O desabastecimento e os sucessivos aumentos do diesel impactam gravemente o transporte por ônibus urbano em todo o país, com redução de frota e suspensão das atividades em várias cidades, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Belo Horizonte, Aracaju, Cuiabá e outras. “Se situação persistir, o serviço vai parar de vez”, alerta o presidente executivo da NTU.
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foto - ilustração/arquivo |
O desabastecimento e os sucessivos aumentos do diesel impactam gravemente o transporte por ônibus urbano em todo o país, com redução de frota e suspensão das atividades em várias cidades, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Belo Horizonte, Aracaju, Cuiabá e outras. “Se situação persistir, o serviço vai parar de vez”, alerta o presidente executivo da NTU.
Otávio Cunha esclarece que a proposta de redução de 50% no custo do diesel para o transporte público faria o insumo voltar aos patamares históricos de preço e evitaria o repasse dos sucessivos aumentos do combustível às tarifas. “Somos um setor regulado, com reajustes tarifários anuais, definidos pelo poder público, mas a política de preços da Petrobras é insustentável. As tarifas terão que ser majoradas, porque não há como as empresas suportarem os aumentos diários desse insumo básico do setor, que somente entre janeiro e maio deste ano chegou a 11% para as empresas”, reforça Cunha. Ele defende que o regime diferenciado de preços é a saída para evitar o repasse desse aumento do combustível para as passagens, em caráter emergencial.
Segundo dados da Petrobras, nos últimos 45 dias, de 4 de abril a 18 de maio, houve aumento de 25,42% do diesel nas refinarias. Para a NTU este é um indicativo claro de que os preços estão sendo represados, mas poderão disparar a qualquer momento.
Para o presidente executivo da NTU, Otávio Cunha, o reajuste das tarifas não é a melhor alternativa para o país, diante do cenário econômico que o Brasil enfrenta. Cunha reconhece os benefícios da desoneração da folha de pagamento do setor, mas avalia que limitar a desoneração à dezembro de 2020, conforme projeto de lei aprovado ontem, na Câmara dos Deputados, é uma decisão equivocada. “Quando houve a desoneração, o setor repassou imediatamente para os usuários, o que resultou numa redução média de 4% nas passagens. Se isso cair, haverá o efeito inverso a partir de janeiro de 2021”, afirmou ele.
Fonte - Portogente 30/05/2018
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