Os dados são baseados no Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (Seeg), do Observatório do Clima, e foram lançados pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) na 24ª Conferência do Clima (COP 24), da ONU, que acontece na Polônia.O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul, com 2 milhões de quilômetros quadrados, e dá origem a dois terços das bacias hidrográficas brasileiras.
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Divulgação/Ipam |
Os dados são baseados no Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (Seeg), do Observatório do Clima, e foram lançados pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) na 24ª Conferência do Clima (COP 24), da ONU, que acontece na Polônia.
O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul, com 2 milhões de quilômetros quadrados, e dá origem a dois terços das bacias hidrográficas brasileiras. Mais da metade de sua vegetação nativa foi desmatada, e a maior parte do bioma (45%) abriga pastagens e atividades agrícolas – 12% da soja produzida no mundo sai do Cerrado.
"A agropecuária no Cerrado tem bastante espaço para crescer com sustentabilidade, de forma a aproveitar as áreas já abertas com eficiência, conservação de recursos hídricos e manutenção da vegetação nativa, inclusive a que poderia ser desmatada legalmente", afirma a pesquisadora do Ipam Gabriela Russo, que coordenou o trabalho divulgado na COP 24. "Um caminho é implementar mecanismos de mercado, que remunerem os produtores rurais que tenham mais vegetação nativa do que rege a lei."
Pelas regras do Código Florestal, existem 325 mil km2 de vegetação nativa que podem ser legalmente desmatados no Cerrado, o que geraria 3,2 bilhões de toneladas de CO2 equivalentes na atmosfera. Há ainda 25,6 mil km2 de áreas públicas não destinadas no bioma, que não estão sujeitas a nenhuma categoria fundiária definida e podem, facilmente, ser alvo de desmatamento irregular e grilagem de terras. Se desmatadas, gerariam mais 200 milhões de toneladas.
"O Cerrado e sua população precisam de apoio. Conservar o que resta do bioma é bom para o clima, para a água que serve boa parte do Brasil, para a agricultura e para as pessoas que ali vivem", diz a diretora de Ciência do Ipam, Ane Alencar.
Fonte - Portogente 11/12/2018
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