quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Promotoria apura atuação de Youssef no Monotrilho

Política

O Ministério Público estadual de São Paulo (MPSP) pediu à Justiça Federal do Paraná acesso às provas envolvendo a suposta atuação do doleiro Alberto Youssef - um dos principais investigados pela Operação Lava-Jato - em obras da Linha 15 - Prata do Monotrilho de São Paulo.

Valor Econômico
foto - ilustração
São Paulo - O foco do inquérito civil instaurado pelo promotor Augusto Rossini é a apuração de irregularidades consistentes em supostos desvios na licitação do trecho do Monotrilho entre as estações Oratório e Vila Prudente
O Ministério Público estadual de São Paulo (MPSP) pediu à Justiça Federal do Paraná acesso às provas envolvendo a suposta atuação do doleiro Alberto Youssef - um dos principais investigados pela Operação Lava-Jato - em obras da Linha 15 - Prata do Monotrilho de São Paulo.
O foco do inquérito civil instaurado pelo promotor Augusto Rossini é a "apuração de irregularidades consistentes em supostos desvios na licitação do trecho do Monotrilho entre as estações Oratório e Vila Prudente, integrante da Linha 15-Prata do Metrô e descumprimento do prazo de entrega do referido trecho do Monotrilho".
A Promotoria do Patrimônio Público e Social solicita o compartilhamento de todo o material da Lava-Jato que envolva a obra em São Paulo, incluindo a planilha apreendida na casa de Youssef pela Polícia Federal (PF), que traz informações sobre 747 obras públicas que estariam na mira do doleiro. O documento foi revelado pela revista "Carta Capital".
No pedido, o MPSP menciona a página 14 da planilha de Youssef: "(...) consta o cliente 'Construtora OAS Ltda.', contato "engenheiro Vagner Mendonça' (...) cliente final 'Metrô/SP', referência projeto 'Obra Vila Prudente', número da proposta 'SKOAS070411.001', UF 'SP', proposta enviada em '7/4/2011', valor R$ 7.901.280,00". O número de um telefone celular aparece anotado ao lado do nome do engenheiro.
Segundo o Ministério Público paulista, estão no foco do inquérito, além do Metrô, do doleiro e da OAS - já investigada na Lava-Jato -, o Consórcio Queiroz Galvão, a Bombardier - acionada judicialmente por suposta participação no cartel de trens e Metrô em São Paulo - e ainda o engenheiro Vagner Mendonça.
A planilha de Youssef contabiliza R$ 11 bilhões em contratos que, segundo a Operação Lava-Jato, teriam sido intermediados por Youssef.
Em nota, o Metrô de São Paulo informou "que o projeto da Linha 15, bem como todas as obras executadas pela Companhia, foi licitado com base na Lei 8.666 [de licitações], com ampla concorrência entre os consórcios participantes. O certame foi vencido pelo Consórcio Expresso Monotrilho Leste, que ofereceu o melhor projeto e o menor preço".
A Bombardier Transportation disse em comunicado "que nunca manteve qualquer relacionamento com o sr. Alberto Youssef e tampouco realizou pagamentos a quaisquer empresas controladas por ele. A Bombardier opera segundo os mais altos padrões de ética corporativa em todos os países onde está presente".
OAS e Consórcio Queiroz Galvão não responderam à solicitação da reportagem até o fechamento dessa edição.
Ontem, a Justiça Federal de Curitiba manteve bloqueados R$ 81 milhões em contas de 16 réus e investigados na Lava-Jato, inclusive executivos de empreiteiras.
A defesa do ex-diretor de Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, que está preso, recorrerá hoje ao Superior Tribunal de Justiça.
Fonte - STEFZS   21/01/2015

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