terça-feira, 8 de abril de 2014

Restaurante no Comércio faz 100 anos

Salvador

O restaurante marcou uma fase importante da sociedade baiana, reunindo empresários, comerciantes e políticos, num mesmo ambiente, de gastronomia rica e diversificada. .
Criado em 1912 por José Maria Orge, imigrante espanhol, o Colon enfrentou algumas dificuldades, mas fez história na Bahia. Na década dos 40, já economicamente independente, José trouxe seus familiares para a boa terra onde viveram até hoje seus filhos, netos e bisnetos

Daniela Pereira - TB
foto - ilustração
O Restaurante Colon comemorou no último sábado, dia 05, 100 anos de existência, com buffet livre de feijoada e grandes atrações artísticas, como Nelson Rufino e apresentações de baianas caracterizadas e danças flamencas. Localizado próximo à Associação Comercial da Bahia, Praça Conde dos Arcos, no Comércio. O restaurante marcou uma fase importante da sociedade baiana, reunindo empresários, comerciantes e políticos, num mesmo ambiente, de gastronomia rica e diversificada. .
Criado em 1912 por José Maria Orge, imigrante espanhol, o Colon enfrentou algumas dificuldades, mas fez história na Bahia. Na década dos 40, já economicamente independente, José trouxe seus familiares para a boa terra onde viveram até hoje seus filhos, netos e bisnetos. Na década dos 50 entrou na sociedade Manuel Arlindo Orge Casqueiro, seu filho, mas conhecido como “Manolo do Colon” e José Maria Orge Alonso, “Pepe”, seu genro. A partir de 1966 estes dois assumiram o controle da firma e mantiveram honrosamente acesa a chama do Colon até a metade dos anos 90.
Segundo Maria Orge, atual proprietária juntamente com o marido, a festa de aniversário do restaurante foi crescendo de forma inesperada. “No último dia 31, o Colon completou 100 anos, mas a Casa ficou muito cheia e a festa foi crescendo muito, sem eu sentir.
Com isso a Associação Comercial me cedeu o espaço para fazermos nossa comemoração”, explicou Orge, relembrando um pouco da história do restaurante. “A história é fascinante, pois em 1912, José Maria, que é bisavô do meu filho, abriu o Bar Marítimo porque tudo no local era mar. Em 1914, ele pôde vir para cá e em homenagem a Cristóvão Colombo, colocou o nome de Colon Choperia. Atualmente podemos dizer que o restaurante já é um patrimônio da Bahia”, contou.
Bastante frequentado por Jorge Amado e Zélia Gattai, o restaurante está presente na página 355 do livro, O Sumiço da Santa, sendo eternizado na literatura brasileira. Para comemorar o centenário do Colon foram convidados o prefeito ACM Neto, o governador da Bahia, Jaques Wagner, o presidente da Bahiatursa e outras autoridades locais. Além de Nelson Rufino, a festa contou com apresentações de Roque Bentenguê, Peu Meu Ray, Fanfarra e músicos convidados.
Fonte - Tribuna da Bahia  08/04/2014

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