Odebrecht se une à Mitsui em trilhos - A nova companhia, batizada de Odebrecht Mobilidade, nasce com quatro projetos da Odebrecht TransPort e um aporte de R$ 500 milhões do grupo japonês. Os sócios brasileiros serão controladores da empresa, com 60% de participação.
O Estado de S. Paulo
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Dos quatro projetos na carteira da nova companhia, apenas um está em operação, a SuperVia, um sistema de trens com 270 km de extensão. A empresa também é dona de participações nas concessionárias que vão construir e operar o VLT Carioca e o de Goiânia e na Move SP, empresa que venceu a concessão para construir a linha 6 (laranja) do metrô de São Paulo. Quando concluir as obras, a Odebrecht Mobilidade terá sob sua gestão 300 km de trilhos e uma capacidade de transporte de 3,2 milhões de passageiros por dia. Até 2020, esses projetos exigirão investimentos de R$ 17 bilhões.
A associação com a Mitsui faz parte de uma estratégia da Odebrecht TransPort em atrair sócios com experiência internacional no ramo para seus negócios. "Procurávamos um parceiro estratégico, com visão de longo prazo para os investimentos no Brasil. A Mitsui vai agregar à empresa um conhecimento de tecnologias usadas em projetos de mobilidade urbana de outras megalópoles internacionais e contatos com uma rede de parceiros no setor", explica o presidente da Odebrecht TransPort, Paulo Cesena.
A Mitsui está no Brasil desde 1960 e tem negócios em diversas áreas, como aço, produtos químicos e projetos de infraestrutura. A empresa japonesa já é uma fornecedora de produtos e serviços para o transporte ferroviário e participa como investidora de concessões. A Mitsui é uma das acionistas da Via Quatro, empresa que administra a linha 4 (amarela) do metrô de São Paulo.
O grupo Odebrecht já se associou a parceiros estrangeiros para buscar novas tecnologias nos segmentos de portos e aeroportos. Em 2009, a Embraport, divisão de portos da empresa, fechou uma parceria com a DP World, um dos maiores operadores de terminais marítimos do mundo, que administra o porto de Dubai.
No ano passado, a empresa também se aliou à Changi, operadora do aeroporto de Cingapura, considerado o melhor do mundo no ranking da consultoria Skytrax, no consórcio que venceu o leilão para administrar o aeroporto de Galeão.
Gestão. A Odebrecht Mobilidade será uma subsidiária da Odebrecht TransPort, empresa que tem como sócios o grupo Odebrecht (60%), o fundo FI-FGTS (30%) e a BNDESPar (10%). A companhia terá como presidente o executivo Gustavo Guerra, que trabalha no grupo Odebrecht há 26 anos e ocupava o cargo de diretor da construtora na Venezuela.
Segundo Guerra, a empresa está "atenta" a novas oportunidades de investimento em mobilidade urbana. "Estamos interessados, especialmente, nos projetos mais qualificadas, que exigem mais tecnologia e gestão", disse Guerra.
A Odebrecht TransPort tem mais dois negócios na área de mobilidade urbana, que não farão parte da nova empresa criada com a Mitsui - uma participação na ViaQuatro e na Otima, de mobiliário urbano, como abrigo para ônibus e totens publicitários.
Fonte - Revista Ferroviária 07/11/2014
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