CCR Metrô Bahia inova no monitoramento dos trilhos - Diferentemente das malhas subterrâneas, o sistema metroviário de Salvador e Lauro de Freitas corre sobre a superfície, ficando exposto a todo tipo de intervenção inesperada. O cabeamento de fibra ótica incorporado ao sistema leva ao centro de controle informações originadas das frequências de vibração, como uma espécie de sonar.
Mobilidade Estadão/Revista Ferroviária
foto - ilustração/arquivo |
Diferentemente das malhas subterrâneas, o sistema metroviário de Salvador e Lauro de Freitas corre sobre a superfície, ficando exposto a todo tipo de intervenção inesperada. O cabeamento de fibra ótica incorporado ao sistema leva ao centro de controle informações originadas das frequências de vibração, como uma espécie de sonar. Caso ocorra qualquer evento fora do padrão, um alarme aciona a equipe para providências imediatas. Em funcionamento desde outubro, a tecnologia passou por testes de aprendizado até ganhar maturidade para detectar os possíveis eventos, desde objetos até pedestres nos trilhos.
"Tínhamos um desafio grande em busca de minimizar as intervenções nas vias, que levavam a reduzir a velocidade ou mesmo a parar o trem", conta André Costa, diretor da CCR EngelogTec. "Agora temos recursos para agir de maneira rápida e com alto nível de precisão", explica o diretor.
Crescimento com qualidade
O diretor lembra que essa tecnologia está alinhada à estratégia de inovação da concessionária, que tem como princípios a valorização da segurança e a elevação da qualidade da prestação de serviço. "Poderíamos recorrer ao uso de câmeras, mas a instalação seria complexa, menos eficiente e mais onerosa. Para a realidade de um metrô de superfície, a fibra ótica se apresenta como a opção mais inteligente", avalia Costa.
Ao viabilizar um transporte mais seguro e fluido, com menos interrupções no serviço, a inovação surge como um fator essencial para que o sistema metroviário local continue sendo um dos que mais crescem no País. O empreendimento, da ordem de R$ 5,8 bilhões, é um exemplo de parceria público-privada (PPP) bem-sucedida. O contrato de 30 anos, assinado em 2013, tornou a CCR responsável pela construção, manutenção e operação do sistema.
Iniciado com quatro estações e seis 6 quilômetros de trilhos, o sistema opera atualmente com duas linhas, vinte 20 estações, oito terminais de ônibus integrados e 400 mil passageiros transportados por dia. É, também, um dos poucos sistemas de metrô do País que ligam o aeroporto ao centro da cidade.
"O sistema metroviário de Salvador e Lauro de Freitas é um projeto muito bem-sucedido de implantação, combinado com a operação, que vem transformando a mobilidade urbana da capital baiana e região metropolitana", destaca o diretor-presidente da CCR Metrô Bahia, Rodolfo Gonzalez. "Oferecer um serviço cada vez mais seguro e eficiente é um compromisso diário da CCR Metrô Bahia. Por isso, estamos investindo cada vez mais em inovação e tecnologia."
Fonte - Revista Ferroviária 12/12/2019
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