quinta-feira, 31 de maio de 2018

O Brasil precisa investir mais em ferrovias

Transportes sobre trilhos  🚄🚃  🚇

Tanto para cargas quanto para passageiros, ficou comprovado que o transporte sobre trilhos é mais eficiente e barato. Nas cidades operadas por VLTs, trens e metrôs houve aumento natural da demanda durante a crise, mas a população ao menos conseguiu seguir para seus destinos de maneira rápida e segura. 

Por CBTU
foto - ilustração/arquivo
Diante do caos estabelecido no país após dias de greve dos caminhoneiros, o investimento em ferrovias voltou ao debate público. Tanto para cargas quanto para passageiros, ficou comprovado que o transporte sobre trilhos é mais eficiente e barato. Nas cidades operadas por VLTs🚄, trens🚃 e metrôs🚇, houve aumento natural da demanda durante a crise, mas a população ao menos conseguiu seguir para seus destinos de maneira rápida e segura.
Nos últimos anos, o país passou a se movimentar mais sobre trilhos. O transporte de cargas em 2017 registrou um recorde com 503 toneladas úteis, 29,3% superior ao volume de 2007 e quase o dobro do registrado em 1997. A soja e o minério de ferro são os produtos responsáveis por alavancar esses números para cima, e são fundamentais para a economia do Brasil
Um trem pode transportar a carga de até 220 caminhões. Um único carro de metrô tem capacidade para 250 passageiros. Para levar esse mesmo número de pessoas, seriam necessários três ônibus ou 50 carros em um trânsito geralmente carregado. A capacidade é, sem dúvida, a vantagem mais visível do transporte sobre trilhos. Por isso, o investimento no setor é visto como um dos principais caminhos para transformar o país, seja no escoamento dos produtos ou na mobilidade das grandes cidades. Apesar disso, o total de linhas de metrô no Brasil é de pouco mais de 300 quilômetros em todas as cidades. Só em Londres, por exemplo, são 402 quilômetros.
“O transporte ferroviário é mais rápido, seguro, percorre grandes distâncias com baixo consumo de energia e impacto ambiental. Os trens transportam um grande volume de pessoas e, por trafegarem em vias exclusivas, desafogam o trânsito, sendo uma grande alternativa para a mobilidade”, lembra José Marques Lima, diretor-presidente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos.

Dependência de caminhões
No caso de mercadorias, ele é o mais recomendado para escoar a produção em longas distâncias, ideal para as dimensões continentais como é o caso do Brasil. Um trem com duas locomotivas e 96 vagões carrega 8.400 toneladas de carga. Para o mesmo volume, seriam necessários 220 caminhões bitrens, o maior veículo de carga rodoviário que não necessita de autorização especial.
O investimento no setor também traz ganhos ambientais para o país. Isso porque esse modal tem alta capacidade, baixa retenção de trânsito e vias de circulação com baixo atrito. Conforme a Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários, apesar de carregar 25% das cargas do país, o transporte ferroviário é responsável por apenas 2,2% das emissões do setor de transportes. Como se pode ver, os trilhos têm a capacidade de transformar o Brasil. Mais do que nunca, é hora desse debate ganhar destaque na elaboração de políticas públicas de mobilidade.
Fonte - CBTU  30/05/2018

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