líquido, utiliza etanol e oxigênio líquido, explicou o coordenador do projeto, coronel-aviador Avandelino Santana Júnior. “O que estamos tentando obter com este voo são dados do desempenho do motor em elevadas altitudes e condições de ambiente espacial”, disse, explicando que o sistema já é conhecido e foi exaustivamente testado em laboratório.
O objetivo é a utilização do combustível líquido no lançamento de satélites, que suporta massas maiores e maior altitude. Até então, os lançamentos no Brasil eram feitos apenas com propulsores sólidos. “Os maiores satélites colocados em órbita são por meio de motores com carga líquida, mas, até então, o país não dominava essa tecnologia. Com ela, temos a vantagem do desempenho e de operações com maior precisão”, disse o coronel Santana.
Segundo ele, serão abertas novas possibilidades no desenvolvimento de motores e na aplicação em outros veículos aeroespaciais brasileiros.
O voo do VS-30 deve durar em torno de dois minutos e não haverá recuperação da carga útil. O tempo é pequeno, mas suficiente para a transmissão e coleta dos dados da performance do motor do foguete, segundo o coordenador da operação.
Além do combustível líquido da carga útil, o foguete levará um GPS de aplicação espacial da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e um dispositivo mecânico de segurança concebido no IAE, denominado Chave Mecânica Acelerométrica.
O coronel Santana explica que o dispositivo funciona como uma torneira, podendo abrir e fechar conforme a necessidade. “Com o propulsor sólido, não temos esse controle, ele vai queimar até acabar, você não consegue reacender um fósforo. A grande vantagem é que ele fornece mais energia para o motor e pode dar várias ignições”, explicou.
A Operação Raposa foi iniciada no dia 12 de agosto e contou com o lançamento de um Foguete de Treinamento Intermediário, no dia 21, que testou os meios associados às atividades de preparação, montagem, transporte, integração, lançamento e rastreio de veículos espaciais e preparou a equipe envolvida para o lançamento principal.
A operação é apoiada pela Agência Espacial Brasileira e conta com a participação de organizações militares subordinadas ao DCTA, ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo e à Marinha do Brasil. Os trabalhos também são acompanhados pela Agência Espacial Alemã.
Fonte - Agência Brasil 29/08/2014
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