“Esse não foi somente um ataque ao nosso hospital, foi um ataque à Convenção de Genebra. Isso não pode ser tolerado”, disse Joanne Liu em entrevista.Ela afirmou que não confia em um "inquérito militar interno” e exigiu a criação de uma comissão internacional humanitária para investigar o caso, um dispositivo previsto pela Convenção de Genebra que estabelece as regras do direito humanitário nas guerras.
Da Agência Lusa
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“Esse não foi somente um ataque ao nosso hospital, foi um ataque à Convenção de Genebra. Isso não pode ser tolerado”, disse Joanne Liu em entrevista.
Ela afirmou que não confia em um "inquérito militar interno” e exigiu a criação de uma comissão internacional humanitária para investigar o caso, um dispositivo previsto pela Convenção de Genebra que estabelece as regras do direito humanitário nas guerras.
O bombardeio do hospital de Kunduz, administrado pelos Médicos sem Fronteiras, na madrugada de sábado (3), deixou 22 mortos, incluindo três crianças.
Nessa terça-feira (6), o general John Campbell, chefe da missão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no Afeganistão, afirmou que o hospital foi bombardeado “por erro”, em um ataque decidido pelo comando norte-americano. Ele falou na Comissão das Forças Armadas do Senado dos Estados Unidos. "Nunca atingiríamos deliberadamente instalações médicas”, acrescentou.
Na segunda-feira (4), em entrevista em Washington, John Campbell informou que o bombardeio foi pedido pelas autoridades afegãs, o que foi criticado pela organização médica, que acusou os Estados Unidos “de tentar passar a responsabilidade para o governo afegão”. O general explicou que as forças norte-americanas apoiavam as tropas afegãs envolvidas em confrontos com os talibãs em Kunduz.
O incidente com o hospital de Kunduz ocorreu dias depois de a cidade ter sido tomada pelos talibãs, considerada a mais importante vitória dos insurgentes desde que foram afastados do poder em 2001.
O Exército afegão recuperou a cidade dias mais tarde, mas os confrontos prosseguiram entre as duas partes, que controlam diferentes bairros.
Fonte - Agência Brasil 07/10/2015
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