Foi realizada na quarta-feira (11/12) mais uma audiência pública da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), da Câmara dos Deputados, sobre o derramamento de óleo nas praias do Nordeste. Na oportunidade, três cientistas de procedências diferentes relataram os efeitos do desastre ambiental e propuseram medidas para evitar novos acidentes.
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Imagem do site da Agência Câmara dos Deputados. |
Por isso, foi realizada mais uma audiência pública da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), da Câmara dos Deputados, sobre o derramamento de óleo nas praias do Nordeste. Foi na quarta-feira (11/12). Na oportunidade, três cientistas de procedências diferentes relataram os efeitos do desastre ambiental e propuseram medidas para evitar novos acidentes.
Yara Schaeffer-Novelli, do Instituto de Oceanografia da Universidade de São Paulo (USP), criticou a demora do governo em agir para conter as manchas de óleo no litoral nordestino. A especialista questionou porque o Plano Nacional de Contingência, criado em 2013, não foi acionado a tempo. “A autoridade nacional operacional do Plano Nacional de Contingência teria sido, pela própria estrutura da lei, o Ministério do Meio Ambiente. Ele jogou a criança nos colos da Marinha”, disse.
Francisco Kelmo, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), apresentou dados de um estudo feito em uma amostra de recifes de corais próximo à Praia do Forte. Entre abril e outubro deste ano, o número de espécies caiu quase 47% e o número de animais diminuiu em quase 66%. O índice de branqueamento, que revela a contaminação dos corais e que tem média de 5 a 6% habitualmente, subiu para quase 52%.
Rede de satélites
O representante do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ronald de Souza, detalhou a ação de correntes marinhas, dos ventos na costa brasileira e do regime de ondas. Ele enfatizou a importância de ações preventivas para evitar que desastres semelhantes aconteçam no futuro, pois reconheceu que, atualmente, não existe um sistema eficiente.
“A nossa proposta é instalar antenas de satélite que recebem dados de (outros) satélites que estão voando já, de outros países ou nossos mesmos, desde a ilha dos Açores, com a colaboração do governo de Portugal, até o sul do Brasil. Nós temos um sistema que já está didaticamente entendido de como tratar essas imagens e, principalmente, saber se aquele alvo colocado como óleo é realmente óleo, se é um falso óleo ou um alvo verdadeiro”, observou.
Fonte - Portogente 13/12/2018
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