O protocolo é resultado de uma parceria estratégica firmada entre os dois países e os 35 acordos assinados pela presidente Dilma Rousseff e o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, no último dia 19 de maio. Um deles prevê o estudo de viabilidade de implantação da Ferrovia Transoceânica, que, pelo projeto, sai do Rio de Janeiro, passa por Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Rondônia, Acre e termina no Peru.
G1
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O protocolo é resultado de uma parceria estratégica firmada entre os dois países e os 35 acordos assinados pela presidente Dilma Rousseff e o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, no último dia 19 de maio. Um deles prevê o estudo de viabilidade de implantação da Ferrovia Transoceânica, que, pelo projeto, sai do Rio de Janeiro, passa por Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Rondônia, Acre e termina no Peru.
A China quer aumentar os negócios na América Latina, e facilitar o acesso à produção brasileira, principalmente de soja, sem depender do Canal do Panamá, que tem forte influência dos Estados Unidos. Mas para se tornar realidade, o projeto tem que enfrentar desafios de engenharia, ambientais e políticos.
Especialistas afirmam que os investimentos na ferrovia podem ficar próxima a R$ 30 bilhões. Os mais beneficiados seriam os produtores rurais do Oeste de Mato Grosso, que teriam um caminho mais curto para escoar a safra, principalmente de soja, reduzindo o transporte pelas rodovias. Em 2014, a China importou de Mato Grosso produtos no valor de US$ 4,9 bilhões, sendo que US$ 4,6 bilhões foram destinados à importação de soja, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).
Para o governador de Mato Grosso, que esteve com o representante da República Popular da China em Brasília para discutir sobre a ferrovia em maio, esta é uma obra importante para o Estado. “Nos anima mais ainda o fato do governo federal tratar publicamente da ferrovia como um projeto estratégico para o Brasil. Mato Grosso ajuda muito o Brasil, agora, o Brasil também precisa ajudar Mato Grosso e os estados produtores", disse na ocasião.
De acordo com o governo do Estado, a previsão é de que a comitiva chegue em Mato Grosso às 8h da terça-feira (9), em Comodoro, localizado a 644 km a Oeste de Cuiabá, onde os representantes serão recebidos pelo governador e o vice-governador, Carlos Fávaro.
A programação prevê que a comitiva visite ainda Campo Novo do Parecis, a 397 km de Cuiabá, durante o almoço e siga para Lucas do Rio Verde, a 360 km de Cuiabá, onde na quarta-feira (10) a implantação da ferrovia será discutida em um evento, com a presença do governador e, possivelmente, do ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, representando o governo federal.
Fonte - Revista Ferroviária 09/06/2015
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