Bahia
O empreendimento, que está em fase de acabamento, já tem o andar térreo disponível para operar, segundo o presidente da Companhia de Docas do Estado da Bahia (Codeba), José Muniz Rebouças.
Jessica Sandes - A Tarde
Eduardo Martins | Ag. A TARDE |
O terminal de passageiros do Porto de Salvador, no Comércio, ainda não tem data prevista para inauguração.
O empreendimento, que está em fase de acabamento, já tem o andar térreo disponível para operar, segundo o presidente da Companhia de Docas do Estado da Bahia (Codeba), José Muniz Rebouças.
No entanto, o período das eleições impede que a Secretaria Especial dos Portos defina qual empresa ficará responsável pelo edifício, por meio de licitação.
A construção ocupa uma área de 11 mil metros quadrados, e conta com três andares de 3.320 mil metros quadrados. Os outros 7.680 metros quadrados incluem uma esplanada que dá acesso para a Avenida da França, e revela o mar da Baía de Todos-os-Santos.
O investimento nas obras chega a cerca de R$ 38 milhões, afirma Rebouças.
Apesar de toda a aplicação, as obras foram adiadas três vezes. A previsão inicial era que o terminal fosse concluído em agosto de 2013. O prazo foi estendido para outubro do mesmo ano e, posteriormente, para maio de 2014.
O presidente da Codeba alega que o principal motivo para os atrasos foi a dificuldade de fornecedores cumprirem os prazos de entrega dos materiais.
Mesmo com todo o transtorno, o terminal funcionou parcialmente no período da Copa do Mundo da Fifa e, após esse período, já recebeu um navio de turismo.
Movimento
Com o novo empreendimento, a previsão é que haja um aumento no turismo marítimo da cidade.
Mas a conclusão das obras divide a opinião de cidadãos que frequentam e trabalham no Comércio.
Para o aposentado Sérgio Ribeiro, 48, a mudança levou mais beleza para o local. "Antes era tudo cheio de muro, o que tornava o ar abafado. Hoje temos uma visão privilegiada do mar".
Já o vendedor ambulante Claudionor Santos, 47, que há 40 anos trabalha comercializando doces e salgados no terminal da França, o novo empreendimento traz a preocupação de ser expulso.
De acordo com ele, a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) notificou todos os trabalhadores e deu um prazo para a retirada de barracas do local, sem apresentar motivos concretos para a ação.
"Nós [vendedores] estamos prestes a perder o nosso ganha-pão. Pedimos que nos consigam, pelo menos, um lugar digno para trabalharmos", comenta.
A notificação foi emitida há mais de um mês, por isso Santos acredita que, até a inauguração será possível permanecer no lugar.
"Eles [os agentes da prefeitura] acham que nós poluímos a rua. Não querem que turistas vejam ambulantes", destaca o vendedor.
A secretária municipal de Ordem Pública, Rosema Maluf, declara que a ação faz parte do ordenamento que tem sido posto em prática em outros bairros da cidade. Porém garante que as atitudes tomadas fazem parte de um planejamento que requer estudos prévios.
"A atividade na área do Comércio ainda não tem data prevista e nada tem a ver com as obras portuárias. Esse é um projeto da prefeitura, que visa organizar o comércio da cidade", garante Rosema.
Ainda segundo a titular da Semop, um decreto municipal torna proibida a utilização de terminais de ônibus e passarelas para atividades de trabalho informal.
Fonte - A Tarde 12/08/2014
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