Segundo a corte, a caça japonesa tem finalidades comerciais e não científicas. A decisão é final e não cabe recurso. Em sua defesa, o governo japonês sempre argumentou que a caça às baleias tinha finalidades científicas - justamente, para definir cotas sustentáveis de exploração desses animais. Críticos, porém, sempre argumentaram que a prática era mesmo apenas para alimentar os desejos culinários dos japoneses. O consumo de carne de baleia é uma tradição no país.
Agencia Estado
Ag.Reuters/A Tarde |
Segundo a corte, a caça japonesa tem finalidades comerciais e não científicas. A decisão é final e não cabe recurso. Em sua defesa, o governo japonês sempre argumentou que a caça às baleias tinha finalidades científicas - justamente, para definir cotas sustentáveis de exploração desses animais. Críticos, porém, sempre argumentaram que a prática era mesmo apenas para alimentar os desejos culinários dos japoneses. O consumo de carne de baleia é uma tradição no país.
A ação contra o Japão foi movida pela Austrália em 2010. A corte da ONU argumentou em sua decisão que o número de trabalhos publicados pelo país é incompatível (muito inferior) com o número de baleias mortas supostamente para este fim. Em sua leitura do julgamento, o juiz Peter Tomka disse que o "programa de pesquisa" japonês matou 3.600 baleias minke desde 2005, mas publicou apenas dois trabalhos científicos relacionados à atividade no mesmo período.
Um porta-voz japonês disse que o país lamentava a decisão, mas cumpriria a determinação do tribunal.
Já ambientalistas e países que se opõem à caça de baleias comemoraram a sentença - apesar de o risco de a proibição ser temporária e de não se estender à caça de baleias no Oceano Pacífico. O tribunal deixa aberta a possibilidade de o Japão continuar a matar baleias, desde que a atividade seja replanejada para atender, de fato, a critérios de finalidade científica. Outros dois países - Noruega e Islândia - também caçam baleias, em desacordo com a moratória internacional.
Fonte - A Tarde 31/03/2014
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